Abr-Mai-Jun/2012 Ano V. N°18 - Creci RJ
Abr-Mai-Jun/2012 Ano V. N°18 - Creci RJ
Abr-Mai-Jun/2012 Ano V. N°18 - Creci RJ
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
ARTIGO<br />
Stand 34<br />
QUE BRASIL É ESSE?<br />
*Lindbergh Farias<br />
O<br />
Brasil mudou. Está melhor do que era na década de<br />
1990. O Brasil que era a 11ª economia do mundo,<br />
hoje é a sexta – somente está atrás dos Estados Unidos,<br />
China, Japão, Alemanha e França. Contudo, ainda estamos<br />
longe de ser um país desenvolvido.<br />
Muito melhor do que o crescimento econômico foi que<br />
houve distribuição da renda. Na época dos militares, especialmente,<br />
no início dos anos 1970, a economia brasileira<br />
também havia crescido de forma vigorosa. Contudo, foi um<br />
crescimento concentrador de renda, riqueza e benesses.<br />
Em 1998, 54% da população brasileira pertenciam às<br />
classes de renda A, B ou C. Hoje, esse número é de 84%.<br />
Portanto, somente 16% da população brasileira são pobres.<br />
O desafio imediato é conceder bolsa-família àqueles que<br />
estão na condição de pobreza extrema. Mas, isto será pouco.<br />
Eles devem ascender ao mercado de trabalho formal e ter a<br />
oportunidade de ver seus filhos estudando.<br />
Lula, durante oito anos de governo, acertou e errou. Mas,<br />
suas medidas mais acertadas foram aquelas que estavam contaminadas<br />
pela sua história de vida, pelo seu sofrimento, por<br />
sua “caminhada” de Pernambuco a São Paulo e por sua vida de<br />
trabalhador metalúrgico.<br />
Lula aprendeu que quando o governo melhora a vida<br />
daqueles que mais precisam, a vida de todos melhorará. Sem<br />
rancor, sempre bem humorado, Lula foi o responsável pelas<br />
mudanças sociais que ocorreram no Brasil nesses últimos anos.<br />
Por exemplo, o salário mínimo aumentou, em termos reais,<br />
Foto: Assessoria de Imprensa/Lindbergh Farias<br />
mais que 60% nos governos de Lula e Dilma.<br />
No período de 2002 aos dias de hoje, o volume do comércio<br />
varejista dobrou de tamanho. Muita gente ganhou emprego,<br />
renda e pode trocar a sua geladeira, comprar uma TV nova e<br />
a até um carro popular. O crédito, que em 2002, era 22,5%<br />
do PIB, hoje é de 50%.<br />
Nesses anos de grandes transformações sociais, foram criados<br />
mais de 35 milhões de empregos. <strong>Mai</strong>s da metade desses<br />
empregos são empregos com carteira de trabalho. A carteira<br />
de trabalho assinada por um empregador tranquiliza um pai<br />
e solidifica uma família.<br />
Muita coisa ainda precisa ser feita. O Brasil precisa<br />
melhorar a qualidade da educação pública e o acesso ao<br />
sistema de saúde. Na educação, os primeiros passos já<br />
começaram a ser dados. Foram feitas 14 novas universidade<br />
públicas e mais de 200 escolas técnicas federais. Em<br />
2003, 160 mil alunos estudavam nessas escolas. Hoje, são<br />
mais de 420 mil.<br />
Mas, isto tudo ainda é pouco. Muito mais ainda vai ser feito.<br />
Na saúde, o Brasil precisará fazer uma revolução. O caminho<br />
está sendo trilhado, apesar das enormes dificuldades.<br />
Felizmente, o Brasil abandonou o caminhou do desmonte,<br />
da época das privatizações, e está se reconstruindo. Com<br />
Lula e, agora, com a presidente Dilma, o Brasil reaprendeu<br />
a valorizar a sua gente, o seu povo, e deixou de bajular os<br />
bancos e o FMI.<br />
*Senador pelo PT-<strong>RJ</strong>