TESE Thais Picano 2007.pdf - Repositório Aberto da Universidade ...
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A destruição gratuita, a poluição doméstica e industrial <strong>da</strong>s águas, e aterros<br />
desordenados são exemplos dos grandes inimigos do sapal. É fun<strong>da</strong>mental desenvolver<br />
a preservação destes ambientes, promovendo a consciencialização de um ecossistema<br />
sustentável.<br />
1.2. A zona de estuário<br />
Segundo Perillo (1995) um estuário é um corpo de água costeiro semi-fechado<br />
que se estende até ao limite efectivo <strong>da</strong> influência <strong>da</strong> maré, em que no seu interior<br />
penetra água salga<strong>da</strong> proveniente de uma ou mais conexões livres com o mar aberto, ou<br />
outro qualquer corpo de água salino costeiro, sendo significativamente diluído pela água<br />
doce proveniente <strong>da</strong> drenagem continental e, consegue sustentar espécies biológicas<br />
eurihalinas durante todo ou parte do seu ciclo de vi<strong>da</strong>.<br />
É divido em três sectores: estuário inferior ou marinho, em conexão livre com o<br />
mar; estuário médio, sujeito a forte mistura entre água doce e a água salga<strong>da</strong> e o estuário<br />
superior ou fluvial, caracterizado pela presença de água doce mas, ain<strong>da</strong>, sujeito à acção<br />
<strong>da</strong> maré (Fairbridge, 1980).<br />
São identificados como meios de transição entre o ambiente marinho e<br />
continental, onde os processos morfosedimentares têm grande amplitude e onde suas<br />
formas são altera<strong>da</strong>s constante e extensivamente pela erosão e deposição de sedimentos,<br />
influenciando significativamente a dinâmica sedimentar do litoral (Alves, 1996).<br />
Encontram-se, ain<strong>da</strong>, associados com muitos ambientes de transição, como os sapais,<br />
baías, restingas e praias.<br />
O estuário depende <strong>da</strong> amplitude <strong>da</strong> maré, do volume do cau<strong>da</strong>l fluvial e <strong>da</strong>s<br />
suas variações sazonais, <strong>da</strong> topografia, do volume relativo <strong>da</strong>s massas de água<br />
envolvidos, <strong>da</strong>s diferenças de densi<strong>da</strong>de, <strong>da</strong> rotação <strong>da</strong> Terra, do vento, entre outros<br />
factores (Barnes, 1976; Dyer, 1997).<br />
Essa mesma amplitude de maré, alia<strong>da</strong> muitas vezes à energia <strong>da</strong>s on<strong>da</strong>s que<br />
penetram no estuário, é de grande importância para os organismos, que habitam nestes<br />
sistemas aquáticos. Essa importância reside no transporte contínuo de oxigénio e de<br />
nutrientes bem como na remoção dos produtos metabólicos tóxicos produzidos (Sousa,<br />
2003).<br />
Segundo Day et al. (1989), as marés, on<strong>da</strong>s e correntes mais modera<strong>da</strong>s nas<br />
baías fecha<strong>da</strong>s proporcionam contribuições de energia mais do que pressões, ao passo<br />
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