Estudo comparativo do Desenvolvimento neuropsicomotor ... - Unama

UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA
UNAMA
Andrielle Guimarães Rodrigues
Letícia Alves Fonseca
ESTUDO COMPARATIVO DO DESENVOLVIMENTO
NEUROPSICOMOTOR EM CRIANÇAS NÃO PORTADORAS DO
VÍRUS HIV CUJAS MÃES TOMARAM AZT E FILHOS DE MÃES NÃO
PORTADORAS DO VÍRUS HIV.
Belém – PA
2007
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UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA
UNAMA
Andrielle Guimarães Rodrigues
Letícia Alves Fonseca
ESTUDO COMPARATIVO DO DESENVOLVIMENTO
NEUROPSICOMOTOR EM CRIANÇAS NÃO PORTADORAS DO
VÍRUS HIV CUJAS MÃES TOMARAM AZT E FILHOS DE MÃES NÃO
PORTADORAS DO VÍRUS HIV.
Trabalho de conclusão de curso apresentado para
obtenção do grau de bacharel em Fisioterapia, pelo curso
Fisioterapia.
Orientadora: Dayse Danielle Oliveira Silva.
Co-orientador: Mauro José Pantoja Fontelles.
Belém – PA
2007
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UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA
UNAMA
Andrielle Guimarães Rodrigues
Letícia Alves Fonseca
ESTUDO COMPARATIVO DO DESENVOLVIMENTO
NEUROPSICOMOTOR EM CRIANÇAS NÃO PORTADORAS DO
VÍRUS HIV CUJAS MÃES TOMARAM AZT E FILHOS DE MÃES NÃO
PORTADORAS DO VÍRUS HIV.
Trabalho de conclusão de curso apresentado para obtenção do grau de bacharel
em Fisioterapia
Data da Defesa: ______/_______/______
Conceito: _______________________
Banca Examinadora
_______________________________________________
Examinador 1
_______________________________________________
Examinador 2
_______________________________________________
Examinador 3
3

Aos meus pais, principais responsáveis por tudo o que
4
sou e conquistei.
Pelo exemplo de amor e pelo constante esforço e por
me motivar a crescer cada dia mais.
Andrielle Rodrigues
Aos meus pais, incansáveis companheiros na
caminhada rumo a minha profissão.
Letícia Fonseca

AGRADECIMENTOS
- A DEUS, fonte segura de luz em nossos caminhos, agradecemos por cada dia mais, sentir
sua presença nos dando saúde, guiando nossos passos e alimentando nossas almas.
- Aos nossos pais e familiares pela força, dedicação, companheirismo, por tudo que fizeram
para estarmos aqui hoje, ensinando a lutar pelos nossos objetivos, e por fazerem dos seus
sonhos os nossos sonhos.
- A UNAMA e a todos os professores que contribuíram para a nossa formação acadêmica.
- A Unidade de Referência Materno Infantil e Adolescente, especialmente, à equipe do setor
da DIP, pela atenção e disponibilidade dos prontuários, para realização desta pesquisa.
- A Casa Dia pela disponibilidade dos prontuários e espaço para a realização das pesquisas.
- A orientadora e Profª. Dayse Silva da Universidade da Amazônia (UNAMA), pelo valioso
incentivo e empenho na orientação deste trabalho.
- Ao Co-orientador e Profº. Dr. Mauro Fontelles, da Universidade da Amazônia, pelos
esclarecimentos científicos e colaboração na realização da parte estatística deste trabalho.
- Aos pacientes e seus pais e/ou responsáveis, pela compreensão, força de vontade e paciência
no decorrer da pesquisa.
- A Hilma Melo pela orientação da ABNT.
- A Nazaré Alves pela correção ortográfica.
- A Anderson Rodrigues pela realização do resumo na língua estrangeira.
- Aos nossos namorados pela paciência, incentivo e compreensão.
- A todos que contribuíram direta ou indiretamente para a realização desta pesquisa.
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"A maior vitória na competição é derivada da
satisfação interna de saber que você fez o seu
melhor e que você obteve o máximo daquilo
que você deu”.
(Howard Cosell)
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Andrielle Guimarães Rodrigues; Letícia Alves Fonseca. Estudo comparativo do
desenvolvimento neuropsicomotor em crianças não portadoras do vírus HIV cujas mães
tomaram AZT e filhos de mães não portadoras do vírus HIV. Universidade da Amazônia,
Belém, Pará, 2007.
RESUMO
Introdução: O estudo do desenvolvimento neuropsicomotor de crianças é complexo e, sofre
influência de fatores genéticos e ambientais. A não amamentação e o empobrecimento da
população acometida pelo HIV, têm-se um quadro de crianças expostas ao vírus que poderão
apresentar alterações no desenvolvimento. Objetivo: analisar o desenvolvimento
neuropsicomotor em crianças nascidas de mães soro-positivas para o vírus HIV que fez uso da
medicação AZT durante a gestação em comparação com filhos de mães soro-negativos para o
vírus HIV. Materiais e Métodos: O estudo é observacional do tipo transversal. Foram
selecionados, submetidos a uma avaliação com 19 testes do desenvolvimento
neuropsicomotor do protocolo de COELHO (1999) obedecendo aos critérios de inclusão e
exclusão. Resultados: Foi utilizado o teste do qui-quadrado para analisar o desenvolvimento
neuropsicomotor de filhos de mães soropositivas que fizeram o uso do AZT e crianças não
expostas ao vírus, portanto, não apresentando diferença estatística significativa nos testes de
reação corporal de retificação, sentada sem apoio, Landau I e Landau II. Conclusão: Na
presente pesquisa não foi encontrada alteração no desenvolvimento motor das crianças. Dessa
forma, se aceita a hipótese nula, constatando que o AZT no período gestacional não interfere
no desenvolvimento neuropsicomotor. Novos estudos envolvendo amostras com diferentes
faixas etárias assim como com um número maior de crianças poderão colaborar com a
confirmação de dados obtidos.
PALAVRAS-CHAVE: desenvolvimento neuropsicomotor, vírus imunodeficiência humana,
zidovudina.
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Andrielle Guimarães Rodrigues; Letícia Alves Fonseca. Comparative study of the
neuropsychomotor development on children born from HIV positive mothers that used the
AZT medicine and children from negative mothers to the virus HIV. Universidade da
Amazônia, Belém, Pará, 2007.
ABSTRACT
Introduction: The development neuropsychomotor studies are complex and suffer the
influence of ambiental and genetics factors. Because the impoverishment and not breastfeeded
and of people HIV positive or children no exposit to the virus are able to present alterations
on the development. Objective: To analyze the neuropsychomotor development on children
born from HIV- positive mothers to the virus HIV that used the AZT medicine during the
pregnancy in comparison with children from HIV-negative to the virus HIV. Methods: The
study is observational and transversal. We selected 37 patients that are 6 months old (about 15
days), 17 children on the experimental group and 20 children on the control group, submitted
an evaluation with 19 tests from the neuropsychomotor development of protocol from
COELHO (1999), obeying the inclusion and exclusion criterion. Results: It was used the test
of qui-square to analyze the neuropsychomotor development of children from HIV-positive
mothers that used AZT and children non displayed to the virus, so, without present significant
statistic difference on the corporal reaction rectification tests, seat without support, Landau I e
Landau II. Conclusion: On this research there weren’t alterations on the motor development
of the children. Then, it is accepted the void hypothesis, establishing that the AZT on the
pregnancy period don’t interfere in the neuropsychomotor. New studies envolving samples
with different age groups, like with a major number of children could collaborate with a
confirmation of obtained information.
KEY WORDS: Neuropsychomotor development, human immunodeficiency virus,
zidovudine.
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LISTA DE TABELAS
TABELA 1: Testes do desenvolvimento neuropsicomotor.....................................................28
TABELA 2: Teste reação corporal de retificação....................................................................30
TABELA 3: Teste sentado sem apoio......................................................................................31
TABELA 4: Teste Landau I.....................................................................................................32
TABELA 5: Teste Landau II....................................................................................................32
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LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1: Postura e posicionamento em decúbito dorsal com membros em
extensão.....................................................................................................................................24
FIGURA 2: Postura e posicionamento em decúbito dorsal com membros em
semiflexão.................................................................................................................................24
FIGURA 3: Toca diversas partes do corpo ..............................................................................25
FIGURA 4: Prova mão-lenço no rosto.....................................................................................25
FIGURA 5: Preensão manual do lado ulnar.............................................................................26
FIGURA 6: Reflexo de preensão plantar..................................................................................26
FIGURA 7: Reflexo cutâneo plantar........................................................................................27
FIGURA 8: Manobra do cachecol............................................................................................27
FIGURA 9: Manobra de rechaço..............................................................................................28
FIGURA 10: Manobra beira de cama.......................................................................................28
FIGURA 11: Reação corporal de retificação............................................................................29
FIGURA 12: Postura e posicionamento em decúbito ventral...................................................29
FIGURA 13: Manobra do arrasto.............................................................................................30
FIGURA 14: Sentada sem apoio...............................................................................................30
FIGURA 15: Landau I..............................................................................................................31
FIGURA 16: Landau II.............................................................................................................31
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................13
2 JUSTIFICATIVA.................................................................................................................14
3 OBJETIVOS.........................................................................................................................15
4 REFERENCIAL TEÓRICO...............................................................................................16
4.1 DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR.......................................................16
4.2 REFLEXOS E REAÇÕES POSTURAIS.....................................................................17
4.3 ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR................................18
4.4 A IMPORTÂNCIA DE SE AVALIAR O DNPM DA CRIANÇA..............................20
4.5 QUAIS AS INFLUÊNCIAS DO HIV NO DNPM.......................................................20
5 MATERIAIS E MÉTODOS...............................................................................................22
5.1 LOCAL..............................................................................................................................22
5.2 GRUPOS ESTUDADOS...................................................................................................22
5.3 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO...............................................................22
5.4 APLICAÇÃO DOS INSTRUMENTOS..........................................................................23
5.5 PROCEDIMENTOS.........................................................................................................23
5.6 ANÁLISE DE DADOS.....................................................................................................32
5.7 DESCRIÇÃO DO ESTUDO............................................................................................32
5.8 ANÁLISE ESTATÍSTICA...............................................................................................32
6 RESULTADOS E DISCUSSÃO.........................................................................................34
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................................41
REFERÊNCIAS.....................................................................................................................43
APÊNDICES............................................................................................................................47
APÊNDICE A.....................................................................................................................48
11

