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82 IO sequaz das doutrinas republicanas, logo que se proclamou a independência no Brasil, voltou para a sua pátria, sem concluir os estudos. Achava-se em Pernambuco, quando a instigações suas, e de outros, esta província se revoltou contra as ordens emanadas do Rio de Janeiro, organisando em 13 de Dezembro de 1823 um governo revolucionário, para levar-avante a projectada Confederação do Equador. D'este governo foi Saldanha eleito secretario, e serviu como tal até o fim da lucta, seguindo a sorte do presidente Carvalho, e dos mais que emigraram. Chegou aos Estados-Unidos, onde determinara refugiar-se, mas passado pouco tempo lá morreu, consumido, ao que se diz, de desgostos. O auctor dos Varões iüustres do Brasil, no tomo n, pag. 338, tractando d'este malogrado poeta, diz com manifesta equivocação que elle nascera em 1773; que tomara parte na sedição de Pernambuco em 1817; e que fugindo de lá para os Estados-Unidos, ahf morrera sem tornar a vêr a sua pátria! São palpáveis os anachronismos, em presença da verdade, que é a que deixo relatada. No tempo em que freqüentava o curso da Universidade, fez e publicou: 4452) Poesias offerecidas aos amantes do Brasil. Coimbra, na Imp. da Universidade 1822. 8.° de 136 pag. — Consta a collecção de 42 sonetos, 16 odes, 4 anacreonticas, 2 cantatas-, a dithyrambos, 2 idyllios, etc, etc. — É pouco vulgar este opusculo, do qual vi ha annos um exemplar na Bibliotheca Nacional, com a designação Q, 5, 45. — Quatro das suas melhores odes, escripta* em honra dos valerosos pernambucanos que combateram os hollandezes no * século xvii, andam reproduzidas no Floruegio do sr. Varnhagen, parte 2. a , de pag. 609 a 628. JOSÉ NICOLAU DE MASSUELLOS PINTO, Cavalleiro da Ordem de Christo, Official maior e primeiro Escripturario da Contadoria da Junta de Fazenda da Marinha; Membro da Commissão de divida publica, e do Thesouíè Nacional em 1820; e Deputado da Junta do Grão-Pará e Maranhão.—N. em Lisboa a 6 de Dezembro de 1770. M. em casas próprias, na rua da Rosa n.° 156, a 2 de Janeiro de 1825. Foi, segundo creio, irmão de Francisco de Sousa Pinto de Massuellos, de quem já tractei n'este Diccionario. Na collecção dos Novos impressos de Bocage etc, a pag. 38, vem um soneto seu, e que é a única producçâo que d'elle vi impressa com o seu nome. Alguns pretenderam attribuir-lhe, não sei se com probabilidade, a seguinte composição: 4453) Epístola de Heloísa a Abailard, composta no idioma inglez por Pope, e trasladada em versos portuguezes por * - • M. 0 ' Londres, na Ofilc. de Guilher» me Lane 1801. 4.° de iv-42 pag. com uma gravura, representando Heloísa em oração, diante de um crucifixo. Os exemplares d'esta nitida edição venderam-se durante muitos annos em Lisboa quasi clandestinamente, e por elevados preços. Em 1833 o livreiro Antônio Marques da Silva mandou fazer uma reimpressão em papel ordinário, e no formato de 8.° pequeno. Das três versões que possuímos d'esta celebrada carta (vej. os artigo» Antônio Feliciano de Castilho, e José Anastasio da Cunha), a de Massuellos, ou que a elle se attribue, é, creio eu, a única feita sobre o original inglez. As outras duas o foram sobre as traducções, ou melhor, imitações francezas de Mercier e Colardeau. Além das três citadas, ha ainda outra; mas em prosa e anonyma, a qual tem sido algumas vezes impressa. Eu tenho ainda uma quarta, manuscripta e autographa, que julgo com bom fundamento ser obra de um conego regrante do mosteiro de S. Vicente de fora, cujo nome todavia não pude descobrir. É do principio d'esíe século, e feita sobre o texto de Pope, mui litteralmente ao que parece. O mesmo padre, quem quer que elle fosse, traduziu também em prosa
