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Estudo comparativo do Desenvolvimento neuropsicomotor ... - Unama

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UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA<br />

UNAMA<br />

Andrielle Guimarães Rodrigues<br />

Letícia Alves Fonseca<br />

ESTUDO COMPARATIVO DO DESENVOLVIMENTO<br />

NEUROPSICOMOTOR EM CRIANÇAS NÃO PORTADORAS DO<br />

VÍRUS HIV CUJAS MÃES TOMARAM AZT E FILHOS DE MÃES NÃO<br />

PORTADORAS DO VÍRUS HIV.<br />

Belém – PA<br />

2007<br />

1


UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA<br />

UNAMA<br />

Andrielle Guimarães Rodrigues<br />

Letícia Alves Fonseca<br />

ESTUDO COMPARATIVO DO DESENVOLVIMENTO<br />

NEUROPSICOMOTOR EM CRIANÇAS NÃO PORTADORAS DO<br />

VÍRUS HIV CUJAS MÃES TOMARAM AZT E FILHOS DE MÃES NÃO<br />

PORTADORAS DO VÍRUS HIV.<br />

Trabalho de conclusão de curso apresenta<strong>do</strong> para<br />

obtenção <strong>do</strong> grau de bacharel em Fisioterapia, pelo curso<br />

Fisioterapia.<br />

Orienta<strong>do</strong>ra: Dayse Danielle Oliveira Silva.<br />

Co-orienta<strong>do</strong>r: Mauro José Pantoja Fontelles.<br />

Belém – PA<br />

2007<br />

2


UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA<br />

UNAMA<br />

Andrielle Guimarães Rodrigues<br />

Letícia Alves Fonseca<br />

ESTUDO COMPARATIVO DO DESENVOLVIMENTO<br />

NEUROPSICOMOTOR EM CRIANÇAS NÃO PORTADORAS DO<br />

VÍRUS HIV CUJAS MÃES TOMARAM AZT E FILHOS DE MÃES NÃO<br />

PORTADORAS DO VÍRUS HIV.<br />

Trabalho de conclusão de curso apresenta<strong>do</strong> para obtenção <strong>do</strong> grau de bacharel<br />

em Fisioterapia<br />

Data da Defesa: ______/_______/______<br />

Conceito: _______________________<br />

Banca Examina<strong>do</strong>ra<br />

_______________________________________________<br />

Examina<strong>do</strong>r 1<br />

_______________________________________________<br />

Examina<strong>do</strong>r 2<br />

_______________________________________________<br />

Examina<strong>do</strong>r 3<br />

3


Aos meus pais, principais responsáveis por tu<strong>do</strong> o que<br />

4<br />

sou e conquistei.<br />

Pelo exemplo de amor e pelo constante esforço e por<br />

me motivar a crescer cada dia mais.<br />

Andrielle Rodrigues<br />

Aos meus pais, incansáveis companheiros na<br />

caminhada rumo a minha profissão.<br />

Letícia Fonseca


AGRADECIMENTOS<br />

- A DEUS, fonte segura de luz em nossos caminhos, agradecemos por cada dia mais, sentir<br />

sua presença nos dan<strong>do</strong> saúde, guian<strong>do</strong> nossos passos e alimentan<strong>do</strong> nossas almas.<br />

- Aos nossos pais e familiares pela força, dedicação, companheirismo, por tu<strong>do</strong> que fizeram<br />

para estarmos aqui hoje, ensinan<strong>do</strong> a lutar pelos nossos objetivos, e por fazerem <strong>do</strong>s seus<br />

sonhos os nossos sonhos.<br />

- A UNAMA e a to<strong>do</strong>s os professores que contribuíram para a nossa formação acadêmica.<br />

- A Unidade de Referência Materno Infantil e A<strong>do</strong>lescente, especialmente, à equipe <strong>do</strong> setor<br />

da DIP, pela atenção e disponibilidade <strong>do</strong>s prontuários, para realização desta pesquisa.<br />

- A Casa Dia pela disponibilidade <strong>do</strong>s prontuários e espaço para a realização das pesquisas.<br />

- A orienta<strong>do</strong>ra e Profª. Dayse Silva da Universidade da Amazônia (UNAMA), pelo valioso<br />

incentivo e empenho na orientação deste trabalho.<br />

- Ao Co-orienta<strong>do</strong>r e Profº. Dr. Mauro Fontelles, da Universidade da Amazônia, pelos<br />

esclarecimentos científicos e colaboração na realização da parte estatística deste trabalho.<br />

- Aos pacientes e seus pais e/ou responsáveis, pela compreensão, força de vontade e paciência<br />

no decorrer da pesquisa.<br />

- A Hilma Melo pela orientação da ABNT.<br />

- A Nazaré Alves pela correção ortográfica.<br />

- A Anderson Rodrigues pela realização <strong>do</strong> resumo na língua estrangeira.<br />

- Aos nossos namora<strong>do</strong>s pela paciência, incentivo e compreensão.<br />

- A to<strong>do</strong>s que contribuíram direta ou indiretamente para a realização desta pesquisa.<br />

5


"A maior vitória na competição é derivada da<br />

satisfação interna de saber que você fez o seu<br />

melhor e que você obteve o máximo daquilo<br />

que você deu”.<br />

(Howard Cosell)<br />

6


Andrielle Guimarães Rodrigues; Letícia Alves Fonseca. <strong>Estu<strong>do</strong></strong> <strong>comparativo</strong> <strong>do</strong><br />

desenvolvimento <strong>neuropsicomotor</strong> em crianças não porta<strong>do</strong>ras <strong>do</strong> vírus HIV cujas mães<br />

tomaram AZT e filhos de mães não porta<strong>do</strong>ras <strong>do</strong> vírus HIV. Universidade da Amazônia,<br />

Belém, Pará, 2007.<br />

RESUMO<br />

Introdução: O estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> desenvolvimento <strong>neuropsicomotor</strong> de crianças é complexo e, sofre<br />

influência de fatores genéticos e ambientais. A não amamentação e o empobrecimento da<br />

população acometida pelo HIV, têm-se um quadro de crianças expostas ao vírus que poderão<br />

apresentar alterações no desenvolvimento. Objetivo: analisar o desenvolvimento<br />

<strong>neuropsicomotor</strong> em crianças nascidas de mães soro-positivas para o vírus HIV que fez uso da<br />

medicação AZT durante a gestação em comparação com filhos de mães soro-negativos para o<br />

vírus HIV. Materiais e Méto<strong>do</strong>s: O estu<strong>do</strong> é observacional <strong>do</strong> tipo transversal. Foram<br />

seleciona<strong>do</strong>s, submeti<strong>do</strong>s a uma avaliação com 19 testes <strong>do</strong> desenvolvimento<br />

<strong>neuropsicomotor</strong> <strong>do</strong> protocolo de COELHO (1999) obedecen<strong>do</strong> aos critérios de inclusão e<br />

exclusão. Resulta<strong>do</strong>s: Foi utiliza<strong>do</strong> o teste <strong>do</strong> qui-quadra<strong>do</strong> para analisar o desenvolvimento<br />

<strong>neuropsicomotor</strong> de filhos de mães soropositivas que fizeram o uso <strong>do</strong> AZT e crianças não<br />

expostas ao vírus, portanto, não apresentan<strong>do</strong> diferença estatística significativa nos testes de<br />

reação corporal de retificação, sentada sem apoio, Landau I e Landau II. Conclusão: Na<br />

presente pesquisa não foi encontrada alteração no desenvolvimento motor das crianças. Dessa<br />

forma, se aceita a hipótese nula, constatan<strong>do</strong> que o AZT no perío<strong>do</strong> gestacional não interfere<br />

no desenvolvimento <strong>neuropsicomotor</strong>. Novos estu<strong>do</strong>s envolven<strong>do</strong> amostras com diferentes<br />

faixas etárias assim como com um número maior de crianças poderão colaborar com a<br />

confirmação de da<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s.<br />

PALAVRAS-CHAVE: desenvolvimento <strong>neuropsicomotor</strong>, vírus imunodeficiência humana,<br />

zi<strong>do</strong>vudina.<br />

7


Andrielle Guimarães Rodrigues; Letícia Alves Fonseca. Comparative study of the<br />

neuropsychomotor development on children born from HIV positive mothers that used the<br />

AZT medicine and children from negative mothers to the virus HIV. Universidade da<br />

Amazônia, Belém, Pará, 2007.<br />

ABSTRACT<br />

Introduction: The development neuropsychomotor studies are complex and suffer the<br />

influence of ambiental and genetics factors. Because the impoverishment and not breastfeeded<br />

and of people HIV positive or children no exposit to the virus are able to present alterations<br />

on the development. Objective: To analyze the neuropsychomotor development on children<br />

born from HIV- positive mothers to the virus HIV that used the AZT medicine during the<br />

pregnancy in comparison with children from HIV-negative to the virus HIV. Methods: The<br />

study is observational and transversal. We selected 37 patients that are 6 months old (about 15<br />

days), 17 children on the experimental group and 20 children on the control group, submitted<br />

an evaluation with 19 tests from the neuropsychomotor development of protocol from<br />

COELHO (1999), obeying the inclusion and exclusion criterion. Results: It was used the test<br />

of qui-square to analyze the neuropsychomotor development of children from HIV-positive<br />

mothers that used AZT and children non displayed to the virus, so, without present significant<br />

statistic difference on the corporal reaction rectification tests, seat without support, Landau I e<br />

Landau II. Conclusion: On this research there weren’t alterations on the motor development<br />

of the children. Then, it is accepted the void hypothesis, establishing that the AZT on the<br />

pregnancy period <strong>do</strong>n’t interfere in the neuropsychomotor. New studies envolving samples<br />

with different age groups, like with a major number of children could collaborate with a<br />

confirmation of obtained information.<br />

KEY WORDS: Neuropsychomotor development, human immunodeficiency virus,<br />

zi<strong>do</strong>vudine.<br />

8


LISTA DE TABELAS<br />

TABELA 1: Testes <strong>do</strong> desenvolvimento <strong>neuropsicomotor</strong>.....................................................28<br />

TABELA 2: Teste reação corporal de retificação....................................................................30<br />

TABELA 3: Teste senta<strong>do</strong> sem apoio......................................................................................31<br />

TABELA 4: Teste Landau I.....................................................................................................32<br />

TABELA 5: Teste Landau II....................................................................................................32<br />

9


LISTA DE FIGURAS<br />

FIGURA 1: Postura e posicionamento em decúbito <strong>do</strong>rsal com membros em<br />

extensão.....................................................................................................................................24<br />

FIGURA 2: Postura e posicionamento em decúbito <strong>do</strong>rsal com membros em<br />

semiflexão.................................................................................................................................24<br />

FIGURA 3: Toca diversas partes <strong>do</strong> corpo ..............................................................................25<br />

FIGURA 4: Prova mão-lenço no rosto.....................................................................................25<br />

FIGURA 5: Preensão manual <strong>do</strong> la<strong>do</strong> ulnar.............................................................................26<br />

FIGURA 6: Reflexo de preensão plantar..................................................................................26<br />

