20.04.2013 Views

Baixar - Brasiliana USP

Baixar - Brasiliana USP

Baixar - Brasiliana USP

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

— 8 —<br />

tivos cônjuges ás difficuldades inherentes aos tramites<br />

pelos quaes ellcs terião de passar para legalizarem<br />

seus casamentos,'"tomo a liberdade de lembrar e de<br />

propor a V- Ex. a solicitação de um acto do exm.<br />

bispo diocesano, que revalide taes casamentos,, como<br />

se praticou na 'província do Rio Grande do Sul a respeito<br />

dos actos executados sob a influencia da religião<br />

por sacerdotes incompetentes.<br />

« Deus guarde a V. Ex. Directoria da imperial<br />

colônia de Petropolis 29 de outubro de 1853. Mm.<br />

e Exm. Sr: conselheiro Luiz Antônio Barbosa, presidente<br />

da província do Rio de Janeiro. Alexandre Ma-noel<br />

Albino de Carvalho, tenente coronel e director. »<br />

O vice-presidente da província julgou conveniente<br />

ouvir o revm. bispo capellão-mór, o qual deu a informação<br />

seguinte:<br />

« Mm. e Exm. Sr. Tive a honra de receber o officio<br />

de V. Ex. de 5 deste mez, dignando-se de querer<br />

ouvir o meu parecer acerca da matéria do officio<br />

junto do director da colônia de Petropolis, datado<br />

de 29 de outubro próximo passado, referindo-se ao re<br />

querimento também junto, em que a colona allemã<br />

Catharina Scheid, protestante, pede, pelas razões que<br />

allega, que se declare nullo o casamento* que ella contrahiu<br />

em 1847 com o portuguez Francisco Fagundes,<br />

catholico romano.<br />

« O casamento de que se trata, entre Catharina e<br />

Francisco, e que se diz no requerimento fora feito<br />

sem licença nem intervenção alguma da igreja catholica,<br />

é evidentemente nulio como clandestino, canonica e<br />

civilmente: canonicamente, porque depois do cone.<br />

trid. e nos lugares onde elle foi publicado e aceito,<br />

como é entre nós, é nullo o matrimônio que se pretenda<br />

contrahir sem ser na presença do parodio ou do<br />

sacerdote de sua licença, ou de licença do Ordinário, e de<br />

mais duas ou três testemunhas (sess. 24 de reformai,<br />

matrim. cap. l.°), o que certamente se não deu no<br />

casamento em questão; civilmente, porque a lei civil<br />

entre nós não reconhece outra forma de celebrar-se<br />

o casamento senão a que foi prescripta pela igreja,<br />

isto é, a presença do parocho e de testemunhas (prd.<br />

liv. b." tit. 8t>). Isto é geral, e sem nenhuma distineção<br />

de casamentos entre catholicos, ou mixto entre<br />

o catholico e o herege, ou mesmo entre dous hereges,<br />

uma voz que casem em paiz .sujeito á lei do tridentino.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!