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Preferência alimentar de espécies de Aplysia sp. sobre ... - Proac

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As algas marinhas têm uma varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> tamanhos, formas e texturas, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> finos<br />

filamentos a gran<strong>de</strong>s talos das “kelps” ou formas incrustantes. Em muitos casos, é claro<br />

que a morfologia das algas se correlaciona com a suscetibilida<strong>de</strong> à herbivoría (Littler &<br />

Littler, 1980; Steneck & Watling, 1982; Lewis et al., 1987), como no caso das algas<br />

vermelhas da família Corallinaceae que são extremamente calcificadas e são abundantes<br />

em habitats sob intensa herbivoria como os recifes <strong>de</strong> corais (Steneck, 1986).<br />

Littler & Littler (1980) concluíram que algas mais grossas e duras como aquelas<br />

coriáceas, crostosas ou calcárias, ten<strong>de</strong>m a apresentar baixos valores nutricionais, já que<br />

houve uma realocação <strong>de</strong> recursos da fotossíntese para formar tais características. Essas<br />

características, no entanto, diminuem a palatabilida<strong>de</strong>, a digestão e o retorno energético<br />

para herbívoros em geral, e assim são importantes para a <strong>sobre</strong>vivência em períodos <strong>de</strong><br />

intensa herbivoria, além <strong>de</strong> propiciarem maior resistência aos batimentos <strong>de</strong> ondas e<br />

abrasões, dando uma vantagem competitiva.<br />

Entretanto, há também a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> correlação <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesas químicas junto às<br />

morfológicas, indicando que ambas as estratégias <strong>de</strong>vem ser cuidadosamente estudadas<br />

(Paul & Hay, 1986).<br />

Muitas macroalgas produzem diversos metabólitos secundários bastante similares<br />

estruturalmente e funcionalmente, que po<strong>de</strong>m agir adicionalmente ou sinergicamente<br />

uns aos outros ou até mesmo reduzir a habilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alguns herbívoros <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver<br />

resistência à estas substâncias (Hay, 1992). Metabólitos que se mostraram inativos<br />

quando testados isoladamente, po<strong>de</strong>m participar ativamente <strong>de</strong> uma interação com<br />

outros ou limitar o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesas por parte do herbívoro e assim exibir<br />

um papel <strong>de</strong>fensivo para a macroalga em questão (Hay, 1992).<br />

Esses metabólitos secundários incluem terpenos, substâncias aromáticas,<br />

acetogeninas, substâncias <strong>de</strong>rivadas <strong>de</strong> ácidos aminados e polifenóis (Hay & Fenical,<br />

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