FIGURA 7: Reflexo cutâneo plantar........................................................................................27<br />

FIGURA 8: Manobra <strong>do</strong> cachecol............................................................................................27<br />

FIGURA 9: Manobra de rechaço..............................................................................................28<br />

FIGURA 10: Manobra beira de cama.......................................................................................28<br />

FIGURA 11: Reação corporal de retificação............................................................................29<br />

FIGURA 12: Postura e posicionamento em decúbito ventral...................................................29<br />

FIGURA 13: Manobra <strong>do</strong> arrasto.............................................................................................30<br />

FIGURA 14: Sentada sem apoio...............................................................................................30<br />

FIGURA 15: Landau I..............................................................................................................31<br />

FIGURA 16: Landau II.............................................................................................................31<br />

10


SUMÁRIO<br />

1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................13<br />

2 JUSTIFICATIVA.................................................................................................................14<br />

3 OBJETIVOS.........................................................................................................................15<br />

4 REFERENCIAL TEÓRICO...............................................................................................16<br />

4.1 DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR.......................................................16<br />

4.2 REFLEXOS E REAÇÕES POSTURAIS.....................................................................17<br />

4.3 ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR................................18<br />

4.4 A IMPORTÂNCIA DE SE AVALIAR O DNPM DA CRIANÇA..............................20<br />

4.5 QUAIS AS INFLUÊNCIAS DO HIV NO DNPM.......................................................20<br />

5 MATERIAIS E MÉTODOS...............................................................................................22<br />

5.1 LOCAL..............................................................................................................................22<br />

5.2 GRUPOS ESTUDADOS...................................................................................................22<br />

5.3 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO...............................................................22<br />

5.4 APLICAÇÃO DOS INSTRUMENTOS..........................................................................23<br />

5.5 PROCEDIMENTOS.........................................................................................................23<br />

5.6 ANÁLISE DE DADOS.....................................................................................................32<br />

5.7 DESCRIÇÃO DO ESTUDO............................................................................................32<br />

5.8 ANÁLISE ESTATÍSTICA...............................................................................................32<br />

6 RESULTADOS E DISCUSSÃO.........................................................................................34<br />

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................................41<br />

REFERÊNCIAS.....................................................................................................................43<br />

APÊNDICES............................................................................................................................47<br />

APÊNDICE A.....................................................................................................................48<br />

11


APÊNDICE B.....................................................................................................................49<br />

APÊNDICE C.....................................................................................................................50<br />

APÊNDICE D.....................................................................................................................51<br />

APÊNDICE E.....................................................................................................................54<br />

APÊNDICE F......................................................................................................................55<br />

ANEXOS..................................................................................................................................56<br />

ANEXO A...........................................................................................................................57<br />

ANEXO B...........................................................................................................................59<br />

12


1 INTRODUÇÃO<br />

A síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA/AIDS) é uma <strong>do</strong>ença infecciosa,<br />

registrada pela primeira vez em 1981 pelo Centers For Disease Control (CDC – Atlanta,<br />

EUA); desde então se alastra de forma epidêmica, atingin<strong>do</strong> hoje indivíduos a cerca de 200<br />

países, nos cinco continentes. É causada pelo vírus da imunodeficiência humana, subtipos<br />

HIV1 e HIV2, da subfamília lentiviridae, um retrovírus cuja característica é ser linfo e<br />

neurotrópico, levan<strong>do</strong> a uma infecção lenta, crônica (MAGALHÃES, 2000).<br />

Desde 1980 até mea<strong>do</strong>s de 2006, no Brasil, foram notifica<strong>do</strong>s 433.067 casos de<br />

porta<strong>do</strong>res de AIDS, com proporção entre os sexos masculino e feminino de 1,5:1,<br />

respectivamente. Hoje, as estimativas indicam que cerca de 600 mil pessoas são porta<strong>do</strong>ras <strong>do</strong><br />

HIV/AIDS no Brasil. Número que permanece estável desde 2000 (BRASIL, 2006).<br />

Anualmente, 3 milhões de mulheres dão a luz no Brasil. Os da<strong>do</strong>s epidemiológicos de<br />

gestantes soropositivas para o HIV foram de 31.921 parturientes infectadas sen<strong>do</strong> notificadas<br />

no sistema de informação de agravos de notificação (SINAN) de 2000 até 30/11/2006.<br />

(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006).<br />

A infecção perinatal pode ocorrer de três formas: infecção transplacentária (30 a 40%),<br />

contato das mucosas fetais com secreções ou sangue materno no momento <strong>do</strong> parto (50 a<br />

70%) e através <strong>do</strong> leite materno (10 a 15%) (CASTRO et al. 2001).<br />

Diante desta situação epidemiológica e da existência de esquema profilático altamente<br />

eficaz contra a transmissão materno-infantil <strong>do</strong> HIV (transmissão vertical), torna-se de grande<br />

importância o conhecimento, o mais ce<strong>do</strong> possível, <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> sorológico das gestantes, a fim<br />

de iniciar a terapêutica da <strong>do</strong>ença e/ou profilaxia adequada da transmissão vertical <strong>do</strong> vírus<br />

(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006).<br />

Uma assistência adequada pode contribuir para a redução da transmissão vertical <strong>do</strong> HIV<br />

13


pelo uso da Zi<strong>do</strong>vudina (AZT), durante a gestação, no perío<strong>do</strong> <strong>do</strong> parto e assistência pós-natal<br />

ao recém-nasci<strong>do</strong>, evitan<strong>do</strong> exposição às secreções e sangue materno e oferecen<strong>do</strong> AZT ao<br />

bebê. O AZT deve fazer parte <strong>do</strong>s esquemas terapêuticos anti-retrovirais combina<strong>do</strong>s,<br />

a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s para gestantes porta<strong>do</strong>ras <strong>do</strong> HIV/AIDS (PEDROZO et al. 2002).<br />

Diversos estu<strong>do</strong>s têm demonstra<strong>do</strong> que o leite humano pode ser associa<strong>do</strong> com a<br />

transmissão vertical <strong>do</strong> HIV no perío<strong>do</strong> após o nascimento. A taxa sugerida para transmissão<br />

<strong>do</strong> HIV através <strong>do</strong> aleitamento materno é de 29% e o risco adicional de transmissão <strong>do</strong> HIV<br />

através desta via, em infecções adquiridas nos perío<strong>do</strong>s intra-uterino e parto, é cerca de 14%<br />

(de 7%-22%) (YOSHIMOTO et al. 2005).<br />

Após o nascimento, as mães soropositivas são orientadas a substituírem o aleitamento<br />

materno pelo leite artificial ou humano pasteuriza<strong>do</strong> de acor<strong>do</strong> com as normas <strong>do</strong> Consenso<br />

Nacional DST/AIDS na prevenção da transmissão vertical <strong>do</strong> HIV (MINISTÉRIO DA<br />

SAÚDE, 2006).<br />

Crianças que nunca mamaram tiveram um risco 88% maior <strong>do</strong> que as que mamaram mais<br />

de seis meses, de apresentar suspeita no atraso <strong>do</strong> desenvolvimento <strong>neuropsicomotor</strong><br />

(HALPERN et al. 2002).<br />

Soman<strong>do</strong> a questão da vulnerabilidade ao ambiente, a diminuição da proteção através da<br />

não amamentação e o empobrecimento da população acometida pelo HIV, têm-se um quadro<br />

de crianças expostas a riscos biológicos e ambientais que poderão apresentar alterações no<br />

desenvolvimento, a pluralidade de riscos pode contribuir para um aumento <strong>do</strong>s atrasos ou<br />

desvios no desenvolvimento (PEDROMÔNICO, 2002).<br />

2 JUSTICATIVA<br />

A realização de estu<strong>do</strong>s com filhos soro-reverti<strong>do</strong>s de mães porta<strong>do</strong>ras de HIV é de<br />

extrema importância para o acompanhamento da evolução motora sen<strong>do</strong> necessário realizar<br />

14


um diagnóstico precoce de possíveis atrasos no desenvolvimento <strong>neuropsicomotor</strong>.<br />

3 OBJETIVOS<br />

O objetivo geral deste estu<strong>do</strong> é identificar, através da análise observacional, o<br />

desenvolvimento <strong>neuropsicomotor</strong> em crianças nascidas de mães soro-positivas para o HIV<br />

que fez uso da medicação AZT durante a gestação em comparação com filhos de mães soro-<br />

negativos para a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA). E de forma mais<br />

especifica objetiva-se utilizar o protocolo de COELHO (1999) para analisar as fases <strong>do</strong><br />

desenvolvimento <strong>neuropsicomotor</strong> destas crianças no âmbito ambulatorial, identifican<strong>do</strong><br />

precocemente possíveis alterações.<br />

15


4 REFERENCIAL TEÓRICO:<br />

4.1 DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR<br />

“O desenvolvimento significa mudanças de novos comportamentos provocan<strong>do</strong><br />

transformações no organismo. O desenvolvimento evolui seguin<strong>do</strong> a direção céfalo-<br />

caudal, próximo distal. Cada etapa <strong>do</strong> desenvolvimento é pré-requisito para o<br />

seguinte, no senti<strong>do</strong> <strong>do</strong> global para o específico” (OLIVEIRA; PACHECO, 2005).<br />

Inicialmente, deve-se considerar que o desenvolvimento refere-se ao conjunto de<br />

alterações mais ou menos contínuas na vida de um organismo que obedece a certa seqüência,<br />

que são progressivas e irreversíveis e que podem ocorrer ao nível molecular, funcional ou<br />

comportamental. Estas modificações são idades-dependentes e consistem de alterações<br />

quantitativas e qualitativas. O desenvolvimento tem características que permitem a<br />

identificação de certas etapas previsíveis para os organismos de certa espécie<br />

(SCHWARTZMAN, 2003).<br />

O estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> desenvolvimento <strong>neuropsicomotor</strong> de crianças é complexo, pois, cada<br />

criança é diferente e sofre influência de fatores genéticos e ambientais, nascen<strong>do</strong> com algo<br />

que a torna única, pois, fatores que vão <strong>do</strong> peso ao nascimento e complicações clínicas podem<br />

ser decisivas, alteran<strong>do</strong> ou modifican<strong>do</strong> suas respostas e interferin<strong>do</strong> no seu futuro<br />

desenvolvimento (SAUER et al. 2006).<br />

O desenvolvimento motor normal significa um desabrochar das habilidades latentes de<br />

uma criança. Os primeiros movimentos, presentes no recém-nasci<strong>do</strong>, são bastante simples e se<br />

alteram, tornan<strong>do</strong>-se varia<strong>do</strong>s e mais complexos (OLIVEIRA, 2006).<br />

Para se compreender a natureza das dificuldades motoras de uma criança com lesão<br />

neurológica, ressalta-se a importância <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> desenvolvimento motor normal quanto à<br />

evolução das reações posturais automáticas, sob as quais repousam as atividades funcionais da<br />

criança. Estas reações formam a base da postura e <strong>do</strong> movimento que a criança a<strong>do</strong>ta quan<strong>do</strong><br />

aprende a executar qualquer atividade mais específica, como rolar, sentar e manter-se senta<strong>do</strong>,<br />

