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42 JO diz lhe tirou para sempre o uso da palavra, com quanto ficassem illesas as faculdades intellectuaes 6 as demais funcções corporeas. Restituido a Lisboa, viveu ainda perto de quatro annos, terminando a carreira mortal a 9 de Janeiro de 181& Foi Sócio honorário da Academia Real das Sciencias de Lisboa, onde o seu antigo fâmulo o protegido D. Francisco Alexandre Lobo, depois bispo de Viseu, lhe consagrou em sessão publica um elogio histórico, impresso nas respectiva^ Memórias, e que anda também no tomo n das Obras do mesmo bispo, de pag, f a 60.— E. • * 4211) Vida e obras da serra de Deus, a madre soror Martanna Josepha Jóaquina de Jesus, religiosa carmelita descalça do convento de Saneia Thcresado logar de Carnide. Lisboa, na Regia Offic. Typ. 1783. 8.» de xii-371 pag.—8*hiu sem o nome do auctor, que era sobrinho da religiosa cuja vida historio». Este livro ha sido elogiado pelo seu bom est**, Io, e correcção de linguagem.- Taes qualidades eram, por assim dizer, ingenitas no auctor, se devemos dar o»-. dito ao seu biographo, 'que no já citado Elogio se exprime a este propósito nos termos seguintes: «Ainda depois que tão torpe mixtura de absurdos peregri' nismos corrompeu esta excellente lingua, as duas classes extremas da nação portugueza a foram conservando a seu modo, com louvável tenacidade: e varias vezes reflecti que nos termos, na phrase, na pronunciação os nobres da nossa corte eram em geral as pessoas que falavam mais regular e urbanamente^ Contudo também notei que entre estes nobres nenhum o excedeu (ao bispo inquisidor) c poucos podiam contender com elle; principalmente na copia dostetmos, no conhecimento do seu rigoroso valor, e na mtelligencia da sua justa e bem accommodada applicação... Eu o tratei e observei pelo largo espaço de trinta annos. -- JOSÉ MARIA. DE MOURA, Tenente-General, falecido em Lisboa a 10 de Janeiro de 1836.—E. 4212) Exposição dos motivos pelos quaes o marechal de campo José Maria de Moura não tem podido ir para o Porto, reunir-se ao exercito- de S. M. F. a Rainha de Portugal, do commando de seu augusto pae o Duque de Braqmfl, Dunkerque, Imprim. de Charles Lallou 1833. 8.° gr. de 48 pag. duplicadasr"- N'esta memória justificativa escripta nas línguas portugueza e franceza^ o au-~ ctor dá noticias especiaes da sua biographia militar, e do modo como deaM**! penhára as commissões do serviço de que fora encarregado, tanto em Portugal como no Brasil, durante as luetas que precederam a separação definitiva d'aquelle império. JOSÉ MARIA DAS NEVES COSTA, Coronel do corpo d'Engeoh»ros, nasceu em Carnide, subúrbios de Lisboa, a 14 de Agosto de 1774, de família honrada, porém pouco favorecida da fortuna. Depois de cursar os estudos de humanidades na casa das Necessidades, pertencente á Congregação do Oratório, sentiu-se com vocação pera a carreira das armas, e seguiu os cursos da Academia Real de Marinha, e da de Fortificação, Artilheria e Desenho, merecendo ser em ambas premiado, e obtendo a patente de segundo Tenente d'Engenheria, quando contava 23 annos d'edade.—M. a 19 de Novembro de 18H. —O seu Elogio biographico escripto pelo sr. general Palmeirim, acha-se naííevista militar n.° 1, de 1849.—E. 4213) Discurso em que se trneta o elogio da nação portugueza, provas da superioridade do seu espirito, e caracter militar, relativamente aos outros povos da Península; commemoração das epochas em que o amor da independência tem realçado o lustre de suas proezas, e refutação dos arqumenios altegados contra a possibilidade de defensa do reino. Escripto e dedicado á nação c exercito porluguez, por um Official do Real Corpo d'Engenheiros. Lisboa, na Imp. Regia 1811. 4.° de 33 pag.—Não traz expresso o seu nome, e consta-me que fora escripto em 1806,

