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4 - Engenharia Naval e Oceânica

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Aprovada por<br />

TO DE UM NAVIO EN ONDAS LOXGITUDINAIS"<br />

RIO DE JANEIRO<br />

ESTADO DA GUANABARA - BRASIL<br />

JUNRO 1971


Po Prof. Dnitri M. Rostovtsev, pela<br />

valiosa orientação, incentivo e pelo<br />

desenvolvinnento dado ao Programa de<br />

Ehgenharia <strong>Naval</strong> da CDPPE;<br />

Ao Pmf. ~oão Luiz H. Selasco, pelo<br />

apoio e incentivo constantes;<br />

A COPPE que E wrmitiu desenvolver<br />

&te trabalho;<br />

Aos colegas do N.C.E. e aos colegas<br />

Ney Santos, ~uiz ~aurício Por-<br />

tella e Tiago Piedras pela calabora -<br />

ção nos c5lculos n&rlcos ;<br />

A EMAQ §/A que cm sua ajuda tomou<br />

possfvel EU estudo na COPPE.


Com um desenvolvimento puramente hidrodinâmico, estudamos<br />

os movimentos acoplados de arfagem e afundamento e o momento fletor<br />

de onda, para um modêlo da série 69, encontrando em seu avanço um<br />

sistema de ondas 1 ongitudinai S.<br />

Para a solução do problema de potencial de velocidades,<br />

devemos resolver um problema tridimensional.<br />

*<br />

Da dificuldade de soluçao deste, e com a finalidade de c02<br />

siderarmos aproximadamente a terceira dimensao, introduzimos uma for-<br />

- -4 .,<br />

mulação em que a interaçao das seçoes é levada em conta pela variaçao<br />

da boca ao longo do comprimento do navio.<br />

Calculamos as amplitudes dos movimentos e do momento fle-<br />

tor de onda utilizando para cálculo do coeficiente de amortecimento<br />

.,<br />

ora o método de Grim ora uma distribuiçao dada por Gerritsma.<br />

.,<br />

Para comparaçao dos resultados utilizamos o método de Kor-<br />

vin-Kroukowsky e alguns resultados experiment ai S.<br />

w


ABSTRACT<br />

iii<br />

This work concerns the study of the coupled motions of pit -<br />

ching and heaving together with the wave bending moment of a serie-<br />

60 ship model, which meets a train of longitudinal waves.<br />

The problem of velocity potencial is in three dimensions ,<br />

whose difficult solutions led to a simplified formulation. This t2<br />

kes into account the interaction between adjoining sections with<br />

the rate of change of the breadth to the length of the ship.<br />

The amplitudes of the two motions and the wave bending mo-<br />

ment were calculated making use of either Grim's method or a Gerrits -<br />

ma's damping coefficient distribution to work out the damping coef-<br />

ficient .<br />

The final results are compared with Korvin-I


I N D I C E<br />

.<br />

I. Introduçao ...................................... 1<br />

11. ~olocação do Problema<br />

11.1 Força atuando sobre um navio em movimento.. 5<br />

11.2 Estudo de um navio em ondas longitudinais.<br />

Movimento de arfagem e afundamento<br />

1. ~i~óteses .............................. 21<br />

2. Forças atuando sobre o navio<br />

a) ~Ôrças devido ao movimento osci-<br />

latório em águas tranquilas ......... 25<br />

b) ~Ôrças devido ao movimento das<br />

ondas do mar ........................ 40<br />

c) Forças devido difração das ondas... 44<br />

d) ~Ôr~as devido ao potencial OSt....... 55<br />

e) Forças hidrostática e de inércia<br />

do navio devido ao movimento osci-<br />

latório ............................. 60<br />

f) Carregamento total atuando sobre o<br />

navio ............................... 61<br />

-<br />

111. Equaçoes do movimento ........................... 63<br />

IV. cálculo dos momentos fletores ................... 78<br />

V. ~álculo aplicado a modêlo 88<br />

-<br />

.......................<br />

.....................<br />

VI. Apresentaçao dos resultados 103<br />

.,<br />

VII. Discussao ....................................... 105<br />

Resultados em gráficos e tabelas ................ 114<br />

~eferências ..................................... 156


Quando estudamos o problema dos movimentos de afun-<br />

damento e arfagem de um navio, em ondas longitudinais, chegamos a<br />

-<br />

um sistema de duas equaçoes diferenciais lineares acopladas.<br />

- &<br />

Para a soluçao dessas equaçoes muito se tem feito<br />

com a finalidade de obter seus coeficientes. Korvin-Kroukovsky<br />

[I] em 1957 com um método de dedução mais físico que matemático ,<br />

. .-<br />

c4 CI<br />

apresentava soluçao para o problema, com grande contribuiçao para<br />

engenharia devido a sua aplicabilidade imediata. Baseava-se o mé,<br />

,.a<br />

todo, no estudo de cada seçao em separado sem levar em conta a in-<br />

II ,-4<br />

teraçao das seçoes.<br />

.-A<br />

Para análise dos coeficientes das equaçoes de enor-<br />

.<br />

me valia foram os trabalhos deGerritsma [2] 9 131. i [43 sobre de-<br />

,v<br />

terminaçoes práticas dos coeficientes.<br />

Gerritsma e Smith [5] e &rritsma e Beulcelman [6] a-<br />

i-i -<br />

presentam uma deduçao mecânica para obtençao dos coeficientes que


'CI<br />

leva as mesmas equaçoes de Korvin-Kroukomky.<br />

#w<br />

Vossers [7] na sua consideraçao de corpo alongado dec -<br />

preza a influência da velocidade de avango do navio e suas equações<br />

diferem das de Korvin-Kroukowsky por êstes %&mos.<br />

#w<br />

Para det erminagao dos coeficientes das equações 6<br />

preciso conhecer os coeficientes de massa virtual e amortecimento<br />

.-a<br />

de cada seçao. Ursell [8] desenvolveu um método de cálculo dêsses<br />

w<br />

coeficientes para seçoes circulares. Grim [9] e Tasai e01 desen -<br />

volveram, a partir de transformag~o conforme, processo para obten -<br />

- ,., w<br />

çao dêsses coeficientes para seçoes nao circulares.<br />

Be um ponto de vista puramente hidrodinâmico, Has-<br />

kind [uJ e Ne~rman p2] estudaram o problema de forças atuando sÔ-<br />

- -.<br />

bre corpos oscilando em meio fluido. A partir dêsses estudos, farz<br />

.-a .-a 6-4 .,<br />

mos a deduçao das equaçoes dos movimentos, lançando mao, entao, de<br />

um método puramente hidrodinâmico.<br />

A descrição total do problema não pode ser dada por<br />

um modêlo bidimensional , devendo ser considerada a tridirnensionali-<br />

dade do escoamento. Entretanto, assim procedendo, somos levados a<br />

," - N<br />

problemas de difíceis soluçoes. Entao, introduzimos uma fwiçao que


-<br />

caracteriza o potencial de velocidades devido a irradiaçao de ondas,<br />

., -<br />

em que a terceira dimensao é representada pela boca em funçao do<br />

.,<br />

comprimento do navio, levando em consideraçao aproximadamente a tri<br />

-<br />

dimensionalidade do escoamento.<br />

Para o projeto estrutural do navio, o momento fletor<br />

.,<br />

aplicado em cada seçao deve ser determinado. A partir do conheci -<br />

.-. e<br />

mento das cargas, a que estao solicitadas as diversas seçoes, cal-<br />

laremos o momento fletor de ondas ao longo de um navio.<br />

Joosen, Wahab e W oortman [UJ de terminaram experime~<br />

talmente as amplitudes dos movimentos e do momento fletor de ondas<br />

para modêlos da série 60 e compararam com resultad-os teóricos obti<br />

dos das equações de Vossers e Korvin-Kroukcgsky.<br />

Devido os resultados obtid-os para coeficiente de a-<br />

mortecimento, calculados pelo método de Grim, nos levarem a certas<br />

N<br />

discrepâncias para seçoes da popa e da proa, utilizare.gos,~ também,<br />

N<br />

as distribuiçoes dêsses coeficientes ao longo do navio dadas por<br />

Gerritsma eBeukelman ( 6 ] .<br />

Calcularemos pelo método proposto e pelo método de<br />

Korvin-Kroukovsky as amplitudes dos movimentos e dos momentos fleto -<br />

-


es para um modêlo da série 60 com CB = O,7O usando para coeficien-<br />

te de amortecimento os resultados obtidos pelo método de Grim e a<br />

distribuipão dada em [6J . Os resultados assim obtidos serão cornpa<br />

-<br />

rados com os experimentais de [13] .


I1 - 1. ~Ôrças atuando sobre um navio em movimento.<br />

Quando um navio está em repouso sobre a superfície<br />

livre do mar, duas forças agem sobre êleo seu pêso e empuxo. Estas<br />

agem em sentidos opostos com a mesma intensidade. Quando em movi-<br />

mento a forma submersa modifica-se a cada instante, mudando o pon-<br />

-<br />

to de aplicagão e a intensidade da força de empuxo. A pressao no<br />

.-a<br />

ponto não mais será funçao sòmente da altura hidrostática, mas tam<br />

,.a<br />

bém função do movimento de ondas do mar, velocidades, aceleragoes<br />

m<br />

e deslocamentos do navio. Assim sendo, à pressao hidrostática se-<br />

N<br />

rao acrescidas outras parcelas, e êste somatório constitui a pressão<br />

hidrodinâmica .<br />

O desequil


fenômeno em quatro grupos:<br />

Podemos então distinguir as forças agindo sobre o<br />

a) Pêso do navio<br />

b) Forças de inércia da massa do navio<br />

c) Forças devido a ~ressões da água<br />

d) Forças viscosas<br />

," &<br />

As forças devido a pressoes da água poderao ser di-<br />

vididas em três grupos como se segue:<br />

w<br />

c.1 - Forças devido a pressoes da água quando o navio os-<br />

em duas distintas:<br />

-<br />

cila em águas tranquilas.<br />

c.2 - ~Ôrças devido as ondas do meio<br />

c.3 - Forças devido as ondas formadas pelo navio.<br />

m<br />

A primeira parte desta subdivisao pode-se separar<br />

c.l.1 - ~Ôrças hidrostáticas<br />

c.1.2 - Forças hidrodinâmicas<br />

As forças hidrostáticas são as resultantes das pres -<br />

soes hidrostáticas ao longo do casco. A diferença entre as forças<br />

w<br />

hidrostáticas e pêso do navio nos dao a força restauradora devido


w r*<br />

a variaçao da posiçao de equilíbrio.<br />

N<br />

Quando o navio oscila na ágwa, aceleragoes são trang<br />

mitidas para as partículas d'água na vizinhança do casco, isto é,<br />

N<br />

haverá uma irradiaçao de ondas partindo do navio para a infinito.<br />

N<br />

aste movimento será acompanhado de forças agindo sobre o navio, nao<br />

N<br />

necessàriamente em fase com a aceleraçao. Estas Torças poderão ser<br />

divididas em duas partes, uma em fase com a aceleraçao e outra com<br />

N<br />

a velocidade, características do movimento da seçao.<br />

w<br />

Ao coeficiente de proporcionalidade entre aceleraçao<br />

e a força em fase com a aceleraçao chamamos de coeficiente de massa<br />

virtual e, ao coeficiente de proporcionalidade entre velocidade e<br />

força em fase com a velocidade, damos o nome de coeficiente de a-<br />

mortecimento. ~êste modo, dividimos as forças hidrodinâmicas em<br />

duas parcelas: força de inércia e força de amortecimento.<br />

?d<br />

As forças viscosas nao serao consideradas para o pri<br />

,.#<br />

blema em estudo, pois sao desprezíveis quando comparadas com outras<br />

f orças agindo no modêl o. ~ erri<br />

t sma [3] mostrou experimentalmente<br />

,.,<br />

que tal suposiçao é válida.


