20.04.2013 Views

TESE Thais Picano 2007.pdf - Repositório Aberto da Universidade ...

TESE Thais Picano 2007.pdf - Repositório Aberto da Universidade ...

TESE Thais Picano 2007.pdf - Repositório Aberto da Universidade ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

estuário, podendo considerar-se no geral uma rede de drenagem bastante densa.<br />

Contudo o aporte lateral de sedimentos são pouco importante devido sobretudo à<br />

densi<strong>da</strong>de do coberto vegetal, sendo fun<strong>da</strong>mentalmente resultante do desmantelamento<br />

dos depósitos quaternários de terraços e de vertente (Alves, 1996).<br />

A desembocadura do rio Minho é algo complexa, mercê <strong>da</strong> existência <strong>da</strong> ínsua<br />

de Caminha, no exterior. A ligação com o mar faz-se por dois canais, um de ca<strong>da</strong> lado<br />

<strong>da</strong> Ínsua, sendo de profundi<strong>da</strong>de mais uniforme o do lado Sul, chamado “Barra<br />

Portuguesa”, em parte devido à existência de afloramentos rochosos submarinos, cujas<br />

cristas atingem em alguns pontos a superfície <strong>da</strong> água, no canal do lado Norte “ Barra<br />

Espanhola”. No seu conjunto poderá considerar-se do tipo embocadura estreita com<br />

barra, uma vez que em qualquer dos canais se verificam profundi<strong>da</strong>des, em fundo<br />

arenoso, bastante inferiores (respectivamente cerca de -1m do lado Sul e -2m do lado<br />

Norte), às que ocorrem no interior, onde existem cotas de – 6m. Na margem<br />

propriamente dita do estuário, desenvolve-se uma pequena restinga, na margem Sul, de<br />

fraco crescimento para Norte, devido ao efeito combinado de agitação que entra no<br />

estuário através dos dois referidos canais (Alves, 1996).<br />

No interior do estuário existem alguns bancos arenosos ou areno-argilosos<br />

alguns dos quais constituem ilhas, também designa<strong>da</strong>s localmente por ínsuas ou<br />

morraceiras, com vegetação que, em alguns casos, é a típica vegetação de sapal,<br />

morraça, salicórnia e junco, entre outras, mas em algumas ilhas existem árvores com o<br />

amieiro, salgueiro, choupo, etc. Algumas ilhas têm dimensões apreciáveis, sendo de<br />

destacar as ilhas Canossa e Morraceira <strong>da</strong>s Varan<strong>da</strong>s com aproxima<strong>da</strong>mente 2000 m de<br />

extensão, Boega com 1600 m e Morraceira com 1200 m. A cota <strong>da</strong> superfície <strong>da</strong>s ínsuas<br />

é cerca acima do nível médio, o que origina a sua submersão parcial, durante a maré-<br />

alta, em períodos de marés vivas equinociais ou quando ocorrem temporais (Alves,<br />

1996).<br />

Sob a designação de sapal, são incluí<strong>da</strong>s também as várias ilhas e algumas zonas<br />

<strong>da</strong> margem, cuja cota <strong>da</strong> superfície, praticamente constante, se situa a cerca de 3.5 a 3.8<br />

m, com vegetação característica deste tipo de ambiente. A principal zona de sapal no<br />

estuário do rio Minho, corresponde à região envolvente <strong>da</strong> foz do rio Coura, com uma<br />

área aproxima<strong>da</strong> de 160 ha, as ilhas Canossa, Morraceira do Grilo e Morraceira <strong>da</strong>s<br />

Varan<strong>da</strong>s e uma pequena área na foz do rio Tamuxe, to<strong>da</strong>s fun<strong>da</strong>mentalmente do alto<br />

sapal. O baixo sapal tem pequena expressão relativamente à área total, limitando-se<br />

parte aos canais de maré que sulcam o alto sapal (Alves, 1996).<br />

24

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!