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DETERMINAÇÃO DO TEOR DE SÓLIDOS SOLÚVEIS TOTAIS DE ...

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INSTITUTO FE<strong>DE</strong>RAL <strong>DE</strong> EDUCAÇÃO, CIENCIA E TECNOLOGIA <strong>DO</strong><br />

TOCANTINS<br />

CURSO TÉCNICO INTEGRA<strong>DO</strong> AO ENSINO MÉDIO –<br />

AGROINDUSTRIA<br />

VAZ, A. V ou Alessandra Vespúcio Vaz<br />

<strong><strong>DE</strong>TERMINAÇÃO</strong> <strong>DO</strong> <strong>TEOR</strong> <strong>DE</strong> SÓLI<strong>DO</strong>S <strong>SOLÚVEIS</strong><br />

<strong>TOTAIS</strong> <strong>DE</strong> <strong>DO</strong>CE <strong>DE</strong> GOIABA PSIDIUM GUAJAVA L.).<br />

Paraíso do Tocantins, Abril/2012


VAZ, A. V (ou Alessandra Vespúcio Vaz)<br />

<strong><strong>DE</strong>TERMINAÇÃO</strong> <strong>DO</strong> <strong>TEOR</strong> <strong>DE</strong> SÓLI<strong>DO</strong>S <strong>SOLÚVEIS</strong><br />

<strong>TOTAIS</strong> <strong>DE</strong> <strong>DO</strong>CE <strong>DE</strong> GOIABA PSIDIUM GUAJAVA L.).<br />

Relatório Técnico para fins de complementação de<br />

nota do componente de Análises de Alimentos, do<br />

Curso Técnico de Agroindústria Integrado ao Ensino<br />

Médio, do IFTO – Campus Paraíso do Tocantins.<br />

Orientadora: Alessandra Vespúcio Vaz<br />

Paraíso do Tocantins, Abril/2012


RESUMO<br />

Devido ao seu elevado valor nutritivo, a goiaba assume importância nas regiões<br />

tropicais e subtropicais, com grande aceitação pelo mercado consumidor. Excelente<br />

fonte de vitamina C, minerais como cálcio, fósforo e ferro, a goiaba é largamente<br />

utilizada na produção de doces em massa. Para garantir a qualidade do doce,<br />

cumprindo a legislação pertinente, deve-se realizar algumas análises. Parâmetro de<br />

grande importância no controle de qualidade de doces de frutas, o teor de sólidos<br />

solúveis totais determina a adequação do produto à legislação específica de doces<br />

de fruta, influenciando na textura e característica do produto final. Por este motivo, o<br />

objetivo do presente foi realizar a avaliação do teor de sólidos solúveis totais (SST)<br />

de doces de goiaba. A metodologia utilizada para análise foi de acordo com a<br />

adotada no Instituto Adolfo Lutz (2008), sendo a análise realizada no Laboratório de<br />

Análise de Alimentos do IFTO de Paraíso do Tocantins-TO. Os valores obtidos para<br />

doces de goiaba nas determinações de SST variaram de 56ºBrix a 58ºBrix. Após a<br />

análise pôde-se constatar que em relação ao teor de SST, as amostras de doces de<br />

goiaba não atenderam às exigências de valor estabelecido pelos Padrões de<br />

Identidade e Qualidade (PIQ) para doce de fruta.<br />

Palavras-chave: Frutas. Controle de qualidade. Legislação.


SUMÁRIO<br />

1 INTRODUÇÃO --------------------------------------------------------------------------------página<br />

2 LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO<br />

3 METO<strong>DO</strong>LOGIA<br />

4 RESULTA<strong>DO</strong>S E DISCUSSÕES<br />

5 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS


1 INTRODUÇÃO<br />

O Brasil é um dos três maiores produtores mundiais de goiaba (Psidium<br />

guajava L.). Constitui-se em um dos frutos de maior importância nas regiões<br />

subtropicais e tropicais, não só devido ao seu elevado valor nutritivo, mas pela<br />

excelente aceitação do consumo in natura, pela sua grande aplicação industrial,<br />

como também porque pode se desenvolver em condições climáticas adversas<br />

(GONGATTI NETTO et al., 1996).<br />

A goiabeira (Psidium guajava L.) é um arbusto de pequeno porte que pertence<br />

à família Mytaceae, que, em pomares adultos, pode atingir de três a seis metros de<br />

altura. As folhas são opostas e caem após a maturação; as flores são brancas e<br />

hermafroditas. Os frutos são bagos que têm tamanho, forma e coloração da polpa<br />

variável em função da cultivar. (MARTIN, 1967).<br />

A goiaba é considerada pelos nutricionistas como uma das frutas mais<br />

completas e equilibradas, sendo uma das mais ricas em vitaminas A, C, E e do<br />

complexo B, fibras, niacina e licopeno, além de concentrar altos teores de fósforo,<br />

magnésio, cálcio, ferro, ácido fólico. Suas excelentes propriedades organolépticas a<br />

tornam aproveitáveis tanto para o consumo ‘in natura’ quanto para a<br />

industrialização. Sua polpa, de alto rendimento, pode ser transformada e<br />

comercializada na forma de doces, geléias, sorvetes, coquetéis, compotas, sucos e<br />

bebidas (CHOUDBURY et al., 2001).<br />

O processamento de goiaba para obtenção de doce é uma atividade<br />

agroindustrial importante na medida em que agrega valor econômico à fruta,<br />

evitando desperdícios e minimizando as perdas que podem ocorrer durante a<br />

comercialização do produto in natura (FURTA<strong>DO</strong> et al,2000), além de permitir<br />