IO 43 4214) Exposição dos factos, pelos quaes se mostra ter sido porttigueaa a iniciativa do projecto proposto em geral para a defesa de Lisboa, qúe precedeu e continha as bases do projecto particular, posto depois em practica no anno de 1810. Lisboa, na Imp. Liberal 1822. 4." de 50 pag. Como espécies análogas occorre mencionar aqui dous opusculos de assumpto similhante, cuja descripção se achará nos artigos Manuel José Dias Cardoso, e Cláudio Lagrange Monteiro de Barbuda. -4215) Considerações militares, tendentes a mostrar quaes sejam no território portuguez os terrenos, cuja topoqraphia ainda falta a conhecer. Lisboa, 1841. 4.° Além d'estes trabalhos, e de outros por ventura não vindos ao meu conhecimento,- deixou manuscriptos a Theoria sobre o relevo do terreno, e a traducção do Tractado de Lallcmand sobre as operações secundarias da guerra (cujo principio começara a imprimir em vida), os quaes foram depois comprados pelo governo ás filhas do traductor, que receberam por elles a retribuição de 1:000^1000 pis. Vej. a Revista Universal Lisbonense, tomo n da 1.» serie, a pag. 450. * JOSÉ MARIA DE NORONHA FEITAL, Official da Imperial Ordem da Rosa, Cavalleiro da de Christo no Brasil, Doutor em Medicina, etc^-N. na cidade do Rio de Janeiro a 2 de Fevereiro de 1817. Concluídos os seus estudos preparatórios, matriculou-se na Eschola de-Medicina da mesma cidade, e n'ella se doutorou em 1839. Entrou para o Corpo de Saúde da armada nacional no anno seguinte^ Exerceu os logares de Inspector dos viveres; Cirurgião da Academia da Marinha; primeiro Cirurgião do Hospital; e Chefe de Saúde da divisão militar enviada a Montevidêo. Tendo regressado á sua pátria, voltou para o serviço do Hospital, sendo promovido a Cirurgião de Divisão, e Chefe da Clinica medica. Durante a primeira invasão da febre amarella no Rio de Janeiro em 1850 prestou importantes serviços no desempenho de varias commissões próprias da sua profissão, de que recolheu-louvores e condecorações. É membro de varias Sociedades médicas e lilterarias do Brasil e da Europa. Além de haver feito parte das redacções da Revista medica Fluminense, Revista medica Brasileira, e Gazetrt do Hospital do Rio de Janeiro, colloborando em todos estes jornaes com alguns trabalhos seus, foi nos annos de 1854 a 1855 encarregado da redacção principal dos Annaes Brasilienses de Medicina pela Academia Imperial respectiva, correndo á sua conta os tomos ix e x; e publicando ainda em separado os seguintes opusculos: 4216) Analyse do estado dos alimentos no mercado, ou exposição dos meios próprios para se reconhecer (sic) as substancias com que os amelhoram, augmentam, falsificam, etc. Rio de, Janeiro, Typ. Imparcial de F. de P. Brito 1841. 8.° gr. de iv-23 pag. — Anda também, inserta nos Escriptos médicos do auctor. 4217"* Duas palavras sobre a Homeeopathia. Rio de Janeiro. 184... 8.° 4218) Noticia do Hospital da Marinha do Rio de Janeiro. Ibi. — E inserta nos" Escriptos médicos a pag. 171. 4219) Memória sobre as feridas penetrantes.do peito. 4220) Discurso 'pronunciado na Academia Imperial de Medicina na discussão da Memória do sr. dr. Paula Cândido sobre a penetração do ar nas artérias. Rio de Janeiro, Typ. do Mercantil, 1847. 8.° de 19 pag.—Anda também nos Escriptos médicos, a pag. 130. 4221) O soffrer do medico. Ensaio poético dedicado a Sua Magestade Imperial, e em sua augusta presença lido na imperial Academia de Medicina. Rio de Janeiro, Typ. do Brasil de J. J. da Rocha 1848. 8.° gr. de 19 pag. 4222) Escriptos médicos. Volume I. Ibi, na mesma Typ. 1849. 8.° gr. de vi-186 pag. com um mappa e indice final. 4223) Elogio histórico do dr. Bomtempo. Ibi, na mesma Typ. 1849,. 8.° de 15 pag. — Sahiu também nos Rscriptos médicos, a pag. 124. 4224) Memória sobre a febre amarella do Rio de Janeiro. Ibi, na mesma Imp. 1850. 8." de 16 pag.