APÊNDICE B.....................................................................................................................49
APÊNDICE C.....................................................................................................................50
APÊNDICE D.....................................................................................................................51
APÊNDICE E.....................................................................................................................54
APÊNDICE F......................................................................................................................55
ANEXOS..................................................................................................................................56
ANEXO A...........................................................................................................................57
ANEXO B...........................................................................................................................59
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1 INTRODUÇÃO
A síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA/AIDS) é uma doença infecciosa,
registrada pela primeira vez em 1981 pelo Centers For Disease Control (CDC – Atlanta,
EUA); desde então se alastra de forma epidêmica, atingindo hoje indivíduos a cerca de 200
países, nos cinco continentes. É causada pelo vírus da imunodeficiência humana, subtipos
HIV1 e HIV2, da subfamília lentiviridae, um retrovírus cuja característica é ser linfo e
neurotrópico, levando a uma infecção lenta, crônica (MAGALHÃES, 2000).
Desde 1980 até meados de 2006, no Brasil, foram notificados 433.067 casos de
portadores de AIDS, com proporção entre os sexos masculino e feminino de 1,5:1,
respectivamente. Hoje, as estimativas indicam que cerca de 600 mil pessoas são portadoras do
HIV/AIDS no Brasil. Número que permanece estável desde 2000 (BRASIL, 2006).
Anualmente, 3 milhões de mulheres dão a luz no Brasil. Os dados epidemiológicos de
gestantes soropositivas para o HIV foram de 31.921 parturientes infectadas sendo notificadas
no sistema de informação de agravos de notificação (SINAN) de 2000 até 30/11/2006.
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006).
A infecção perinatal pode ocorrer de três formas: infecção transplacentária (30 a 40%),
contato das mucosas fetais com secreções ou sangue materno no momento do parto (50 a
70%) e através do leite materno (10 a 15%) (CASTRO et al. 2001).
Diante desta situação epidemiológica e da existência de esquema profilático altamente
eficaz contra a transmissão materno-infantil do HIV (transmissão vertical), torna-se de grande
importância o conhecimento, o mais cedo possível, do estado sorológico das gestantes, a fim
de iniciar a terapêutica da doença e/ou profilaxia adequada da transmissão vertical do vírus
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006).
Uma assistência adequada pode contribuir para a redução da transmissão vertical do HIV
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pelo uso da Zidovudina (AZT), durante a gestação, no período do parto e assistência pós-natal
ao recém-nascido, evitando exposição às secreções e sangue materno e oferecendo AZT ao
bebê. O AZT deve fazer parte dos esquemas terapêuticos anti-retrovirais combinados,
adotados para gestantes portadoras do HIV/AIDS (PEDROZO et al. 2002).
Diversos estudos têm demonstrado que o leite humano pode ser associado com a
transmissão vertical do HIV no período após o nascimento. A taxa sugerida para transmissão
do HIV através do aleitamento materno é de 29% e o risco adicional de transmissão do HIV
através desta via, em infecções adquiridas nos períodos intra-uterino e parto, é cerca de 14%
(de 7%-22%) (YOSHIMOTO et al. 2005).
Após o nascimento, as mães soropositivas são orientadas a substituírem o aleitamento
materno pelo leite artificial ou humano pasteurizado de acordo com as normas do Consenso
Nacional DST/AIDS na prevenção da transmissão vertical do HIV (MINISTÉRIO DA
SAÚDE, 2006).
Crianças que nunca mamaram tiveram um risco 88% maior do que as que mamaram mais
de seis meses, de apresentar suspeita no atraso do desenvolvimento neuropsicomotor
(HALPERN et al. 2002).
Somando a questão da vulnerabilidade ao ambiente, a diminuição da proteção através da
não amamentação e o empobrecimento da população acometida pelo HIV, têm-se um quadro
de crianças expostas a riscos biológicos e ambientais que poderão apresentar alterações no
desenvolvimento, a pluralidade de riscos pode contribuir para um aumento dos atrasos ou
desvios no desenvolvimento (PEDROMÔNICO, 2002).
2 JUSTICATIVA
A realização de estudos com filhos soro-revertidos de mães portadoras de HIV é de
extrema importância para o acompanhamento da evolução motora sendo necessário realizar
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um diagnóstico precoce de possíveis atrasos no desenvolvimento neuropsicomotor.
3 OBJETIVOS
O objetivo geral deste estudo é identificar, através da análise observacional, o
desenvolvimento neuropsicomotor em crianças nascidas de mães soro-positivas para o HIV
que fez uso da medicação AZT durante a gestação em comparação com filhos de mães soro-
negativos para a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA). E de forma mais
especifica objetiva-se utilizar o protocolo de COELHO (1999) para analisar as fases do
desenvolvimento neuropsicomotor destas crianças no âmbito ambulatorial, identificando
precocemente possíveis alterações.
15