16


ficar de pé e andar. Sen<strong>do</strong> denominadas de reações de “motilidade principal”, justamente por<br />

esta participação das reações posturais automáticas no desenvolvimento motor normal<br />

(BOBATH, 1979).<br />

4.2 REFLEXOS E REAÇÕES POSTURAIS<br />

Em se tratan<strong>do</strong> de desenvolvimento, convém ressaltar que as atividades reflexas <strong>do</strong><br />

recém-nasci<strong>do</strong> promovem a maior parte <strong>do</strong>s comportamentos motores. Os reflexos primitivos<br />

são mecanismos responsáveis por fornecer uma base para os movimentos a fim de assegurar a<br />

sobrevivência e de facilitar as aquisições para a avaliação da integridade <strong>do</strong> sistema nervoso<br />

central. A ausência deles, em idades em que deveriam estar presentes, ou sua persistência<br />

após idades em que deveriam ter desapareci<strong>do</strong> podem indicar um retar<strong>do</strong> na maturação da<br />

criança ou uma disfunção neurológica. Geralmente, estes reflexos estarão presentes durante os<br />

primeiros seis meses de idade e serão inibi<strong>do</strong>s conforme os padrões de endireitamento e de<br />

equilíbrio que vão surgin<strong>do</strong> (FREITAS; BRAZ, 2006).<br />

O reflexo tônico-cervical assimétrico (RTCA) é de origem mesencefálica, este não<br />

permanece fixo na criança normal. Ele surge e desaparece com facilidade, de maneira<br />

dinâmica suave, poden<strong>do</strong>, em certos momentos, ser fragmenta<strong>do</strong> ou estar combina<strong>do</strong> com<br />

outros movimentos, posicionamentos segmentares e atitudes posturais. Se o RTCA<br />

permanecer de forma fixa, com aumento anormal <strong>do</strong> tônus (hipertonia patológica ou<br />

espasticidade), pode existir lesão no sistema nervoso central (COELHO, 1999).<br />

Reflexo da voracidade e sucção são de grande importância para sobrevivência <strong>do</strong> recém-<br />

nasci<strong>do</strong>, sen<strong>do</strong> encontra<strong>do</strong>s em to<strong>do</strong> o recém-nasci<strong>do</strong> normal. Sua ausência pode ser indício<br />

de grave lesão no sistema nervoso central. Os reflexos da voracidade e de sucção não devem<br />

ser pesquisa<strong>do</strong>s imediatamente após a mamada. Caso contrário, poderá não apresentar<br />

respostas ou estas serem débeis, devi<strong>do</strong> à adaptação aos estímulos (COELHO, 1999).<br />

Reação de Moro é um reflexo desencadea<strong>do</strong> por vários estímulos, como sonoro e visual, é<br />

17


observa<strong>do</strong> em duas etapas e a ausência de respostas ou respostas assimétricas indicam a<br />

presença de algum distúrbio <strong>do</strong> sistema nervoso central (OLIVEIRA, 2006).<br />

Reflexo de preensão palmar e plantar estes reflexos se processam a nível espinhal e<br />

devem ser pesquisa<strong>do</strong>s em cada la<strong>do</strong>, separadamente. Está presente no recém-nasci<strong>do</strong> e<br />

desaparece por volta <strong>do</strong>s 4 (quatro) meses o reflexo de preensão palmar e 11 (onze) meses o<br />

reflexo de preensão plantar. A observação de debilidade ou ausência de resposta, em uma ou<br />

ambas as mãos ou pés, pode indicar presença de anormalidade, como, por exemplo, nos casos<br />

em que existe acentuada hipotonia (COELHO, 1999).<br />

Reflexo de apoio plantar (RAP) e marcha reflexa são reflexos ao nível <strong>do</strong> tronco cerebral<br />

e a nível espinhal, respectivamente. De acor<strong>do</strong> com vários autores, o RAP e a marcha reflexa<br />

estão presentes até o segun<strong>do</strong> mês de vida (COELHO, 1999).<br />

A maturação reflexa fornece e assiste os movimentos voluntários e a exploração <strong>do</strong> meio.<br />

Por este motivo faz-se necessário o perfeito conhecimento <strong>do</strong> desenvolvimento motor normal<br />

da criança seus reflexos e reações (LIMA, 1998).<br />

4.3 ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR<br />

No primeiro mês (0 a 1 mês) os movimentos são indiferencia<strong>do</strong>s em bloco, supino e em<br />

prono, os movimentos são lentos, porém bruscos e arritma<strong>do</strong>s. O controle de cabeça encontra-<br />

se ausente, fazen<strong>do</strong> apenas o deslocamento da cabeça para os la<strong>do</strong>s como fator de<br />

sobrevivência. Os membros permanecem em flexão e adução simetricamente. O reflexo<br />

tônico cervical assimétrico RTCA (ausente ou fraco no início <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> e visível no final).<br />

Reflexo tônico labiríntico (RTL) e reação de apoio presentes. Reflexo de Moro, Gallant e<br />

marcha presentes. Preensão palmar e plantar muito fortes. Reflexo de busca, sucção e<br />

deglutição presentes (OLIVEIRA; PACHECO, 2005).<br />

No segun<strong>do</strong> mês (1 a 2 meses) nota-se movimentação mais suave, inician<strong>do</strong> coordenação<br />

<strong>do</strong>s movimentos. Movimentação assimétrica, chutes alterna<strong>do</strong>s e aumento da movimentação à<br />

18


estímulos visuais e auditivos. Reflexo de Moro, Sucção e Preensão Palmar e Plantar (fortes).<br />

RTCA aumenta<strong>do</strong>. Postura assimétrica com diminuição da postura flexora e a cabeça roda<br />

para os <strong>do</strong>is la<strong>do</strong>s. Diminuição <strong>do</strong> tônus flexor: a cabeça acompanha o movimento (puxa<strong>do</strong><br />

para sentar) e apresenta tentativas de endireitamento na postura sentada (manobra <strong>do</strong> arrasto)<br />

(OLIVEIRA; PACHECO, 2005).<br />

Durante o terceiro mês (2 a 3 meses) a criança pode estar simetricamente de costas, virar-<br />

se para os <strong>do</strong>is la<strong>do</strong>s, já não mais em bloco, mas com certa rotação. O RTCA aumenta, mas<br />

pode ser quebra<strong>do</strong> facilmente, trazen<strong>do</strong> às mãos a linha média, pre<strong>do</strong>minantemente aberta e a<br />

criança brinca com as mãos por muito tempo. Movimentos mais coordena<strong>do</strong>s; início da<br />

extensão de tronco, <strong>do</strong> apoio de antebraços e da transferência de peso sobre o mesmo. A<br />

cabeça pode ser mantida em linha média, mas se coloca de preferência para um la<strong>do</strong>,<br />

enquanto o tronco se mostra vira<strong>do</strong> para o la<strong>do</strong> <strong>do</strong> rosto. Posturas assimétricas, pés já tocam<br />

no chão; diminuição da flexão e elevação da cabeça (em prono). Diminuição <strong>do</strong> tônus flexor e<br />

aumento <strong>do</strong> extensor; quan<strong>do</strong> puxada para sentar, bom controle de cabeça. Tônus influencia<strong>do</strong><br />

pelo RTCA (FLEHMIG, 2000).<br />

No quarto mês (3 a 4 meses) existe menos influência <strong>do</strong> Reflexo tônico cervical<br />

assimétrico RTCA e o corpo gira para o la<strong>do</strong>. RTCA e Moro (em inibição). Reflexo de<br />

Landau (aparece). Reflexo de pára-quedas e reação de equilíbrio em prono e supino (inicia).<br />

Reações posturais boa, membros simétricos com junção <strong>do</strong>s pés e das mãos e a cabeça às<br />

vezes permanecem na linha média. Apoio de antebraço, equilíbrio de cabeça, postura de<br />

balanceio e membros inferiores em rotação externa e flexão leve (prono). Inicia ajuda no<br />

movimento e apresenta ótimo controle de cabeça (puxa<strong>do</strong> para sentar). Cabeça estável, tronco<br />

instável e diminuição da cifose torácica (sentada) (OLIVEIRA, 2005).<br />

No quinto mês (4 a 5meses) a criança inicia dissociação ao mudar de decúbitos, consegue<br />

alcançar os pés, levan<strong>do</strong>-os até a boca, realiza a flexão de cabeça (supino). Inicia a<br />

19


transferência de peso, movimentos rotatórios e já usa as mãos (prono). Rola de prono para<br />

supino e apresenta início de ponte. RTCA e moro desaparecem ou ficam mais fracos. Reflexo<br />

<strong>do</strong> Landau aumenta. Bom equilíbrio em prono e início da reação de retificação. Maior<br />

mobilidade articular e regulação de tônus para determinadas atividades motoras. Ajuda com<br />

movimentos e controla a cabeça (puxada para sentar). Fica sentada sem apoio não<br />

permanecen<strong>do</strong> muito tempo nesta postura, cain<strong>do</strong> para frente, apoian<strong>do</strong>-se com as mãos no<br />

chão (OLIVEIRA, 2005).<br />

Durante o sexto mês (5 a 6meses) os movimentos encontram-se bem coordena<strong>do</strong>s e<br />

livres, faz ponte e muda faci1mente de decúbito. Reação de Landau presente. Reações de<br />

pára-quedas, de proteção para frente e de equilíbrio em prono (boas). Início da reação de<br />

equilíbrio em supino. Reações de anfíbio e de endireitamento (inician<strong>do</strong> ou presentes),<br />

permanece bom tempo sentada sem apoio. Preferência de posição ortostática e controle de<br />

tronco bom ou modera<strong>do</strong>. Colabora muito (puxa<strong>do</strong> para sentar) (OLIVEIRA, 2005).<br />

4.4 A IMPORTÂNCIA DE AVALIAR O DNPM DA CRIANÇA<br />

To<strong>do</strong> recém-nasci<strong>do</strong> de alto risco deveria ser submeti<strong>do</strong> a uma avaliação neurológica,<br />

além da aplicação de uma escala de desenvolvimento. Há várias escalas e testes possíveis de<br />

serem usa<strong>do</strong>s com bebês e cada um deles avalia o desempenho <strong>do</strong> bebê utilizan<strong>do</strong> diferentes<br />

linguagens (NEGRINI, 2004).<br />

Devi<strong>do</strong> a grande possibilidade de lesão em recém nasci<strong>do</strong>s de alto risco é necessário<br />

realizar a promoção da saúde e o diagnóstico precoce, pois observa<strong>do</strong>res desatentos e sem<br />

entendimento podem não perceber a gravidade e as conseqüências de uma lesão neurológica<br />

ou de um atraso no DNPM para o crescimento de uma criança (SAUER et al. 2006).<br />

4.5 QUAIS AS INFLUÊNCIAS DO HIV NO DESENVOLVIMENTO<br />

NEUROPSICOMOTOR?<br />

Pesquisas realizadas por autores Coplan et al. (1998), Bruck et al. (2001), Blanchette et al.<br />

