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A origem branca de uma devoção negra - ICHS/UFOP

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colônia foi particular dos <strong>de</strong>votos negros, como Boschi, e muito menos consi<strong>de</strong>rar<br />

que a sua maioria, até o século XVIII era <strong>branca</strong>, como Quintão 37 .<br />

Do século XIX, momento em que o escravo almejava conseguir a alforria através<br />

da mentalida<strong>de</strong> abolicionista que se configurava, foi encontrada <strong>uma</strong> documentação<br />

que <strong>de</strong>monstra a instalação <strong>de</strong> <strong>uma</strong> Confraria do Rosário no Mosteiro <strong>de</strong><br />

São Bento do Rio <strong>de</strong> Janeiro, porém esta <strong>de</strong>voção constituiu-se em sua maioria por<br />

<strong>de</strong>votos brancos, realizando alg<strong>uma</strong>s restrições quanto ao ingresso <strong>de</strong> homens negros<br />

na irmanda<strong>de</strong> além <strong>de</strong> não ter havido personagens que remetessem ao título<br />

<strong>de</strong> autorida<strong>de</strong>s reais. Caso particular da <strong>de</strong>voção na cida<strong>de</strong>, <strong>uma</strong> religiosida<strong>de</strong> que<br />

remetia as estruturas das primeiras associações religiosas erguidas na Europa, estando<br />

submetida às normas disciplinares e ao pensamento pragmático da Or<strong>de</strong>m<br />

beneditina brasileira.<br />

37 A autora insere essa afirmação em seu trabalho sem que faça nenh<strong>uma</strong> referência que a constate.<br />

QUINTÃO, Antonia Aparecida. Lá vem o meu parente. p. 77.<br />

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