JQ 83 (e eu conservo egualmente o autographo) O roubo do anel de cabellos, poema do mesmo auctor. • ? JOSÉ NICOLAU REGLEIRA COSTA, que julgo ser natural do Brasil, posto que não haja d'isso informação precisa.—E. 4454) Instituições do Direito Civil Lusitano, tanto publico como particular, por Paschoal José de Mello Freire. Traduzidas do latim. Livro iv. Das obrigações e acções. Pernambuco, 1839. 4.° FR. JOSÉ DE NORONHA FARO E LUCENA, Franciscanp da Congregação da Terceira Ordem. Deu-se ao ministério do púlpito, que desempenhava, dizem, com. muita acceitação.—-N. no Porto, em o 1.° de Agosto de 1765. Ignoro a data do seu falecimento, nem sei que imprimisse mais que o seguinte: 4455) Sermão de Nossa Sennora da Rosa, pregado no real mostdro de Sancta Maria de Ar ouça, em o anno da beatificação da rainha Sancta'Mafalda. Porto, na Offic de Antônio Alvares Ribeiro 1794. 8.° D. FR. JOSÉ DE OLIVEIRA, Eremita Augustiniano, cujo instituto professou no convento da Graça de Lisboa a 5 de Junho de 1654. Foi Doutor em Theologia pela Universidade de Coimbra, e Bispo de Angola, eleito e sagrado tal, sem que chegasse comtudo a exercer as funcções episcopaes, impedido, ao que diz Barbosa, de graves achaques que tolerou com grande, resif nação, continuando a viver entre os seus religiosos, etc. etc.—M. no cpnvento a Graça a 22 de Março de 1719, tendo nascido na villa de Guimarães a 4 de Fevereiro de 1638.—E. 4456) Sermões vários: Tomo i. Coimbra, por José Ferreira 1688. 4.°— Tomo II. Lisboa, por Bernardo da Costa 1700. 4.°—Tomo m. Ibi, por Miguel Manescal 1710. 4.°—Tomo iv. Ibi, na Offic Deslandesiana 1715. 4.°—Tomov. Ibi, por Paschoal da Silva' 1716. 4.° > Creio que pouca attenção merecem hoje estes Sermões, apezar da grande fama de que o auctor gosou no seu tempo. Imprimiu em separado os seguintes, que darei já agora para completar esta indicação, e porque os assumptos de alguns os tornam especialmente notáveis: 4457) Sermão ao recolher da procissão dos Passos do seu cóllegio de Coimbra. Coimbra, por Rodrigo de Carvalho Coutinho 1673. 4.° 4458) Sermão das lagrimas da Magdalena, pregado na Misericórdia de Coimbra. Coimbra, por José Ferreira 1676. 4.° 4459) Sermão em o prestito que a Universidade fez á egreja de Sancta Isabel, em acção de graças pelo nascimento do príncipe nosso senhor. Coimbra, por José Ferreira 1690. 4.° 4460) Sermão no auto da fé, que se celebrou na cidade de Coimbra, na primeira dominga de Julho de 1691. Ibi, pelo mesmo 1691. 4.° de 52 pag. 4461) Sermão das exéquias do ill. m ° sr. D. Fr. José de Alencastre, Inquisidor'geral, no convento dos Remédios de Lisboa, em 23 de Outubro de 1705. Lisboa, por Miguel Manescal 1706. 4.° 4462) Sermão nas exéquias do sereníssimo senhor D. Pedro II rei de Portugal, na Sancta Casa da Misericórdia de Lisboa. Lisboa, pelo mesmo 1707. 4.° - 4463) Sermão no auto da fé, que se celebrou no Rocio da cidade de Lisboa em Domingo 6 de Novembro de 1707. Coimbra, por José Ferreira 1707. 4.° P. JOSÉ DE OLIVEIRA DERARDO, Presbytero, Commissario dos Estudos e Reitor do Lyceu Nacional de Viseu, Sócio correspondente da Academia Real das Sciencias de Lisboa etc.—N. nôiogar do Pinheiro a 3 de Junho de 1805, porém reside em Viseu desde a sua infância, ou pouco menos.—V. a seu respeito o Dictionnaire Historico-Artistique do sr. C. de Raczynski a pag. 27. 6.