20


(2001) constataram que crianças porta<strong>do</strong>ras de vírus HIV apresentam mais frequentemente<br />

atrasos psicomotor, mental e de linguagem. Lemes et al. (2000) também demonstraram e<br />

enfatizaram os casos de crianças, filhos de mães soropositivas para o HIV, não infecta<strong>do</strong>s, que<br />

apresentaram atraso no desenvolvimento <strong>neuropsicomotor</strong> (NEGRINI, 2004).<br />

Um estu<strong>do</strong> prospectivo feito em Curitiba, Bruck e colabora<strong>do</strong>res, acompanharam durante<br />

cinco anos 83 crianças expostas ao HIV-1. Observaram alterações neurológicas moderadas<br />

em 55% das crianças infectadas. No grupo de crianças expostas ao vírus e não-infectadas (ou<br />

soro-revertidas) esse comprometimento chegou a 40%. Concluem que o HIV-1 é um agente<br />

causa<strong>do</strong>r de encefalopatia precoce na infância (ROCHA et al. 2005).<br />

No estu<strong>do</strong> de seguimento de 5 a 6 meses em crianças que participaram de um estu<strong>do</strong><br />

denomina<strong>do</strong> ACTG 076 (Aids Clinical Trial Group) demonstraram que nenhum efeito<br />

adverso ocorreu em relação ao desenvolvimento <strong>neuropsicomotor</strong> nas crianças que foram<br />

expostas à medicação profilática <strong>do</strong> AZT (CULNANE et al. 1999).<br />

Este presente estu<strong>do</strong> irá nortear uma avaliação <strong>do</strong> desenvolvimento <strong>neuropsicomotor</strong> das<br />

crianças infectadas, filhos de mães porta<strong>do</strong>ras <strong>do</strong> HIV para que possa precocemente<br />

diagnosticar possíveis patologias neurológicas, tornan<strong>do</strong>-se rotineira no âmbito clínico e<br />

hospitalar, visan<strong>do</strong> somatizar esta avaliação a um possível tratamento em benefício ao<br />

desenvolvimento motor da criança.<br />

21


5 MATERIAIS E MÉTODOS:<br />

5.1 LOCAL<br />

A pesquisa foi conduzida no Ambulatório da Unidade de Referência Especializada<br />

Materno-Infantil e A<strong>do</strong>lescente (URE-MIA), localizada na Rua Alcin<strong>do</strong> Cacela nº. 1421 e, na<br />

Casa Dia, localizada na Tv. Diogo Moia nº. 1119, no perío<strong>do</strong> compreendi<strong>do</strong> de fevereiro a<br />

outubro de 2007. A pesquisa aconteceu mediante aprovações <strong>do</strong> Comitê de Ética em pesquisa<br />

da Universidade da Amazônia (CEP – UNAMA) (Apêndice A), orienta<strong>do</strong>r (Apêndice B), co-<br />

orienta<strong>do</strong>r da pesquisa (Apêndice C), aprovações <strong>do</strong>s locais da pesquisa (Apêndice E; F), <strong>do</strong>s<br />

pacientes através <strong>do</strong> Termo de Consentimento Livre e Esclareci<strong>do</strong> (Apêndice D), respeitan<strong>do</strong><br />

a privacidade confiabilidade <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s.<br />

5.2 GRUPOS ESTUDADOS<br />

Foram seleciona<strong>do</strong>s 37 pacientes, 17 crianças no grupo experimental, 10 crianças<br />

avaliadas no programa de <strong>do</strong>enças infecto-parasitárias (URE-DIP1) da URE-MIA e 7 crianças<br />

da Casa Dia e, 20 crianças no grupo controle, matricula<strong>do</strong>s no programa de aleitamento<br />

materno especializa<strong>do</strong> (PROAME) da URE-MIA, sen<strong>do</strong> crianças, de ambos os sexos, na faixa<br />

etária de seis meses de idade, com uma variação de 15 dias para mais ou para menos.<br />

5.3 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO<br />

Os critérios de inclusão <strong>do</strong> grupo experimental foram crianças <strong>do</strong> programa DIP-1 URE-<br />

MIA e crianças da Casa Dia de seis meses (+ 15 dias), que realizaram o teste de sorologia<br />

Eliza e carga viral, soro-negativos, nasci<strong>do</strong>s de mães soro-positivas para o HIV que tomaram<br />

AZT durante a gestação. Foram incluí<strong>do</strong>s no grupo controle, crianças <strong>do</strong> PROAME da URE-<br />

MIA de seis meses de idade filhos de mães não porta<strong>do</strong>ras <strong>do</strong> vírus HIV.<br />

Os critérios de exclusão <strong>do</strong>s grupos experimental e controle foram crianças porta<strong>do</strong>ras de<br />

HIV, com meningite neonatal, toxoplasmose congênita, encefalopatias hipóxicas-isquêmicas,<br />

prematuridade, traumatismo crânio-encefálico, síndromes genéticas, intercorrências durante<br />

22


trabalho de parto; indisponibilidade de tempo <strong>do</strong>s pais; e os responsáveis que não aceitaram o<br />

termo de consentimento livre e esclareci<strong>do</strong>.<br />

5.4 APLICAÇÃO DOS INSTRUMENTOS<br />

As pesquisa<strong>do</strong>ras treinaram previamente a manipulação das técnicas através <strong>do</strong> protocolo<br />

de COELHO (1999). Os materiais utiliza<strong>do</strong>s para aplicação <strong>do</strong>s testes foram: luvas, algodão,<br />

cotonete, 1 lanterna (marca Rayovac®), 1 cubo de 2,5 x 2,5 x 2,5 (Anexo B).<br />

Cada item aplica<strong>do</strong> foi Classifica<strong>do</strong> como:<br />

• Padrão Normal Presente (+) indica a observação de um comportamento normal.<br />

• Padrão Ausente (-) assinala-se com o traço horizontal indican<strong>do</strong> que o padrão normal<br />

encontra-se ausente uma vez pesquisada a prova.<br />

• Esboço/ Vestígio (±) o examina<strong>do</strong>r registra o sinal conten<strong>do</strong> uma cruz e um traço<br />

embaixo desta, se ao verificar um teste a criança não exibir o completo desempenho de<br />

certas provas.<br />

• Eventual (V) o profissional assinala V caso o comportamento tenha si<strong>do</strong> verifica<strong>do</strong><br />

ocasionalmente.<br />

• Não Observa<strong>do</strong> (N) deve-se escrever N, se, uma vez verificada a prova não se obteve<br />

qualquer resposta, poden<strong>do</strong> esta ausência de resposta está relacionada ao esta<strong>do</strong> geral da<br />

criança como: estranheza da criança a o examina<strong>do</strong>r e /ou ambiente, esta<strong>do</strong> gripal, etc.<br />

Caso uma prova tenha si<strong>do</strong> verificada bilateralmente deve-se fazer <strong>do</strong>is sinais no mesmo<br />

quadricula<strong>do</strong>. Convencionou-se que o sinal anota<strong>do</strong> à esquerda <strong>do</strong> examina<strong>do</strong>r corresponde à<br />

resposta obtida <strong>do</strong> la<strong>do</strong> esquer<strong>do</strong> da criança; o registro feito à direita <strong>do</strong> profissional indica o<br />

comportamento observa<strong>do</strong> <strong>do</strong> la<strong>do</strong> direito da criança.<br />

5.5 PROCEDIMENTOS<br />

Os pacientes <strong>do</strong> grupo controle e experimental foram avalia<strong>do</strong>s no turno matutino, sen<strong>do</strong><br />

uma avaliação para cada paciente.<br />

23


O protocolo utiliza<strong>do</strong> para a avaliação <strong>do</strong> desenvolvimento <strong>neuropsicomotor</strong> foi de<br />

COELHO (1999) obedecen<strong>do</strong> aos critérios de inclusão. Nos parâmetros avalia<strong>do</strong>s no<br />

protocolo deve-se analisar:<br />

• Observar a emissão de sons padrão de entoação varia de agu<strong>do</strong> forte e grave fraco<br />

• Na postura e posicionamentos segmentares em decúbito <strong>do</strong>rsal, o padrão postural é<br />

pre<strong>do</strong>minantemente extensor, pre<strong>do</strong>minan<strong>do</strong> a simetria. É comum observar os membros<br />

em semiflexão, e com freqüência, também, a extensão. A criança move-se contra a<br />

gravidade, com padrões de flexão e extensão totais. Há presença de hipotonia fisiológica.<br />

Figura 1 – Postura e posicionamentos em decúbito <strong>do</strong>rsal com os membros em extensão.<br />

Fonte: Pesquisa de campo, 2007.<br />

Figura 2 – Postura e posicionamentos em decúbito <strong>do</strong>rsal com os membros em semiflexão.<br />

Fonte: Pesquisa de campo, 2007.<br />

• Reflexo pupilar, em um ambiente semi-escureci<strong>do</strong>, o examina<strong>do</strong>r incide um foco<br />

luminoso sobre o olho da criança. Observan<strong>do</strong> a resposta de contração da pupila, em<br />

24


esposta ao aumento da luz, testan<strong>do</strong> cada la<strong>do</strong> separadamente.<br />

• Toca diversas partes <strong>do</strong> próprio corpo, a maior mobilidade da criança permite que ela<br />

toque diferentes partes <strong>do</strong> corpo com as mãos.<br />

Figura 3 – Toca diversas partes <strong>do</strong> corpo.<br />

Fonte: Pesquisa de campo, 2007.<br />

• Prova mão-lenço no rosto, o examina<strong>do</strong>r prende um <strong>do</strong>s membros superiores da<br />

criança e cobre a face desta com um lenço; observar como ela leva a mão que está livre,<br />

para retirá-lo, ou seja, se com pronação ou supinação de antebraço. A seguir verifica-se<br />

esta prova no outro membro superior.<br />

Figura 4 – Prova mão-lenço no rosto.<br />

Fonte: Pesquisa de campo, 2007.<br />

• Preensão manual pelo la<strong>do</strong> ulnar, o examina<strong>do</strong>r apresenta a criança um cubo de 2,5cm<br />

x 2,5cm x 2,5cm, dentro <strong>do</strong> campo visual, à linha média, acima <strong>do</strong> tórax da criança, a<br />

uma altura que ela permita alcançá-lo com as mãos. Prender um <strong>do</strong>s membros superiores.<br />

25


Verificar se ela apreende o cubo, pelo la<strong>do</strong> ulnar, utilizan<strong>do</strong> a penas os quatro últimos<br />

de<strong>do</strong>s e a palma da mão (principalmente em eminência hipotênar), sem a participação <strong>do</strong><br />

polegar. Em seguida, deve prender o membro superior que já executou a prova, para<br />

observar a preensão da mão contralateral.<br />

Figura 5 – Preensão manual pelo la<strong>do</strong> ulnar.<br />

Fonte: Pesquisa de campo, 2007.<br />

• Reflexo de preensão plantar é desencadea<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> o examina<strong>do</strong>r coloca o de<strong>do</strong> na<br />

planta <strong>do</strong> pé da criança, na base <strong>do</strong>s artelhos, ou seja, no nível das metatarsofalangeanas.<br />