4 REFERENCIAL TEÓRICO:
4.1 DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR
“O desenvolvimento significa mudanças de novos comportamentos provocando
transformações no organismo. O desenvolvimento evolui seguindo a direção céfalo-
caudal, próximo distal. Cada etapa do desenvolvimento é pré-requisito para o
seguinte, no sentido do global para o específico” (OLIVEIRA; PACHECO, 2005).
Inicialmente, deve-se considerar que o desenvolvimento refere-se ao conjunto de
alterações mais ou menos contínuas na vida de um organismo que obedece a certa seqüência,
que são progressivas e irreversíveis e que podem ocorrer ao nível molecular, funcional ou
comportamental. Estas modificações são idades-dependentes e consistem de alterações
quantitativas e qualitativas. O desenvolvimento tem características que permitem a
identificação de certas etapas previsíveis para os organismos de certa espécie
(SCHWARTZMAN, 2003).
O estudo do desenvolvimento neuropsicomotor de crianças é complexo, pois, cada
criança é diferente e sofre influência de fatores genéticos e ambientais, nascendo com algo
que a torna única, pois, fatores que vão do peso ao nascimento e complicações clínicas podem
ser decisivas, alterando ou modificando suas respostas e interferindo no seu futuro
desenvolvimento (SAUER et al. 2006).
O desenvolvimento motor normal significa um desabrochar das habilidades latentes de
uma criança. Os primeiros movimentos, presentes no recém-nascido, são bastante simples e se
alteram, tornando-se variados e mais complexos (OLIVEIRA, 2006).
Para se compreender a natureza das dificuldades motoras de uma criança com lesão
neurológica, ressalta-se a importância do estudo do desenvolvimento motor normal quanto à
evolução das reações posturais automáticas, sob as quais repousam as atividades funcionais da
criança. Estas reações formam a base da postura e do movimento que a criança adota quando
aprende a executar qualquer atividade mais específica, como rolar, sentar e manter-se sentado,
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ficar de pé e andar. Sendo denominadas de reações de “motilidade principal”, justamente por
esta participação das reações posturais automáticas no desenvolvimento motor normal
(BOBATH, 1979).
4.2 REFLEXOS E REAÇÕES POSTURAIS
Em se tratando de desenvolvimento, convém ressaltar que as atividades reflexas do
recém-nascido promovem a maior parte dos comportamentos motores. Os reflexos primitivos
são mecanismos responsáveis por fornecer uma base para os movimentos a fim de assegurar a
sobrevivência e de facilitar as aquisições para a avaliação da integridade do sistema nervoso
central. A ausência deles, em idades em que deveriam estar presentes, ou sua persistência
após idades em que deveriam ter desaparecido podem indicar um retardo na maturação da
criança ou uma disfunção neurológica. Geralmente, estes reflexos estarão presentes durante os
primeiros seis meses de idade e serão inibidos conforme os padrões de endireitamento e de
equilíbrio que vão surgindo (FREITAS; BRAZ, 2006).
O reflexo tônico-cervical assimétrico (RTCA) é de origem mesencefálica, este não
permanece fixo na criança normal. Ele surge e desaparece com facilidade, de maneira
dinâmica suave, podendo, em certos momentos, ser fragmentado ou estar combinado com
outros movimentos, posicionamentos segmentares e atitudes posturais. Se o RTCA
permanecer de forma fixa, com aumento anormal do tônus (hipertonia patológica ou
espasticidade), pode existir lesão no sistema nervoso central (COELHO, 1999).
Reflexo da voracidade e sucção são de grande importância para sobrevivência do recém-
nascido, sendo encontrados em todo o recém-nascido normal. Sua ausência pode ser indício
de grave lesão no sistema nervoso central. Os reflexos da voracidade e de sucção não devem
ser pesquisados imediatamente após a mamada. Caso contrário, poderá não apresentar
respostas ou estas serem débeis, devido à adaptação aos estímulos (COELHO, 1999).
Reação de Moro é um reflexo desencadeado por vários estímulos, como sonoro e visual, é
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observado em duas etapas e a ausência de respostas ou respostas assimétricas indicam a
presença de algum distúrbio do sistema nervoso central (OLIVEIRA, 2006).
Reflexo de preensão palmar e plantar estes reflexos se processam a nível espinhal e
devem ser pesquisados em cada lado, separadamente. Está presente no recém-nascido e
desaparece por volta dos 4 (quatro) meses o reflexo de preensão palmar e 11 (onze) meses o
reflexo de preensão plantar. A observação de debilidade ou ausência de resposta, em uma ou
ambas as mãos ou pés, pode indicar presença de anormalidade, como, por exemplo, nos casos
em que existe acentuada hipotonia (COELHO, 1999).
Reflexo de apoio plantar (RAP) e marcha reflexa são reflexos ao nível do tronco cerebral
e a nível espinhal, respectivamente. De acordo com vários autores, o RAP e a marcha reflexa
estão presentes até o segundo mês de vida (COELHO, 1999).
A maturação reflexa fornece e assiste os movimentos voluntários e a exploração do meio.
Por este motivo faz-se necessário o perfeito conhecimento do desenvolvimento motor normal
da criança seus reflexos e reações (LIMA, 1998).
4.3 ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR
No primeiro mês (0 a 1 mês) os movimentos são indiferenciados em bloco, supino e em
prono, os movimentos são lentos, porém bruscos e arritmados. O controle de cabeça encontra-
se ausente, fazendo apenas o deslocamento da cabeça para os lados como fator de
sobrevivência. Os membros permanecem em flexão e adução simetricamente. O reflexo
tônico cervical assimétrico RTCA (ausente ou fraco no início do período e visível no final).
Reflexo tônico labiríntico (RTL) e reação de apoio presentes. Reflexo de Moro, Gallant e
marcha presentes. Preensão palmar e plantar muito fortes. Reflexo de busca, sucção e
deglutição presentes (OLIVEIRA; PACHECO, 2005).
No segundo mês (1 a 2 meses) nota-se movimentação mais suave, iniciando coordenação
dos movimentos. Movimentação assimétrica, chutes alternados e aumento da movimentação à
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estímulos visuais e auditivos. Reflexo de Moro, Sucção e Preensão Palmar e Plantar (fortes).
RTCA aumentado. Postura assimétrica com diminuição da postura flexora e a cabeça roda
para os dois lados. Diminuição do tônus flexor: a cabeça acompanha o movimento (puxado
para sentar) e apresenta tentativas de endireitamento na postura sentada (manobra do arrasto)
(OLIVEIRA; PACHECO, 2005).
Durante o terceiro mês (2 a 3 meses) a criança pode estar simetricamente de costas, virar-
se para os dois lados, já não mais em bloco, mas com certa rotação. O RTCA aumenta, mas
pode ser quebrado facilmente, trazendo às mãos a linha média, predominantemente aberta e a
criança brinca com as mãos por muito tempo. Movimentos mais coordenados; início da
extensão de tronco, do apoio de antebraços e da transferência de peso sobre o mesmo. A
cabeça pode ser mantida em linha média, mas se coloca de preferência para um lado,
enquanto o tronco se mostra virado para o lado do rosto. Posturas assimétricas, pés já tocam
no chão; diminuição da flexão e elevação da cabeça (em prono). Diminuição do tônus flexor e
aumento do extensor; quando puxada para sentar, bom controle de cabeça. Tônus influenciado
pelo RTCA (FLEHMIG, 2000).
No quarto mês (3 a 4 meses) existe menos influência do Reflexo tônico cervical
assimétrico RTCA e o corpo gira para o lado. RTCA e Moro (em inibição). Reflexo de
Landau (aparece). Reflexo de pára-quedas e reação de equilíbrio em prono e supino (inicia).
Reações posturais boa, membros simétricos com junção dos pés e das mãos e a cabeça às
vezes permanecem na linha média. Apoio de antebraço, equilíbrio de cabeça, postura de
balanceio e membros inferiores em rotação externa e flexão leve (prono). Inicia ajuda no
movimento e apresenta ótimo controle de cabeça (puxado para sentar). Cabeça estável, tronco
instável e diminuição da cifose torácica (sentada) (OLIVEIRA, 2005).
No quinto mês (4 a 5meses) a criança inicia dissociação ao mudar de decúbitos, consegue
alcançar os pés, levando-os até a boca, realiza a flexão de cabeça (supino). Inicia a
19

transferência de peso, movimentos rotatórios e já usa as mãos (prono). Rola de prono para
supino e apresenta início de ponte. RTCA e moro desaparecem ou ficam mais fracos. Reflexo
do Landau aumenta. Bom equilíbrio em prono e início da reação de retificação. Maior
mobilidade articular e regulação de tônus para determinadas atividades motoras. Ajuda com
movimentos e controla a cabeça (puxada para sentar). Fica sentada sem apoio não
permanecendo muito tempo nesta postura, caindo para frente, apoiando-se com as mãos no
chão (OLIVEIRA, 2005).
Durante o sexto mês (5 a 6meses) os movimentos encontram-se bem coordenados e
livres, faz ponte e muda faci1mente de decúbito. Reação de Landau presente. Reações de
pára-quedas, de proteção para frente e de equilíbrio em prono (boas). Início da reação de
equilíbrio em supino. Reações de anfíbio e de endireitamento (iniciando ou presentes),
permanece bom tempo sentada sem apoio. Preferência de posição ortostática e controle de
tronco bom ou moderado. Colabora muito (puxado para sentar) (OLIVEIRA, 2005).
4.4 A IMPORTÂNCIA DE AVALIAR O DNPM DA CRIANÇA
Todo recém-nascido de alto risco deveria ser submetido a uma avaliação neurológica,
além da aplicação de uma escala de desenvolvimento. Há várias escalas e testes possíveis de
serem usados com bebês e cada um deles avalia o desempenho do bebê utilizando diferentes
linguagens (NEGRINI, 2004).
Devido a grande possibilidade de lesão em recém nascidos de alto risco é necessário
realizar a promoção da saúde e o diagnóstico precoce, pois observadores desatentos e sem
entendimento podem não perceber a gravidade e as conseqüências de uma lesão neurológica
ou de um atraso no DNPM para o crescimento de uma criança (SAUER et al. 2006).
4.5 QUAIS AS INFLUÊNCIAS DO HIV NO DESENVOLVIMENTO
NEUROPSICOMOTOR?
Pesquisas realizadas por autores Coplan et al. (1998), Bruck et al. (2001), Blanchette et al.
20

