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ISSN: 2179-1732 - Coordenadoria de Educação Aberta ea ...

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2.9. Prática 09:<br />

OBTENÇÃO DE CLORETO DE HEXAURÉIACROMO(III)<br />

2.9.1. Introdução<br />

Vimos na prática anterior, a obtenção do valor <strong>de</strong> Δ o para um complexo octaédrico (no<br />

qual a configuração eletrônica do íon central é d 1 ), é um procedimento simples, pois esperase<br />

apenas uma banda no espectro eletrônico e a energia correspon<strong>de</strong>nte ao máximo da banda<br />

correspon<strong>de</strong> a Δ o . Contudo, quando o íon central possui mais <strong>de</strong> um elétron em orbitais d,<br />

a energia da transição eletrônica d-d não <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> apenas da diferença <strong>de</strong> energia <strong>de</strong>sses,<br />

mas também das energias <strong>de</strong> repulsão entre os elétrons presentes. O número <strong>de</strong> transições<br />

possíveis também po<strong>de</strong> aumentar, o que dificulta a interpretação dos espectros. Observe os<br />

exemplos mostrados na tabela 1.<br />

Na tabela 1 estão indicados, em cm -1 , os máximos das bandas relacionadas à transições<br />

d-d permitidas por spin (aquelas em que não há modificação do spin total).<br />

De todos os dados importantes que po<strong>de</strong>m ser obtidos da tabela 1, aqueles que mais<br />

interessam aos objetivos <strong>de</strong>sta prática são os que se referem ao valor <strong>de</strong> Δ o . Note que nos<br />

complexos <strong>de</strong> cromo(III) (d 3 ) e níquel(II) (d 8 ), esse valor coinci<strong>de</strong> exatamente com o valor em<br />

cm -1 da banda <strong>de</strong> menor energia. Mas isto não se verifica nos <strong>de</strong>mais exemplos, indicando<br />

que, em alguns casos, não é possível obter o valor <strong>de</strong> Δ o a partir da posição <strong>de</strong> uma banda<br />

apenas.<br />

Nesses casos existem cálculos envolvendo as posições das <strong>de</strong>mais bandas que levam<br />

à obtenção daquele importante parâmetro.<br />

Nesta prática estudaremos um complexo <strong>de</strong> cromo(III). Escolhemos um exemplo <strong>de</strong><br />

metal com configuração d 3 , justamente porque Δ o po<strong>de</strong>rá ser obtido diretamente da banda <strong>de</strong><br />

menor energia <strong>de</strong>vido a transições d-d permitidas por spin.<br />

Antes <strong>de</strong> prosseguirmos, mencionaremos ainda um outro parâmetro importante extraído<br />

dos espectros eletrônicos, que é a absortivida<strong>de</strong> molar (ε o ). A absortivida<strong>de</strong> molar nos<br />

informa sobre quanto uma amostra absorve em um dado comprimento <strong>de</strong> onda e po<strong>de</strong> ser<br />

calculada pela equação: ε o = A/(b.C) on<strong>de</strong> A = absorvância, b = comprimento do caminho ótico<br />

(cm) e C = concentração da amostra em quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> matéria. O valor <strong>de</strong> ε o nos permite inferir<br />

que tipo <strong>de</strong> transição está relacionada a uma <strong>de</strong>terminada banda do espectro. Por exemplo:<br />

as transições d-d em complexos <strong>de</strong> geometria octaédrica apresentam ε o entre 10 e 10 2 L<br />

cm -1 mol -1 . As transições π-π* em compostos orgânicos contendo duplas ligações conjugadas<br />

apresentam ε o > 10 4 L cm -1 mol -1 .<br />

42 Práticas <strong>de</strong> Química Inorgânica – Complexos

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