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(e eu conservo egualmente o autographo) O roubo do anel de cabellos, poema<br />
do mesmo auctor.<br />
• ? JOSÉ NICOLAU REGLEIRA COSTA, que julgo ser natural do<br />
Brasil, posto que não haja d'isso informação precisa.—E.<br />
4454) Instituições do Direito Civil Lusitano, tanto publico como particular,<br />
por Paschoal José de Mello Freire. Traduzidas do latim. Livro iv. Das obrigações<br />
e acções. Pernambuco, 1839. 4.°<br />
FR. JOSÉ DE NORONHA FARO E LUCENA, Franciscanp da Congregação<br />
da Terceira Ordem. Deu-se ao ministério do púlpito, que desempenhava,<br />
dizem, com. muita acceitação.—-N. no Porto, em o 1.° de Agosto de 1765.<br />
Ignoro a data do seu falecimento, nem sei que imprimisse mais que o seguinte:<br />
4455) Sermão de Nossa Sennora da Rosa, pregado no real mostdro de Sancta<br />
Maria de Ar ouça, em o anno da beatificação da rainha Sancta'Mafalda. Porto,<br />
na Offic de Antônio Alvares Ribeiro 1794. 8.°<br />
D. FR. JOSÉ DE OLIVEIRA, Eremita Augustiniano, cujo instituto<br />
professou no convento da Graça de Lisboa a 5 de Junho de 1654. Foi Doutor<br />
em Theologia pela Universidade de Coimbra, e Bispo de Angola, eleito e sagrado<br />
tal, sem que chegasse comtudo a exercer as funcções episcopaes, impedido,<br />
ao que diz Barbosa, de graves achaques que tolerou com grande, resif<br />
nação, continuando a viver entre os seus religiosos, etc. etc.—M. no cpnvento<br />
a Graça a 22 de Março de 1719, tendo nascido na villa de Guimarães a 4 de<br />
Fevereiro de 1638.—E.<br />
4456) Sermões vários: Tomo i. Coimbra, por José Ferreira 1688. 4.°—<br />
Tomo II. Lisboa, por Bernardo da Costa 1700. 4.°—Tomo m. Ibi, por Miguel<br />
Manescal 1710. 4.°—Tomo iv. Ibi, na Offic Deslandesiana 1715. 4.°—Tomov.<br />
Ibi, por Paschoal da Silva' 1716. 4.° ><br />
Creio que pouca attenção merecem hoje estes Sermões, apezar da grande<br />
fama de que o auctor gosou no seu tempo. Imprimiu em separado os seguintes,<br />
que darei já agora para completar esta indicação, e porque os assumptos<br />
de alguns os tornam especialmente notáveis:<br />
4457) Sermão ao recolher da procissão dos Passos do seu cóllegio de Coimbra.<br />
Coimbra, por Rodrigo de Carvalho Coutinho 1673. 4.°<br />
4458) Sermão das lagrimas da Magdalena, pregado na Misericórdia de<br />
Coimbra. Coimbra, por José Ferreira 1676. 4.°<br />
4459) Sermão em o prestito que a Universidade fez á egreja de Sancta Isabel,<br />
em acção de graças pelo nascimento do príncipe nosso senhor. Coimbra, por<br />
José Ferreira 1690. 4.°<br />
4460) Sermão no auto da fé, que se celebrou na cidade de Coimbra, na primeira<br />
dominga de Julho de 1691. Ibi, pelo mesmo 1691. 4.° de 52 pag.<br />
4461) Sermão das exéquias do ill. m ° sr. D. Fr. José de Alencastre, Inquisidor'geral,<br />
no convento dos Remédios de Lisboa, em 23 de Outubro de 1705.<br />
Lisboa, por Miguel Manescal 1706. 4.°<br />
4462) Sermão nas exéquias do sereníssimo senhor D. Pedro II rei de Portugal,<br />
na Sancta Casa da Misericórdia de Lisboa. Lisboa, pelo mesmo 1707. 4.°<br />
- 4463) Sermão no auto da fé, que se celebrou no Rocio da cidade de Lisboa<br />
em Domingo 6 de Novembro de 1707. Coimbra, por José Ferreira 1707. 4.°<br />
P. JOSÉ DE OLIVEIRA DERARDO, Presbytero, Commissario dos<br />
Estudos e Reitor do Lyceu Nacional de Viseu, Sócio correspondente da Academia<br />
Real das Sciencias de Lisboa etc.—N. nôiogar do Pinheiro a 3 de Junho de<br />
1805, porém reside em Viseu desde a sua infância, ou pouco menos.—V. a seu<br />
respeito o Dictionnaire Historico-Artistique do sr. C. de Raczynski a pag. 27.<br />
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