(2001) constataram que crianças portadoras de vírus HIV apresentam mais frequentemente
atrasos psicomotor, mental e de linguagem. Lemes et al. (2000) também demonstraram e
enfatizaram os casos de crianças, filhos de mães soropositivas para o HIV, não infectados, que
apresentaram atraso no desenvolvimento neuropsicomotor (NEGRINI, 2004).
Um estudo prospectivo feito em Curitiba, Bruck e colaboradores, acompanharam durante
cinco anos 83 crianças expostas ao HIV-1. Observaram alterações neurológicas moderadas
em 55% das crianças infectadas. No grupo de crianças expostas ao vírus e não-infectadas (ou
soro-revertidas) esse comprometimento chegou a 40%. Concluem que o HIV-1 é um agente
causador de encefalopatia precoce na infância (ROCHA et al. 2005).
No estudo de seguimento de 5 a 6 meses em crianças que participaram de um estudo
denominado ACTG 076 (Aids Clinical Trial Group) demonstraram que nenhum efeito
adverso ocorreu em relação ao desenvolvimento neuropsicomotor nas crianças que foram
expostas à medicação profilática do AZT (CULNANE et al. 1999).
Este presente estudo irá nortear uma avaliação do desenvolvimento neuropsicomotor das
crianças infectadas, filhos de mães portadoras do HIV para que possa precocemente
diagnosticar possíveis patologias neurológicas, tornando-se rotineira no âmbito clínico e
hospitalar, visando somatizar esta avaliação a um possível tratamento em benefício ao
desenvolvimento motor da criança.
21

5 MATERIAIS E MÉTODOS:
5.1 LOCAL
A pesquisa foi conduzida no Ambulatório da Unidade de Referência Especializada
Materno-Infantil e Adolescente (URE-MIA), localizada na Rua Alcindo Cacela nº. 1421 e, na
Casa Dia, localizada na Tv. Diogo Moia nº. 1119, no período compreendido de fevereiro a
outubro de 2007. A pesquisa aconteceu mediante aprovações do Comitê de Ética em pesquisa
da Universidade da Amazônia (CEP – UNAMA) (Apêndice A), orientador (Apêndice B), co-
orientador da pesquisa (Apêndice C), aprovações dos locais da pesquisa (Apêndice E; F), dos
pacientes através do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Apêndice D), respeitando
a privacidade confiabilidade dos dados.
5.2 GRUPOS ESTUDADOS
Foram selecionados 37 pacientes, 17 crianças no grupo experimental, 10 crianças
avaliadas no programa de doenças infecto-parasitárias (URE-DIP1) da URE-MIA e 7 crianças
da Casa Dia e, 20 crianças no grupo controle, matriculados no programa de aleitamento
materno especializado (PROAME) da URE-MIA, sendo crianças, de ambos os sexos, na faixa
etária de seis meses de idade, com uma variação de 15 dias para mais ou para menos.
5.3 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO
Os critérios de inclusão do grupo experimental foram crianças do programa DIP-1 URE-
MIA e crianças da Casa Dia de seis meses (+ 15 dias), que realizaram o teste de sorologia
Eliza e carga viral, soro-negativos, nascidos de mães soro-positivas para o HIV que tomaram
AZT durante a gestação. Foram incluídos no grupo controle, crianças do PROAME da URE-
MIA de seis meses de idade filhos de mães não portadoras do vírus HIV.
Os critérios de exclusão dos grupos experimental e controle foram crianças portadoras de
HIV, com meningite neonatal, toxoplasmose congênita, encefalopatias hipóxicas-isquêmicas,
prematuridade, traumatismo crânio-encefálico, síndromes genéticas, intercorrências durante
22

trabalho de parto; indisponibilidade de tempo dos pais; e os responsáveis que não aceitaram o
termo de consentimento livre e esclarecido.
5.4 APLICAÇÃO DOS INSTRUMENTOS
As pesquisadoras treinaram previamente a manipulação das técnicas através do protocolo
de COELHO (1999). Os materiais utilizados para aplicação dos testes foram: luvas, algodão,
cotonete, 1 lanterna (marca Rayovac®), 1 cubo de 2,5 x 2,5 x 2,5 (Anexo B).
Cada item aplicado foi Classificado como:
• Padrão Normal Presente (+) indica a observação de um comportamento normal.
• Padrão Ausente (-) assinala-se com o traço horizontal indicando que o padrão normal
encontra-se ausente uma vez pesquisada a prova.
• Esboço/ Vestígio (±) o examinador registra o sinal contendo uma cruz e um traço
embaixo desta, se ao verificar um teste a criança não exibir o completo desempenho de
certas provas.
• Eventual (V) o profissional assinala V caso o comportamento tenha sido verificado
ocasionalmente.
• Não Observado (N) deve-se escrever N, se, uma vez verificada a prova não se obteve
qualquer resposta, podendo esta ausência de resposta está relacionada ao estado geral da
criança como: estranheza da criança a o examinador e /ou ambiente, estado gripal, etc.
Caso uma prova tenha sido verificada bilateralmente deve-se fazer dois sinais no mesmo
quadriculado. Convencionou-se que o sinal anotado à esquerda do examinador corresponde à
resposta obtida do lado esquerdo da criança; o registro feito à direita do profissional indica o
comportamento observado do lado direito da criança.
5.5 PROCEDIMENTOS
Os pacientes do grupo controle e experimental foram avaliados no turno matutino, sendo
uma avaliação para cada paciente.
23

O protocolo utilizado para a avaliação do desenvolvimento neuropsicomotor foi de
COELHO (1999) obedecendo aos critérios de inclusão. Nos parâmetros avaliados no
protocolo deve-se analisar:
• Observar a emissão de sons padrão de entoação varia de agudo forte e grave fraco
• Na postura e posicionamentos segmentares em decúbito dorsal, o padrão postural é
predominantemente extensor, predominando a simetria. É comum observar os membros
em semiflexão, e com freqüência, também, a extensão. A criança move-se contra a
gravidade, com padrões de flexão e extensão totais. Há presença de hipotonia fisiológica.
Figura 1 – Postura e posicionamentos em decúbito dorsal com os membros em extensão.
Fonte: Pesquisa de campo, 2007.
Figura 2 – Postura e posicionamentos em decúbito dorsal com os membros em semiflexão.
Fonte: Pesquisa de campo, 2007.
• Reflexo pupilar, em um ambiente semi-escurecido, o examinador incide um foco
luminoso sobre o olho da criança. Observando a resposta de contração da pupila, em
24

esposta ao aumento da luz, testando cada lado separadamente.
• Toca diversas partes do próprio corpo, a maior mobilidade da criança permite que ela
toque diferentes partes do corpo com as mãos.
Figura 3 – Toca diversas partes do corpo.
Fonte: Pesquisa de campo, 2007.
• Prova mão-lenço no rosto, o examinador prende um dos membros superiores da
criança e cobre a face desta com um lenço; observar como ela leva a mão que está livre,
para retirá-lo, ou seja, se com pronação ou supinação de antebraço. A seguir verifica-se
esta prova no outro membro superior.
Figura 4 – Prova mão-lenço no rosto.
Fonte: Pesquisa de campo, 2007.
• Preensão manual pelo lado ulnar, o examinador apresenta a criança um cubo de 2,5cm
x 2,5cm x 2,5cm, dentro do campo visual, à linha média, acima do tórax da criança, a
uma altura que ela permita alcançá-lo com as mãos. Prender um dos membros superiores.
25

