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Aula 07 - Ufop

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BARRAGENS DE TERRA E DE<br />

ENROCAMENTO – AULA 3<br />

Prof. Romero César Gomes - Departamento de Engenharia Civil / UFOP


Análises da Estabilidade de Taludes de Barragens<br />

Escolha das Seções Críticas<br />

• seção de altura máxima;<br />

• seções em condições críticas de fundação (principalmente em caso de fundações<br />

com problemas potenciais em termos de geração de poropressões elevadas);<br />

• seções em condições de perfis geotécnicos complexos<br />

Parâmetros de Projeto<br />

• programa de investigações geotécnicas<br />

• seleção dos parâmetros de projeto<br />

Condições de Carregamento<br />

• final de construção<br />

• regime permanente de fluxo;<br />

• rebaixamento rápido;<br />

• análise dinâmica (estabilidade sob eventos sísmicos)


Análises da Estabilidade de Taludes de Barragens<br />

Análise em Tensões Efetivas (TEF)<br />

• utilizar parâmetros efetivos de resistência (‘drenados’): c’, φ’;<br />

• determinar as tensões efetivas estimando-se as poropressões geradas em cada caso;<br />

• análises aplicadas tipicamente no caso de taludes em solos granulares ou em análises a longo<br />

prazo para taludes em solos pouco permeáveis;<br />

• aplicável também no caso de taludes em final de construção ou em análises de rebaixamento<br />

rápido para taludes em solos pouco permeáveis.<br />

Análise em Tensões Totais (TET)<br />

• utilizar parâmetros totais de resistência (‘não drenados’): c, φ;<br />

• determinar as tensões totais em cada caso;<br />

• análises aplicadas tipicamente no caso de taludes em final de construção ou em análises de<br />

rebaixamento rápido para taludes em solos pouco permeáveis;<br />

• não aplicável a outras análises.


Análises da Estabilidade de Taludes de Barragens<br />

c’, φ’<br />

c, φ


Análise I - Durante e Final de Construção<br />

FS = 1,3


Análise I - Durante e Final de Construção<br />

Condições gerais<br />

convencionalmente adotada em projeto (a não ser no caso de barragens de pequena altura), embora rupturas da<br />

barragem nestas condições sejam pouco comuns;<br />

em geral, a condição mais crítica ocorre ao final de construção mas podem ser necessárias análises adicionais para<br />

estágios intermediários da obra.<br />

ambos os taludes são analisados nestas condições.<br />

ocorrem variações complexas das tensões ao longo do maciço compactado;<br />

em função das reduzidas permeabilidades dos solos compactados e dos prazos relativamente rápidos da construção,<br />

as condições de drenagem tornam-se muito limitadas e, assim, elevadas poropressões tendem a ser desenvolvidas no<br />

aterro da barragem (fato análogo pode ocorrer com os terrenos de fundação)<br />

umidades de compactação acima da ótima desenvolvem maiores poropressões, que são também geradas mais<br />

rapidamente;<br />

as camadas compactadas podem ficar saturadas, em função do processo de adensamento induzido pela construção da<br />

barragem ou pela ação de chuvas.


Análise I - Durante e Final de Construção<br />

Análise da estabilidade em termos de tensões efetivas:<br />

Utilizar parâmetros efetivos de resistência com base na envoltória de ensaios CD (solos muito<br />

permeáveis) ou de ensaios CIU com medidas de poropressões – ensaios (solos mais<br />

permeáveis, tipicamente com k > 10-4 CIU<br />

cm/s) .<br />

Análise da estabilidade em termos de tensões totais:<br />

Utilizar parâmetros totais de resistência com base na envoltória de ensaios UU ou de ensaios CU<br />

sob as condições de adensamento mais adequadas às condições representativas do problema<br />

real (solos menos permeáveis, tipicamente com k < 10 -7 cm/s) .


Análise I - Durante e Final de Construção<br />

Condições de campo ≠ Condições de Laboratório (ensaios UU):<br />

Laboratório Campo<br />

σ1 = σ3 : tensões iniciais;<br />

σ 3 : constante; σ 1f : σ 1i + Δσ 1 : tensões finais<br />

σ1 ≠ σ 3 : tensões iniciais e finais<br />

sem adensamento e sem drenagem com adensamento e drenagem<br />

direção invariável das tensões principais rotação das tensões principais<br />

parâmetros de resistência de campo ≠ parâmetros de resistência de laboratório!