Consideremos agora a parte devido as ondas do mar.<br />

Como foi dito, calculamos uma parte de força agindo sobre o navio<br />

N e..<br />

devido a variaçao da posiçao das seçoes em águas tranquilas. Da fei -<br />

N<br />

ta que haja onda, deveremos levar em conta a elevaçao de ondas. A<br />

,"<br />

esta parte dá-se o nome de força devido a elevaçao da água que será<br />

calculada segundo a hipótese de Froude-Krylov que diz:<br />

'!cada ponto de uma supe'rfície submersa de um navio,<br />

N<br />

experimenta uma pressao hidrodinâmica tal que seu<br />

w<br />

valor 6 determinado pela equaçao do movimento da<br />

onda para o ponto considerado".<br />

Convem observar que segundo a hipótese de Froude -<br />

Krylov a pressão 6 determinada para pontos do meio fluido, ignoran-<br />

do que dada a impenetrabilidade do casco o escoamento se modifica<br />

#.a<br />

dando origem a outras forças, que serao divididas em duas partes,<br />

força de inércia e força de amortecimento.<br />

.-4<br />

Com o movimento de translaçao do navio na superfície<br />

N<br />

livre, é criado um sistema de ondas que modificará as pressoes das<br />

#.,<br />

partículas sobre o corpo. Estas pressoes criam forças que só inte-<br />

,-A<br />

ressam ao estado da resistência ao avanço, por nao influirem no ca-


&ter oscilatório dos movimentos e do momento fletor de ondas.<br />

M<br />

Podemos entao formar o quadro abaixo, de forças que<br />

contribuem para o problema em estudo.<br />

M<br />

FÔrças agindo em cada seçao<br />

'<br />

~Ôqas devido ao movimento do<br />

FÔrças devido a agão das ondas<br />

navio em águas tranquilas do mar sobre o navio<br />

~nércia da<br />

massa do<br />

navio I<br />

~idrostática<br />

Hi dr o dinâmi ca<br />

~Ôrças~devido a<br />

elevaçao das á-<br />

guas (Hi.p.de Frog<br />

de-Kryl ov)<br />

J=----7<br />

inércia Amortecimento<br />

Forças hidrodinâmicas<br />

de$do<br />

da interaçao ca2<br />

co-onda<br />

J<br />

Inércia Amortecimento


Cabe ressaltar que a análise feita é puramente me-<br />

cânica. Estudemos agora o problema de um ponto de vista hidrodinâ-<br />

mi co .<br />

Quando um navio se desloca com velocidade constante<br />

em águas tranquilas, transfere movimento ao mar, criando um sistema<br />

de ondas de Kelvin.<br />

Se, no entanto temos um sistema de ondas longitudi -<br />

nais incidindo sobre o navio, aparecem fÔrgas excitatrizes obrigan-<br />

do o navio a ter outros movimentos além de avanço uniforme. estes<br />

M<br />

outros movimentos serao oscilatÓrios devido ao caráter oscilatório<br />

das forças excitatrizes atuantes. Consequentemente será transmiti-<br />

N<br />

do movimento as partículas do meio, havendo irradiagao de ondas em<br />

todas as diregoes. Com a presença do navio no meio fluido, as par-<br />

tículas dotadas de velocidades devido as ondas também modificarão<br />

suas velocidades levando-se em conta a impenetrabilidade do casco.<br />

- N<br />

M w<br />

Entao , as partículas t erao suas velocidades, deslocamentos e acele-<br />

raçoes dados por quatro fatores: modificaçao do escoamento devido<br />

N<br />

5 velocidade de avaiqo do navio, irradiagao de ondas devido ao moQ<br />

-<br />

mento oscilatÓrio do navio, movimento de ondas do mar e difraçao<br />

das ondas devido à presenga do navio. Se admitirmos que êsses qua-<br />

tro problemas possam ser maiisados independentemente teremos os ss


guintes problemas a analisar:<br />

a) lodificação do escoamento dada pela influência da velo4<br />

cidade de avango do navio. Teremos uma série de pontos de -pressão<br />

se deslocando na superfície livre que segundo Kelvin originarão um<br />

sistema de ondas. Se adotarmos um sistema de referências fixo ao<br />

navio tal movimento será permanente.<br />

b) irradiação de ondas dado pelo movimento oscilatÓrio de<br />

um navio na superfície livre em águas tranquilas.<br />

navio.<br />

c) Novimento de ondas existente no mar sem a presença do<br />

d) ~ifra~ão das ondas devido a presenGa do navio.<br />

Sejam dois sistemas de eixos, um fixo no espago<br />

(o1 , 5 , y , 5 ) e outro fixo ao navio (O, x, y, z), se o navio<br />

1 1<br />

w<br />

avança com velocidade constante na direçao O x temos<br />

x =U t +X<br />

1 o (1)<br />

Supondo que o fluido 6 ideal e o regime irrotacio-<br />

H<br />

nal, existe uma funçao $ , potencial de velocidades, tal que:<br />

grad $ = v<br />

., ( 2)<br />

#.,<br />

e se, ainda, supomos que o fluido é incompressivel a equaçao da c02<br />

tinuidade é:


div v=o -<br />

Dessas duas condiçges obtemos<br />

w w<br />

isto é, a função$ é soluçao da equagao de Laplace.<br />

N<br />

A pressao p em qualquer ponto é determinada pela e-<br />

- quaçao de Ga~-&yo<br />

onde p - massa específica<br />

r4<br />

g - aceleragao da gravidade<br />

- 'a@<br />

a t<br />

- indica que<br />

é expressa no sistema fixo no espaço<br />

Por simplicidade a função ~(t) ser& omitida e inclu.<br />

*o .<br />

remos o têrmo - , desde que façamos<br />

P<br />

\=$-<br />

,.#<br />

onde $ - é a pressao na superfície livre,<br />

o<br />

P<br />

Abandonando o índice 1 em , e supondo as veloci-<br />

dades serem pequenas podemos desprezar seus quadrados e a equaQ&<br />

( 5) será escrita:


Seja a equação da su~erficie Livre dada pela expressa0<br />

1<br />

= 6 bi, "1, t)<br />

Logo, na superfície livre temos<br />

Diferenciando<br />

Lembrando que<br />

na superfície livre<br />

esta expressão obtemos<br />

a componente vertical da velocidade é dada por<br />

isto porque, dzl/dt significa a derivada em relaçao ao tempo da<br />

N<br />

funçao implícita 6(x1, yl, t) em que x<br />

-<br />

e yl variam com o tempo,<br />

porque uma partícula move-se também nas direçoes horizontais.<br />

Se assumimos que o plano tangente a superficie livre<br />

-<br />

difere pouco do horizontal, a elevaçao da água é infinitesimal e<br />

-


.<br />

pouco varia com q e yl, logo e 2.A- ,ao suficientemente pe-<br />

a x1 a Yl<br />

quenos podem ser desprezados e de (10) a componente vertical da ve-<br />

locidade pode ser dada por<br />

8 6<br />

a<br />

Vzl = at<br />

mas<br />

Logo, na superfície livre teremos<br />

w<br />

Como a elevaçao da água 6 infinitesimal podemos to-<br />

,.,<br />

mar a condiçao de superfície livre para z = O ao invés de<br />

1<br />

z 1 E 6 (xl, Jí,<br />

Se for expressa no sistema de coordenadas móvel te-<br />

w<br />

e a condiçao de superfície livre será


Se conhecemos a velocidade linear d-e um corpo rígi-<br />

do e sua velocidade angular podemos determinar a velocidade de qual -<br />

quer ponto do corpo.<br />

-<br />

onde u. - componentes da velocidade linear nas direçoes<br />

-3.<br />

Ox, Oy, Oz<br />

r - raio vetor do ponto<br />

'<br />

w<br />

- velocidades angulares nas direçoes Ox, ~ y , ~z<br />

ni<br />

podemos escrever<br />

e ao invés de (14)<br />

Como temos na direção Qx a velocidade uniforme u O<br />

onde xi - velocidades lineares oscilatórias nas direçoes Ox, Oy,~z.<br />

Num ponto junto a superficie S do casco do navio,<br />

uma particula terá a componente normal da velocidade igual a compg<br />

*<br />

nente da velocidade da superficie na direçao da normal no ponto.<br />

A componente normal da superfície será:


onde<br />

e<br />

n - - unitário da direçao normal a superfície no ponto.<br />

Se @ é o potencial de velocidades<br />

= u = cos(n, x) + n na superfície S (18)<br />

an n O<br />

e+<br />

&tão, em resumo a funçao +. deverá satisfazer as se-<br />

-<br />

guintes condiçoes linearizadas<br />

Seja<br />

2<br />

V @ = O em todo o fluido<br />

-2!L =u<br />

o cos(n, x) + v na superfície S<br />

a n n


onde<br />

$ - potencial de velocidades das ondas geradas devido a<br />

s t<br />

velocidade de avanço do navio em águas tranquilas<br />

'w - potencial de veloaidades das ondas livres do mar<br />

4 - potencial de velocidades do navio oscilando em águas<br />

at<br />

r"<br />

'&if - potencial de velocidades para a difraçao das ondas<br />

mas independentes :<br />

do mar.<br />

Substituindo (20) em (19) chegamos a quatro proble-<br />

1) Navio, oscilando em águas tranquilas<br />

?..<br />

Nesta condiçao, o navio irradiará ondas que partem do<br />

w<br />

navio para o meio em todas as direçoes.<br />

.-a<br />

condigoes<br />

.,<br />

A funçao +at(x, y, z, t) deverá satisfazer as seguintes<br />

2<br />

v "t<br />

= O em todo o f3uido (21)<br />

2 2 2<br />

a Oat a 'at 2 a 'at<br />

- 2u<br />

+ + u<br />

a t 2<br />

a'at<br />

O atax 0 ibi2 a z<br />

ri. v na superfície S<br />

an n<br />

a' a,<br />

i?- = O para a = O


A soluç~o da fu2ição $ pelas condiçoes acima nao é<br />

at<br />

,.,<br />

Única. Devemos excluir a superposiçao de ondas livres, já que para<br />

ICI<br />

qualquer solução, satisfazendo as condiçoes impostas, 6 possível sg<br />

marmos o potencial de velocidades de um sistema de ondas Livres. Se<br />

impusermos que as ondas irradiadas partam do navio para o meio, em<br />

todas as direções, e que no infinito suas velocidades tendam a zero,<br />

., ..#<br />

a funçao será completamente determinada. A expressa0 matemática<br />

desta condição 6 [14] :<br />

onde<br />

2) Ondas livres incidindo sobre o navio<br />

No mar, existe um sistema de ondas, tal que seu compor-<br />

-<br />

tamento pode ser descrito por uma Iunçao potencial de velocidades<br />

",<br />

% , que deverá satisfazer as seguintes condiçoes:<br />

2<br />

V $w = O em todo o fluido (23)<br />

a 2 h<br />

at 2<br />

--<br />

a2 ow<br />

2 a*$<br />

f U - + g-- O - para z = O<br />

O<br />

2<br />

at ax a x a z<br />

2 Uo -<br />

a 4w<br />

- OI


w<br />

Satisfazendo a estas condiçoes, temos várias solu -<br />

e<br />

. çoes, das quais, escolheremos uma Única, que corresponde a ondas<br />

w<br />

senoidais deslocando-se na direçao -x.<br />

3) ~ifra~ão das ondas livres<br />

Temos um sistema de ondas livres no mar, que, pela pre-<br />

sença do navio, terá suas características modificadas.<br />

Seja $dif o potencial de vel ocidad-es que represen-<br />

N<br />

ta o problema e deverá então satisfazer as seguintes condiçoes:<br />

para z = O<br />

V' 'di f<br />

= O em todo o fluido ( 24)<br />

2 2 2<br />

a $f a 'dif + 2 a @dif , a@ dif = O<br />

a t2 - 2u O a tax O ax2 a~<br />

aBif a$ w<br />

=-- na superfície S<br />

a n a n<br />

Do mesmo modo<br />

N<br />

radiaçao, para conseguir uma<br />

i<br />

como procedemos para o problema de i:<br />

w<br />

única soluçao, devemos impor a segui2


4) Ondas devido a velocidade de avanço do navio em águas<br />

tranquilas<br />

Quando o navio deloca-se na superfície livre, teremos,<br />

N<br />

junto ao casco do navioj uma série de pontos de pressao, Segundo<br />

,"<br />

Kelvin, um ponto de pressao deslocando-se na superfície livre de<br />

um meio fluido criará um sistema de ondas, conhecido por sistema<br />

de ondas de Kelvin. Se o fluido 6 ideal, incompressivel e o regi-<br />

OI<br />

me irrotacional existe uma funçao @ , potencial de velocidad-e que<br />

st<br />

M<br />

deverá satisfazer às seguintes condiçoes:<br />

- = u cos(n,x) na superfície S<br />

an o<br />

Devemos lembrar que, se<br />

@s t<br />

6 dada segundo o sistew<br />

a<br />

ma móvel, o regime é permanente, nao aparecendo os têrmos em -<br />

N<br />

na condiga0 de superfície livre.<br />

N<br />

este problema nao será visto com grandes detalhes<br />

at


já que sua influência, como será mostrado, é desprezivel no estudo<br />

que faremos.<br />

convém observar que, pa,ra obtermos o potencial a<br />

partir de quatro potenciais, de modo que cada um dêles seja a solu-<br />

ção de um p~oblema independente dos demais, é necessário que as c02<br />

c" M -<br />

diçoes para soluçao sejam as condiçoes (19) que nos obrigam a estu<br />

dar problemas lineares.<br />

I1 - 2. Estudo de um navio em ondas longitudinais. Novimentos de<br />

arfagem e afundamento.<br />

Para -tal estudo assumiremos que:<br />

w w<br />

a) ~Ôdas as seçoes experimentam pequenas oscilaçoes e a am<br />

."<br />

plitude de onda é pequena em relaçao ao comprimento de onda. Assim<br />

.-4 ,.4<br />

sendo, as equaçoes diferenciais dos movimentos sao equaçoes linea -<br />

res com coeficientes constantes [15] . Em tais condições podemos<br />

-.,<br />

aplicar o princípio da superposiçao .<br />

b) As fÔrgas agindo sobre o navio serao divididas como no<br />

quadro j á citado e analisadas separadamente.


i) Forças hidrostáticas<br />

ii) Forças de inércia<br />

iii) Forças hidrodinâmicas do movimento do navio em 6-<br />

mas tranquilas<br />

iv) Forças hidrodinâmicas devido as ondas<br />

c) O fluido é ideal, incompress$vel e o escoamento<br />

-d -<br />

cional, entao existe uma funçao $ potencial de velocidades<br />

rá dividida em quatro partes<br />

'<br />

independentes:<br />

" O B + -w + + o dif 'st<br />

navio é um corpo alongado<br />

irrota-<br />

que se-<br />

posiGão do navio será descrita por dois sistemas de<br />

fixo no espaço (ol, 5, y19 q) e outro fixo ao navio<br />

Sejam c e $ respectivamente os deslocamentos linear e<br />

gular de afundamento e arfagem


ordenadas :<br />

1 ivre<br />

-<br />

p/água t ranquil a<br />

Entre os dois sistemas temos as seguintes relagões de co-<br />

x = u t txcos JI- z siri$<br />

1 O<br />

Yl = Y<br />

z = ctz cosJI +x sin $<br />

1.<br />

Admitindo que os movimentos C e il) sejam infinitesimais,<br />

M<br />

obtemos as seguintes relaçoes:<br />

z1 = 5 +z + XJI<br />

-<br />

Se o sistema fixo nao oscila<br />

xl=u t+x2 onde O x y z - sistema fixo ao<br />

O 2222<br />

Yl = Y2<br />

II<br />

navio nao oscilando


Se um fungão for dada no sistema O , z teremos<br />

2yx2 2 2<br />

w<br />

onde o índice 3r~efe%~-se a fungoes descsites no sistema móvel.<br />

-<br />

Fazendo x2 = x, o operador 8iferencial em relaçao ao tem-<br />

po, de fungoes descritas no sistema fixo ao navio será:<br />

CI<br />

Os deslocamentos verticais sao:<br />

Sabendo que, para conhecermos a velocidade de qual-<br />

quer ponto de um corpo rígido, devemos saber a velocidade linear de<br />

um ponto, a velocidade angular do corpo e o raio vetor entre os<br />

dois pontos<br />

% =u w + wxr<br />

(29)<br />

Aplicando ao navio teremos:<br />

? - velocidade linear do sistema fixo ao navio<br />

2 - velocidade angular do sistema<br />

2 - raio vetor do ponto no sistema 0, x, y, z


N #.,<br />

As projeçoes nos eixos ordenados sao:<br />

2. ~Ôrças atuando sobre o navio<br />

a) Forças devido ao movimento oscilatório em águas<br />

tranquilas<br />

N<br />

Como visto, existe uma fwiçao kt satisfazendo as equa-<br />

m<br />

ções (21) e condiçao assintótica (22) que descreve o escoamento.<br />

Mas<br />

De (21), teremos:<br />

onde u e u são dados em (30) PY z<br />

Para o problema de arfagem e afundamento e se admitirmos<br />

.,<br />

que haja um movimento osci1atÓri.o na direçao Ox, da forma<br />

ECOS wet, onde E é da mesma ordem que c e IJJ:


Substituindo (32) em (30) e em (31)<br />

V = ( E cos we t + $e) cos(n,x) + ( i * uo - x$ cos(n, z) (33)<br />

n<br />

Sendo o navio um corpo alongado, o têrmo<br />

( E. cos we t L $ z) cos(n,x) é de segunda ordem podendo ser despreza<br />

do.<br />

Testes feitos por Gerritsma [4] mostram que a influ-<br />

ência de tal movimento é desprezivel para movimentos de afundamen-<br />

to e arfagem. Assim sendo, se considerarmos que haja tal movimen-<br />

to, &te será desprezível e de (34) temos:<br />

-


-<br />

Seja y = ~(x, z) a equagao da superfície do casco<br />

Logo<br />

e de (36) temos<br />

Como o navio 6 considerado como um corpo alongado


Onde n é a normal a superfície num plano perpendicular ao eixo<br />

1<br />

Emlugar de (35) teremos:<br />

Kirchoff mostrou que se tomarmos um sistema de orde-<br />

nadas móvel O,x,y,z fixo a um corpo que se desloca num meio fluido<br />

em repouso, o escoamento do fluid~ em torno do corpo ~oderá ser re-<br />

presentado na seguinte forma:<br />

Se o movimento do corpo a cada instante pode ser definido<br />

m<br />

pelas velocidades de translaçao u u e u da origem, e pelas ve-<br />

x' Y z<br />

-4<br />

locidades angulares w e w do corpo, onde as funçoes<br />

x' wy z<br />

N N w<br />

(i = 1 . . . .6) sao funçoes de x, y e z e sao determina-<br />

das pela forma do corpo (ver 16 § 181 pg. 161 e 17 § 76 ~g.391) *<br />

Para o caso de afundamento e arfagem


1 ogo<br />

.-a<br />

Segundo a direçao n teremos as velocidades<br />

1<br />

Comparando (41) com (38);<br />

--- a45 - x- a $3<br />

a n1 a nl<br />

podemos supor entao que<br />

Has ainda 6 preciso satisfazer as condições (21) e (22).<br />

Substituindo (40) nas condiGões (21) e (22) obtemos:<br />

-- a2% a2 $3 2 a2%<br />

8%<br />

2uo axat O<br />

at 2 2 g a e = O para z = O (44)<br />

ax<br />

C U -


-<br />

Na consideraçao do navio como um corpo alongado e u-<br />

tilizando coordenadas relativas, isto é<br />

Da equapão de Laplace obtemos<br />

* .<br />

onde o primeiro têrmo pode ser desprezado em relaçao. aos outros e<br />

cairemos num problema bidimensional


Da condigão assintótica obtemos<br />

que se torna um problema bidimensional<br />

2 2<br />

= O quando y + z -+ m<br />

e .-"<br />

Esta condiçao impoe que as ondas irradiadas do navio<br />

deverão ser paralelas ao eixo longitudinal do navio, desprezando-se<br />

-<br />

as ondas irradiadas transversalmente nas regioes x > ~ / 2 OU<br />

w<br />

Se a velocidade de avanço u nao for muito grande a<br />

O<br />

-<br />

equaçao da superfície livre reduz-se a .<br />

para +5 teremos<br />

Se supomos 4 =-d3


logo<br />

mas supondo que 43 varie pmco com x chegamos a<br />

4 da forma<br />

5<br />

9<br />

c # ~ P-x~~<br />

~<br />

N<br />

satisfaz as condipoes (3) desde que<br />

o corpo seja alongado, mostrando que o-problema dos potenciais de<br />

rr)<br />

irradiaQão pode ser resolvido por uma Única funga0 potencial, 4<br />

3<br />

m<br />

2<br />

6 soluça^ de um problema em que v


,-4 w<br />

teremos uma seçao, por conseguinte uma equagao dey, logo tridi,<br />

mensional idade.<br />

.-,<br />

a pressa0 em um ponto qualquer do escoamento segundo o sistema<br />

fixo ao navio, 6 dada por


N<br />

Substituindo a expressa0 obtida para equaçao (52) em<br />

,., M<br />

A força agindo em cada seçao na direçao Oz 6 dada por:<br />

-.<br />

iU<br />

onde Rse refere ao comprimento da seçao.<br />

Substituindo (54) em (55)<br />

o.<br />

q(x, t) = ~ ( + 5 mo6 - j;x) Sg cos(nl, z) de<br />

R<br />

Em (56) temos as seguintes integrais:


de (42) temos - -<br />

Onde h 6 o coeficiente complexo hidrodinâmico para a se<br />

33<br />

-<br />

Eão [ll] . Na forma complexa<br />

onde m33 - massa virtual<br />

n - coeficiente de amortecimento<br />

33<br />

w - frequência de encontro<br />

e<br />

Para estimar as integrais do tipo (57-b) devemos co-<br />

nhecer a expressão da função 4 o que torna o problema de dificil<br />

3<br />

- soluçao. Nas se lembrarmos que, para grandes frequências, é da-<br />

do, para uma meia elipse por<br />

onde a - boca da sepao<br />

T - calado


.-.<br />

faremos a suposiçao que para qualquer f requêncba<br />

o<br />

corpo estreito.<br />

c4<br />

Outra base para a formulaçao acima pode ser feita supondo o<br />

Lembrando que a equagão da superficie do navio pode ser da-<br />

da aproximadamente na seguinte forma:<br />

Obtemos<br />

Para formas finas, formas de Nitchel, temos pequenos<br />

valores para % (x) e para Z' ( z) e se o navio 6 um corpo alongado<br />

. - é de ordem E e da expressa0 acima obtemos<br />

Como<br />

cos(n, z) an(x) Z' (z)<br />

- = cos(n, z)<br />

an


1 ogo<br />

Nas<br />

1 ogo<br />

com x.<br />

.-4<br />

ç ao<br />

N<br />

Consideremos entao que 4 seja da foxma<br />

3<br />

o<br />

4 = BJX) 43 (Y, 4<br />

B<br />

é válida para:<br />

" = Bn(x)4,0<br />

aBn x<br />

= cos(n,x) 6 um têrmo de segunda oraem<br />

a n a x<br />

w -<br />

Para o corpo considerado, nao há muita variaçao da forma<br />

-<br />

Com a análise feita chegamos & conclusao que a representa-<br />

a) corpo alongado de seções elíticas<br />

b) corpos de Mitchel<br />

*<br />

Para formas de navio analisemos a soluçao<br />

C,~na;b&+rando o navio como um corpo alongado


pois<br />

aB<br />

aBn x<br />

= cos(n, x) de ordem E 2<br />

a n a x<br />

como B<br />

-- a' - cos(n,z) = n(x) (e)<br />

an<br />

Bn(r) Z1 (r)]2 I (x)z(z)]21 (70)<br />

Comparando (69) e (70) temos:<br />

a 4;<br />

-- Z1 (z) (71)<br />

a n I<br />

Observamos que 4'<br />

3<br />

depende<br />

c"<br />

da seçao, isto é, depeg<br />

," '1<br />

de de x, mas como B (x) varia muito pouco de seçao para seçao,<br />

n<br />

também varia pouco, podendo ser estudada em cada seçao como uma-f-,<br />

w N<br />

çao bidimensional. Nestas condiçoes, é possível estudarmos 4 como<br />

3<br />

,.a<br />

uma fwiçao bidimensional, e parece coerente se observarmos a expres<br />

,., -4 '*<br />

s;o do cos(n, z) e suas implicaçoes que a suposiçao da expressa0 4 3<br />

da forma:<br />

4 = ~Jx) $3 (37, 4<br />

r-4 -<br />

é uma boa aproximaçao para soluçao do problema.<br />

Substituindo (60) em ( 57-b)<br />

N<br />

4;


R R<br />

Como a integragão ao longo do contôrno 2 6 tomada para<br />

,.,<br />

um x fixo podemos fazes as funçoes que dependam de x como paramétri-<br />

cas :<br />

Usando a forma complexa (59)<br />

ril<br />

Segundo o método de Korvin-Kroukowsky, a expressa0 do carre-<br />

gamento em águas tranquilas 6 dada por<br />

I


Isto é, ao invés do coeficiente complexo hidrodinâm~<br />

co, admite-se que o coeficiente de proporcionalidade entre força e<br />

c"<br />

aceleraçao seja s6mente a massa virtual.<br />

igual dade .<br />

.,<br />

Também supoe o método, a<br />

que &o 6 verdadeira dado o contorno 1 ser função de x.<br />

A força de amortecimento é introduzida parte como<br />

o produto do coeficiente de amortecimento e a velocidade da seção.<br />

b. Forças devido ao movimento de ondas do mar<br />

.-<br />

Devido ao movimento das ondas, as pressoes na super-<br />

N<br />

fície do navio modificam-se com a elevaçao da água. Como esta ele-<br />

N N<br />

vaçao nao é constante ao longo do calado, devemos levar em conta e2<br />

r., m ,"<br />

ta variaçao. A força na seçao é calculada pela integral da pressao<br />

N<br />

ao longo da seçao. Esta parte 6 calculada pela hipótese de Froude-


Krylov e 6 conhecida como parte principal das forças excitatrizes.<br />

m<br />

Para o potencial de ondas livres, tomemos a solugao<br />

-&ir e "1 e i [nt - k(x 1 cos a + y 1 sin a)] (81)<br />

+w-w o<br />

onde r - altura de onda<br />

o<br />

k - coeficiente de onda<br />

w - frequência de onda<br />

-<br />

CY - ângulo entre as direçoes do movimento do navio e da,<br />

onda<br />

Para ondas longitudinais a = 180° e sabendo que<br />

?.X+U O t<br />

m<br />

o potencial de ondas em fungao de x,y,z,t será<br />

- r ekz e i(wet + kx)<br />

$ (x>Y,z>~)<br />

- O<br />

onde w = w 4 k% 6 a frequência de encontro<br />

e<br />

A pressão em cada ponto será


. .<br />

U P kz i(wet + kx)<br />

kz i(w t + kx)- o gro e e<br />

e e e<br />

W O W<br />

kz $(wet + kx)<br />

pw=pgTp<br />

rn w<br />

A fÔrga em cada segao será entao:<br />

como cos(nl, z) dl = - dy<br />

onde i' =r e<br />

i(wet +<br />

'W O<br />

equação da superficie livre<br />

Na equação (84.) temos uma integral a calcularmos,<br />

que pode ser dividida em duas partes:


Aplicando a fórmula de Green<br />

Com (85) e (86) em (84)


onde<br />

N<br />

X(kT) 6 o coeficiente de correçao de Smith que leva em<br />

N S W m<br />

conta a variaçao da pressao devido a elevagao da onda ao longo do<br />

casco.<br />

.w<br />

C. FÔrças devido 5 difraçao das ondas<br />

?4 N<br />

A força devido 5 difraçao em uma seçao do navio 6 ds<br />

w<br />

onde a pressao em cada ponto é<br />

Logo a força será<br />

\


logo<br />

L<br />

A função $dif é da forma<br />

Substituindo (93) em (92)<br />

Como o potencial de difraçao $dif e o potencial de<br />

w w<br />

irradiaçao tt devem anular-se no infinito e com a condiçao para<br />

superfície livre, aplicando o teorema de Green temos a seguinte con-<br />

N<br />

diçao:<br />

Disto segue


e como 4w<br />

Das condigões de contorno;<br />

é dado pela expressão (82)<br />

-- - i w r e kz .i(w t + kx)<br />

e<br />

a~ O<br />

-<br />

Seja agora uma funpao +8 tal que<br />

(b) (99)