Verificar se ela apreende o cubo, pelo lado ulnar, utilizando a penas os quatro últimos
dedos e a palma da mão (principalmente em eminência hipotênar), sem a participação do
polegar. Em seguida, deve prender o membro superior que já executou a prova, para
observar a preensão da mão contralateral.
Figura 5 – Preensão manual pelo lado ulnar.
Fonte: Pesquisa de campo, 2007.
• Reflexo de preensão plantar é desencadeado quando o examinador coloca o dedo na
planta do pé da criança, na base dos artelhos, ou seja, no nível das metatarsofalangeanas.
A criança responde com flexão de todos os dedos.
Figura 6 – Reflexo de preensão plantar.
Fonte: Pesquisa de campo, 2007.
• No reflexo cutâneo plantar imobiliza-se o membro inferior pela mão do examinador
apoiada na porção média da perna, realiza pequenas e sucessivas excitações na borda
externa do pé, na região infra-maleolar. Os reflexos de preensão palmar e plantar são
26

pesquisados em cada lado separadamente.
F igura 7 – Reflexo cutâneo plantar.
Fonte: Pesquisa de campo, 2007.
• Manobra do cachecol coloca-se a criança em decúbito dorsal, posiciona-se sua cabeça
na linha média, para evitar que haja resposta assimétrica devido ao RTCA. O examinador
cruza os braços da criança diante do pescoço, segurando a s suas mãos; em seguida deve-
se soltá-las, verificando com que amplitude e de que modo (tipo de queda), os membros
voltam à posição de repouso. Devido ao predomínio da
membros permanecem
aduzidos e fletidos, depois de soltos.
Figura 8 – Manobra do cachecol.
Fonte: Pesquisa de campo, 2007.
27
hipertonia dos flexores, os
• Na manobra de rechaço, a criança é colocada em decúbito dorsal, com a cabeça
posicionada na linha média, para não possibilitar assimetria de resposta, em face da
presença do RTCA. O examinador posiciona os membros inferiores da criança em tríplice

flexão forçada de maneira que a face ventral da coxa fique encostada no abdome; o
examinador coloca a palma da outra mão contra as plantas do pé da criança, fazendo
pressão nos membros inferiores fletidos, no sentido do abdome do paciente. Em seguida,
libera bruscamente os membros inferiores desta posição orçada; estes são projetados em
extensão.
Figura 9 – Manobra de rechaço.
Fonte: Pesquisa de campo, 2007.
• Na manobra de beira de cama coloca-se a criança em decúbito dorsal e posiciona-se
sua cabeça na linha média. Os quadris da criança devem ficar situados na beira da cama,
com os membros inferiores pendentes. Em geral as crianças elevam espontaneamente
estes membros, evitando permanecer na incômoda posição; caso não faça, estimula-se
com cócegas a planta
dos pés.
F igura 10 – Manobra beira de cama.
Fonte: Pesquisa de campo, 2007.
• Reação corporal de retificação, com a necessária extensão da cabeça e do tronco,
28

permite à criança virar da posição de decúbito dorsal para ventral, esboçando a
dissociação das cinturas
escapular e pélvica.
Figura 11 – Reação corporal de retificação.
Fonte: Pesquisa de campo, 2007.
• Postura e posicionamento segmentares em decúbito ventral, o padrão postural presente
é a extensão da coluna vertebral e semiflexão ou extensão dos membros superiores. Nos
membros inferiores, às vezes são observadas atitudes
de semiflexão, podendo também
fazer extensão.
Há presença de hipotonia fisiológica.
Figura 12 – Postura e posicionamento em decúbito
ventral.
Fonte: Pesquisa de campo, 2007.
• Manobra de arrasto, neste estágio estando a criança em decúbito dorsal é capaz de
levantar a cabeça, flexionando-a para frente, contra a gravidade. Assim sendo, é
necessário apenas uma leve puxada inicial pelos antebraços para ajudar a sentar-se. Os
membros
inferiores encontram-se em discreta flexão, quase em extensão.
29

Figura 13 – Manobra do arrasto.
Fonte: Pesquisa de campo, 2007.
• Sentada sem apoio, a criança de seis meses de idade não permanece sentada sem apoio
de tronco por muito tempo, no entanto, surge uma reação automática que ajuda a criança
a manter-se na postura “extensão protetora de braços” (para frente). Assim, ao projetar o
seu corpo para frente, seus membros superiores automaticamente lançam-se adiante,
fazendo apoio das mãos no chão, com os cotovelos estendidos, permitindo assim que ela
sustente o seu tronco sobre os membros superiores. Geralmente, os membros inferiores
encontram-se
com acentuada abdução e rotação externa de coxo-femorais e joelhos
fletidos.
Figura 14 – Sentada sem apoio.
Fonte: Pesquisa de campo, 2007.
• Reação de Landau I faz-se a suspensão ventral da criança, com o abdômen desta sobre
30

a mão do examinador, observa-se elevação ou extensão da cabeça e, simultaneamente, da
coluna vertebral, da pelve, com extensão das pernas no nível do joelho.
Figura 15 – Landau I.
Fonte: Pesquisa de campo, 2007.
• Reação de Landau II, com a criança permanecendo em suspensão ventral, o
examinador faz a flexão passiva da cabeça da criança e obtém
abaixamento da pelve, o mais freqüentemente, a flexão dos joelhos.
Figura 16 – Landau II.
Fonte: Pesquisa de campo, 2007.
31
como resposta o
• Sensibilidade tátil deve-se friccionar o algodão em certas regiões, principalmente
na
face, despertando, como reação, um aumento da movimentação espontânea.
• Sensibilidade dolorosa, para esta pesquisa, pode utilizar uns estímulos dolorosos,
leves, praticados com um objeto pontiagudo, em diversos seguimentos. Verifica-se como
resposta, a retração de segmentos ou do corpo em massa com ou sem deflagração do

choro, podendo existir apenas careta de choro e aumento da movimentação espontânea.
5.6 ANÁLISE DE DADOS
Os dados foram analisados de acordo com COELHO (1999), observando crianças que
tenham apresentado anormalidade das provas: postura e posicionamentos segmentares em
decúbito dorsal, reflexo de preensão plantar, manobras de cachecol, manobras de rechaço,
manobra da beira da cama, posturas e posicionamentos segmentares em
decúbito ventral,
reaç ão corporal de retificação, sentada sem apoio, Landau I e Landau II.
5.7 DESCRIÇÃO DO ESTUDO
O estudo do presente projeto é observacional, do tipo transversal, com dois grupos, grupo
exposto ao uso do AZT (grupo experimental) e grupo não exposto (grupo controle), sendo os
pacientes divididos por amostras seguindo
o fator exposição ao AZT no período gestacional.
5.8 ANÁLISE ESTATÍSTICA
Na pesquisa foram coletados dados por meio de pesquisa de campo,
através da utilização
de um
protocolo de avaliação de COELHO (1999) (Apêndice A).
O Grupo experimental (17 indivíduos), voluntários filhos de mães soropositivas para o
HIV e grupo controle (20 indivíduos), voluntários filhos de mães soronegativas, sendo cada
grupo submetido à avaliação
do desenvolvimento neuropsicomotor. Sendo realizada uma
avaliação
em cada criança.
Os dados da pesquisa foram organizados em tabelas e gráficos de acordo com as médias e
desvios padrão da média, conforme o grupo de variáveis estudado. A análise dos dados teve
uma estatística descritiva para caracterização das amostras, foi utilizado o teste do qui-
quadrado ou exato de Fisher para comparar os resultados dos grupos estudados. Foram
calculados o valor da odds ratio e o intervalo de confiança de 95% (IC95%) para cada
variável estudada na pesquisa. A análise multivariada foi realizada com a aplicação do
método de regressão logística múltipla. O nível α foi de 5% e o índice de significância
32

adotado na pesquisa foi de p ≤ 0.05. Os valores de p foram calculados com a aplicação do
pacote estatístico
Bioestat 4.0 (Ayres, 2005).
a)
manobras seriam
interrompidas por um breve período de tempo, retornando posteriormente à
b)
Riscos
Durante o procedimento avaliativo, a criança não foi submetida a riscos podendo no
máximo apresentar choro, desconforto e cansaço. No entanto, se isso viesse acontecer as
avaliação.
Benefícios
Através desta pesquisa os voluntários tiveram conhecimento a uma possível alteração do
DNPM podendo futuramente ter acompanhamento
médico e fisioterapêutico, gerando
benefícios
na qualidade de vida da criança avaliada.
33

