Plano de Curso - IFTO

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6. OPERACIONALIZAÇÃO DO CURRÍCULO A educação brasileira tem como um de seus objetivos socializar orientações para subsidiar uma formação contínua, tendo como eixo a questão da diversidade e inclusão no ambiente escolar e na vida – que se manifesta de múltiplas formas e situações e que, por muito tempo, na história universal e local, fora ignorada ou, até mesmo, violada na esfera do direito e respeito à dignidade humana. Para tentar mudar esse quadro histórico de exclusão, o curso de Administração incorpora em seus planos de ensino/ementas/planos de disciplina/planos de trabalho, de forma interdisciplinar, temáticas voltadas à cultura e História afro-brasileira, africana e indígena. De acordo com a Resolução CNE/CP n° 1 de 17 de junho de 2004: § 1° As Instituições de Ensino Superior incluirão nos conteúdos de disciplinas e atividades curriculares dos cursos que ministram, a Educação das Relações Étnico-Raciais, bem como o tratamento de questões e temáticas que dizem respeito aos afrodescendentes, nos termos explicitados no Parecer CNE/CP 3/2004. Seguindo esse mesmo raciocínio é mister abordar a Lei 10741/03 (Estatuto do Idoso) com a elaboração de conteúdos voltados ao processo de envelhecimento e ao respeito ao idoso, visto que seu art. 22 dispõe sobre questões educacionais: Nos currículos mínimos dos diversos níveis de ensino formal serão inseridos conteúdos (*) voltados ao processo de envelhecimento, ao respeito e à valorização do idoso, de forma a eliminar o preconceito e a produzir conhecimentos sobre a matéria. (*) Grifo nosso Desenvolver-se-ão, também, temáticas voltadas ao respeito de pessoas com necessidades especiais, visto que essas são estigmatizadas pela sociedade. O estigma cria preconceitos que, por si, geram medo, e esse, por sua vez, provoca ignorância e afastamento. A Lei 9394/96 (LDB), em seu art. 58 sinaliza para que promovamos uma educação inclusiva em todos os sentidos. Dessa forma, ressalta-se a importância de se incluir no curso temáticas com esse teor, possibilitando uma maior aproximação de pessoas deficientes com pessoas com saúde dita normal. Considerando desta forma que a diferença é inerente ao ser humano, e reconhecendo a diversidade como algo natural, em que cada ser pode usar de seus direitos coletivos na sociedade, um novo conceito surge, denominado Inclusão. “Este é o termo que se encontrou para definir uma sociedade que considera todos os seus membros como cidadãos legítimos”. Nesse contexto o curso de Administração possui em sua estrutura curricular três componentes optativos, dentre os quais um deles será obrigatoriamente Linguagem Brasileira de Simais – Libras. Esse PPC não contempla os planos de ensino de tais componentes pela razão de 122

que poderão ser elaborados de acordo com a necessidade do momento em que serão ofertadas aos acadêmicos. 6.1. Metodologia de Ensino no Curso de Administração do IFTO – Campus Paraíso Os professores do curso de Administração do IFTO – Campus Paraíso, devem se nortear por ações que não somente transmitam conhecimentos, mas, principalmente desenvolvam as competências estabelecidas neste Projeto Pedagógico do Curso, com base nas Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Administração e atendendo aos objetivos propostos pelo Curso na formação do profissional administrador/gestor. De acordo com Marion e Marion (2006, p. 11), “o acadêmico veio para o ensino superior com um método de aprendizagem obtido no seu ensino fundamental e médio que precisa ser totalmente deletado”, ressaltando ainda que “até mesmo a cultura obtida nesta fase primeira de sua formação precisa ser renovada”. E este é um dos maiores desafios encontrados na escolha da metodologia de ensino a ser utilizada pelos cursos de nível superior, que não objetivam somente a transmissão de conhecimentos e, sim, o aprender a aprender, ou seja, o estímulo à aprendizagem, tendo, neste sentido, o aluno não como um sujeito passivo, mas como sujeito principal deste processo. Acreditamos que para estimular o desenvolvimento destas competências, os professores não podem ser meros instrutores, monitores ou transmissores de conhecimentos isolados, como ressaltam Silva e Davel (2005, p. 120), e, sim, “devem ser profissionais capazes de contribuir com o aluno na ampliação de sua capacidade de pensar criativamente, criticamente e de forma contextualizada”. Para tal, além de aperfeiçoamento constante, os professores devem utilizar métodos que surtam resultados positivos. A proposta metodológica a ser adotada pelo curso de Administração do IFTO – Campus Paraíso é contrária ao quem vem sendo utilizado até hoje, onde o professor é o único responsável pela aprendizagem do aluno, sendo este também responsável por sua motivação para que possa adquirir conhecimentos e mudar suas atitudes e comportamentos. Como menciona Teixeira (2007), no método tradicional, a finalidade primária é a transferência do conhecimento (do professor para o aluno) e a mensuração do nível de conhecimento atingido, desprezando, assim, a inteligência do estudante universitário, sendo um obstáculo para que este se torne um pensador/crítico. O Curso estimula, incentiva e valoriza um maior envolvimento por parte do estudante nas atividades ensino-aprendizagem, objetivando um processo contínuo de crescimento em sua vida acadêmica e profissional. Seguindo a metodologia de ensino cognitivo proposto por Piaget, onde tanto o professor como o aluno são responsáveis pelo processo ensino-aprendizagem, exercendo o professor o papel de facilitador da aprendizagem e instigador do conhecimento, enquanto o aluno 123

