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“Nascidos para correr” - Associação de Atletismo Lebres do Sado

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Recentemente, um atleta<br />

das <strong>Lebres</strong> achou que o<br />

clube <strong>de</strong>veria ter uma<br />

equipa <strong>de</strong> <strong>Atletismo</strong> <strong>de</strong><br />

elite. Perguntámos ao José<br />

Sousa, como um <strong>do</strong>s<br />

nossos atletas mais<br />

representativos, qual a sua<br />

opinião.<br />

“ Discor<strong>do</strong> frontalmente<br />

pois, <strong>para</strong> manter uma<br />

equipa <strong>de</strong> elite, os custos<br />

mensais seriam enormes<br />

<strong>para</strong> o clube e, perante as<br />

dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> tesouraria<br />

que as <strong>Lebres</strong> apresentam,<br />

seria <strong>de</strong> to<strong>do</strong> inviável. Por<br />

outro la<strong>do</strong>, o excelente ambiente sempre vivi<strong>do</strong> entre os atletas, on<strong>de</strong> to<strong>do</strong>s são trata<strong>do</strong>s <strong>de</strong> igual<br />

forma, não voltaria a ser o mesmo. A família das <strong>Lebres</strong> sempre foi unida pela igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> valores.<br />

Vamos manter-nos assim.”<br />

Como to<strong>do</strong>s os atletas, ao longo <strong>do</strong>s muitos anos que leva <strong>de</strong> prática <strong>de</strong>sportiva, tem sempre uma<br />

peripécia <strong>para</strong> contar.<br />

Vejamos a “estória” <strong>do</strong> Sousa:<br />

“Decorria o ano <strong>de</strong> 2002 e resolvi fazer a primeira edição da meia maratona <strong>de</strong> Miran<strong>de</strong>la.<br />

Fui <strong>de</strong> expresso e cheguei por volta das 22H00. Jantei e, como ia acampar, indaguei on<strong>de</strong> seria o<br />

Parque <strong>de</strong> Campismo.<br />

Com a informação necessária, pus-me a caminho sem que antes alguém, em tom <strong>de</strong> admiração, me<br />

tivesse interroga<strong>do</strong> se eu ia a pé até lá.<br />

Enquanto caminhava, comecei a perceber que o tão ansia<strong>do</strong> Parque não era assim tão perto e, ainda<br />

por cima, o caminho não era ilumina<strong>do</strong>. Foi, digamos, uma caminhada um pouco assusta<strong>do</strong>ra.<br />

Ao chegar, <strong>de</strong>parei com o Parque aberto, aparentemente sem “porteiro” ou segurança.<br />

Acampei.<br />

No outro dia, logo pela manhã, o meu chek-out foi exactamente igual ao chek-in.<br />

Já em pleno caminho <strong>de</strong> acesso à cida<strong>de</strong>, e porque não estava bem com a minha consciência, voltei<br />

atrás e empurrei a porta da “recepção”. Deparo então com uma jovem atrás <strong>do</strong> balcão, aninhada<br />

junto <strong>de</strong> um aquece<strong>do</strong>r - o frio era muito - e acabei por pagar o alojamento num Parque sem<br />

qualquer controle e segurança.<br />

Em <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> momento <strong>de</strong>i por mim a pensar que esse fim <strong>de</strong> semana estava a ser um pouco<br />

estranho, sem saber que o pior estava <strong>para</strong> vir.<br />

Já no local da prova, ao equipar-me, reparo que tinha trazi<strong>do</strong> as sapatilhas erradas. As lágrimas<br />

vieram-me aos olhos; <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>slocação enorme e das peripécias nocturnas, não iria pu<strong>de</strong>r<br />

correr.<br />

Foi caso <strong>para</strong> dizer que “era muito <strong>para</strong> um homem só”.<br />

Das várias alternativas viáveis, correr com <strong>do</strong>is pares <strong>de</strong> meias mas sem sapatilhas, correr sem<br />

ataca<strong>do</strong>res ou, por fim, correr sem palmilhas, <strong>de</strong>cidi fazê-lo sem palmilhas, sem meias e com os<br />

ataca<strong>do</strong>res mal aperta<strong>do</strong>s. Foi a melhor solução possível encontrada.<br />

Concluí a prova sem mazelas nos pés e das 28 meias maratonas até aí realizadas, esta era até ao<br />

momento a 3ª com melhor tempo - 1H30M39S.<br />

Há coisas que não têm explicação!”

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