6 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Segundo Balouëff (2002), diversas condições internas ou externas à criança podem
oferecer riscos, ocasionando um atraso no desenvolvimento. Estes atrasos podem ocorrer de
forma transitória ou podem durar por toda a vida, de acordo com a sua causa. Para verificar se
uma criança apresenta atraso no desenvolvimento neuropsicomotor é necessário a aplicação
de um instrumento apropriado.
No presente trabalho estudamos o desenvolvimento neuropsicomotor de crianças filhas de
mães soropositivas para o HIV, não infectadas e comparamos com o desenvolvimento de
crianças de mães soronegativas. Para tanto utilizamos o protocolo de COELHO (1999) com o
objetivo de avaliarmos o risco para atraso no desenvolvimento das crianças estudadas, optou-
se pelo mesmo, devido sua facilidade na aplicação, pelo baixo custo para aquisição e por ser
um teste bastante utilizado para a
adaptado a diferentes faixas etárias.
34
análise do desenvolvimento de crianças podendo ser
Neste estudo o protocolo de Coelho verificou 19 provas avaliadas em 37 crianças, 17 do
grupo experimental e 20 do grupo controle. Sendo que, a análise de dados foi baseada em 10
provas que poderiam evidenciar riscos para atrasos no desenvolvimento neuropsicomotor nos
testes de postura em decúbito dorsal, preensão plantar, manobra de cachecol, manobra de
rechaço, manobra beira de cama, postura em decúbito ventral, reação corporal de retificação,
sentada sem apoio, landau I e landau II.
de idade, filhos
de mães soropositivas que fizeram o uso do AZT, segundo o teste do qui-
quadrado.
De acordo com a tabela 1, não foi encontrada diferença significativa entre os
resultados das avaliações do desenvolvimento neuropsicomotor de 37 crianças com seis meses

TABELA 1: Testes do desenvolvimento neuropsi comotor analisado no grupo experimental e grupo controle.
TESTE DO
DNPM
GRUPO
RE SULTADO
ATRASO NORMAL TOTAL 35
OR IC95% P *
POST. DEC. GE 0 17 17 - - - - - -
DORSAL GC 0 20 20
PREENSÃO GE 0 17 17 - - - - - -
PLANTAR GC 0 20 20
MANOBRA
CACHECOL
MANOBRA
GE 0 17 17
GC 0 20 20
GE 1 16 17
RECHAÇO GC 0 20 20
MANOBRA
GE 2 15 17
BEIRA DE GC 0 20 20
CAMA
POST. DEC.
GE 0 17 17
VENTRAL GC 0 20 20
REAÇÃO
CORPORAL
RETIFICAÇÃO
GE 3 14 17
GC 1 19 20
- - - - - -
- - - - - -
- - - - - -
- - - - - -
4.07 0.31- 113.66 0.315
SENTADA SEM GE 10 7 17 3.33 0.71 – 16.56 0.152
APOIO GC 6 14 20
LANDAU I GE 3 14 17 4.07 0.31- 113.66 0.315
LANDAU II
GC 1 19 20
GE 8 9 17
GC 5
GE: Grupo experimental; GC: Grupo Controle;
15 20
* :Cálculo do P valor obtido através do Bioestat 4.0 (Ayres, 2005).
2.67 0.55–13.62 0.291

Segundo Marques (2006), quanto ao uso da Zidovudina até o momento não houve
aumento da incidência de malformações congênitas nas crianças expostas quando comparadas
com a da população geral. Também não foi identificado impacto desfavorável no crescimento
e desenvolvimento. Concordando com este trabalho, neste estudo as crianças expostas ao
vírus HIV não apresentaram nenhuma alteração psicomotora quando comparadas com
crianças não expostas.
Connor et al. (2003) concluiu que, os efeitos do AZT em crianças de mães portadoras do
HIV que atualmente recebem essa medicação profilática não tinham sido verificadas. No
estudo ACTG 076, foram apresentados resultados do seguimento realizado entre os RN não
infectados e que tinham recebido o anti-retroviral. Estas crianças foram analisadas
prospectivamente até os 18 meses de idade, e não foram observadas diferenças
significativamente em relação ao desenvolvimento motor.
No estudo de GAY et al. (2003), crianças com infecção adquirida via materna infecção
vertical costumam ser mais afetadas do ponto de vista motor e cognitivo, comparadas com
aquelas só expostas ou infectadas no período intra-parto, provavelmente pela longa exposição
aos efeitos dos vírus intra-uterino.
Os resultados encontrados neste estudo não apontaram diferenças significativas nas
crianças avaliadas. Ainda que, em apenas um trabalho encontrado foi comparado o
desenvolvimento neuropsicomotor, especificamente, entre crianças filhas de mães
soropositivas para o HIV não infectadas e crianças não expostas ao vírus. Os resultados
encontrados neste estudo são parcialmente semelhantes aos descritos na literatura.
Foi encontrado um trabalho na literatura brasileira, Lemes et al. (2000), comparando o
desenvolvimento mental e psicomotor de crianças filhas de mães soropositivas para o HIV
(expostas) a um grupo de crianças não expostas à infecção no primeiro ano de vida em que os
autores evidenciaram diferenças significativas no ritmo de desenvolvimento das crianças
36

expostas ao vírus. Discordando com a pesquisa em questão onde não foi encontrada diferença
estatística significativa no desenvolvimento motor das crianças estudadas.
Knight et al. (2000), avaliaram crianças de 3 a 30 meses de idade e concluíram que
crianças infectadas pelo HIV apresentaram scores mais baixos em ambos os testes quando
comparados com crianças sororevertidas.
Apenas quatro provas puderam ser analisadas no teste do qui-quadrado quando
comparamos crianças sororevertidas e crianças não expostas ao vírus não apresentando
diferença estatística significativa nos testes de reação corporal de retificação, sentada sem
apoio, Landau I e Landau II.
Na tabela 2, no teste de reação corporal de retificação 3 (18%) crianças do grupo
experimental apresentaram risco para atraso do desenvolvimento neuropsicomotor e 14 (82%)
normais e para o grupo controle apenas 1 (5%) com risco para atraso e 19 (95%) consideradas
normais. A diferença encontrada entre os grupos através do teste do qui-quadrado não foi
significativa.
TABELA 2: Teste reação corporal de retificação
Reação
Corporal de
Retificação
Grupo
Experimental
Grupo
Controle
Risco
atraso
3
1
Avaliação Desenvolvimento Neuropsicomotor
% Normal % Total % OR IC95% P
18
5
14
19
82
95
17
20
100
100
TOTAL 4 11 33 89 37 100
* :Cálculo do P valor obtido através do Bioestat 4.0 (Ayres, 2005).
37
4.07 0.31-113.66 0.315
Pollack et al. (2002) compararam o desenvolvimento cognitivo psicomotor entre 3 grupos
de crianças nos primeiros 24 meses de vida, um grupo de crianças filhas de mães
soropositivas para o HIV infectadas, um grupo de crianças filhas de mães soropositivas para o
HIV não infectadas e um grupo controle de crianças não expostas ao vírus. Em todos os

trabalhos as crianças infectadas apresentaram mais prejuízo no desenvolvimento cognitivo e
psicomotor, concluindo que esta diferença ocorreu aos 12 meses de idade.
Na tabela 3, no teste sentada sem apoio das 17 crianças do grupo experimental 10 (59%)
apresentaram risco para atraso do desenvolvimento neuropsicomotor e 7 (41%) normais e das
20 crianças do grupo controle 6 (30%) possuem risco para atraso e 14 (70%) normais. Não foi
encontrada diferença estatística significativa para o teste do qui-quadrado.
TABELA 3: Teste sentado sem apoio
Sentada sem
apoio
Grupo
Experimental
Grupo
Controle
Risco
atraso
10
6
Avaliação Desenvolvimento Neuropsicomotor
% Normal % Total % OR IC95% P *
59
30
7
14
41
70
17
20
100
100
TOTAL 16 43 21 57 37 100
* :Cálculo do P valor obtido através do Bioestat 4.0 (Ayres, 2005).
3.33 0.71–16.56 0.152
Segundo Rocha et al. (2005), fez um estudo onde no grupo de crianças expostas ao HIV
durante a gestação afastadas da infecção do vírus, 3 apresentaram hipotonia na primeira
avaliação dentro do primeiro ano de vida com normalização desse quadro na segunda
avaliação, 3 a 6 meses depois e os demais avaliados apresentaram todos os exames normais e
desenvolvimento neurológico adequado.
Na tabela 4, no teste landau I entre as crianças do grupo experimental 3 com risco para
atraso do desenvolvimento neuropsicomotor e 14 normais e para o grupo controle apenas 1
com risco para atraso e 19 consideradas normais. A diferença encontrada entre os grupos
através do Teste do qui-quadrado não foi significativa.
38

