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Abr-Mai-Jun/2012 Ano V. N°18 - Creci RJ

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A HORA E<br />

A VEZ DA<br />

CLASSE C<br />

Depois da conquista da casa<br />

própria, consumidores da<br />

classe C partem em busca de<br />

imóveis de veraneio<br />

TENDÊNCIAS<br />

Com a economia brasileira crescendo ano a ano, a facilidade<br />

de crédito para financiamento e os investimentos do<br />

Governo Federal em programas habitacionais, felizmente o<br />

sonho da casa própria se tornou realidade para milhares de<br />

famílias pertencentes à classe C. Agora, essas mesmas famílias<br />

saem na busca da realização de outro sonho que antes<br />

pareceria impossível: ter um imóvel de veraneio.<br />

Segundo pesquisa realizada pelo Instituto Data Popular,<br />

que reuniu dados do Censo do IBGE de 2010, os brasileiros<br />

com renda média de até R$ 2.000 já são donos da maior<br />

parcela das casas de praia e de campo no Brasil. Enquanto<br />

que a classe A tem 31,7% e a classe B 31,2% dos imóveis de<br />

veraneio, a classe C aparece com 37,1%, o que representa<br />

exatamente 1 milhão e 46 mil casas e apartamentos dessa<br />

modalidade habitacional.<br />

Em São Pedro da Aldeia, cidade da Região dos Lagos, a<br />

procura de imóveis de veraneio por esses consumidores tem<br />

aumentado nos últimos anos. Segundo o delegado do <strong>Creci</strong>-<br />

-<strong>RJ</strong> no município, Carlos José Gonçalves, muitas famílias<br />

que procuram pelo financiamento da Caixa já têm uma boa<br />

parcela do valor para dar entrada:<br />

- 80% das minhas negociações hoje vêm de famílias da<br />

classe C. Aqui na cidade aumentou muito a procura. Apesar<br />

de os preços dos imóveis estarem relativamente altos, esses<br />

consumidores juntam algum dinheiro, que pode vir de economia<br />

pessoal ou do próprio FGTS, e dão de entrada para<br />

viabilizar o financiamento.<br />

Ainda segundo Carlos José, com a economia estável e<br />

proporcionando cada vez mais oportunidades de crescimento<br />

financeiro, a classe C sai em busca de patrimônio.<br />

- Durante muitos anos, uma pequena parcela da população<br />

poderia se dar ao luxo de uma casa de veraneio. Agora,<br />

com a ascensão social que temos experimentado, esse panorama<br />

mudou. Antes, esses consumidores procuravam bens de<br />

consumo não duráveis, hoje eles querem patrimônio.<br />

Mas apesar da classe C estar abocanhando boa parte do<br />

mercado de imóveis para veraneio, as unidades que esses<br />

consumidores procuram ainda são as menos valorizadas e um<br />

pouco mais distante das praias. De acordo com o conselheiro<br />

do <strong>Creci</strong>-<strong>RJ</strong> e corretor de imóveis em Cabo Frio, Jorge Murillo,<br />

terrenos em bairros mais distantes das principais praias<br />

da cidade são o alvo dessa classe:<br />

- Como os apartamentos e as casas junto às praias estão<br />

muito valorizados, essas famílias recorrem a bairros e distritos<br />

um pouco mais afastados. Em Tamoios, por exemplo, que<br />

é o 2º distrito de Cabo Frio, há terrenos que oscilam de R$<br />

30 a 100 mil, que se encaixam na realidade dessa classe.<br />

No Brasil, o número de imóveis de veraneio cresceu quase<br />

duas vezes mais no comparativo com o aumento do total<br />

de residências no país. O primeiro teve um crescimento<br />

de 46%, enquanto que o segundo, apenas 24%. Ao todo, o<br />

Brasil tem quatro milhões de moradias para veraneio, o que<br />

representa 7% do total de residências do país.<br />

Stand 5

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