6. OPERACIONALIZAÇÃO DO CURRÍCULO<br />

A educação brasileira tem como um <strong>de</strong> seus objetivos socializar orientações para subsidiar<br />

uma formação contínua, tendo como eixo a questão da diversida<strong>de</strong> e inclusão no ambiente escolar e<br />

na vida – que se manifesta <strong>de</strong> múltiplas formas e situações e que, por muito tempo, na história<br />

universal e local, fora ignorada ou, até mesmo, violada na esfera do direito e respeito à dignida<strong>de</strong><br />

humana.<br />

Para tentar mudar esse quadro histórico <strong>de</strong> exclusão, o curso <strong>de</strong> Administração incorpora<br />

em seus planos <strong>de</strong> ensino/ementas/planos <strong>de</strong> disciplina/planos <strong>de</strong> trabalho, <strong>de</strong> forma<br />

interdisciplinar, temáticas voltadas à cultura e História afro-brasileira, africana e indígena. De<br />

acordo com a Resolução CNE/CP n° 1 <strong>de</strong> 17 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2004:<br />

§ 1° As Instituições <strong>de</strong> Ensino Superior incluirão nos conteúdos <strong>de</strong><br />

disciplinas e ativida<strong>de</strong>s curriculares dos cursos que ministram, a Educação<br />

das Relações Étnico-Raciais, bem como o tratamento <strong>de</strong> questões e<br />

temáticas que dizem respeito aos afro<strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes, nos termos explicitados<br />

no Parecer CNE/CP 3/2004.<br />

Seguindo esse mesmo raciocínio é mister abordar a Lei 10741/03 (Estatuto do Idoso) com a<br />

elaboração <strong>de</strong> conteúdos voltados ao processo <strong>de</strong> envelhecimento e ao respeito ao idoso, visto que<br />

seu art. 22 dispõe sobre questões educacionais:<br />

Nos currículos mínimos dos diversos níveis <strong>de</strong> ensino formal serão<br />

inseridos conteúdos (*) voltados ao processo <strong>de</strong> envelhecimento, ao<br />

respeito e à valorização do idoso, <strong>de</strong> forma a eliminar o preconceito e a<br />

produzir conhecimentos sobre a matéria. (*) Grifo nosso<br />

Desenvolver-se-ão, também, temáticas voltadas ao respeito <strong>de</strong> pessoas com necessida<strong>de</strong>s<br />

especiais, visto que essas são estigmatizadas pela socieda<strong>de</strong>. O estigma cria preconceitos que, por<br />

si, geram medo, e esse, por sua vez, provoca ignorância e afastamento. A Lei 9394/96 (LDB), em<br />

seu art. 58 sinaliza para que promovamos uma educação inclusiva em todos os sentidos. Dessa<br />

forma, ressalta-se a importância <strong>de</strong> se incluir no curso temáticas com esse teor, possibilitando uma<br />

maior aproximação <strong>de</strong> pessoas <strong>de</strong>ficientes com pessoas com saú<strong>de</strong> dita normal. Consi<strong>de</strong>rando <strong>de</strong>sta<br />

forma que a diferença é inerente ao ser humano, e reconhecendo a diversida<strong>de</strong> como algo natural,<br />

em que cada ser po<strong>de</strong> usar <strong>de</strong> seus direitos coletivos na socieda<strong>de</strong>, um novo conceito surge,<br />

<strong>de</strong>nominado Inclusão. “Este é o termo que se encontrou para <strong>de</strong>finir uma socieda<strong>de</strong> que consi<strong>de</strong>ra<br />

todos os seus membros como cidadãos legítimos”.<br />

Nesse contexto o curso <strong>de</strong> Administração possui em sua estrutura curricular três<br />

componentes optativos, <strong>de</strong>ntre os quais um <strong>de</strong>les será obrigatoriamente Linguagem Brasileira <strong>de</strong><br />

Simais – Libras. Esse PPC não contempla os planos <strong>de</strong> ensino <strong>de</strong> tais componentes pela razão <strong>de</strong><br />

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