A criança responde com flexão de to<strong>do</strong>s os de<strong>do</strong>s.<br />

Figura 6 – Reflexo de preensão plantar.<br />

Fonte: Pesquisa de campo, 2007.<br />

• No reflexo cutâneo plantar imobiliza-se o membro inferior pela mão <strong>do</strong> examina<strong>do</strong>r<br />

apoiada na porção média da perna, realiza pequenas e sucessivas excitações na borda<br />

externa <strong>do</strong> pé, na região infra-maleolar. Os reflexos de preensão palmar e plantar são<br />

26


pesquisa<strong>do</strong>s em cada la<strong>do</strong> separadamente.<br />

F igura 7 – Reflexo cutâneo plantar.<br />

Fonte: Pesquisa de campo, 2007.<br />

• Manobra <strong>do</strong> cachecol coloca-se a criança em decúbito <strong>do</strong>rsal, posiciona-se sua cabeça<br />

na linha média, para evitar que haja resposta assimétrica devi<strong>do</strong> ao RTCA. O examina<strong>do</strong>r<br />

cruza os braços da criança diante <strong>do</strong> pescoço, seguran<strong>do</strong> a s suas mãos; em seguida deve-<br />

se soltá-las, verifican<strong>do</strong> com que amplitude e de que mo<strong>do</strong> (tipo de queda), os membros<br />

voltam à posição de repouso. Devi<strong>do</strong> ao pre<strong>do</strong>mínio da<br />

membros permanecem<br />

aduzi<strong>do</strong>s e fleti<strong>do</strong>s, depois de soltos.<br />

Figura 8 – Manobra <strong>do</strong> cachecol.<br />

Fonte: Pesquisa de campo, 2007.<br />

27<br />

hipertonia <strong>do</strong>s flexores, os<br />

• Na manobra de rechaço, a criança é colocada em decúbito <strong>do</strong>rsal, com a cabeça<br />

posicionada na linha média, para não possibilitar assimetria de resposta, em face da<br />

presença <strong>do</strong> RTCA. O examina<strong>do</strong>r posiciona os membros inferiores da criança em tríplice


flexão forçada de maneira que a face ventral da coxa fique encostada no ab<strong>do</strong>me; o<br />

examina<strong>do</strong>r coloca a palma da outra mão contra as plantas <strong>do</strong> pé da criança, fazen<strong>do</strong><br />

pressão nos membros inferiores fleti<strong>do</strong>s, no senti<strong>do</strong> <strong>do</strong> ab<strong>do</strong>me <strong>do</strong> paciente. Em seguida,<br />

libera bruscamente os membros inferiores desta posição orçada; estes são projeta<strong>do</strong>s em<br />

extensão.<br />

Figura 9 – Manobra de rechaço.<br />

Fonte: Pesquisa de campo, 2007.<br />

• Na manobra de beira de cama coloca-se a criança em decúbito <strong>do</strong>rsal e posiciona-se<br />

sua cabeça na linha média. Os quadris da criança devem ficar situa<strong>do</strong>s na beira da cama,<br />

com os membros inferiores pendentes. Em geral as crianças elevam espontaneamente<br />

estes membros, evitan<strong>do</strong> permanecer na incômoda posição; caso não faça, estimula-se<br />

com cócegas a planta<br />

<strong>do</strong>s pés.<br />

F igura 10 – Manobra beira de cama.<br />

Fonte: Pesquisa de campo, 2007.<br />

• Reação corporal de retificação, com a necessária extensão da cabeça e <strong>do</strong> tronco,<br />

28


permite à criança virar da posição de decúbito <strong>do</strong>rsal para ventral, esboçan<strong>do</strong> a<br />

dissociação das cinturas<br />

escapular e pélvica.<br />

Figura 11 – Reação corporal de retificação.<br />

Fonte: Pesquisa de campo, 2007.<br />

• Postura e posicionamento segmentares em decúbito ventral, o padrão postural presente<br />

é a extensão da coluna vertebral e semiflexão ou extensão <strong>do</strong>s membros superiores. Nos<br />

membros inferiores, às vezes são observadas atitudes<br />

de semiflexão, poden<strong>do</strong> também<br />

fazer extensão.<br />

Há presença de hipotonia fisiológica.<br />

Figura 12 – Postura e posicionamento em decúbito<br />

ventral.<br />

Fonte: Pesquisa de campo, 2007.<br />

• Manobra de arrasto, neste estágio estan<strong>do</strong> a criança em decúbito <strong>do</strong>rsal é capaz de<br />

levantar a cabeça, flexionan<strong>do</strong>-a para frente, contra a gravidade. Assim sen<strong>do</strong>, é<br />

necessário apenas uma leve puxada inicial pelos antebraços para ajudar a sentar-se. Os<br />

membros<br />

inferiores encontram-se em discreta flexão, quase em extensão.<br />

29


Figura 13 – Manobra <strong>do</strong> arrasto.<br />

Fonte: Pesquisa de campo, 2007.<br />

• Sentada sem apoio, a criança de seis meses de idade não permanece sentada sem apoio<br />

de tronco por muito tempo, no entanto, surge uma reação automática que ajuda a criança<br />

a manter-se na postura “extensão protetora de braços” (para frente). Assim, ao projetar o<br />

seu corpo para frente, seus membros superiores automaticamente lançam-se adiante,<br />

fazen<strong>do</strong> apoio das mãos no chão, com os cotovelos estendi<strong>do</strong>s, permitin<strong>do</strong> assim que ela<br />

sustente o seu tronco sobre os membros superiores. Geralmente, os membros inferiores<br />

encontram-se<br />

com acentuada abdução e rotação externa de coxo-femorais e joelhos<br />

fleti<strong>do</strong>s.<br />

Figura 14 – Sentada sem apoio.<br />

Fonte: Pesquisa de campo, 2007.<br />

• Reação de Landau I faz-se a suspensão ventral da criança, com o abdômen desta sobre<br />

30


a mão <strong>do</strong> examina<strong>do</strong>r, observa-se elevação ou extensão da cabeça e, simultaneamente, da<br />

coluna vertebral, da pelve, com extensão das pernas no nível <strong>do</strong> joelho.<br />

Figura 15 – Landau I.<br />

Fonte: Pesquisa de campo, 2007.<br />

• Reação de Landau II, com a criança permanecen<strong>do</strong> em suspensão ventral, o<br />

examina<strong>do</strong>r faz a flexão passiva da cabeça da criança e obtém<br />

abaixamento da pelve, o mais freqüentemente, a flexão <strong>do</strong>s joelhos.<br />

Figura 16 – Landau II.<br />

Fonte: Pesquisa de campo, 2007.<br />

31<br />

como resposta o<br />

• Sensibilidade tátil deve-se friccionar o algodão em certas regiões, principalmente<br />

na<br />

face, despertan<strong>do</strong>, como reação, um aumento da movimentação espontânea.<br />

• Sensibilidade <strong>do</strong>lorosa, para esta pesquisa, pode utilizar uns estímulos <strong>do</strong>lorosos,<br />

leves, pratica<strong>do</strong>s com um objeto pontiagu<strong>do</strong>, em diversos seguimentos. Verifica-se como<br />

resposta, a retração de segmentos ou <strong>do</strong> corpo em massa com ou sem deflagração <strong>do</strong>


choro, poden<strong>do</strong> existir apenas careta de choro e aumento da movimentação espontânea.<br />

5.6 ANÁLISE DE DADOS<br />

Os da<strong>do</strong>s foram analisa<strong>do</strong>s de acor<strong>do</strong> com COELHO (1999), observan<strong>do</strong> crianças que<br />

tenham apresenta<strong>do</strong> anormalidade das provas: postura e posicionamentos segmentares em<br />

decúbito <strong>do</strong>rsal, reflexo de preensão plantar, manobras de cachecol, manobras de rechaço,<br />

manobra da beira da cama, posturas e posicionamentos segmentares em<br />

decúbito ventral,<br />

reaç ão corporal de retificação, sentada sem apoio, Landau I e Landau II.<br />

5.7 DESCRIÇÃO DO ESTUDO<br />

O estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> presente projeto é observacional, <strong>do</strong> tipo transversal, com <strong>do</strong>is grupos, grupo<br />

exposto ao uso <strong>do</strong> AZT (grupo experimental) e grupo não exposto (grupo controle), sen<strong>do</strong> os<br />

pacientes dividi<strong>do</strong>s por amostras seguin<strong>do</strong><br />

o fator exposição ao AZT no perío<strong>do</strong> gestacional.<br />

5.8 ANÁLISE ESTATÍSTICA<br />

Na pesquisa foram coleta<strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s por meio de pesquisa de campo,<br />

através da utilização<br />

de um<br />

protocolo de avaliação de COELHO (1999) (Apêndice A).<br />

O Grupo experimental (17 indivíduos), voluntários filhos de mães soropositivas para o<br />

HIV e grupo controle (20 indivíduos), voluntários filhos de mães soronegativas, sen<strong>do</strong> cada<br />

grupo submeti<strong>do</strong> à avaliação<br />

<strong>do</strong> desenvolvimento <strong>neuropsicomotor</strong>. Sen<strong>do</strong> realizada uma<br />

avaliação<br />

em cada criança.<br />

Os da<strong>do</strong>s da pesquisa foram organiza<strong>do</strong>s em tabelas e gráficos de acor<strong>do</strong> com as médias e<br />

desvios padrão da média, conforme o grupo de variáveis estuda<strong>do</strong>. A análise <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s teve<br />

uma estatística descritiva para caracterização das amostras, foi utiliza<strong>do</strong> o teste <strong>do</strong> qui-<br />

quadra<strong>do</strong> ou exato de Fisher para comparar os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s grupos estuda<strong>do</strong>s. Foram<br />

calcula<strong>do</strong>s o valor da odds ratio e o intervalo de confiança de 95% (IC95%) para cada<br />

variável estudada na pesquisa. A análise multivariada foi realizada com a aplicação <strong>do</strong><br />

méto<strong>do</strong> de regressão logística múltipla. O nível α foi de 5% e o índice de significância<br />

32


a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> na pesquisa foi de p ≤ 0.05. Os valores de p foram calcula<strong>do</strong>s com a aplicação <strong>do</strong><br />

pacote estatístico<br />

Bioestat 4.0 (Ayres, 2005).<br />

a)<br />

manobras seriam<br />

interrompidas por um breve perío<strong>do</strong> de tempo, retornan<strong>do</strong> posteriormente à<br />

b)<br />

Riscos<br />

Durante o procedimento avaliativo, a criança não foi submetida a riscos poden<strong>do</strong> no<br />

máximo apresentar choro, desconforto e cansaço. No entanto, se isso viesse acontecer as<br />

avaliação.<br />

Benefícios<br />

Através desta pesquisa os voluntários tiveram conhecimento a uma possível alteração <strong>do</strong><br />

