FILOSOFIAS DA AFIRMAÇÃO E DA NEGAÇÃO - iPhi
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ii<br />
DIÁLOGO SOBRE A DEMONSTRAÇÃO<br />
E O MÉTODO<br />
— A demonstração é o processo da mente, segundo a causalidade<br />
lógica, através do conhecimento de um termo médio,<br />
pelo qual se passa do conhecido para o desconhecido; a mostração<br />
é a revelação do conhecimento sem o uso de um termo médio.<br />
Assim, a primeira é mediata, a segunda é imediata. Na<br />
lógica clássica, toda demonstração não inductiva reduz-se ao<br />
silogismo. Todos sabem que dos processos mentais distinguem-<br />
-se o processo deductivo, que procede de proposições estritamente<br />
universais dadas como premissas, e o processo inductivo, que,<br />
partindo dos casos particulares, induz, conduz às leis universais,<br />
às proposições universais. Chama-se em geral de raciocínio<br />
ao processo deductivo, o qual consiste, partindo do termo<br />
médio conhecido, em poder-se comparar dois outros termos<br />
para entre eles conhecer suas semelhanças ou diferenças. Daí<br />
dizer-se que o silogismo é o processo mental pelo qual se realiza<br />
a comparação de dois termos com um terceiro por meio do qual<br />
se deduz a identidade ou a diversidade.<br />
Pitágoras fêz uma pausa, e prosseguiu depois: — E' desnecessário<br />
citar as opiniões contrárias ao silogismo, porque<br />
qualquer obra de lógica as apresenta. Mas as principais reduzem-se<br />
a afirmar que o silogismo nada mais é que uma tautologia,<br />
pois não nos aponta nada mais do que já está contido<br />
nas premissas. Mas que outra finalidade tem o silogismo se<br />
não essa? Dizem que êle não nos dá nada de novo, e assim<br />
por diante. Mas tudo isso sabia já Aristóteles, e todos os que<br />
o seguem na filosofia. Não se pode negar que o silogismo é<br />
um juízo analítico, que é infalivelmente verdadeiro se obediente<br />
às regras que a lógica oferece, pois as conclusões não podem<br />
ir além do que já está contido como certo, e auxilia a esclare-