Como<br />

Temos:<br />

temos:<br />

N IN<br />

Diferenciando a expressa0 da condiga0 assintótica (25) ob-<br />

Fazendo o limite<br />

X<br />

lim<br />

R+ O3 K<br />

k 2<br />

a 'di f


No primeiro limite temost<br />

- X <<br />

-1 e lim<br />

6-<br />

portamento que<br />

--<br />

a' dif<br />

k 2<br />

i - $ dif<br />

R+rn g ) = o<br />

Isto nos mostra que a função tem o mesmo com-<br />

'dif e<br />

crita na seguinte forma:<br />

Logo, a Última integral da equação (96) pode ser es-


Aplicando Green como em (95)<br />

N<br />

Com (100) e (101) em (99) a expressa0<br />

comprimento toma a seguinte forma:<br />

da f Ôsça ao longo do<br />

-iiipuowroJ~ 3 i(wet t BX) cos(n,, X) dl


w = w - kuo<br />

e<br />

Desprezando os têrmos de ordem superior a segunda e como<br />

(W e +<br />

IZX)cos(nl,<br />

i) dl +<br />

kz .i(wet + kx) a<br />

+iPu w r<br />

O op3 e, - cos(nl, z) dl (103)<br />

a x<br />

como cos(nl, 4 =K a43 e + = B,(x) 4 (Y, 4<br />

Substituindo (104) em (103) /<br />

+i6 uo3ro $(wet + kx)<br />

n


hidrodinâmico.<br />

Como<br />

Em (105) temos a integral<br />

Que 6 dimensionalmente semelhante ao coeficiente complexo<br />

A expressão (105) pode ser escrita na forma seguinte<br />

w<br />

onde 7 (,I é a aceleraqao de qualquer ponto do meio<br />

='w<br />

cw(z) 6 a velocidade


a'3 dl- coeficiente complexo hidrodinâmico para um 2<br />

lemento de linha dl do contôrno.<br />

I*<br />

Comparando (107) com (73) observamos duas expressoes análo -<br />

w<br />

gas. O primeiro têrmo da eqmçao (107) difere apenas por ser a ate-<br />

,.#<br />

raçao funçao do calado. O mesmo se observa para os segundos têrmos<br />

que nos dão a influência da velocidade de avanço.<br />

r.,<br />

Por comparaçao dos dois fenômenos, vemos no primeiro caso<br />

um corpo que transmite movimento para o meio, a partir de seu movir.,<br />

-<br />

mento, tal que velocidades e aceleraçoes sao iguais para todos os<br />

.,<br />

pontos da seçao considerada. Enquanto no segundo estudamos a modifi<br />

r.,<br />

caçao de um movimento do meio devido a presença do corpo. O'oserva-<br />

," w<br />

mos que neste caso que as velocidades e aceleraçoes que serao modifi<br />

cadas, variam com a profundidade.<br />

Da exapéssão (106) temos a seguinte integral:<br />

Assumiremos que esta integral pode ser obtido por intermé-


-<br />

Para determinaçao de X faremos o seguinte procedimento.<br />

1<br />

Calcularemos o valor, de X para uma elipse e aplicaremos este va-<br />

1<br />

c.,<br />

lor para formas navais de modo que a elipse tenha as dimensoes prin<br />

.-,<br />

cipais iguais a boca e ao calado da seçao.<br />

Para elipse temos:<br />

Substituindo em ( 109)<br />

Onde A é a área da semi-elipse.<br />

Desenvolvendo as integrais separadamente8


Logo<br />

Usando (110) em (107) ,


Na forma complexa podemos expressar q do seguinte modo:<br />

di f<br />

. ~Ôrças devido ao potencial<br />

$st<br />

Como mostrado, êste potencial descreve o movimento<br />

do meio fluido devido as ondas ocasionadas pelo deslocamento do cor -<br />

po na superfície livre. Para um sistema de referências fixo ao na-<br />

vio êste potencial independe do tempo,<br />

w r., r" -<br />

Junto ao casco as pressoes nao mais serao as pressoes esti<br />

N<br />

ticas mas terao valores constantes com o tempo, ocasionando uma diz<br />

..a<br />

tribuigao de empuxo ao longo do navio diferente da estática.<br />

Quando o navio encontra-se em equilibrio estático temos<br />

~(x) + fl ( 4 = q1 (x) (113)


onde ~(x)<br />

N<br />

- pêso por unidade de comprimento na seçao<br />

fl(x) - força por unidade de comprimento devido bs pressões<br />

hidrostáticas.<br />

-d<br />

ql(x) - carregamento a que está sujeita a seçao<br />

N w<br />

. Se-superpomos a esta condiçao a de psessoes hidrodinâmi-<br />

- ,.A<br />

cas dada a formaçao de ondas, teremos o carregamento em cada seçao<br />

dado por:<br />

onde<br />

f2(x) - 6 a farpa por unidade de comprimento devido as pres -<br />

~ f ~ ( x )<br />

soes hidrodinâmicas<br />

N<br />

- é a força das pressoes hidrostáticas devido a nova<br />

N<br />

posiçao de equilíbrio do navio.<br />

As condiçoes de equilíbrio de forças e momentos impõem


.,<br />

Para o caso do navio sem movimento de avanço a condiçao de<br />

equilibrio de forças nos dá:<br />

L/ 2<br />

r<br />

JL/2<br />

q1 (x) x dx = O (b)<br />

Com (116) e (115) em (114) obtemos


,.,<br />

Isto mostra que as pressoes hidrodinâmicas, devido ao poten-.<br />

,., - -<br />

cial gst e a variaçao da posiçao de equilíbrio do navio nao influem<br />

nas amplitudes dos movimentos.<br />

-<br />

Se conhecemos o carregamento total agindo em cada seçao para<br />

um navio em ondas longitudinais, podemos calcular o momento fletor<br />

-<br />

em. qualquer seçao.<br />

onde M~(x) é O momento fletor na seçao<br />

obtemos:<br />

g(x, t) é carga total agindo ao longo do navio<br />

-<br />

Se subtrairmos do carreqamento total a parte nao oscilatória<br />

onde M~~(x)<br />

w<br />

.-4<br />

- é o momento fletor devido as cargas que neo de-


pendam do tempo<br />

IvI (x,t;)é o momento fletor de ondas<br />

fw<br />

Substituindo (114) em (121)<br />

X X X X<br />

Nesta expressão temos a primeira integral representana0 o<br />

1<br />

momento fletor para um navio parado sobre a superfície livre, e a<br />

w<br />

segunda a variaçao no momento fletor devido a velocidade de avanço.<br />

Em (120) temos o têrmo<br />

IvIfw (x, t) = M~(x,~)-M~~(x) (123)<br />

Chamado de momento fletor de ondas, que representa o mo-<br />

mento fletor devido as cargas de caráter oscilatório pois i& (x)<br />

f 2<br />

c-,<br />

nao varia com o tempo.


Para um ponto xa do navio o momento fletor será:<br />

qxa, t) = + q2(xa) + ~ ~ ( t) x ~ (124) ,<br />

onde M;~(X ) e M$~(x ) se referem 5 primeira e 2 segunda i2<br />

a a<br />

tegral de (122) respectivamente.<br />

Isto 6, teremos o momento fletor total como um valor que os -<br />

cila em torno de uma posição média dada pela soma do momento fletor<br />

para o navio parado e o momento fletor devido a velocidade de avanço<br />

do navio.<br />

e. ~Ôr~as hidrostáticas e de inércia do navio devido<br />

1) Forças hidsostáticas<br />

ao movimento oscilatório<br />

Com os movimentos oscilatÓrios de arfagem e afundamento, as<br />

M w<br />

várias seçoes do navio terao seus calados variando com o tempo, acag<br />

retando o desiquilibrio do navio. ~Ôrças<br />

tendendo o navio ao equilíbrio.<br />

.-4<br />

restauradoras aparecerao,<br />

," a<br />

Seja h(x, t) a variagao de calado numa seçao distando x do


centro de ordenadas<br />

h(x, t) = C(%) - x$ (t)<br />

A força por unidade d-e comprimento será<br />

2) ~Ôrças de inércia<br />

#., w<br />

Devido à aceleraçao das seçoes temos a força de inércia por<br />

unidade de comprimento<br />

f. Carregamento total atuando em cada seçao<br />

O carregamento total que contribui para os movimentos e ~a. -<br />

M<br />

ra o momento fletor de ondas, será entao a soma dos carregamentos<br />

devido as pressões hidrodinârnicas quando o navio oscila em águas<br />

," ,.A<br />

tranquilas, a pressao das ondas do mar, a pressao hidrodinâmica de-<br />

- - -<br />

vido a difraçao das .ondas, pressao hidrostática devido a variaçao


do calado e a força de inércia da massa do corpo.


- w<br />

Para que sejam preenchidas as condiçoes de equilíbrio de<br />

forças e momentos o carregamento total distribuido ao longo do navio<br />

-<br />

deverá em cada instante satisfazer as seguintes condiqoes:<br />

I 'total<br />

(x,t) dx = O<br />

Se substituirmos a expressão do carregamento (128) nestas<br />

condigzes obteremos duas equações diferenciais que representam as - e<br />

w ,.a<br />

quaçoes dos movimentos de arfagem e afundamento. Da condiçao de e-<br />

quilíbrio de forças (129-a) obtemos a equação do movimento de afun-<br />

damen t o


e da condição (129-b) a equação do movimento de arfagem<br />

onde


onde : H - razão entre amplitude de forças excitatrizes e ampli-<br />

o<br />

tude de onda<br />

fih - ângulo de fase<br />

f%#<br />

onde : M - razao entre amplitude do momento excitatriz e amplio<br />

tude de onda<br />

6p - ângulo de fase


HO1 = pt3 2/ B ~(kb) cos Ic x dx<br />

n<br />

- w x m coskxdx-<br />

133<br />

J- 4 2 -L/ 2<br />

e<br />

n<br />

~~n~~sinkx dx T wu sin kx dx<br />

o B -<br />

n<br />

%m33<br />

- J<br />

--<br />

u w<br />

O<br />

-~/2 -~/2<br />

B '<br />

x1 "33 cos kx dx - m cos kx dx -<br />

o<br />

B<br />

n '<br />

-<br />

w B X1n33<br />

e n<br />

-~/2<br />

4 2<br />

sin kx dx (133-b)


Bn x(kT) x cos kx dx + w x cos kx dx+<br />

B '<br />

- n<br />

x cos k x dx<br />

B Xl n33<br />

n<br />

MO2 = - Pg Bn x(kT) x sin k x dx + w<br />

-L/ 2<br />

B ' n<br />

B n<br />

P 3 3<br />

x sin k x dx<br />

x sin k x dx -<br />

Xl m33


te obtemos:<br />

,-,<br />

Como exemplo faremos a derivaçao do coeficiente d.<br />

N<br />

Da condiçao de equilíbrio (129-a) separando convenientemen -<br />

Como $ 6 uma funpão harmônica de frequêizcia w podemos<br />

e<br />

colocar na seguinte formar<br />

Logo


e finalmente<br />

Substituindo em (136), temos<br />

Segundo Ko~vin-Krovlcowslqy os coeficientes das equagGes dos<br />

N -<br />

movimentos terao as seguintes expressoes:


*=/<br />

~ / 2<br />

m33x2dx+/<br />

~ / 2 ~ / 2<br />

P 2 7 x dxt- u02J w<br />

nj3x dx "1 2<br />

dm<br />

33. íix dx<br />

w<br />

e e<br />

-L/2 -L/2 -~/2 -~/2


,(k~) .os k x dx -21<br />

m33 X<br />

(k~) cos k x dx -


n33 x (k~) cos k x Qx - wu<br />

o<br />

33<br />

L/Z<br />

x(~T) cos k x dx<br />

%1= - X(W) x cos k x dx + w x x(k~)cos kx dx+<br />

+. / .33<br />

x(kT) x sin k x dx + wu O<br />

33 X(BT) x sin k x dx


n x x(~T) cos k x da - uow<br />

33<br />

-L/ 2<br />

33 x(~T) x cos k x dx<br />

dx<br />

As distintas abordagens dos dois métodos pela não conside-<br />

ração do coeficiente complexo hidrodinâmico no método de Korvin-<br />

-<br />

Kroukowsky, como mostrado na equaçao (-79), refletem-se nas equaçoes<br />

dos movimentos com a não existência de coeficientes que dependam de<br />

B ' B1 dm<br />

- n<br />

n<br />

e a substituigão de têrmos da forma - B m33 por - 33<br />

B<br />

n<br />

n33<br />

dx<br />

n<br />

Como já foi mostrado, os movimentos de arfagem e afunda-<br />

- mento sao movimentos oscilatÓrios, podendo ser expressos como:<br />

onde r<br />

[o<br />

- amplitude do movimento de afundamento<br />

$o - amplitude do movimento de arfagem<br />

% - ângulo de fase do movimento de afundamento<br />

%- ângulo de fase do movimento de arfagem<br />

em vez de (140) podemos utilizar:


- .-4<br />

onde 5 e $ sao complexos da seguinte forma<br />

tal que<br />

,.#<br />

Para soluçao<br />

Korvin-Kroukowsky [l]<br />

das equagões usaremos a forma<br />

, onde os valores de 5 e $ e<br />

-4<br />

te Co, e Fq, sao determinados das expressoes:<br />

onde r P=-aw 2<br />

e<br />

+ ibw + c<br />

e<br />

proposta por


Substituindo (146) em (145)~ separando em parte real e par -<br />

te imaginária, obtemos CO1> CO29 Jbi e dO2 e com (143) e (144) caL<br />

cul amo s C, 3 7 2 e +,e<br />

m<br />

,- Os resultados serao calculados nas formas adimensionai s<br />

L0 $0 w - e - . As equaGões (l4.5) serao substituidas pela forma ad-imen<br />

r<br />

o kro<br />

sional<br />

e obteremos as formas adimensionais<br />

-


IV. C~LCULO BOS MONEETOS FLETORES<br />

-<br />

Conhecido o carregamento ao longo do navio, o momento fle-.<br />

w<br />

tor em qualquer seçao x, em um instante t, 6 dado pela integral dg<br />

w<br />

pla do carregamento até a seçao<br />

~ubstituindo(l28)<br />

N<br />

na equaçao acima e desenvolvendo, temos:


onde


onde<br />

- razão entre amplitude do momento fletor devido as for<br />

Go<br />

ças excitatrizes e amplitude de onda<br />

6 = ângulo de fase<br />

9


W<br />

e - y/<br />

X1 n3) sin Ir x cix 2<br />

#.,<br />

O momento fletor em cada seqao pode ser expresso matemàti-


-4<br />

camente por uma funçao harmônica<br />

onde r<br />

- \<br />

- amplitude do momento fletor de onda<br />

Mfo<br />

8 - ângulo de fase do momento fletor com a onda<br />

M<br />

e temos as seguintes relaçoes:<br />

Substituindo (141) e (152) em (149) obtemos<br />

-4<br />

Com (141) e (142) na expressa0 acima e igualando parte re-<br />

al. e parte imaginária obtemos:


-<br />

Se calcularmos os coeficientes A1, B1, . . . . G1, para uma<br />

segao x, e os valores de


-<br />

onde *L 6 uma funçao harmônica.<br />

onde Eró<br />

- amplitude do momento fletor adimensional<br />

M<br />

e temos as seguintes relaçoes<br />

Se utilizamos os resultados das equa9&s dos movimentos<br />

nas formas adimensionais 5'<br />

01 '


onde A;=kJA1<br />

Segundo o método de Korvin-Kroukowsky teremos:


-~/2 -L/2<br />

x(~T) sin k x dx2 +<br />

2<br />

dx<br />

33 x(~T) sin k x dx -<br />

2<br />

x(~T) cos k x dx -


N N<br />

Para determinaçao dos coeficientes das equaçoes dos movi -<br />

mentos e cálculo dos momentos fletores, devemos conhecer as caract~<br />

w<br />

rísticas geométricas do navio, distribuigao de pêsos, de massa vir-<br />

tual e de coeficiente de amortecimento ao longo do navio.<br />

serão feitos cálculos dos movimentos e momentos fletores<br />

para um modêlo da série 60 com coeficiente de bloco S. = 0.70. Os<br />

resultados obtidos serão comparados com os resultados experimentais<br />

-<br />

da referência [,:I. As características do modêlo es-tao apresentados<br />

w<br />

na tabela 111 . Quanto distribuiçao de pêsos adotaremos a distri-<br />

buição apresentada na figura 2 seguindo exemplo apresentado em<br />

.-d<br />

C181 . Os cálculos serao feitos para velocidades correspondentes a<br />

N<br />

Fr 5 0,10, 0,15, 0,20 e 0,25 e em cada caso as ondas terao compri-


mento A= 0,75L, 1,OL, 1,25L e 1,SL.<br />

Ursell [8] calculou massa virtual para um cilindro oscilan-<br />

do na superfície livre de um fluido, assumindo que o problema fosse<br />

w<br />

bidimensional* Determinou a relaçao entre a massa virtual para um<br />

cilindro na superfície e um totalmente imerso. Para outras formas,<br />

r"<br />

Lewis determinou um coeficiente k por transformaçao conforme de um<br />

2<br />

semi-circulo, de modo que a massa virtual para outras formas possa<br />

ser determinada. Korvin-Kroukowsky 111 calculou a massa virtual por<br />

4<br />

N<br />

intermédio da corregao k,<br />

onde :<br />

r-4<br />

área da segao<br />

Ci) m -<br />

coeficiente de correçao dada a seçao nao ser<br />

cir cul ar<br />

relag& entre massa virtual para um cilindro na<br />

superfície livre e um totalmente imerso.<br />

Tasai 10 e Grim [9] calcularam para formas de Lewis me-<br />

,"<br />

diante transformagao conforme, os coeficientes k e k<br />

2 4 '