DNPM poden<strong>do</strong> futuramente ter acompanhamento<br />

médico e fisioterapêutico, geran<strong>do</strong><br />

benefícios<br />

na qualidade de vida da criança avaliada.<br />

33


6 RESULTADOS E DISCUSSÃO<br />

Segun<strong>do</strong> Balouëff (2002), diversas condições internas ou externas à criança podem<br />

oferecer riscos, ocasionan<strong>do</strong> um atraso no desenvolvimento. Estes atrasos podem ocorrer de<br />

forma transitória ou podem durar por toda a vida, de acor<strong>do</strong> com a sua causa. Para verificar se<br />

uma criança apresenta atraso no desenvolvimento <strong>neuropsicomotor</strong> é necessário a aplicação<br />

de um instrumento apropria<strong>do</strong>.<br />

No presente trabalho estudamos o desenvolvimento <strong>neuropsicomotor</strong> de crianças filhas de<br />

mães soropositivas para o HIV, não infectadas e comparamos com o desenvolvimento de<br />

crianças de mães soronegativas. Para tanto utilizamos o protocolo de COELHO (1999) com o<br />

objetivo de avaliarmos o risco para atraso no desenvolvimento das crianças estudadas, optou-<br />

se pelo mesmo, devi<strong>do</strong> sua facilidade na aplicação, pelo baixo custo para aquisição e por ser<br />

um teste bastante utiliza<strong>do</strong> para a<br />

adapta<strong>do</strong> a diferentes faixas etárias.<br />

34<br />

análise <strong>do</strong> desenvolvimento de crianças poden<strong>do</strong> ser<br />

Neste estu<strong>do</strong> o protocolo de Coelho verificou 19 provas avaliadas em 37 crianças, 17 <strong>do</strong><br />

grupo experimental e 20 <strong>do</strong> grupo controle. Sen<strong>do</strong> que, a análise de da<strong>do</strong>s foi baseada em 10<br />

provas que poderiam evidenciar riscos para atrasos no desenvolvimento <strong>neuropsicomotor</strong> nos<br />

testes de postura em decúbito <strong>do</strong>rsal, preensão plantar, manobra de cachecol, manobra de<br />

rechaço, manobra beira de cama, postura em decúbito ventral, reação corporal de retificação,<br />

sentada sem apoio, landau I e landau II.<br />

de idade, filhos<br />

de mães soropositivas que fizeram o uso <strong>do</strong> AZT, segun<strong>do</strong> o teste <strong>do</strong> qui-<br />

quadra<strong>do</strong>.<br />

De acor<strong>do</strong> com a tabela 1, não foi encontrada diferença significativa entre os<br />

resulta<strong>do</strong>s das avaliações <strong>do</strong> desenvolvimento <strong>neuropsicomotor</strong> de 37 crianças com seis meses


TABELA 1: Testes <strong>do</strong> desenvolvimento neuropsi comotor analisa<strong>do</strong> no grupo experimental e grupo controle.<br />

TESTE DO<br />

DNPM<br />

GRUPO<br />

RE SULTADO<br />

ATRASO NORMAL TOTAL 35<br />

OR IC95% P *<br />

POST. DEC. GE 0 17 17 - - - - - -<br />

DORSAL GC 0 20 20<br />

PREENSÃO GE 0 17 17 - - - - - -<br />

PLANTAR GC 0 20 20<br />

MANOBRA<br />

CACHECOL<br />

MANOBRA<br />

GE 0 17 17<br />

GC 0 20 20<br />

GE 1 16 17<br />

RECHAÇO GC 0 20 20<br />

MANOBRA<br />

GE 2 15 17<br />

BEIRA DE GC 0 20 20<br />

CAMA<br />

POST. DEC.<br />

GE 0 17 17<br />

VENTRAL GC 0 20 20<br />

REAÇÃO<br />

CORPORAL<br />

RETIFICAÇÃO<br />

GE 3 14 17<br />

GC 1 19 20<br />

- - - - - -<br />

- - - - - -<br />

- - - - - -<br />

- - - - - -<br />

4.07 0.31- 113.66 0.315<br />

SENTADA SEM GE 10 7 17 3.33 0.71 – 16.56 0.152<br />

APOIO GC 6 14 20<br />

LANDAU I GE 3 14 17 4.07 0.31- 113.66 0.315<br />

LANDAU II<br />

GC 1 19 20<br />

GE 8 9 17<br />

GC 5<br />

GE: Grupo experimental; GC: Grupo Controle;<br />

15 20<br />

* :Cálculo <strong>do</strong> P valor obti<strong>do</strong> através <strong>do</strong> Bioestat 4.0 (Ayres, 2005).<br />

2.67 0.55–13.62 0.291


Segun<strong>do</strong> Marques (2006), quanto ao uso da Zi<strong>do</strong>vudina até o momento não houve<br />

aumento da incidência de malformações congênitas nas crianças expostas quan<strong>do</strong> comparadas<br />

com a da população geral. Também não foi identifica<strong>do</strong> impacto desfavorável no crescimento<br />

e desenvolvimento. Concordan<strong>do</strong> com este trabalho, neste estu<strong>do</strong> as crianças expostas ao<br />

vírus HIV não apresentaram nenhuma alteração psicomotora quan<strong>do</strong> comparadas com<br />

crianças não expostas.<br />

Connor et al. (2003) concluiu que, os efeitos <strong>do</strong> AZT em crianças de mães porta<strong>do</strong>ras <strong>do</strong><br />

HIV que atualmente recebem essa medicação profilática não tinham si<strong>do</strong> verificadas. No<br />

estu<strong>do</strong> ACTG 076, foram apresenta<strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> seguimento realiza<strong>do</strong> entre os RN não<br />

infecta<strong>do</strong>s e que tinham recebi<strong>do</strong> o anti-retroviral. Estas crianças foram analisadas<br />

prospectivamente até os 18 meses de idade, e não foram observadas diferenças<br />

significativamente em relação ao desenvolvimento motor.<br />

No estu<strong>do</strong> de GAY et al. (2003), crianças com infecção adquirida via materna infecção<br />

vertical costumam ser mais afetadas <strong>do</strong> ponto de vista motor e cognitivo, comparadas com<br />

aquelas só expostas ou infectadas no perío<strong>do</strong> intra-parto, provavelmente pela longa exposição<br />

aos efeitos <strong>do</strong>s vírus intra-uterino.<br />

Os resulta<strong>do</strong>s encontra<strong>do</strong>s neste estu<strong>do</strong> não apontaram diferenças significativas nas<br />

crianças avaliadas. Ainda que, em apenas um trabalho encontra<strong>do</strong> foi compara<strong>do</strong> o<br />

desenvolvimento <strong>neuropsicomotor</strong>, especificamente, entre crianças filhas de mães<br />

soropositivas para o HIV não infectadas e crianças não expostas ao vírus. Os resulta<strong>do</strong>s<br />

encontra<strong>do</strong>s neste estu<strong>do</strong> são parcialmente semelhantes aos descritos na literatura.<br />

Foi encontra<strong>do</strong> um trabalho na literatura brasileira, Lemes et al. (2000), comparan<strong>do</strong> o<br />

desenvolvimento mental e psicomotor de crianças filhas de mães soropositivas para o HIV<br />

(expostas) a um grupo de crianças não expostas à infecção no primeiro ano de vida em que os<br />

autores evidenciaram diferenças significativas no ritmo de desenvolvimento das crianças<br />

36


expostas ao vírus. Discordan<strong>do</strong> com a pesquisa em questão onde não foi encontrada diferença<br />

estatística significativa no desenvolvimento motor das crianças estudadas.<br />

Knight et al. (2000), avaliaram crianças de 3 a 30 meses de idade e concluíram que<br />

crianças infectadas pelo HIV apresentaram scores mais baixos em ambos os testes quan<strong>do</strong><br />

compara<strong>do</strong>s com crianças sororevertidas.<br />

Apenas quatro provas puderam ser analisadas no teste <strong>do</strong> qui-quadra<strong>do</strong> quan<strong>do</strong><br />

comparamos crianças sororevertidas e crianças não expostas ao vírus não apresentan<strong>do</strong><br />

diferença estatística significativa nos testes de reação corporal de retificação, sentada sem<br />

apoio, Landau I e Landau II.<br />

Na tabela 2, no teste de reação corporal de retificação 3 (18%) crianças <strong>do</strong> grupo<br />

experimental apresentaram risco para atraso <strong>do</strong> desenvolvimento <strong>neuropsicomotor</strong> e 14 (82%)<br />

normais e para o grupo controle apenas 1 (5%) com risco para atraso e 19 (95%) consideradas<br />

normais. A diferença encontrada entre os grupos através <strong>do</strong> teste <strong>do</strong> qui-quadra<strong>do</strong> não foi<br />

significativa.<br />

TABELA 2: Teste reação corporal de retificação<br />

Reação<br />

Corporal de<br />

Retificação<br />

Grupo<br />

Experimental<br />

Grupo<br />

Controle<br />

Risco<br />

atraso<br />

3<br />

1<br />

Avaliação <strong>Desenvolvimento</strong> Neuropsicomotor<br />

% Normal % Total % OR IC95% P<br />

18<br />

5<br />

14<br />

19<br />

82<br />

95<br />

17<br />

20<br />

100<br />

100<br />

TOTAL 4 11 33 89 37 100<br />

* :Cálculo <strong>do</strong> P valor obti<strong>do</strong> através <strong>do</strong> Bioestat 4.0 (Ayres, 2005).<br />

37<br />

4.07 0.31-113.66 0.315<br />

Pollack et al. (2002) compararam o desenvolvimento cognitivo psicomotor entre 3 grupos<br />

de crianças nos primeiros 24 meses de vida, um grupo de crianças filhas de mães<br />

soropositivas para o HIV infectadas, um grupo de crianças filhas de mães soropositivas para o<br />

HIV não infectadas e um grupo controle de crianças não expostas ao vírus. Em to<strong>do</strong>s os


trabalhos as crianças infectadas apresentaram mais prejuízo no desenvolvimento cognitivo e<br />

psicomotor, concluin<strong>do</strong> que esta diferença ocorreu aos 12 meses de idade.<br />

Na tabela 3, no teste sentada sem apoio das 17 crianças <strong>do</strong> grupo experimental 10 (59%)<br />

apresentaram risco para atraso <strong>do</strong> desenvolvimento <strong>neuropsicomotor</strong> e 7 (41%) normais e das<br />

20 crianças <strong>do</strong> grupo controle 6 (30%) possuem risco para atraso e 14 (70%) normais. Não foi<br />

encontrada diferença estatística significativa para o teste <strong>do</strong> qui-quadra<strong>do</strong>.<br />

TABELA 3: Teste senta<strong>do</strong> sem apoio<br />

Sentada sem<br />

apoio<br />

Grupo<br />

Experimental<br />

Grupo<br />

Controle<br />

Risco<br />

atraso<br />

10<br />

6<br />

Avaliação <strong>Desenvolvimento</strong> Neuropsicomotor<br />

% Normal % Total % OR IC95% P *<br />

59<br />

30<br />

7<br />

14<br />

41<br />

70<br />

17<br />

20<br />

100<br />

100<br />

TOTAL 16 43 21 57 37 100<br />

* :Cálculo <strong>do</strong> P valor obti<strong>do</strong> através <strong>do</strong> Bioestat 4.0 (Ayres, 2005).<br />