estender sua vida útil com manutenção da qualidade.<br />

Denomina-se ’ "Doce em Pasta" como sendo o produto resultante do<br />

processamento adequado das partes comestíveis desintegradas de vegetais com<br />

açúcares, com ou sem adição de água, pectina, ajustador do pH e outros<br />

ingredientes e aditivos permitidos por estes padrões até uma consistência<br />

apropriada, sendo finalmente, acondicionado de forma a assegurar sua perfeita<br />

conservação.<br />

Para controlar o processo produtivo de doces em pasta, torna-se necessário<br />

realizar controle de alguns parâmetros, a fim de adequar o produto às exigências


legais existentes. Dentre outras análises recomendadas, encontra-se a<br />

determinação do teor de sólidos solúveis totais, que classificará os doces em doce<br />

cremoso ou em pasta.<br />

A determinação do teor de SST deve ser realizada na fruta e no doce. Na<br />

fruta é realizado para avaliar o teor de açúcar inicial, que influenciará na adição da<br />

quantidade de açúcar para fabricação do doce. No produto final torna-se importante<br />

para verificar a adequação à legislação vigente.<br />

O Regulamento Técnico para fixação dos Padrões de Identidade e Qualidade<br />

(PIQ) para Doce em Pasta (BRASIL, 1978) estabelece parâmetros químicos como:<br />

O teor de sólidos solúveis do produto final não deve ser inferior a 55% para os<br />

cremosos e 65% para os doces em massa, devendo as eventuais exceções constar<br />

nos padrões específicos para os produtos correspondentes.<br />

2 METO<strong>DO</strong>LOGIA<br />

As amostras analisadas foram coletadas aleatoriamente, sendo<br />

posteriormente encaminhadas ao laboratório de alimentos do IFTO para realização<br />

da análise, onde as mesmas foram analisadas em triplicatas.<br />

Foi realizada determinação de sólidos solúveis totais pelo método adotado no<br />

Instituto Adolfo Lutz (IAL, 2008). A determinação do teor de SST foi realizada<br />

através de leitura direta em refratômetro de bancada da marca XXXXXXXX.<br />

Procedimento de análise<br />

Primeiramente procedeu-se ao preparo da amostra para análise, realizando-<br />

se a maceração do doce em almofariz e pistilo. Após a maceração, procedeu-se a<br />

higienização do refratômetro com água destilada e papel toalha, para dar inicio à<br />

análise. Depositou-se pequena quantidade de doce no corpo de prismas, com<br />

auxílio de uma espátula, e abriu-se a entrada de luz. Ajustando o botão de<br />

acionamento, ajustou-se a interface do círculo, realizando a leitura direta do teor de<br />

SST do doce, fazendo-se a correção quando necessário, devido a variação da<br />

temperatura.


3 RESULTA<strong>DO</strong>S E DISCUSSÕES<br />

A partir da análise físico-química realizada No doce de goiaba, obtive-se os<br />

dados expostos na tabela 1 relacionada abaixo:<br />

Tabela 1: Resultados da análise físico-química do doce de goiaba<br />

Amostra PIQ (mínimo) Valor Obtido da<br />

Análise<br />

Amostra 1 56%<br />

Amostra 2 65%<br />

57,5%<br />

Amostra 3<br />

58%<br />

Os dados representados na tabela 1 revelaram que nenhuma das amostras<br />

atenderam ao valor de SST exigido pela Instrução Normativa n° 9 de 1978,<br />

Regulamento Técnico Geral para Fixação dos Padrões de Identidade e Qualidade<br />

para Doce de Fruta (PIQ), que estabelece no mínimo 65% de SST para doces em<br />

pasta.


4 REFERÊNCIAS<br />

Brasil, Leis, Decretos etc. Ministério de Estado da Agricultura e do Abastecimento.<br />

Aprova os regulamentos técnicos para a fixação dos Padrões de Identidade e<br />

Qualidade para polpa das frutas. 9 de 1978.<br />

CHOUDHURY, M. M. Goiaba: pós-colheita. Brasília: Embrapa, 2001. 45 p.<br />

FRANCO, B. M., LANDGRAF, M. Microbiologia de Alimentos. São Paulo. Atheneu,<br />

1996.<br />

FURTA<strong>DO</strong> AAL, CABRAL LMC, ROSA M.F, MO<strong>DE</strong>STA RCD, PONTES SM.<br />

Avaliação microbiológica e sensorial da polpa de goiaba tratada termicamente.<br />

Revista Brasileira de Fruticultura, 2000<br />

GONGATTI NETTO, G.A.; GARCIA, A.E.; ARDITO, E.F.G.; GARCIA, E.C.;<br />

BLEINROTH, E.W.;<br />

MATALLO, M.; CHITARRA, M.I.F.; BORADIN, M.R. Goiaba para exportação:<br />

procedimentos de colheita e pós-colheita: Ministério da Agricultura Rural, 1996.<br />

Instituto Adolfo Lutz. Métodos físico-químicos para análises de alimentos.<br />

Coordenadores: Odair Zenebon, Neus Sadocco Pascuet e Paulo Tiglea. São Paulo:<br />

Instituto Adolfo Lutz, 2008. 1020p.<br />

LIMA, M.A.C.; ASSIS, J.S.; GONZAGA NETO, L. Caracterização dos frutos de<br />

goiabeira em seleção de cultivares na região do Submédio São Francisco. 2001.<br />

MARTIN, A. Industrialização da goiaba. Boletim do Centro Tropical de Pesquisa de<br />

Alimentos, v.12, 1967.

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