Análise I - Durante e Final de Construção<br />

Procedimentos para a Estimativa das Poropressões de Campo<br />

- ensaios triaxiais tipo não adensado e não drenado;<br />

- ensaios triaxiais sob acréscimos variáveis da tensões (σ 1 / σ 3 );<br />

- ensaios triaxiais tipo K 0 (mais indicado);<br />

- correlações com dados de instrumentação de barragens similares, etc.<br />

Em caso de não estabilidade dos taludes pelas análises realizadas, podem ser adotados os<br />

seguintes procedimentos:<br />

• avaliação dos dados de instrumentação e correlação com os dados previstos;<br />

• intercalação de camadas drenantes no maciço;<br />

• paralisação temporária dos serviços de compactação (p/ dissipação das poropressões);<br />

• abatimento do talude de jusante (adoção de taludes mais suaves).


Análise II - Regime Permanente de Fluxo<br />

Condições gerais<br />

- percolação induzida pelo reservatório cheio (condição de ruptura mais freqüente);<br />

- rupturas catastróficas;<br />

- análise associada diretamente ao projeto da drenagem interna da barragem;<br />

- condições críticas em termos das análises de estabilidade do talude de jusante.<br />

FS = 1,5


Análise II - Regime Permanente de Fluxo<br />

Análise da estabilidade em termos de tensões efetivas:<br />

Utilizar parâmetros efetivos de resistência com base na envoltória de ensaios CD (solos muito<br />

permeáveis) ou com base na envoltória de ensaios CIU<br />

, com as poropressões sendo obtidas<br />

diretamente da rede de fluxo da barragem.


Análise III - Rebaixamento Rápido<br />

Condições gerais<br />

- desconfinamento lateral do talude de montante, pelo rebaixamento rápido do nível do reservatório;<br />

- geração de poropressões pelo aumento das tensões cisalhantes na zona do rebaixamento;<br />

- correlação entre as condições de drenagem do solo compactado em relação às velocidades de rebaixamento<br />

(função do volume do reservatório e da capacidade do vertedor);<br />

- rupturas não catastróficas.<br />

FS = 1,2 -1,3*<br />

* admitindo-se uma hipótese atípica do evento


Análise III - Rebaixamento Rápido<br />

Análise da estabilidade em termos de tensões efetivas:<br />

Utilizar parâmetros efetivos de resistência com base na envoltória de ensaios CD (solos muito<br />

permeáveis) ou de ensaios CIU<br />

com medidas de poropressões, obtidas diretamente da rede de<br />

rebaixamento da barragem.


Análise III - Rebaixamento Rápido<br />

Análise da estabilidade em termos de tensões totais e efetivas:<br />

Utilizar parâmetros de resistência obtidos com base na envoltória conjugada ou mais crítica das<br />

obtidas a partir de ensaios CIU e CD ou CIU e<br />

esta sistemática para quaisquer solos).<br />

CIU<br />

para solos menos permeáveis (ou adotar


Análise III - Rebaixamento Rápido<br />

Poropressões a partir da rede de fluxo de rebaixamento:<br />

u = γ wh p - B γ wh w sendo B ≤ 1 (B ~ 0,2 a 0,4)


Análise IV - Estabilidade contra Terremotos<br />

Condições gerais<br />

Método pseudo – estático: utilizar parâmetros efetivos de resistência (adotar as mesmos<br />

critérios da análise para a condição de regime permanente de fluxo), associados a uma dada<br />

solicitação dinâmica (força horizontal expressa pelo produto do coeficiente sísmico pelo peso da<br />

massa potencialmente instável).<br />

FS = 1,1<br />

%g<br />

(evento sísmico)


Análise IV - Estabilidade contra Terremotos<br />

Recomendações para implantação de barragens em zonas sísmicas (Seed, 1973):<br />

• evitar zonas de falhas nas fundações;<br />

• prever ampla borda livre no reservatório;<br />

• adotar elevadas espessuras das zonas de transição, utilizando-se materiais não susceptíveis ao<br />

fissuramento;<br />

• utilizar núcleos espessos de materiais com características “auto-cicatrizantes”;<br />

• utilizar dispositivos apropriados para minimizar efeitos de ondas provenientes dos próprios<br />

tremores ou de escorregamentos para dentro do reservatório;<br />

• utilizar dispositivos na crista da barragem para minimizar efeitos de erosão no caso de<br />

galgamento da barragem (“overtopping”);<br />

• adotar medidas adicionais para impedir rupturas de taludes ou deslizamento da barragem.