3.33 0.71–16.56 0.152<br />

Segun<strong>do</strong> Rocha et al. (2005), fez um estu<strong>do</strong> onde no grupo de crianças expostas ao HIV<br />

durante a gestação afastadas da infecção <strong>do</strong> vírus, 3 apresentaram hipotonia na primeira<br />

avaliação dentro <strong>do</strong> primeiro ano de vida com normalização desse quadro na segunda<br />

avaliação, 3 a 6 meses depois e os demais avalia<strong>do</strong>s apresentaram to<strong>do</strong>s os exames normais e<br />

desenvolvimento neurológico adequa<strong>do</strong>.<br />

Na tabela 4, no teste landau I entre as crianças <strong>do</strong> grupo experimental 3 com risco para<br />

atraso <strong>do</strong> desenvolvimento <strong>neuropsicomotor</strong> e 14 normais e para o grupo controle apenas 1<br />

com risco para atraso e 19 consideradas normais. A diferença encontrada entre os grupos<br />

através <strong>do</strong> Teste <strong>do</strong> qui-quadra<strong>do</strong> não foi significativa.<br />

38


TABELA 4: Teste Landau I<br />

Landau I<br />

Grupo<br />

Experimental<br />

Grupo<br />

Controle<br />

Risco<br />

atras<br />

o<br />

3<br />

1<br />

Avaliação <strong>Desenvolvimento</strong> Neuropsicomotor<br />

% Normal % Tota<br />

l<br />

18<br />

5<br />

14<br />

19<br />

82<br />

95<br />

17<br />

20<br />

% OR IC95% P *<br />

100<br />

100<br />

TOTAL 4 11 33 89 37 100<br />

* :Cálculo <strong>do</strong> P valor obti<strong>do</strong> através <strong>do</strong> Bioestat 4.0 (Ayres, 2005).<br />

4.07 0.31-113.66 0.315<br />

Na tabela 5, entre o grupo experimental avalia<strong>do</strong>s aos 6 meses de idade e o grupo<br />

controle na mesma idade, não foi encontrada diferença estatística significativa através <strong>do</strong> teste<br />

<strong>do</strong> qui-quadra<strong>do</strong>. No primeiro grupo, das 17 crianças, 8 apresentaram risco para atraso e 9<br />

normais, no segun<strong>do</strong> apenas 5 apresentaram este risco e 15 normais.<br />

TABELA 5: Teste Landau II<br />

Landau II<br />

Grupo<br />

Experimental<br />

Grupo<br />

Controle<br />

Risco<br />

atraso<br />

8<br />

5<br />

Avaliação <strong>Desenvolvimento</strong> Neuropsicomotor<br />

% Norma<br />

l<br />

47<br />

25<br />

9<br />

15<br />

% Total % OR IC95% P *<br />

53<br />

75<br />

17<br />

20<br />

100<br />

100<br />

TOTAL 13 35 24 65 37 100<br />

* :Cálculo <strong>do</strong> P valor obti<strong>do</strong> através <strong>do</strong> Bioestat 4.0 (Ayres, 2005).<br />

2.67 0.55–13.62 0.291<br />

Em trabalhos consulta<strong>do</strong>s foi observa<strong>do</strong> que o atraso no desenvolvimento<br />

<strong>neuropsicomotor</strong> entre crianças infectadas pelo vírus HIV tem uma tendência a aumentar ao<br />

longo da idade. No estu<strong>do</strong> de Negrini (2004), as crianças não infectadas, filhas de mães<br />

soropositivas, apresentaram diferença significativa em relação ao risco para atraso no<br />

desenvolvimento aos 3 meses de idade. Nesta idade, das 15 crianças estudadas, 9<br />

39


apresentaram risco para atraso no desenvolvimento. Aos 8 meses, das 15 crianças deste<br />

mesmo grupo, apenas 2 apresentaram risco para atraso sen<strong>do</strong> que aos 18 meses este número<br />

tornou a aumentar e das 15 crianças, filhas de mães soropositivas, 7 apresentam risco para<br />

atraso no desenvolvimento <strong>neuropsicomotor</strong>. Entre as crianças, filhas de mães soronegativas,<br />

o risco para atraso foi maior aos 18 meses, sen<strong>do</strong> que, de 15 crianças, 5 apresentaram risco.<br />

Não obstante, é importante considerar o tamanho da amostra, e ponderar que talvez tenha<br />

si<strong>do</strong> reduzida por limitações impostas pelos critérios de inclusão <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> e pela exigüidade<br />

de tempo exigi<strong>do</strong> para a realização da pesquisa pela instituição. Talvez seja viável dar<br />

continuidade à triagem das crianças, amplian<strong>do</strong> as idades estudadas para a confirmação <strong>do</strong>s<br />

da<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s.<br />

40


7 CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />

Neste estu<strong>do</strong>, no grupo de crianças expostas ao vírus HIV não foi encontra<strong>do</strong> nenhuma<br />

alteração no desenvolvimento de filhos de mães porta<strong>do</strong>ras. Dessa forma, se aceita a hipótese<br />

nula, constatan<strong>do</strong> a ausência de diferença estatística significativa entre os grupos no qual o<br />

AZT no perío<strong>do</strong> gestacional não interfere no desenvolvimento <strong>neuropsicomotor</strong>.<br />

Basea<strong>do</strong> nestes conhecimentos atuais considera-se que o benefício na acentuada redução<br />

da transmissão vertical <strong>do</strong> HIV com o uso de drogas anti-retrovirais ultrapassa os riscos<br />

eventuais <strong>do</strong>s efeitos adversos. Entretanto, até que experiência de longo prazo se acumule, é<br />

necessário acompanhamento clínico especializa<strong>do</strong> e rigoroso das crianças expostas. Este<br />

acompanhamento neurológico infantil freqüente pode identificar alterações precocemente,<br />

com a intenção de intervenção de reabilitação paralela ao tratamento medicamentoso, cujo<br />

objetivo final é melhorar a qualidade de vida desses pacientes. Os vários consensos e revisões<br />

sugerem que este seja feito mais amiúde ao longo <strong>do</strong> primeiro ano e depois anualmente até o<br />

final da a<strong>do</strong>lescência.<br />

O conhecimento <strong>do</strong> processo de avaliação fisioterapêutica em neuropediatria e no<br />

desenvolvimento normal da criança, são condições que nos tornam capazes de diagnosticar<br />

precocemente qualquer alteração motora. A finalidade <strong>do</strong> exame consiste em fazer com que o<br />

fisioterapeuta atente que o crescimento e o desenvolvimento são fundamentais para uma boa<br />

avaliação, descobrin<strong>do</strong> os erros funcionais ou comprovan<strong>do</strong> a ausência de tais erros.<br />

Finalmente, o fisioterapeuta deve apresentar estes conhecimentos para poder comparar a idade<br />

motora com a idade cronológica.<br />

Na presente pesquisa não foi encontrada alteração no desenvolvimento<br />

<strong>neuropsicomotor</strong> segun<strong>do</strong> a aplicação e análise <strong>do</strong> protocolo de coelho nas crianças da<br />

amostra estudada. Novos estu<strong>do</strong>s envolven<strong>do</strong> amostras com diferentes faixas etárias assim<br />

41


como com um número maior de crianças poderão colaborar com a confirmação de da<strong>do</strong>s<br />

obti<strong>do</strong>s, bem como dar continuidade às reflexões.<br />

42


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46


APÊNDICES<br />

47


APÊNDICE A - CERTIFICADO DE APROVAÇÃO DO COMITÊ DE ÉTICA EM<br />

PESQUISA (CEP) DA UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA.<br />

48


APÊNDICE B - TERMO DE APROVAÇÃO DO ORIENTADOR DA PESQUISA<br />

UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA - UNAMA<br />

CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE<br />

CURSO DE FISIOTERAPIA<br />

DECLARAÇÃO<br />

Eu Dayse Danielle Silva, aceito orientar o trabalho, que terá como foco principal a<br />

Fisioterapia pediátrica com o tema “<strong>Estu<strong>do</strong></strong> <strong>comparativo</strong> <strong>do</strong> <strong>Desenvolvimento</strong><br />

<strong>neuropsicomotor</strong> em crianças não porta<strong>do</strong>ras <strong>do</strong> vírus HIV cujas mães tomaram AZT e filhos<br />

de mães não porta<strong>do</strong>ras <strong>do</strong> vírus HIV”. De autoria de Andrielle Guimarães Rodrigues e<br />

Letícia Alves Fonseca, declaran<strong>do</strong> ter total conhecimento das normas de realização de<br />

trabalhos científicos vigentes, segun<strong>do</strong> o manual de orientação de trabalhos científicos <strong>do</strong><br />

Curso de Fisioterapia da UNAMA 2007 estan<strong>do</strong> ciente da necessidade de minha participação<br />

na banca examina<strong>do</strong>ra por ocasião da defesa <strong>do</strong> trabalho.<br />

49<br />

Belém-Pará, 28 de fevereiro de 2007.<br />

Assinatura<br />

Dayse Danielle de Oliveira Silva


APÊNDICE C - TERMO DE APROVAÇÃO DO CO-ORIENTADOR DA PESQUISA<br />

UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA - UNAMA<br />

CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE<br />

CURSO DE FISIOTERAPIA<br />

DECLARAÇÃO<br />

Eu Mauro José Pantoja Fontelles, aceito co-orientar o trabalho, que terá como foco<br />

principal a Fisioterapia pediátrica com o tema “<strong>Estu<strong>do</strong></strong> <strong>comparativo</strong> <strong>do</strong> <strong>Desenvolvimento</strong><br />

<strong>neuropsicomotor</strong> em crianças não porta<strong>do</strong>ras <strong>do</strong> vírus HIV cujas mães tomaram AZT e filhos<br />

de mães não porta<strong>do</strong>ras <strong>do</strong> vírus HIV”. De autoria de Andrielle Guimarães Rodrigues e<br />

Letícia Alves Fonseca, declaran<strong>do</strong> ter total conhecimento das normas de realização de<br />

trabalhos científicos vigentes, segun<strong>do</strong> o manual de orientação de trabalhos científicos <strong>do</strong><br />

Curso de Fisioterapia da UNAMA 2007 estan<strong>do</strong> ciente da necessidade de minha participação<br />

na banca examina<strong>do</strong>ra por ocasião da defesa <strong>do</strong> trabalho.<br />

50<br />

Belém-Pará, 28 de fevereiro de 2007.


