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Tomo x. A Mocidade de Sócrates, comedia. — O Acredor, dita.—Andròmaca,
tragédia. •-."-.' > -•'
Tomo xi. O Homem que o não quer ser, comedia.—Lulm, ou a hespanhola,
tragédia. — Fragmentos de uma comedia. ' '"*
Tomo xn. O Avaro dissipador, farça.—O Indoknte miserável, dita.---*- O Fidalgo
da sua própria casa, dita.
Tomo xirr. Edipo, tragédia. — Artaxerxes, dita.—Viriah, dita.—João
Fernandes feito homem, comedia. — A Farçola, dita,. — O Pássaro bisnáo, dita.
Tomo xrv. — N'este volume ha apenas de Manuel de Figueiredo uma comedia
em verso castelhano, que se intitula: El engano escarmentado, et»; alguns
pequenos fragmentos, algumas cartas dirigidas a diversos amigos, etc. O mais
é tudo obra do editor, que ahi deixou retratado ao vivo o seu gênio folgazío,
sincero, jovial e patriotrco.
«O talento de Manuel de Figueiredo (diz o já alludido critico) desenvolve-se
melhor na comedia que na tragédia; n'ella tem o caracter nacional, e pinta ás
vezes com fidelidade e viveza os antigos costumes nacionaes. Se fossem menos
didacticas, menos difusas, se o dialogo tivesse mais rapidez e energia; se finalmente
houvesse mais acção e mais graça, estas comédias poderiam valer ao auctor
as honras de pae do nosso theatro cômico.»
Os discursos que as precedem são quasi sempre bem pensados, e menos
mal escriptos; d'elles dizia o nosso distincto philologo Pedro José da Fonseca a
Francisco Coelho, quando este em 1804 lhe pedia parecer acerca da intentada
publicação das obras de seu irmão: «Imprima os discursos, que são uma
poética, e uma grande riqueza que deixa á pátria!» (Theatro'', tomo xiv,
pag. 13.)
Das comédias conteúdas na collecção, parece ser o Acredor a melhor de
todas, por sua originalidade, fim moral, e até por estar mais limpa que as outras
dos defeitos habituaes do auctor. São também traçadas com mgenho e desempenhadas
com felicidade as duas João Fernandes feito homem, e Poeta em
annos de prosa. Quanto ás tragédias, não faltou quem reputasse a sua Castro
como superior-a todas as que entre nós se escreveram do mesmo assumpto, dizendo
que para ficar perfeita carecia comtudo de ser de novo dialogada e versificada;
porque, falando verdade, Figueiredo era ruim metrificador.
602) Obras posthumas de Manuel de Figueiredo, etc. Lisboa, Imp. Regia
1804-1810. 8.° 2 tomos, o 1:° com VI-IV-273-24 pag., e mais uma de erratas,
o 2.° com 325 pag. e mais duas de erratas e advertências: ornados de uma estampa
allegorica, que tem no centro o busto do auctor, e de numerosas e bellas
vinhetas, executadas sobre desenhos de Sequeira.
Comprehendem-Se n'estes volumes poesias diversas, e os discursos recitados
na Arcadia, a que já acima alludi: ha tamfeem os Elogiai de D. Fernando
Antônio de Lima, e da infanta rainha de Hespanha D. Mana Barbara. Este ultimo
havia já sido impresso avulso no formato de 4.°
As melhores composições poéticas são, no conPeito de alguns, as cinco satyras
litterarias que andam no tomo i; distinguindo-se entre ellas a terceira,
Sobre a indifferença da rima na poesia.
No tomo n a pag. 305 se declara bem expressamente que Figueiredo nascera
a 15 de Julho de 1725; devendo por tanto prevalecer esta data sobre a de
29 de Septembro, em que alguém pretendeu collocar o seu nascimento.
P. MANUEL DA FONSECA, Jesuíta, natural de S. Paulo no Brasil.—
Ignoro as datas do seu nascimento e óbito.— E.
603) Vida do veneravel P. Belchior de Pontes, da Companhia de Jesus da
provincia do Brasil. Lisboa, por Francisco da Silva 1752. 4." Ãe xitiv-266 pag.
Este livro é curioso pelas noticias históricas e políticas que n'elle se contêm
de envolta com* o assumpto principal. Foi mandado supprifHif e recolher
por edital da Meza Censoria de 10 de Junho de 1771.