90<br />

estes resultados foram confirmados por Paulling [19] e Porter [ 201 .<br />

Jacobs [.Sl]"plotou"êsses resultados de maneira tal que se tornam de<br />

mais fácil emprêgo. Obtem-se dêsses gáficos um coeficiente C em<br />

r* ,-4<br />

função do coeficiente de seçao Pn = BT> da relaçao boca-calado<br />

n w 2~<br />

e n<br />

B e da frequência do movimento we pelo coeficiente --<br />

n/~ 50- g2<br />

Com o coeficiente C obtemos os produtos k k<br />

2 4<br />

a massa virtual será<br />

,.,<br />

Para obtençao dos coeficientes de amortecimento devemos ds<br />

rrf<br />

terminar a relação à entre a amplitude de onda devido a irradiaçao<br />

e amplitude de movimento. Os valores de A foram desenvolvidos para<br />

-<br />

formas de Lewis<br />

-<br />

em conexao com os cálculos de massa virtual. Jacobs<br />

plotou êstes valores da mesma forma que o coeficiente C. Como amog<br />

,.,<br />

tecimento é medida de energia dissipada na formaçao de ondas 6<br />

*<br />

indicaçao dessa perda. Havelock mostrou que o coeficiente de amor-<br />

tecimento é dado por


Os gráficos para cálculo de C e à na forma apresentada por<br />

.-A<br />

Jacobs encontram-se também em[22], os quais serao utilizados no pre<br />

sente trabalho.<br />

Observa-se nêsses gráficos que quando c0 - O, isto é<br />

B - O, os valores de C -a. Mas, se B - O a área S tende a zen<br />

n n<br />

.-A .w<br />

ro, e fisicamente nao haverá massa virtual nem dissipaçao de ener -<br />

gia logo m 33 e n33 devem anular-se quando B tende a zero.<br />

n<br />

B ' n<br />

Devemos também pbservar os têrmos da forma m<br />

33<br />

n<br />

e<br />

B '<br />

.-A .-.A<br />

n<br />

n - que aparecem na derivaçao do problema, pois, se nao há se-<br />

33 Bn<br />

.-e<br />

çao, êstes devem se anular quando B - O. Mas em tais condipões te<br />

n<br />

rU w<br />

m<br />

mos indètermina$oe's - 33 e 3 . Outro particularsao os valo-<br />

B B<br />

n n<br />

res da funpão BA (r) quando B -O. A ré do navio poderemos ter<br />

n<br />

uma forma circular fazendo com que B' -+ - co quando B -+ O.<br />

n n<br />

sendo, passemos a a~álise dêsses têrmos quando B -0.<br />

n<br />

Assim<br />

Para o modêlo em estudo quando B - O o valor do calado<br />

n<br />

.-A<br />

T - O e podemos supor nesta regiao que a massa virtual seja dada pe<br />

-<br />

la expressao:<br />

-<br />

-


onde C é uma constante<br />

1<br />

Como mostrado por Tasai 10' para pequenos valores de %<br />

o coeficiente k pode ser dado como: /<br />

4<br />

,-.<br />

onde C2 - 6 uma constante que depende da forma em questao<br />

1 ogo<br />

- 2 2<br />

- C B log 5, - C4 Bn<br />

m33 3 n<br />

O segundo têrmo se anula quando B -0, logo analisemos,<br />

n<br />

-<br />

sòmente a expressa0<br />

2<br />

= - C B log 5,<br />

m33 3 n<br />

como w 2<br />

-- e<br />

50 - 2g Bn


1 ogo<br />

mas<br />

logo<br />

TT 2<br />

e<br />

log E. = log B + log -<br />

n 2g<br />

Substituindo em (168)<br />

m3 3<br />

W 2<br />

- - 2 e . 2<br />

- C B log Bn - C log -<br />

3 n 3 2g Bn<br />

O segundo têrmo tem limite nulo quando B - O<br />

n<br />

Z<br />

l i m Bn log ,Bn = O<br />

lim m = O<br />

3 3<br />

B-O<br />

n<br />

B '<br />

Para os têrmos da forma m n ,.,<br />

33 - teremos após substituigao<br />

Bn<br />

de m dada em (167)<br />

3 3


Para a perpendicular de vante B' tem valor finito e o limin<br />

w<br />

te da funçao é zero quando B - O. A ré do navbo imaginemos que a 2<br />

n<br />

nha d'água seja um arco de circunferência de raio 2 e estudemos o<br />

w L<br />

mite da funçao quando x = - - 2<br />

onde<br />

quando B -+ O<br />

n<br />

De (172) obtemos<br />

1 ogo<br />

," w<br />

Temos entao a seguinte equaçao de B na extremidade<br />

n<br />

Analisemos primeiramente o segundo têrrno da equagão (171)<br />

temos uma indeterminagao pois Bl -+ -<br />

I<br />

-<br />

n


aplicando o limite<br />

2<br />

l i m C Bn<br />

4<br />

B +O<br />

n<br />

que é um valor finito.<br />

temos<br />

Deve-se notar que IB' I decresce muito mais ~àpida~iiente que<br />

n<br />

B cresce. Logo, apesar de obtermos no ponto onde B = O valor de<br />

n n nll<br />

-<br />

# O, a influência de tal valor pode ser desprezada. Nao necessà-<br />

riamente, em formas de navios, B' é infinito quando B = O e também<br />

n n<br />

se o for após um comprimento infinitesimal dx êste valor torna-se<br />

finito. Assim a função C BA cujo limite 6 finito e igual a<br />

4 Bn n<br />

-R se dá ao longo de um comprimento infinitesimal dx tendo o produ<br />

to da função pelo elemento dx um valor infinitesimal, podendo ser<br />

desprezado e considerado nulo o valor da função nêste ponto extre-<br />

mo.<br />

zero.<br />

B '<br />

2 n<br />

Analisemos agora o têrmo B log B;B quando B tende a<br />

n n<br />

n


Temos<br />

2 B;<br />

Bn log Bn - - - ( B log ~ B ~ )<br />

B<br />

n<br />

. B;<br />

quando B + O temos B log B -+ O e B' + - ao na extremidade de ré<br />

n n n n<br />

do navio. Como anteriormente, seja a curva de linha d'água circu -<br />

\<br />

lar, logo de (175) obtemos<br />

I -<br />

B ' /R 2 - B 2<br />

2 n - v n<br />

Bn log Bn --BnlogBn0<br />

n n<br />

= - log Bn<br />

O limite desta expressão é infinito, mas como &te valor<br />

atua num elemento de comprimento dx' ,poderá não contribuir no todo<br />

quando integrado. Seja a integral<br />

e calculemos lim ~(x' )<br />

Bn+ O<br />

n


Dada a forma circular<br />

Substituindo em (176)<br />

Ix' dx> 2 2<br />

F(xl) -<br />

log dx' = log (R - x )dx<br />

Integrando por partes<br />

s(x1) = 2-<br />

7<br />

1 X'<br />

w<br />

Fazendo a substituiçao<br />

e integrando<br />

2<br />

R2 - x' = t<br />

f 3 1<br />

2<br />

log (R - xI2) 7-2 dxt<br />

" R -xl<br />

Substituindo (172) na expressão acima<br />

B '<br />

F(x') = - -<br />

n 2 1 2<br />

log Bn - - 4 Bn<br />

4<br />

Fazendo o limite<br />

078f


i i m ~(x:) = O<br />

B + O<br />

n<br />

w<br />

Isto mostra que apesar de termos o valor da fungao infini-<br />

to para Bn = O, a influência deste valor é desprezível.<br />

a zero.<br />

B ' n<br />

Analisemos agora os têrmos da forma n - quando B tende<br />

33 Bn n<br />

Segundo a expressão de Havelock<br />

/"<br />

e dos de Jacobs podemos observar que para pequenos valores<br />

-<br />

de c,, isto é, para B aproximadamente zero, a curva de A é aproxL<br />

n -<br />

madamente uma reta e pode ser dada pela equaçao:<br />

L<br />

logo B<br />

- CWe n<br />

A =<br />

2,<br />

,"<br />

Substituindo na expressa0 de Havelock


BA r"<br />

O têrmo n 33 r será entao<br />

n<br />

Se o corpo 6 alongado e sua extremidade é angulosa<br />

lim C6 Bn Bn = O<br />

Bn' o<br />

e se a extremidade fÔr circular temos de (174) que o limite é um va -<br />

lar finito.<br />

Mas como B; após um elemento infinitesimal de comprimento<br />

B '<br />

w d<br />

n<br />

tem valor finito, a funçao n - anula-se. E entao quando feita a<br />

33 Bn<br />

.-w<br />

integraçao, êsse valor diferente de zero na extremidade, atua sobre<br />

," ,"<br />

um comprimento infinitesimal, tendo entao uma contribuiqao infinitz<br />

,-4<br />

simal para toda integraçao podendo ser desprezado.<br />

,.<br />

Como faremos integraçao numérica adotaremos nos extremos


n n n iguais a zero.<br />

m33y "33' B m33' n 33<br />

w<br />

O coeficiente como já foi mostrado serve de correçao<br />

Xl<br />

para o c&lculo de um têrmo semelhante ao coeficiente complexo hidrg<br />

w<br />

dinâmico. Como não conhecemos a funçao 6 tentada uma aproxima-<br />

P., -<br />

çao, calculando-se o coeficiente para o caso em que a Iunçao<br />

$3<br />

fosse a de uma elipse inlersa oscilaindo num meio fluido. Aplicamos<br />

B<br />

o valor obtido a sepão do navio com mesma relaçao . A função $3<br />

T<br />

utilizada só é válida para $ > T e alguns pontos do modêlo afas-<br />

2<br />

?"<br />

tam-se dessa condiçao. Mas como o valor de x obtido só depende do<br />

1<br />

calado, tal corregão torna-se cômoda por ser o calado constante ao<br />

longo do modêlo.<br />

OS coeficientes x(k~), coeficiente de correçao de Smith,que<br />

leva em conta a variação da elevação da onda com a profundidade são<br />

.,<br />

apresentados em. 11 5i astes coeficientes sao obtidos no gráfico<br />

citado em função da razão comprimento de onda-comprimento do navio<br />

- X<br />

e do coeficiente de seção<br />

L 4<br />

Quando pn < 0,5 torna-se difícil o cálculo de m 3 3 e n33<br />

com facilidade de se cometer grandes erros. Como já foi visto nos<br />

*<br />

I-"".


extremos êstes valores podem ser considerados nulos, e como quando<br />

Pn < 0'5 temos pequenos valores paraB S eB podemos supor<br />

n' n n/~<br />

N N<br />

que as distribuiçoes sejam lineares nesta regiao calculando os valo -<br />

N<br />

res por interpolaçao entre o valor zero para o extremo e o valor na<br />

rn<br />

seçao em que p r 0,s.<br />

n<br />

Calcularemos o valor de todas as funções para vinte e uma<br />

N<br />

balisas do modêlo e procederemos a integraçoes numéricas.<br />

O valor de B' será dado pela expressão<br />

n<br />

como se a tangente a B fosse paralela à reta que une os pontos<br />

n i<br />

B n i+l e Bn i-1<br />

Quando procedemos aos cálculos dos coeficientes de amorte-<br />

,.d<br />

cimento pelo método de Grim, observamos que a distribuiçao dêsses<br />

coeficientes ao longo do navio a ré e a vainte do navio afasta-se da<br />

esperada e quanto maior for a frequência estas divergências se tor-<br />

nam mais acentuadas.


Em [ 6 ] Gerritsga apresenta distribuiçães de coeficiente de<br />

-<br />

amortecimento obtidos experimentalmente em comparaçao com resulta-<br />

dos teóricos, havendo uma boa concordância entre êsses resultados.<br />

.-d<br />

Neste mesmo trabalho são apresentadas distribuiçoes de coeficientes<br />

de amortecimento para frequências de 4 rad , 6 rad e 8 rad<br />

1% /sg /sg<br />

sem influência da velocidade de avanço, calculados teòricamente. Os<br />

resultados aqui calculados encontram-se comparados com os de Gerri-<br />

ma, has figuras (3), (4), (5) podendo-se observar as discrepâncias<br />

bem acentuadas a ré do modelo. A vante do modêlo embora encontre -<br />

- -<br />

mos divergências estas nao sao muito acentuadas.<br />

Devido as divergências apresentadas pelo método de Grim fs<br />

remos o cálculo das amplitudes dos movimentos e do momento fletor<br />

N<br />

de onda utilizando as distribuiçoes de coeficiente de amortecimento<br />

apresentadas por Gerritsma.<br />

Para melhor análise do método além de compararmos os resuL<br />

tados com os resultados experimentais de [ 1 3 1 , calcularemos as am-<br />

pli tudes dos movimentos utilizando o método de Korvin-Kroukowskyi.


'<br />

Os resultados dos coeficientes a, b, d, e, A, B, D, E, F e<br />

M nas formas adimensionais e os ângulos de fase das forças e momentos<br />

excitatrizes estão apresentados em tabelas no fim dêste trabalho.<br />

Neste conjunto apresentamos, também as amplitudes dos movi-<br />

il r<br />

mentos de arfagem e afundamento nas formas adimensionais - -<br />

Kro ' r O<br />

e seus .ângulos de fases.<br />

Todos êstes cálculos foram feitos para o método proposto e<br />

o método de Korvin-Krou,lawsky. Como o método de Grim, para cálculo<br />

w<br />

de coeficiente de amortecimento, nao apresenta bons resultados para<br />

,., N<br />

seçoes de ré do navio, calculamos as mesmas equaçoes utilizando a dig<br />

N<br />

tribuiçao mostrada por Gerritsma, como já mencionado. Os resultados<br />

,"<br />

apresentados sob a indicaçao I se referem ao cálculo pelo método pm-<br />

posto utilizando para cálculo dos coeficientes de amortecimento a dis<br />

tribuição auxiliar de Gerritsma e a indicaçao I1 pelo método de Grim.<br />

111 e IV indicam cá1 culo pelo método de ICorvin-Kroukowsky utilizando-<br />

se coeficiente de amortecimento respectivamente segundo Gerritsma e<br />

Grim.<br />

-<br />

4


Neste conjunto de tabelas estão apresentados, também, os<br />

valores obtidos para os momentos fletores ao longo do navio.<br />

-4<br />

Com a finalidade de comparagao mais visível muitas das<br />

tabelas foram transportadas para gráficos, dando-se preferência, co-<br />

mo indica9ão dos resultados ao cálculo segundo a versão I.<br />

As divergências entre o métodos de Grim e a distribuigão<br />

auxiliar de Gerritsma podem ser notadas nas figuras (3.) ,(4) e ( 5) .<br />

Formas adimensionais dos coeficientes:


A abordagem do problema nio é tridimensional. Estuda<br />

-<br />

mos o que acontece em cada seçao como um problema bidimensional, Le-<br />

w<br />

vando a iteraçzo das seções aproximadamente, estudando a variaçao da<br />

boca com o comprimento.<br />

Convém notar que a normal em cada ponto foi confundi-<br />

da com a normal ao ponto, contida num plano perpendicular ao compri -<br />

mento do navio. Para um navio alongado a abordagem 6 satisfatória.<br />

'*<br />

Para um navio convencional na regiao do corpo paralelo há concordân -<br />

- -<br />

cia do modêlo com o ceal, mas no corpo de vante e de ré fugimos & re2<br />

lidade. Devemos notar,que a irradiaçao e difraçao de ondas como e2<br />

-<br />

caradas no desenvolvimento do trabalho serao paralelas ao eixo lon&<br />

tudinal<br />

--- - - - _ __


Deve-se notar que desprezamos as ondas fora do inter -<br />

vaio -~/2, + ~ / 2 e a inclinação das ondas propagadas nêste intervalo.<br />

Outro aspecto é a interferência entre o trem de ondas<br />

do mar e o sistema secundário de ondas do navio que foi desprezad-o. ,


,"<br />

Foi feita a suposiçao que cos(n, x) O. Isto é, te-<br />

mos como hipóteses que < e JI são de ordem E e que o navio sendo<br />

um corpo alongado temos cos (n,x)


Poderíamos adotar a hipótese de corpo rigido e esta-<br />

ríamos calculando os efeitos desta regiao como fosse a continuaçao<br />

do navio.<br />

- r.,<br />

M<br />

Para a forma (b) devemos notar que nao podemos su-<br />

por, em geral, Bt + w dada ao acÚmulo de massa a ré.<br />

n<br />

A hipótese que nos' extremos todas as fungoes sao nu<br />

las resolve o problema de cálculo numéxico, mas deixamos de consi-<br />

-<br />

derar o que acontece .nesta regiao.<br />

Notemos que se consideramos esta parte como um corpo<br />

rígido, melhoramos o modêlo diante da hipótese de tridimensionalida-<br />

d<br />

de, mas até que ponto esta hipótese de corpo rígido pode representar<br />

,.A<br />

o que realmente se passa e como sao transmitidas as fÔrgas atuantes<br />

w<br />

nesta regiao.<br />

,. N<br />

-


Da comparação do metodo proposto com o de Korvin-Krou-<br />

kowsky e aplicação das duas distribuições de n citadas, observamos<br />

3 3<br />

para os coeficientes a, b, A e B que há grande concordância entre o<br />

método apresentado e o método de Korvin-Kroukowsky. Aparecem peque-<br />

nas divergências para altas frequências, usando qualquer das duas d-is -<br />

Os coeficientes d e D pouco variam com a mudança de dis-<br />

'*I<br />

tribuiçao'de n quando calculados pelo método proposto. No método<br />

33<br />

de Korvin-Kroukowsky o mesmo se verifica para d e como D nao depende<br />

r4<br />

w - de n33, na0 há variaçao com a distribuiçao. De método para método há<br />

uma grande divergência. Em valor absoluto alcançamos maiores valores<br />

para o método proposto. estes coeficientes quando comparados com os<br />

.,<br />

outros das equações são muito pequenos, podendo ser desprezados.<br />

De importância capital é a divergência que aparece nos<br />

coeficientes e e E. fistes coeficientes dependem fundamentalmente da<br />

'*<br />

velocidade de avanço do navio, entao qualquer, divergência se reflete<br />

para qualquer velocidade. Pelo método proposto, os valores calcula-


N<br />

dos de E quando comparados com os outros membros das equaçoes sao pe -<br />

quenos, fazendo com que desprezemos êste têrmo. Para os valores de<br />

e, obtemos pelo método proposto resultados aproximadamente 50% maio-<br />

res que quando calculados pelo método de Korvin-Kroukowsky.<br />

Quanto 5s forças<br />

-<br />

resultados bem concordantes.<br />

excitatrizes os dois métodos apresentam<br />

Poucas divergências podem ser notadas.<br />

Podemos, entao, procurar um método prático de estimar râpidamente os<br />

valores das-amplitudes dos movimentos. Se colocarmos o centro das or -<br />

w<br />

denadas no centro de fluAuWa0 teremos os coeficientes f e F nu<br />

-<br />

10s. Podemos desprezar os coeficientes D, d e E. O coeficiente e 6<br />

dado por:<br />

e como existe pouca divergência entre a, b calculados pelos dois mé-<br />

todos, podemos considerar desprezíveis as integrais


Como ao compararmos E com e, vemos que o primeiro é menor e<br />

seu valor só para alguns casos ultrapassa l0$ do ~alor ds e,<br />

podemos supor<br />

e e para a integral 2u O<br />

Na tabela L18] vemos comparaçao dos valores obtidos para<br />

Como verificado, pouca é a divergência entre os coefici-<br />

N<br />

entes no cálculo de A e B para os dois métodos em comparaçao, logo<br />

," w<br />

podemos assumir a expressa0 dêsses coeficientes segundo a proposiçao<br />

- w<br />

de Korvin-Ihoukowsky. Devemos observar também que se a frequência<br />

do movimento nao for muito alta a distribuiçao de n é quase simétr~<br />

3 3<br />

ca e jn33 x dx é pequena. Se a frequência for alta êste valor au-<br />

n<br />

" 2 U<br />

menta mas w aumenta; muito mais e também será pequeno.<br />

e<br />

W<br />

e . ~<br />

N<br />

Logo podemos desprezar êste têrmo em comparaçao com os outros. Che-<br />

,-,<br />

garemos a um problema simplificado onde uma das equaçoes indepen -<br />

dente pois E=O, D = O e F = 0.<br />

-


onde<br />

Os resultados obtidos para as amplitudes dos movimentos mostram boa<br />

concordância entre os dois métodos para pequenos números de Froude,<br />

mas com o acréscimo do número de Froude aparecem divergências entre<br />

M<br />

os valores da amplitude de afundamento, principalmente na regiao de<br />

ressonância. Devemos ressaltar a boa concordância entye os têrmos e2<br />

citatrizes.<br />

-<br />

Para arfagem as divergências sao pequenas. Pelo método


proposto obtemos maiores amplitudes. Quanto aos pontos experimentais<br />

podemos considerar os resultados como bem aceitáveis, haja visto que<br />

- ,.d<br />

as medidas experimentais na regiao de ressonância nao podem ser con-<br />

fiáveis.<br />

N ~ O<br />

,.A<br />

se pode dizer muito em relagao aos momentos fletores,<br />

mas como era esperado obtemos resultados mais elevados. Quando compa<br />

-<br />

rados com resultados experimentais nao vemos grande concordância para<br />

altos valores do número de Fronde (altas velocidades). Os resultados<br />

w<br />

obtidos por &te método, .em geral, sao mais elevados que os experimen<br />

N<br />

tais. A baixas velocidades podemos considerar boa a aproximaqao en-<br />

tre teoria e experiência, para A > L.


Tabela 1<br />

-<br />

FIGURA 2 - Distribuiçao de pêsos ao longo do navio<br />

~aractedsticas ~eométricas Principais<br />

Comprimento entre perpendiculares em m L<br />

Boca em m B<br />

Calado em m<br />

Deslocamento em Kg v<br />

Coeficiente de bloco C~<br />

Coeficiente de linha d' água Cwl<br />

Coeficiente de segão mestra B<br />

-<br />

K<br />

R&io d-e gisaçao Longitudinal em m<br />

-<br />

$


TABELA 2 - valores de ~/PV


TABELA 3 - valores de b Ipgp


TABELA 4 - valores de d/ 7L


TABELA 5 - valores de e/ 7<br />

XII


TABELA 6 - valores de A/) - 4


TABELA 7 - valores de B/ /L ,&


TABELA 8 - valores de D/' 7 L


TABELA 9 - valores de E/'- ' ,@


TABELA 10 - valores de


III<br />

TABELA 11 - valores de % x=


TABELA 12 - ~aloies de .I'/K~,<br />

I TI I TTI


TABELA 13 , valores de 6 x IT<br />

I b<br />

r------<br />

rir -i r! e


TABELA 14 - valores de H, /pg r, Aw


TABELA 15 - valores de SF<br />

ITI<br />

O," I<br />

O,"


TABELA 17 - valores de %<br />

I<br />

TPI TV


w<br />

TABELA 18 Comparaçao dos valores de e calculados pelo<br />

método proposto e valores para, um cálculo a-<br />

proxi mado.


TABELA 19 - val ores, de


TABEAA 20 - valores de p =<br />

O<br />

IvI f N<br />

2<br />

g BL r.<br />

na segao média


I -<br />

TABELA22 - po ao longo do nado<br />

- - - - - - - - - - - -- - - -. - - - - - - - - - -- -- -<br />

..................<br />

. .-. .--.--. ...-.........j<br />

f<br />

i<br />

i- . 4 i ! $.-. .-.-..i<br />

' I 3.6 i 47,78 i 44>15 i 39930j 46925; 38,311 4&47 31,04i 34,14:<br />

---.. -.... : . d -. ; - - : .-----.---:<br />

i<br />

i j 1<br />

i<br />

17 j 25,66 1 24.,18 i 20,721 L . 24,81 19,43,/ 21,98 15,601 17,38 .<br />

, ,<br />

. 1 - -- -..--; r.- .<br />

-r-L- . -e- --,<br />

t i<br />

i<br />

;. 8 : 10,91~ 10,641 8,861 10,46: 7,641 8,17 j 6,03 i 6,68 1<br />

'<br />

................. .. .............. .- ,-- ---- . L - .-_-pi<br />

F<br />

I<br />

i. i; 2,6O i 2,58 i 2,08i 2,02 1,661 1,41 1953; 1 15 8' I<br />

. -.----i! --e--- 2 . . (<br />

-.<br />

I 1 r i<br />

0,44 1 Ò,72 i . 4,61i 3,261 3 ,O7 1,62 / 1919;<br />

0,48 j<br />

L.---; ---. .;i-.----. .. .--. .-., 1. ........ -.--" ... -.- ..,......<br />

i -.>- . ,-. .... ".h .--J -..-- ii i.i<br />

- -<br />

13<br />

I<br />

i


I<br />

TABELA 23 - a,o longo do navio<br />

-__v-_ -_k<br />

136.<br />

- - - -- - - --<br />

-1<br />

'r.<br />

- --<br />

l i 11 i I I I<br />

-- --- . --., - - - . -.-. . - .<br />

i-.<br />

i<br />

. . --. . . - - . - - - -


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SNAME.

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