TABELA 4: Teste Landau I
Landau I
Grupo
Experimental
Grupo
Controle
Risco
atras
o
3
1
Avaliação Desenvolvimento Neuropsicomotor
% Normal % Tota
l
18
5
14
19
82
95
17
20
% OR IC95% P *
100
100
TOTAL 4 11 33 89 37 100
* :Cálculo do P valor obtido através do Bioestat 4.0 (Ayres, 2005).
4.07 0.31-113.66 0.315
Na tabela 5, entre o grupo experimental avaliados aos 6 meses de idade e o grupo
controle na mesma idade, não foi encontrada diferença estatística significativa através do teste
do qui-quadrado. No primeiro grupo, das 17 crianças, 8 apresentaram risco para atraso e 9
normais, no segundo apenas 5 apresentaram este risco e 15 normais.
TABELA 5: Teste Landau II
Landau II
Grupo
Experimental
Grupo
Controle
Risco
atraso
8
5
Avaliação Desenvolvimento Neuropsicomotor
% Norma
l
47
25
9
15
% Total % OR IC95% P *
53
75
17
20
100
100
TOTAL 13 35 24 65 37 100
* :Cálculo do P valor obtido através do Bioestat 4.0 (Ayres, 2005).
2.67 0.55–13.62 0.291
Em trabalhos consultados foi observado que o atraso no desenvolvimento
neuropsicomotor entre crianças infectadas pelo vírus HIV tem uma tendência a aumentar ao
longo da idade. No estudo de Negrini (2004), as crianças não infectadas, filhas de mães
soropositivas, apresentaram diferença significativa em relação ao risco para atraso no
desenvolvimento aos 3 meses de idade. Nesta idade, das 15 crianças estudadas, 9
39

apresentaram risco para atraso no desenvolvimento. Aos 8 meses, das 15 crianças deste
mesmo grupo, apenas 2 apresentaram risco para atraso sendo que aos 18 meses este número
tornou a aumentar e das 15 crianças, filhas de mães soropositivas, 7 apresentam risco para
atraso no desenvolvimento neuropsicomotor. Entre as crianças, filhas de mães soronegativas,
o risco para atraso foi maior aos 18 meses, sendo que, de 15 crianças, 5 apresentaram risco.
Não obstante, é importante considerar o tamanho da amostra, e ponderar que talvez tenha
sido reduzida por limitações impostas pelos critérios de inclusão do estudo e pela exigüidade
de tempo exigido para a realização da pesquisa pela instituição. Talvez seja viável dar
continuidade à triagem das crianças, ampliando as idades estudadas para a confirmação dos
dados obtidos.
40

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste estudo, no grupo de crianças expostas ao vírus HIV não foi encontrado nenhuma
alteração no desenvolvimento de filhos de mães portadoras. Dessa forma, se aceita a hipótese
nula, constatando a ausência de diferença estatística significativa entre os grupos no qual o
AZT no período gestacional não interfere no desenvolvimento neuropsicomotor.
Baseado nestes conhecimentos atuais considera-se que o benefício na acentuada redução
da transmissão vertical do HIV com o uso de drogas anti-retrovirais ultrapassa os riscos
eventuais dos efeitos adversos. Entretanto, até que experiência de longo prazo se acumule, é
necessário acompanhamento clínico especializado e rigoroso das crianças expostas. Este
acompanhamento neurológico infantil freqüente pode identificar alterações precocemente,
com a intenção de intervenção de reabilitação paralela ao tratamento medicamentoso, cujo
objetivo final é melhorar a qualidade de vida desses pacientes. Os vários consensos e revisões
sugerem que este seja feito mais amiúde ao longo do primeiro ano e depois anualmente até o
final da adolescência.
O conhecimento do processo de avaliação fisioterapêutica em neuropediatria e no
desenvolvimento normal da criança, são condições que nos tornam capazes de diagnosticar
precocemente qualquer alteração motora. A finalidade do exame consiste em fazer com que o
fisioterapeuta atente que o crescimento e o desenvolvimento são fundamentais para uma boa
avaliação, descobrindo os erros funcionais ou comprovando a ausência de tais erros.
Finalmente, o fisioterapeuta deve apresentar estes conhecimentos para poder comparar a idade
motora com a idade cronológica.
Na presente pesquisa não foi encontrada alteração no desenvolvimento
neuropsicomotor segundo a aplicação e análise do protocolo de coelho nas crianças da
amostra estudada. Novos estudos envolvendo amostras com diferentes faixas etárias assim
41

como com um número maior de crianças poderão colaborar com a confirmação de dados
obtidos, bem como dar continuidade às reflexões.
42

REFERÊNCIAS
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46

APÊNDICES
47

APÊNDICE A - CERTIFICADO DE APROVAÇÃO DO COMITÊ DE ÉTICA EM
PESQUISA (CEP) DA UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA.
48

APÊNDICE B - TERMO DE APROVAÇÃO DO ORIENTADOR DA PESQUISA
UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA - UNAMA
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
CURSO DE FISIOTERAPIA
DECLARAÇÃO
Eu Dayse Danielle Silva, aceito orientar o trabalho, que terá como foco principal a
Fisioterapia pediátrica com o tema “Estudo comparativo do Desenvolvimento
neuropsicomotor em crianças não portadoras do vírus HIV cujas mães tomaram AZT e filhos
de mães não portadoras do vírus HIV”. De autoria de Andrielle Guimarães Rodrigues e
Letícia Alves Fonseca, declarando ter total conhecimento das normas de realização de
trabalhos científicos vigentes, segundo o manual de orientação de trabalhos científicos do
Curso de Fisioterapia da UNAMA 2007 estando ciente da necessidade de minha participação
na banca examinadora por ocasião da defesa do trabalho.
49
Belém-Pará, 28 de fevereiro de 2007.
Assinatura
Dayse Danielle de Oliveira Silva

APÊNDICE C - TERMO DE APROVAÇÃO DO CO-ORIENTADOR DA PESQUISA
UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA - UNAMA
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
CURSO DE FISIOTERAPIA
DECLARAÇÃO
Eu Mauro José Pantoja Fontelles, aceito co-orientar o trabalho, que terá como foco
principal a Fisioterapia pediátrica com o tema “Estudo comparativo do Desenvolvimento
neuropsicomotor em crianças não portadoras do vírus HIV cujas mães tomaram AZT e filhos
de mães não portadoras do vírus HIV”. De autoria de Andrielle Guimarães Rodrigues e
Letícia Alves Fonseca, declarando ter total conhecimento das normas de realização de
trabalhos científicos vigentes, segundo o manual de orientação de trabalhos científicos do
Curso de Fisioterapia da UNAMA 2007 estando ciente da necessidade de minha participação
na banca examinadora por ocasião da defesa do trabalho.
50
Belém-Pará, 28 de fevereiro de 2007.

