TESE Thais Picano 2007.pdf - Repositório Aberto da Universidade ...
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2.2.4. O estuário do rio Minho<br />
2.2.4.1. Regime de marés<br />
O estuário do Minho é mesoti<strong>da</strong>l (Vilas e Somoza, 1984), caracterizado por um<br />
regime de maré predominantemente semi-diurno, com uma amplitude que varia entre 2<br />
m (1.5-2 m na secção de Caminha – Camposancos) em marés mortas e 4 m em marés<br />
vivas (Vilas e Somoza, 1984; Fi<strong>da</strong>lgo et al., 1994).<br />
A influência <strong>da</strong> água do mar faz-se sentir, como referido, até uma distância de<br />
35 km a montante <strong>da</strong> embocadura. A maré apresenta uma assimetria diurna pronuncia<strong>da</strong><br />
de cerca de 0.5m (Vilas e Somoza, 1984). Não se dispõe de informação relativa às<br />
características <strong>da</strong> sua propagação. O prisma de maré variará entre 30hm 3 para uma maré<br />
de 1.5 m e 80 hm 3 para uma maré de 4m.<br />
Vilas e Somoza (1984) observaram variações de salini<strong>da</strong>de em estiagem de 5-20<br />
em baixa-mar a 32-35 em preia-mar. Observaram também variações de temperatura de<br />
16-24ºC em estiagem e 10-16ºC em invernia.<br />
Estes <strong>da</strong>dos revelam que a estratificação não é muito acentua<strong>da</strong> em baixa-mar.<br />
Em preia-mar verifica-se um ligeiro aumento do gradiente vertical de salini<strong>da</strong>de, sendo<br />
mais clara a sua estratificação (Bettencourt et al., 2003).<br />
Nas marés vivas, a maré tende a dominar, favorecendo a mistura <strong>da</strong> coluna <strong>da</strong><br />
água e sendo o estuário do Tipo C, ou verticalmente homogéneo (Bettencourt et al.,<br />
2003).<br />
No entanto, de Dezembro a Março, o estuário será do Tipo A ou em cunha<br />
salina, formando plumas que correspondem a um transporte significativo de sedimentos<br />
finos para a plataforma continental. Durante a maior parte do ano, o estuário encontrar-<br />
se-á parcialmente estratificado com um gradiente horizontal importante (Bettencourt et<br />
al., 2003).<br />
Segundo estudos realizados no ano 1990, em períodos de marés vivas e marés<br />
mortas, em época estival, na região compreendi<strong>da</strong> entre a foz e Seixas, verificou-se que<br />
as correntes de vazante, cujo valor máximo determinado atingiu 1.8 m/seg., têm<br />
veloci<strong>da</strong>des pouco superiores às correntes de enchente, veloci<strong>da</strong>de máxima determina<strong>da</strong><br />
1.4 m/seg., o que revela o carácter pouco cau<strong>da</strong>loso do rio nesta época do ano (Alves,<br />
1996).<br />
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