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MA 415<br />

Não foram tão desestimados os seus versos, que se não gastassem inteiramente<br />

duas impressões.'.<br />

E com effeito, as poesias de Faria apesar dos defeitos d'estylo, provenientes<br />

do gosto estragado do tempo, valem na opinião dos críticos muito mais que<br />

as da maior parle dos poetas seus contemporâneos.<br />

Na livraria de Lord Stuart havia exemplares das partes l. a e 4." Na Bibl.<br />

Nac. de Lisboa apenas existe um da parte 4." 1<br />

495) Epithalamio de los easamientos de los eenores Marqueses de Molina.<br />

Saragoça, 1624. 4.°<br />

496) Epitome de Ias Historias portuguesas. Tomos i e II. Madrid, por Francisco<br />

Martinez 1628. 4.°—Novamente; Lisboa, por Francisco Villela 1663. 4.°<br />

2 tomos.—Outra vez, ibi, pelo mesmo 1674. 4." 2 tomos com xxu-jQ%, e xvi-<br />

440 pag;—Novamente; Bruxellas, por Francisco Fopens 1677. Foi. com os retratos<br />

dos reis de Portugal.— E ultimamente, accrescentado até o reinado de<br />

D. João V, em Anvers, 1730. Foi. com os retratos.—É a mesma obra que o<br />

auctor refundiu e ampliou com o titulo de Europa portuguesa, como se diz<br />

abaixo:<br />

497) Escuriale por Jacobum Gibbes Anglum. Matriti apud Joannum Sanches<br />

1658. 4.°—Traduzindo em uma ode castelhana esta descripção latina do<br />

mosteiro do Escurial.<br />

498) Lusiadas de Luis de Camoens, príncipe de los poetas de Espana. Al<br />

rey nueslro senor Felipe Quarto, ei grande. Comentadas, etc. Madrid, por Juan<br />

Sanches 1639. Foi. 2 tomos.—Diz Faria, que começara esta obra em 1614, e<br />

que n'ella consumira vinte e cinco annos, examinando mais de mil auctores, e<br />

entre estes trezentos italianos. Apesar do applauso com que a obra foi recebida,<br />

alguns inimigos de Faria (entre os quaes figurava D, Agostinho Manuel de Vasconcellos,<br />

estimulado contra elle em razão de contendas litterarias que traziam<br />

entre si) o foram denunciar á Inquisição de Castella, aceusando certos logares<br />

da obra de menos catholicos, e requerendo a sua condemnação. Como porém<br />

aquelle tribunal não attendesse as suas queixas, voltou-se D. Agostinho para a<br />

Inquisição de Lisboa, e conluiando-se com Manuel de Galhegos e Manuel Pires<br />

d'Almeida, também emulos e inimigos de Faria, todos juntos apresentaram um<br />

libello, em que se renovavam as accusações. A final os Commentarios foram<br />

mandados examinar, resultando ser-lhes levantada a prohibição qne de principio<br />

se lhes impuzera. Manuel de Faria intimado para responder ás accusações,<br />

compoz em quinze dias, segundo elle affirma, uma defeza que fez imprimir, com<br />

o titulo:<br />

499) Informacion a favor de Manuel de Faria y Sousa... sobre Ia acusacion<br />

que se hizo en ei tribunal dei Santo Oficio de Lisboa a los comentários que<br />

docta y judiciosa, catholicamente eserevio a ias Lusiadas dei doctissimo y profundíssimo<br />

y solidissimo poeta christiano Luis de Camoens. Sem logar da impressão,<br />

1640. Foi.<br />

Quem desejar saber as particularidades d'êsta intriga, consulte a Bibl. de<br />

Barbosa, tomo iir, pag. 258; ou melhor a já citada edição das Obras de Camões<br />

pelo sr.V. de Juromenha, no tomo r, pag. 329 e seguintes, onde achará egualmente<br />

a descripção bibliographiea circumstanciada dos Commentarios, e muitas<br />

noticias curiosas.<br />

Na Bibl. Nac. existe hoje um magnífico, e, ao que supponho, único exemplar<br />

dos Commentarios em papel de formato grande, e mui bem conservado, o<br />

qual fora ultimamente de D. Francisco de Mello Manuel da Câmara, tendo antes<br />

pertencido a Monsenhor Ferreira Gordo. Este o comprara em tempo, junto<br />

com o dos Commentarios ás Rimas pelo mesmo Faria, por 44#480 réis, como<br />

vi do seu catalogo.<br />

Os exemplares ordinários (e não vulgares) são todos em mau papel, e têem<br />

corrido com variedade nos preços. Um que possuo, cujas folhas se acham aparadas<br />

em demasia, e lhe falta no fim a Informação (n.° 499) custou-me ha pou-

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