Coletânea de posts publicados no blog PREVI PLANO ... - AAPPREVI
Coletânea de posts publicados no blog PREVI PLANO ... - AAPPREVI
Coletânea de posts publicados no blog PREVI PLANO ... - AAPPREVI
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Caiu a máscara!<br />
Caros Colegas.<br />
É vergonhoso o estado <strong>de</strong> coisas que se implantou <strong>no</strong> País. O pilar <strong>de</strong> sustentação da<br />
Democracia <strong>de</strong>ixou-se corromper. O Setor da socieda<strong>de</strong> mais acreditado a figurar nas<br />
pesquisas recentes <strong>de</strong>sce a la<strong>de</strong>ira sem freios e <strong>de</strong>sgovernado em direção ao poço sem<br />
fundo da podridão dos conchavos políticos e <strong>de</strong> acordos espúrios. A imprensa, <strong>no</strong>ssa<br />
tão querida e respeitada imprensa já não <strong>no</strong>s serve como parâmetro <strong>de</strong> dignida<strong>de</strong> e<br />
respeito. E não é mais um escudo protetor contra iniqüida<strong>de</strong>s.<br />
Se não bastasse a justiça cega que se fechou nessa <strong>de</strong>sculpa para <strong>no</strong>s <strong>de</strong>ixar ao<br />
<strong>de</strong>samparo, nas mãos <strong>de</strong> corruptos em cujo colo <strong>de</strong>positamos <strong>no</strong>ssos sagrados votos -<br />
símbolos máximos do direito <strong>de</strong>mocrático - agora chega a vez <strong>de</strong> a mídia ocupar seu<br />
lugar na ala dos não confiáveis.<br />
No País da <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m que beira o caos da corrupção, tínhamos esperança, quase<br />
certeza, <strong>de</strong> que seríamos <strong>de</strong>fendidos em <strong>no</strong>ssos direitos usurpados na hora da<br />
verda<strong>de</strong>. Na hora em que fosse chamada a Imprensa <strong>no</strong>s socorreria. Que vã<br />
expectativa. Que improvável expectativa. Que lástima termos aguardado com tanta<br />
ansieda<strong>de</strong> o comparecimento do socorro evocado com <strong>de</strong>sespero.<br />
É comum dizer-se para <strong>de</strong>smascarar um potentado inescrupuloso que o Rei está nu.<br />
Lamentavelmente, mas muito lamentavelmente mesmo temos que dizer com todas as<br />
letras em negrito: A Imprensa está Nua.<br />
Caiu a máscara <strong>de</strong> bom moço que <strong>no</strong>s era mostrada. Os arroubos <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> ferida<br />
não mais encontram guarida <strong>no</strong> seio da socieda<strong>de</strong>. As empáfias <strong>de</strong>clarações clamando<br />
a Liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Imprensa não têm mais cabimento. Que Liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Imprensa é essa<br />
que serve a patrões po<strong>de</strong>rosos? Que liberda<strong>de</strong> é essa que está acorrentada aos<br />
interesses financeiros? Que liberda<strong>de</strong> é essa que se ven<strong>de</strong>? Que liberda<strong>de</strong> é essa que<br />
empresta a sua caneta para que mãos escusas a usem para escrever <strong>no</strong> seu próprio<br />
lombo as regras da impunida<strong>de</strong>, do <strong>de</strong>scaso e da subserviência?<br />
Dá <strong>no</strong>jo abrir um jornal <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> saberem-se falsas as manchetes. Depois <strong>de</strong> ter<br />
<strong>de</strong>scoberto os meandros em que transitam os profissionais antes tidos como sérios e<br />
in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes. Editoriais antes acreditados tornaram-se peças <strong>de</strong> folhetins. O que<br />
antes era tido como publicação exemplar <strong>de</strong> repente vira arauto a serviço do dinheiro<br />
e da semvergonhice. Artigos buscados avidamente com os olhos ao alvorecer já não se<br />
prestam ao que queremos. A verda<strong>de</strong> não mais existe. A liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> imprensa é falsa.<br />
Dinheiro nenhum compra a liberda<strong>de</strong>. Mas a liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> imprensa se ven<strong>de</strong>u por uns<br />
trocados. Acordos obscuros puseram a mídia na ban<strong>de</strong>ja da corrupção. A imprensa<br />
tem <strong>no</strong>vo Senhor. Ou continua tendo os mesmos senhores. Nós é que não sabíamos.<br />
Embalados num mesmo saco, <strong>de</strong>scobrimos tardiamente que imprensa e po<strong>de</strong>r<br />
financeiro ocupam o mesmo espaço contrariando as leis da física.<br />
116