APÊNDICE D - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO<br />

As informações obtidas serão analisadas em conjunto com as de outras pacientes, não<br />

sen<strong>do</strong> divulgada qualquer informação que possa levar a sua identificação.<br />

ESTUDO: <strong>Estu<strong>do</strong></strong> <strong>comparativo</strong> <strong>do</strong> <strong>Desenvolvimento</strong> <strong>neuropsicomotor</strong> em crianças não<br />

porta<strong>do</strong>ras <strong>do</strong> vírus HIV cujas mães tomaram AZT e filhos de mães não porta<strong>do</strong>ras <strong>do</strong> vírus<br />

HIV.<br />

Os voluntários serão atendi<strong>do</strong>s na Unidade de Referência Materno-infantil e<br />

A<strong>do</strong>lescentes, localizada na Rua Alcin<strong>do</strong> Cacela n° 1421, bairro Umarizal e, na Casa Dia,<br />

localizada na Tv. Diogo Moia n°, bairro, Belém-PA, no turno matutino. O estu<strong>do</strong> se faz<br />

necessário para que se possa avaliar o desenvolvimento motor em crianças filhos de mães<br />

porta<strong>do</strong>ras <strong>do</strong> vírus HIV, demonstran<strong>do</strong> sua eficiência através de avaliação que será realizada<br />

apenas em uma sessão. As crianças terão seus da<strong>do</strong>s coleta<strong>do</strong>s em uma ficha de avaliação<br />

elaborada pelo autor COELHO (1999). A avaliação será realizada na presença <strong>do</strong> responsável,<br />

o menor será observa<strong>do</strong> nas posturas deita<strong>do</strong> e em pé sobre uma maca, onde serão realizadas<br />

técnicas manuais para verificar possíveis alterações no desenvolvimento motor da criança.<br />

Em qualquer momento <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> os indivíduos terão acesso aos profissionais<br />

responsáveis pela pesquisa, para esclarecimento de dúvidas.<br />

As principais investiga<strong>do</strong>ras são as acadêmicas Andrielle Guimarães Rodrigues que pode<br />

ser encontrada na passagem Boa Vista, Na Avenida Duque de Caxias, n°35 ou nos telefones<br />

3266-1570/9152-7491, Letícia Alves Fonseca que pode ser encontrada na Rua 14 de abril, ed.<br />

Piaget n° 1571 apt° 1101 ou nos telefones 3229-7589/81350593.<br />

Caso não sejam localizadas, poderá ainda ser contatada a fisioterapeuta Dayse Danielle de<br />

Oliveira Silva, orienta<strong>do</strong>ra desta pesquisa, no endereço: Avenida Almirante Barroso, n° 938<br />

51


Aptº 301 ou pelos telefones 3266-4663/ 8848-1384.<br />

GARANTIAS<br />

É garantida aos responsáveis, a liberdade de não permitir a participação <strong>do</strong> menor e de<br />

desistir ou interromper a colaboração neste estu<strong>do</strong> no momento em que desejar, sem<br />

necessidade de qualquer explicação. Além disso, é assegura<strong>do</strong> ao responsável o direito de não<br />

responder a perguntas que possam causar constrangimento de qualquer natureza.<br />

Os responsáveis têm direitos a serem informa<strong>do</strong>s a respeito <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s da pesquisa.<br />

O atendimento não será cobra<strong>do</strong> e também não haverá nenhuma recompensa financeira na<br />

participação deste estu<strong>do</strong>.<br />

Este trabalho será realiza<strong>do</strong> com recursos próprios <strong>do</strong> autor, não ten<strong>do</strong> financiamento ou<br />

co-participação de nenhuma instituição de pesquisa.<br />

O pesquisa<strong>do</strong>r utilizará os da<strong>do</strong>s e o material coleta<strong>do</strong> somente para esta pesquisa.<br />

RISCOS E BENEFICIOS<br />

De acor<strong>do</strong> com os procedimentos utiliza<strong>do</strong>s é assegura<strong>do</strong> ao responsável que o estu<strong>do</strong> não<br />

oferece riscos absolutos ou relativos às crianças pesquisadas, mas benefícios. Caso seja<br />

detectada alguma alteração no desenvolvimento motor da criança, pode-se futuramente (no<br />

tempo adequa<strong>do</strong>), realizar um acompanhamento médico e fisioterapêutico, geran<strong>do</strong> benefícios<br />

para melhorar a qualidade de vida da criança.<br />

DECLARAÇÃO<br />

Declaro que compreendi as informações <strong>do</strong> que li ou que me foram explicadas sobre o<br />

trabalho em questão.<br />

Discuti com a fisioterapeuta Dayse Danielle de Oliveira Silva sobre decisão em participar<br />

nesse estu<strong>do</strong>, fican<strong>do</strong> claros para mim, quais são os propósitos da pesquisa, os procedimentos<br />

a serem realiza<strong>do</strong>s, as garantias de confidencialidade e de esclarecimentos permanentes.<br />

Ficou claro também que a participação <strong>do</strong> menor por quem sou responsável não tem<br />

52


despesas e que tenho garantia de inclusive se optar por desistir de participar da pesquisa.<br />

Concor<strong>do</strong> voluntariamente com a participação <strong>do</strong> menor por quem sou responsável nesse<br />

estu<strong>do</strong> poden<strong>do</strong> retirar meu consentimento a qualquer momento sem necessidade de justificar<br />

o motivo da desistência, antes ou durante o mesmo.<br />

Como responsável, autorizo meu filho (a) a participar de uma sessão avaliativa <strong>do</strong><br />

desenvolvimento motor, onde poderão ser fotografa<strong>do</strong>s para incluir na pesquisa de conclusão<br />

de curso das acadêmicas <strong>do</strong> 4º ano <strong>do</strong> curso de fisioterapia Andrielle Guimarães Rodrigues e<br />

Letícia Alves Fonseca, intitula<strong>do</strong> “<strong>Estu<strong>do</strong></strong> <strong>comparativo</strong> <strong>do</strong> <strong>Desenvolvimento</strong> <strong>neuropsicomotor</strong><br />

em crianças não porta<strong>do</strong>ras <strong>do</strong> vírus HIV cujas mães tomaram AZT e filhos de mães não<br />

porta<strong>do</strong>ras <strong>do</strong> vírus HIV”.<br />

53<br />

Belém, ____, de ___________________de 2007.<br />

Assinatura <strong>do</strong> responsável<br />

Declaro que assisti a explicação da fisioterapeuta Dayse Danielle de Oliveira Silva ao<br />

responsável da criança, que compreendeu e retirou suas dúvidas, assim como eu, a tu<strong>do</strong> o que<br />

será realiza<strong>do</strong> na pesquisa.<br />

Assinatura de testemunha<br />

Declaro que obtive de forma apropriada e voluntária o consentimento livre e esclareci<strong>do</strong><br />

<strong>do</strong> responsável da criança ou representante legal para participação no presente estu<strong>do</strong>: Ftª.<br />

Dayse Danielle de Oliveira Silva (Fisioterapeuta) - Pesquisa<strong>do</strong>r responsável.


APÊNDICE E - AUTORIZAÇÃO DA UNIDADE DE REFERÊNCIA MATERNO-<br />

INFANTIL E ADOLESCENTE – URE-MIA<br />

Eu Bárbara Ferreira Alencar Ecker, Diretora da Unidade de Referência Materno – Infantil<br />

e A<strong>do</strong>lescente – URE-MIA, autorizo o uso <strong>do</strong> espaço de uma sala de atendimento, para a<br />

realização da pesquisa de conclusão de curso das acadêmicas <strong>do</strong> 4º ano <strong>do</strong> curso de<br />

fisioterapia Andrielle Guimarães Rodrigues e Letícia Alves Fonseca que me solicitam o uso<br />

<strong>do</strong> espaço interno <strong>do</strong> Ambulatório de Fisioterapia da URE-MIA para o atendimento de<br />

crianças que farão parte da pesquisa intitulada “<strong>Estu<strong>do</strong></strong> <strong>comparativo</strong> <strong>do</strong> <strong>Desenvolvimento</strong><br />

<strong>neuropsicomotor</strong> em crianças não porta<strong>do</strong>ras <strong>do</strong> vírus HIV cujas mães tomaram AZT e filhos<br />

de mães não porta<strong>do</strong>ras <strong>do</strong> vírus HIV”.<br />

No perío<strong>do</strong> de março a outubro de 2007, no turno matutino.<br />

Belém _____/______/ _______<br />

54


APÊNDICE F– AUTORIZAÇÃO DA CASA DIA<br />

Eu Francisca das Graças Vidigal Melo, Diretora da Casa Dia, autorizo o uso <strong>do</strong> espaço de<br />

uma sala de atendimento, para a realização da pesquisa de conclusão de curso das acadêmicas<br />

<strong>do</strong> 4º ano <strong>do</strong> curso de fisioterapia Andrielle Guimarães Rodrigues e Letícia Alves Fonseca<br />

que me solicitam o uso <strong>do</strong> espaço interno <strong>do</strong> Ambulatório da Casa Dia para o atendimento de<br />

crianças que farão parte da pesquisa intitulada “<strong>Estu<strong>do</strong></strong> <strong>comparativo</strong> <strong>do</strong> <strong>Desenvolvimento</strong><br />

<strong>neuropsicomotor</strong> em crianças não porta<strong>do</strong>ras <strong>do</strong> vírus HIV cujas mães tomaram AZT e filhos<br />

de mães não porta<strong>do</strong>ras <strong>do</strong> vírus HIV”.<br />

Belém _____/______/ _______<br />

55


ANEXOS<br />

56


ANEXO A - FICHA DE AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA<br />

DATA DA AVALIAÇÃO: ______/______/_______<br />

IDENTIFICAÇÃO:<br />

NOME: __________________________________________________________________<br />

FILIAÇÃO: _______________________________________________________________<br />

IDADE: _____________________ DATA DE NASCIMENTO: ______/______/______<br />

+ PADRÃO NORMAL/PRESENTE<br />

- PADRÃO AUSENTE<br />

± ESBOÇO/VESTÍGIO<br />

V EVENTUAL<br />

N NÃO OBSERVADO<br />

IDADE EM MESES 1 2 3 4 5 6<br />

EMISSÃO DE SONS<br />

POSTURA- DECÚBITO DORSAL: FLEXORA<br />

REFLEXO PUPILAR<br />

EXTENSORA<br />

SIMÉTRICA<br />

ASSIMÉTRICA<br />

57


TOCA DIVERSAS PARTES DO CORPO<br />

PREENSÃO MANUAL LADO ULNAR<br />

PROVA MÃO-LENÇOL NO ROSTO<br />

MANOBRA DO CACHECOL<br />

MANOBRA DE RECHAÇO<br />

MANOBRA DE BEIRA DE CAMA<br />

REAÇÃO CERVICAL CORPORAL DE RETIFICAÇÃO<br />

POSTURA-DEC. VENTRAL: FLEXORA<br />

EXTENSORA<br />

SIMÉTRICA<br />

ASSIMÉTRICA<br />

REFLEXO DE PREENSÃO PLANTAR<br />

REFLEXO CUTÂNEO-PLANTAR<br />

MANOBRA DO ARRASTO<br />

SENTADA SEM APOIO<br />

REAÇÃO DE LANDAU I<br />

REAÇÃO DE LANDAU II<br />

SENSIBILIDADE TÁTIL<br />

SENSIBILIDADE DOLOROSA<br />

58<br />

__________________________________<br />

ASSINATURA DO EXAMINADOR


ANEXO B – MATERIAIS UTILIZADOS NA AVALIAÇÃO<br />

59

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