42 JO<br />

diz lhe tirou para sempre o uso da palavra, com quanto ficassem illesas as faculdades<br />

intellectuaes 6 as demais funcções corporeas. Restituido a Lisboa, viveu<br />

ainda perto de quatro annos, terminando a carreira mortal a 9 de Janeiro de 181&<br />

Foi Sócio honorário da Academia Real das Sciencias de Lisboa, onde o seu antigo<br />

fâmulo o protegido D. Francisco Alexandre Lobo, depois bispo de Viseu,<br />

lhe consagrou em sessão publica um elogio histórico, impresso nas respectiva^<br />

Memórias, e que anda também no tomo n das Obras do mesmo bispo, de pag, f<br />

a 60.— E. • *<br />

4211) Vida e obras da serra de Deus, a madre soror Martanna Josepha<br />

Jóaquina de Jesus, religiosa carmelita descalça do convento de Saneia Thcresado<br />

logar de Carnide. Lisboa, na Regia Offic. Typ. 1783. 8.» de xii-371 pag.—8*hiu<br />

sem o nome do auctor, que era sobrinho da religiosa cuja vida historio».<br />

Este livro ha sido elogiado pelo seu bom est**, Io, e correcção de linguagem.-<br />

Taes qualidades eram, por assim dizer, ingenitas no auctor, se devemos dar o»-.<br />

dito ao seu biographo, 'que no já citado Elogio se exprime a este propósito nos<br />

termos seguintes: «Ainda depois que tão torpe mixtura de absurdos peregri'<br />

nismos corrompeu esta excellente lingua, as duas classes extremas da nação portugueza<br />

a foram conservando a seu modo, com louvável tenacidade: e varias<br />

vezes reflecti que nos termos, na phrase, na pronunciação os nobres da nossa<br />

corte eram em geral as pessoas que falavam mais regular e urbanamente^ Contudo<br />

também notei que entre estes nobres nenhum o excedeu (ao bispo inquisidor)<br />

c poucos podiam contender com elle; principalmente na copia dostetmos,<br />

no conhecimento do seu rigoroso valor, e na mtelligencia da sua justa e<br />

bem accommodada applicação... Eu o tratei e observei pelo largo espaço de<br />

trinta annos. --<br />

JOSÉ MARIA. DE MOURA, Tenente-General, falecido em Lisboa a 10<br />

de Janeiro de 1836.—E.<br />

4212) Exposição dos motivos pelos quaes o marechal de campo José Maria<br />

de Moura não tem podido ir para o Porto, reunir-se ao exercito- de S. M. F. a<br />

Rainha de Portugal, do commando de seu augusto pae o Duque de Braqmfl,<br />

Dunkerque, Imprim. de Charles Lallou 1833. 8.° gr. de 48 pag. duplicadasr"-<br />

N'esta memória justificativa escripta nas línguas portugueza e franceza^ o au-~<br />

ctor dá noticias especiaes da sua biographia militar, e do modo como deaM**!<br />

penhára as commissões do serviço de que fora encarregado, tanto em Portugal<br />

como no Brasil, durante as luetas que precederam a separação definitiva d'aquelle<br />

império.<br />

JOSÉ MARIA DAS NEVES COSTA, Coronel do corpo d'Engeoh»ros,<br />

nasceu em Carnide, subúrbios de Lisboa, a 14 de Agosto de 1774, de família<br />

honrada, porém pouco favorecida da fortuna. Depois de cursar os estudos<br />

de humanidades na casa das Necessidades, pertencente á Congregação do Oratório,<br />

sentiu-se com vocação pera a carreira das armas, e seguiu os cursos da<br />

Academia Real de Marinha, e da de Fortificação, Artilheria e Desenho, merecendo<br />

ser em ambas premiado, e obtendo a patente de segundo Tenente d'Engenheria,<br />

quando contava 23 annos d'edade.—M. a 19 de Novembro de 18H.<br />

—O seu Elogio biographico escripto pelo sr. general Palmeirim, acha-se naííevista<br />

militar n.° 1, de 1849.—E.<br />

4213) Discurso em que se trneta o elogio da nação portugueza, provas da<br />

superioridade do seu espirito, e caracter militar, relativamente aos outros povos<br />

da Península; commemoração das epochas em que o amor da independência tem<br />

realçado o lustre de suas proezas, e refutação dos arqumenios altegados contra<br />

a possibilidade de defensa do reino. Escripto e dedicado á nação c exercito porluguez,<br />

por um Official do Real Corpo d'Engenheiros. Lisboa, na Imp. Regia<br />

1811. 4.° de 33 pag.—Não traz expresso o seu nome, e consta-me que fora escripto<br />

em 1806,

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