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ISSN: 2179-1732 - Coordenadoria de Educação Aberta ea ...

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2.12. Prática 12:<br />

PREPARAÇÃO DE TETRAOXOMANGANATO(VI) DE POTÁSSIO<br />

2.12.1. Introdução<br />

Outra classe importante <strong>de</strong> transições eletrônicas são as transições <strong>de</strong> transferência<br />

<strong>de</strong> carga. Elas po<strong>de</strong>m ser classificadas como metal-ligante, quando os ligantes possuem orbitais<br />

vazios a<strong>de</strong>quados para receberem elétrons <strong>de</strong> orbitais do metal; ou como ligante-metal,<br />

quando o metal possui orbitais vazios a<strong>de</strong>quados para receberem elétrons do ligante.<br />

Uma evidência <strong>de</strong> que as transições <strong>de</strong> transferência <strong>de</strong> carga são importantes é<br />

a intensa cor violeta do ânion tetraoxomanganato(VII) (permanganato). Note que o íon<br />

manganês(VII) não possui elétrons em orbitais d no estado fundamental. Portanto, sua cor<br />

não po<strong>de</strong> ser explicada pelas transições d-d. Ela se <strong>de</strong>ve a transições <strong>de</strong> transferência <strong>de</strong><br />

carga do ligante para o metal. A análise <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> transição po<strong>de</strong> ser feita utilizando-se a<br />

teoria do campo cristalino ou a teoria <strong>de</strong> orbitais moleculares (TOM).<br />

Segundo a TOM, ao se formar uma espécie contendo ligações covalentes, os elétrons<br />

passam a ocupar orbitais moleculares, obtidos <strong>de</strong> combinações lin<strong>ea</strong>res das funções <strong>de</strong> onda<br />

<strong>de</strong> orbitais <strong>de</strong> átomos diferentes. O número <strong>de</strong> orbitais moleculares é sempre igual ao número<br />

<strong>de</strong> orbitais atômicos envolvidos.<br />

A combinação <strong>de</strong> orbitais po<strong>de</strong> ser feita entre todos os orbitais dos átomos envolvidos.<br />

Na prática costuma-se analisar apenas os orbitais formados pela combinação dos orbitais<br />

atômicos <strong>de</strong> valência (ou <strong>de</strong> níveis energéticos próximos ao dos orbitais atômicos <strong>de</strong> valência).<br />

A combinação entre os orbitais atômicos só é relevante quando eles possuem simetrias<br />

a<strong>de</strong>quadas e energias aproximadas.<br />

Para que a nova espécie seja estável é necessário que sejam formados orbitais moleculares<br />

com energias menores que as dos orbitais atômicos, <strong>de</strong> modo que os elétrons ocupem<br />

níveis <strong>de</strong> energia mais baixos. Veja os exemplos na figura 1. Note que não há vantagem<br />

energética na formação da molécula <strong>de</strong> hélio, o que explica a inexistência <strong>de</strong>ssa espécie.<br />

Figura 1 – Diagrama <strong>de</strong> orbitais moleculares para a molécula <strong>de</strong> hidrogênio (a)<br />

e para a molécula <strong>de</strong> hélio (b).<br />

Existe uma aparente contradição entre a TCC e a TOM. Enquanto a TCC propõe um<br />

aumento <strong>de</strong> energia dos orbitais do metal direcionados para os ligantes, a TOM admite a formação<br />

<strong>de</strong> orbitais moleculares com menores energias (orbitais ligantes) justamente quando<br />

os orbitais do metal e os dos ligantes se superpõem mais eficientemente. É preciso lembrar<br />

que a TCC pressupõe ligações com gran<strong>de</strong> caráter iônico. Já a TOM analisa a formação dos<br />

complexos do ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong> ligações covalentes. Veja mais um exemplo <strong>de</strong> diagrama <strong>de</strong><br />

orbitais moleculares na figura 2.<br />

Práticas <strong>de</strong> Química Inorgânica – Complexos<br />

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