Coletânea de posts publicados no blog PREVI PLANO ... - AAPPREVI
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Não vale a pena ver <strong>de</strong> <strong>no</strong>vo<br />
Caros colegas.<br />
Como uma <strong>no</strong>vela prestes a se reprisar, bate em <strong>no</strong>ssas portas o anúncio <strong>de</strong> velho<br />
programa <strong>de</strong> índio, representado pela discussão envolvendo a distribuição do<br />
superávit. É lamentável que roteiristas sejam faltos <strong>de</strong> criativida<strong>de</strong> e, como medíocres<br />
produtores insistam em levar ao ar uma imitação grosseira do que já vimos – e não<br />
gostamos.<br />
Na era mo<strong>de</strong>rna da encenação superavitária, cujo marco inicial remonta a 2006, é<br />
temerário supor que os produtores que se auto<strong>no</strong>mearam para encenar uma peça<br />
com o velho tema, imutável <strong>no</strong> tempo e na forma, <strong>no</strong>s dêem a infeliz certeza <strong>de</strong> que<br />
não agradará ao público alvo a que se <strong>de</strong>stina.<br />
A hiena toma do leão um naco da sua presa e <strong>de</strong>pois volta para brigar por mais. Muito<br />
embora não sejamos carniceiros temos que agir como tal para enfrentar o predador.<br />
Vamos dar ao leão meta<strong>de</strong> da caça agora e <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> forradas <strong>no</strong>ssas barrigas, ora<br />
coladas às costas, brigaremos por mais comida, se o quinhão <strong>de</strong> agora for insuficiente<br />
para aplacar uma fome <strong>de</strong> a<strong>no</strong>s <strong>de</strong> seca braba.<br />
O Banco do Brasil dá mostras <strong>de</strong> que está propenso a discutir a divisão do superávit e<br />
embora nenhuma certeza se acalente, subenten<strong>de</strong>-se que quer a meta<strong>de</strong> do<br />
disponível, sendo isto a pedra basilar para suportar qualquer discussão, ou acordo.<br />
É difícil enten<strong>de</strong>r como uma questão tão simples alcançou o nível <strong>de</strong> um enigma<br />
complexo. Talvez seja necessário retornar ao ábaco para efetuar uma divisão que<br />
teimam em fazer com o uso <strong>de</strong> complexas fórmulas matemáticas. Há um monte <strong>de</strong><br />
dinheiro acumulado por dois lados que hoje preten<strong>de</strong>m fazer a divisão, não se<br />
sabendo ao certo quem botou quanto e quem tirou tanto <strong>no</strong> <strong>de</strong>correr da juntada. Mas<br />
sabe-se quanto soma o monte à espera da partilha. Em se tratando <strong>de</strong> dois<br />
poupadores na disputa, sendo um forte e esperto e o outro fraco e tolo, vem<br />
ocorrendo que o ladi<strong>no</strong> tem agido à sorrelfa, se empanturrando com o que saca,<br />
enquanto que o <strong>de</strong> boa índole aguarda pacientemente a iniciativa daquele para pegar<br />
sua parte. Acontece que um quer mais que po<strong>de</strong>, enquanto que o outro quer tudo<br />
para si – errados ambos.<br />
Formado o impasse, são chamados mediadores para viabilizar o entendimento. Mas<br />
<strong>de</strong>veriam ser barrados por suspeição, pois os seus votos são antecipados, o que<br />
<strong>de</strong>smerece a imparcialida<strong>de</strong> e que levará à continuida<strong>de</strong> da <strong>de</strong>savença. No entanto,<br />
ainda é tempo <strong>de</strong> mudar os interlocutores, ou instruí-los à aceitação da lógica, isto é,<br />
<strong>de</strong>terminar a divisão do monte em duas partes iguais. Simples assim.<br />
“Em condições <strong>no</strong>rmais <strong>de</strong> temperatura e pressão”, como num enunciado da Física, o<br />
certo seria recorrer ao entendimento científico em todas as minúcias, para <strong>de</strong>slindar a<br />
incógnita. Mas na situação presente, em que o mais fraco está cada vez mais<br />
<strong>de</strong>bilitado, urge que o acordo seja firmado para garantir a sobrevivência do me<strong>no</strong>s<br />
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