APÊNDICE D - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
As informações obtidas serão analisadas em conjunto com as de outras pacientes, não
sendo divulgada qualquer informação que possa levar a sua identificação.
ESTUDO: Estudo comparativo do Desenvolvimento neuropsicomotor em crianças não
portadoras do vírus HIV cujas mães tomaram AZT e filhos de mães não portadoras do vírus
HIV.
Os voluntários serão atendidos na Unidade de Referência Materno-infantil e
Adolescentes, localizada na Rua Alcindo Cacela n° 1421, bairro Umarizal e, na Casa Dia,
localizada na Tv. Diogo Moia n°, bairro, Belém-PA, no turno matutino. O estudo se faz
necessário para que se possa avaliar o desenvolvimento motor em crianças filhos de mães
portadoras do vírus HIV, demonstrando sua eficiência através de avaliação que será realizada
apenas em uma sessão. As crianças terão seus dados coletados em uma ficha de avaliação
elaborada pelo autor COELHO (1999). A avaliação será realizada na presença do responsável,
o menor será observado nas posturas deitado e em pé sobre uma maca, onde serão realizadas
técnicas manuais para verificar possíveis alterações no desenvolvimento motor da criança.
Em qualquer momento do estudo os indivíduos terão acesso aos profissionais
responsáveis pela pesquisa, para esclarecimento de dúvidas.
As principais investigadoras são as acadêmicas Andrielle Guimarães Rodrigues que pode
ser encontrada na passagem Boa Vista, Na Avenida Duque de Caxias, n°35 ou nos telefones
3266-1570/9152-7491, Letícia Alves Fonseca que pode ser encontrada na Rua 14 de abril, ed.
Piaget n° 1571 apt° 1101 ou nos telefones 3229-7589/81350593.
Caso não sejam localizadas, poderá ainda ser contatada a fisioterapeuta Dayse Danielle de
Oliveira Silva, orientadora desta pesquisa, no endereço: Avenida Almirante Barroso, n° 938
51

Aptº 301 ou pelos telefones 3266-4663/ 8848-1384.
GARANTIAS
É garantida aos responsáveis, a liberdade de não permitir a participação do menor e de
desistir ou interromper a colaboração neste estudo no momento em que desejar, sem
necessidade de qualquer explicação. Além disso, é assegurado ao responsável o direito de não
responder a perguntas que possam causar constrangimento de qualquer natureza.
Os responsáveis têm direitos a serem informados a respeito dos resultados da pesquisa.
O atendimento não será cobrado e também não haverá nenhuma recompensa financeira na
participação deste estudo.
Este trabalho será realizado com recursos próprios do autor, não tendo financiamento ou
co-participação de nenhuma instituição de pesquisa.
O pesquisador utilizará os dados e o material coletado somente para esta pesquisa.
RISCOS E BENEFICIOS
De acordo com os procedimentos utilizados é assegurado ao responsável que o estudo não
oferece riscos absolutos ou relativos às crianças pesquisadas, mas benefícios. Caso seja
detectada alguma alteração no desenvolvimento motor da criança, pode-se futuramente (no
tempo adequado), realizar um acompanhamento médico e fisioterapêutico, gerando benefícios
para melhorar a qualidade de vida da criança.
DECLARAÇÃO
Declaro que compreendi as informações do que li ou que me foram explicadas sobre o
trabalho em questão.
Discuti com a fisioterapeuta Dayse Danielle de Oliveira Silva sobre decisão em participar
nesse estudo, ficando claros para mim, quais são os propósitos da pesquisa, os procedimentos
a serem realizados, as garantias de confidencialidade e de esclarecimentos permanentes.
Ficou claro também que a participação do menor por quem sou responsável não tem
52

despesas e que tenho garantia de inclusive se optar por desistir de participar da pesquisa.
Concordo voluntariamente com a participação do menor por quem sou responsável nesse
estudo podendo retirar meu consentimento a qualquer momento sem necessidade de justificar
o motivo da desistência, antes ou durante o mesmo.
Como responsável, autorizo meu filho (a) a participar de uma sessão avaliativa do
desenvolvimento motor, onde poderão ser fotografados para incluir na pesquisa de conclusão
de curso das acadêmicas do 4º ano do curso de fisioterapia Andrielle Guimarães Rodrigues e
Letícia Alves Fonseca, intitulado “Estudo comparativo do Desenvolvimento neuropsicomotor
em crianças não portadoras do vírus HIV cujas mães tomaram AZT e filhos de mães não
portadoras do vírus HIV”.
53
Belém, ____, de ___________________de 2007.
Assinatura do responsável
Declaro que assisti a explicação da fisioterapeuta Dayse Danielle de Oliveira Silva ao
responsável da criança, que compreendeu e retirou suas dúvidas, assim como eu, a tudo o que
será realizado na pesquisa.
Assinatura de testemunha
Declaro que obtive de forma apropriada e voluntária o consentimento livre e esclarecido
do responsável da criança ou representante legal para participação no presente estudo: Ftª.
Dayse Danielle de Oliveira Silva (Fisioterapeuta) - Pesquisador responsável.

APÊNDICE E - AUTORIZAÇÃO DA UNIDADE DE REFERÊNCIA MATERNO-
INFANTIL E ADOLESCENTE – URE-MIA
Eu Bárbara Ferreira Alencar Ecker, Diretora da Unidade de Referência Materno – Infantil
e Adolescente – URE-MIA, autorizo o uso do espaço de uma sala de atendimento, para a
realização da pesquisa de conclusão de curso das acadêmicas do 4º ano do curso de
fisioterapia Andrielle Guimarães Rodrigues e Letícia Alves Fonseca que me solicitam o uso
do espaço interno do Ambulatório de Fisioterapia da URE-MIA para o atendimento de
crianças que farão parte da pesquisa intitulada “Estudo comparativo do Desenvolvimento
neuropsicomotor em crianças não portadoras do vírus HIV cujas mães tomaram AZT e filhos
de mães não portadoras do vírus HIV”.
No período de março a outubro de 2007, no turno matutino.
Belém _____/______/ _______
54

APÊNDICE F– AUTORIZAÇÃO DA CASA DIA
Eu Francisca das Graças Vidigal Melo, Diretora da Casa Dia, autorizo o uso do espaço de
uma sala de atendimento, para a realização da pesquisa de conclusão de curso das acadêmicas
do 4º ano do curso de fisioterapia Andrielle Guimarães Rodrigues e Letícia Alves Fonseca
que me solicitam o uso do espaço interno do Ambulatório da Casa Dia para o atendimento de
crianças que farão parte da pesquisa intitulada “Estudo comparativo do Desenvolvimento
neuropsicomotor em crianças não portadoras do vírus HIV cujas mães tomaram AZT e filhos
de mães não portadoras do vírus HIV”.
Belém _____/______/ _______
55

ANEXOS
56

ANEXO A - FICHA DE AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA
DATA DA AVALIAÇÃO: ______/______/_______
IDENTIFICAÇÃO:
NOME: __________________________________________________________________
FILIAÇÃO: _______________________________________________________________
IDADE: _____________________ DATA DE NASCIMENTO: ______/______/______
+ PADRÃO NORMAL/PRESENTE
- PADRÃO AUSENTE
± ESBOÇO/VESTÍGIO
V EVENTUAL
N NÃO OBSERVADO
IDADE EM MESES 1 2 3 4 5 6
EMISSÃO DE SONS
POSTURA- DECÚBITO DORSAL: FLEXORA
REFLEXO PUPILAR
EXTENSORA
SIMÉTRICA
ASSIMÉTRICA
57

TOCA DIVERSAS PARTES DO CORPO
PREENSÃO MANUAL LADO ULNAR
PROVA MÃO-LENÇOL NO ROSTO
MANOBRA DO CACHECOL
MANOBRA DE RECHAÇO
MANOBRA DE BEIRA DE CAMA
REAÇÃO CERVICAL CORPORAL DE RETIFICAÇÃO
POSTURA-DEC. VENTRAL: FLEXORA
EXTENSORA
SIMÉTRICA
ASSIMÉTRICA
REFLEXO DE PREENSÃO PLANTAR
REFLEXO CUTÂNEO-PLANTAR
MANOBRA DO ARRASTO
SENTADA SEM APOIO
REAÇÃO DE LANDAU I
REAÇÃO DE LANDAU II
SENSIBILIDADE TÁTIL
SENSIBILIDADE DOLOROSA
58
__________________________________
ASSINATURA DO EXAMINADOR

ANEXO B – MATERIAIS UTILIZADOS NA AVALIAÇÃO
59