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FILOSOFIAS DA AFIRMAÇÃO E DA NEGAÇÃO - iPhi

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PRÓLOGO<br />

Não se pode deixar de reconhecer que Nietzsche foi o<br />

grande profeta do Séc. XIX. A sua antevisão do Séc. XX<br />

está confirmada, pois a ascensão do nihilismo, em sentido filosófico,<br />

conhece um novo avatar. E dizemos avatar por que nas<br />

épocas de decadência dos ciclos culturais, não é outro o espectáculo<br />

que se assiste. Julgamos conveniente expressar aqui<br />

num bem rápido esboço, embora veemente, a fisionomia de<br />

nossa época de fariseísmo e filisteísmo intelectual, em que a<br />

moeda falsa substitui a verdadeira, em que as mais abstrusas<br />

e falsas doutrinas, já refutadas com séculos de antecedência,<br />

surgem como "novidades", que atraem para o seu âmbito as<br />

inteligências deficitárias de nossa época, que cooperam, conscientemente<br />

ou não, na tentativa de destruir o que havia de<br />

mais positivo no pensamento humano.<br />

Há necessidade de denunciar esse aviltamento da cultura<br />

e dos valores, e também demonstrar a improcedência das tentativas<br />

de dissolver o que havia de mais elevado no pensamento<br />

humano.<br />

Neste prólogo, faremos o diagnóstico. A terapêutica vem<br />

depois, nos diálogos, onde examinamos a falta de base das afirmativas<br />

nihilistas, da filosofia da negatividade que se antepõe<br />

à filosofia da positividade, a filosofia afirmativa, a filosofia<br />

do Sim. A acção destructiva das doutrinas negativistas já provocou<br />

muitas lágrimas e derramou muito sangue. Estamos<br />

vivendo em pleno nihilismo, e este está alcançando as suas<br />

fronteiras. E é um dever dos que se colocam do lado da<br />

afirmação e da positividade trabalhar, afanar-se, esforçar-se<br />

para combater a sanha da decadência, cujos vícios estimularam<br />

inúmeros males à humanidade e ainda prometem outros<br />

maiores.

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