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TESE Thais Picano 2007.pdf - Repositório Aberto da Universidade ...

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por água de salini<strong>da</strong>de muito variável, consoante a sua distância à foz e a época<br />

do ano. As margens, tanto do lado português como do espanhol, estão sobre<br />

forte pressão humana. A vegetação aqui existente é essencialmente constituí<strong>da</strong><br />

por Juncacea e Ciperacea.<br />

• A zona de sapal presente na confluência do Coura com o Minho é uma área<br />

húmi<strong>da</strong> com especifici<strong>da</strong>de muito particulares. Apresenta mais de 200 ha e uma<br />

eleva<strong>da</strong> importância ecológica, nela pontificando uma vegetação halófita<br />

característica deste tipo de habitats.<br />

Até ao momento não existem trabalhos sobre o fitobentos deste sistema, nem<br />

sobre a composição florística e faunística <strong>da</strong>s zonas de sapal que aqui ocorrem. As<br />

informações sobre os macroinvertebrados bentónicos e os peixes são mais numerosas,<br />

embora relativamente limita<strong>da</strong>s, se compara<strong>da</strong>s com outros sistemas. A avifauna do<br />

estuário do Minho encontra-se bastante bem caracteriza<strong>da</strong>.<br />

A compilação <strong>da</strong>s informações forneci<strong>da</strong>s por Weber (1988) e Maze et al.<br />

(1993) permitiram identificar a presença de cerca de 50 espécies de macroinvertebrados<br />

bentónicos no estuário do Minho. Segundo o último autor, os crustáceos são o grupo<br />

melhor representado no local, tanto em termos do número de espécies que aí ocorrem,<br />

como no que concerne à abundância geral apresenta<strong>da</strong>. Os poliquetas, os gastrópodes e<br />

os bivalves exibem também valores elevados no que diz respeito a estes dois<br />

parâmetros, embora nunca atinjam a relevância do grupo dos crustáceos.<br />

O estuário do Minho é o local mais importante na costa norte de Portugal para o<br />

grupo <strong>da</strong>s aves aquáticas, já que no Outono e Inverno serve de local de refúgio e abrigo<br />

para um elevado número de espécies migradoras com origem na porção setentrional do<br />

continente europeu (Nuñez, 1985). Os locais mais importantes para estes animais são o<br />

sapal localizado na foz do Coura e a ilha de ínsua, esta última considera<strong>da</strong> um santuário<br />

ornitológico não só para as aves invernantes, mas também para aquelas que residem<br />

todo o ano nesta região (Nuñez, 1981).<br />

O total de espécies de aves observa<strong>da</strong>s neste estuário é de 184, muitas <strong>da</strong>s quais<br />

se encontram na região associa<strong>da</strong>s em exclusivo a este local (Fi<strong>da</strong>lgo e Correia, 1995),<br />

tais como o pato-real (Anas crecca), o zarro-negrinha (Aythya fuligula), o pilrito-<br />

comum (Calidris canutus), o maçarico-real (Numenius arquata), o galeirão (Fulica<br />

atra), a galinha-de-água (Gallinula chloropus) e o mergulhão-pequeno (Tachybaptus<br />

rufidcollis).<br />

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