Análises Tensões-Deformações de Barragens<br />

• Causas principais de fissuramentos em barragens:<br />

- desenvolvimento de tensões de tração em zonas do<br />

maciço devido a recalques diferenciais<br />

- condicionantes devido à geometria do arranjo e/ou<br />

compressibilidades distintas entre os materiais de aterro e<br />

fundação<br />

• Natureza das fissuras: longitudinais ou transversais ao<br />

eixo da barragem<br />

• Análise do problema: métodos numéricos + resultados de<br />

instrumentação


Análises Tensões-Deformações de Barragens


Análises Tensões-Deformações de Barragens<br />

Alteração da geometria do arranjo barragem - fundação<br />

• arqueamento do eixo da barragem;<br />

• deslocamento do eixo da barragem;<br />

• escavação e substituição dos materiais existentes;<br />

• alteração dos taludes, etc<br />

Alteração do comportamento reológico dos materiais<br />

• alteração dos parâmetros de compactação;<br />

• redução da velocidade da construção;<br />

• mistura de diferentes materiais;<br />

• substituição de materiais, etc<br />

Especificação dos filtros e zonas de transição<br />

• Interferência na continuidade das fissuras;<br />

• efeitos favoráveis no processo de auto-colmatação das fissuras


Elevação (m)<br />

Análises Tensões-Deformações de Barragens<br />

830<br />

820<br />

810<br />

800<br />

790<br />

780<br />

770<br />

760<br />

750<br />

740<br />

730<br />

720<br />

710<br />

700<br />

690<br />

680<br />

670<br />

660<br />

650<br />

0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 260 280 300 320 340 360 380 400 420 440 460 480 500<br />

simulação do processo construtivo<br />

Distância (m)<br />

Elevação (m)<br />

830<br />

820<br />

810<br />

800<br />

790<br />

780<br />

770<br />

760<br />

750<br />

740<br />

730<br />

720<br />

710<br />

700<br />

690<br />

680<br />

670<br />

660<br />

650<br />

1<br />

2<br />

6<br />

5<br />

4<br />

3<br />

7<br />

10<br />

9<br />

11<br />

16<br />

15<br />

14<br />

13<br />

12<br />

17<br />

18 19<br />

21<br />

20<br />

22<br />

23<br />

24<br />

2526<br />

27<br />

8<br />

Distância (m)<br />

UHE NOVA PONTE<br />

Malhas de elementos finitos<br />

0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 260 280 300 320 340 360 380 400 420 440 460 480 500<br />

1 2


Elevação (m)<br />

Análises Tensões-Deformações de Barragens<br />

830<br />

820<br />

810<br />

800<br />

790<br />

780<br />

770<br />

760<br />

750<br />

740<br />

730<br />

720<br />

710<br />

700<br />

690<br />

680<br />

670<br />

660<br />

650<br />

0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 260 280 300 320 340 360 380 400 420 440 460 480 500<br />

-0.2<br />

-0.3<br />

-0.4<br />

-0.8<br />

-0.7<br />

-0.6<br />

-0.5<br />

-0.4<br />

-0.3<br />

-0.2<br />

-0.1<br />

Distância (m)<br />

Curvas de iguais deslocamento horizontais<br />

Elevação (m)<br />

-0.1<br />

0<br />

-0.1<br />

Curvas de iguais deslocamentos verticais<br />

830<br />

820<br />

810<br />

800<br />

790<br />

780<br />

770<br />

760<br />

750<br />

740<br />

730<br />

720<br />

710<br />

700<br />

690<br />

680<br />

670<br />

660<br />

650<br />

0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 260 280 300 320 340 360 380 400 420 440 460 480 500<br />

0<br />

0.1<br />

0.2<br />

0.3<br />

Distância (m)<br />

0.4<br />

0.5

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