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Coletânea de posts publicados no blog PREVI PLANO ... - AAPPREVI

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Meu perfil<br />

Como poucos, conheci a sala e os porões do Banco do Brasil.<br />

- Assumi em 1962 na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Itabaiana-PB. Depois trabalhei em Piancó-PB e Rio <strong>de</strong><br />

Janeiro nas agências Centro, Fig. Magalhães e Copacabana, on<strong>de</strong> me aposentei.<br />

Esse conjunto representa a sala <strong>de</strong> visitas da Casa que me acolheu e a quem servi com<br />

abnegação e dignida<strong>de</strong> – transitando por uma carreira repleta <strong>de</strong> cargos<br />

comissionados.<br />

- Na década <strong>de</strong> 80 fui apresentado ao lado obscuro <strong>de</strong>ssa Casa – os seus porões - on<strong>de</strong><br />

vi e sofri coisas que me provocam pesa<strong>de</strong>los até os dias <strong>de</strong> hoje. Ali, por longo tempo<br />

sob o jugo do COPRE, sofri tortura moral sob métodos <strong>de</strong> fazer inveja a Guantánamo.<br />

Instigaram-me ao suicídio – confissão <strong>de</strong> culpa fácil que não conseguiam obter porque<br />

procuravam na pessoa errada. Tranqüilizem-se, para não causar mal estar omito os<br />

<strong>de</strong>talhes.<br />

- Mas nada que um memorando CONFIDENCIAL da presidência não esclarecesse tudo,<br />

<strong>de</strong>sfazendo o mal-entendido e me “isentando <strong>de</strong> suspeitas infundadas”, contendo<br />

votos <strong>de</strong> bom retor<strong>no</strong> à <strong>no</strong>rmalida<strong>de</strong> do trabalho (do que me vali até a aposentadoria).<br />

Simples, não? Guardo-o com carinho como se fora um diploma concedido em<br />

homenagem às humilhações sofridas.<br />

- Esse episódio me aprofundou <strong>no</strong>s conhecimentos da CIC e tudo respeitante às<br />

<strong>no</strong>rmas da Casa e da vida bancária, estudados para a auto<strong>de</strong>fesa. A aprovação <strong>no</strong><br />

aprendizado veio com o título <strong>de</strong> “Defensor Público” outorgado por colegas <strong>de</strong> várias<br />

<strong>de</strong>pendências, que <strong>de</strong>fendi <strong>no</strong> <strong>de</strong>correr <strong>de</strong> a<strong>no</strong>s. Todos comissionados - ameaçados <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>gola pelo cometimento (ou não) <strong>de</strong> falhas apontadas <strong>no</strong> exercício da profissão. Meu<br />

arquivo <strong>de</strong> salvados <strong>de</strong> incêndio contém <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> <strong>no</strong>mes <strong>de</strong> cabeças conservadas <strong>no</strong><br />

lugar. Nunca perdi uma “causa”. Nem nunca aceitei um único tostão pelos “serviços<br />

prestados”. Os <strong>no</strong>mes e causas <strong>de</strong>vidamente catalogados guardo para <strong>de</strong>leite próprio,<br />

como tributo à vingança – sentimento que carrego por não ser um bom cristão, como<br />

gostaria <strong>de</strong> ser. Eu revido e <strong>de</strong> tanto dar a cara à tapa vivo <strong>de</strong> bochecha inchada. Mas<br />

não rendo culto à hipocrisia. Esse foi meu primeiro Ulo.<br />

- Apesar <strong>de</strong> tudo sou grato ao Banco e a Previ pelos vínculos que mantenho com<br />

ambos, como aposentado.<br />

- Novamente, na ida<strong>de</strong> do <strong>de</strong>scanso que nunca tive, fui atingido por injustiças e pensei<br />

em fundar uma entida<strong>de</strong> dissociada <strong>de</strong> todas que existem, e <strong>de</strong>stinada a proteger<br />

interesses comuns, sem visar compensações pecuniárias, fama ou po<strong>de</strong>r.<br />

Simplesmente queria soltar mais um grito que encontrasse eco. Partindo daí fiz<br />

contatos com colegas freqüentadores do <strong>blog</strong> da Cecília na busca <strong>de</strong> interessados para<br />

compor a direção <strong>de</strong>ssa associação. Na explanação das idéias, em rápidas pinceladas<br />

enfatizei que a aceitação implicaria em muito trabalho e nenhum pagamento, pois a<br />

mensalida<strong>de</strong> a ser cobrada teria que ser ínfima o suficiente para cobrir custos<br />

indispensáveis. Ninguém topou. E até candidato a emprego surgiu. Desisti. Só agora<br />

aparecem alguns bem intencionados e justos. A eles transfiro o sonho que não<br />

consegui concretizar. Boa sorte e contem comigo, à distância. Continuarei dormindo<br />

com meus pesa<strong>de</strong>los.<br />

- Vindo do Rio <strong>de</strong> Janeiro e morador <strong>no</strong>vo em Curitiba me atinge o isolamento<br />

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