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P. MANUEL DE ABREU MOUSINHO, natural de Évora, Ouvidor
na Chancellaria de Goa, e depois Abbade da egreja de Villa-flor. Não me foi
possível achar a respeito de sua pessoa e escriptos noticias mais circumstaricia-r
das.—E. em castelhano a obra seguinte:
18) Breve Discurso en que se cuenta Ia conquista dei reyno de Pegu en Ia
índia de Oriente, hecha por los Portugueses dendê ei ano de mil y seyscientos
hasta ei de 603, siendo capitan Saluador Ribero de Soza, natural de Guimarães,
a quien los naturales de Pegu eligieron por su Rey. En Lisboa. Por Pedro Craesbeeck
1617. 8.» de iv-53 folhas numeradas só na frente.
Dificilmente se acham exemplares d'esta edição. A traducção (anonyma)
d'este Discurso em portuguez não consta que se imprimisse em separado; porém
anda junta com a Peregrinação de Fernão Mendes Pinto, á qual foi annexada
na edição de 1711, e nas que posteriormente se fizeram d'aquella estimabilissima
obra.
• MANUEL ADRIANO DA SILVA PONTES, Doutor em Medicina
pela Faculdade do Rio de Janeiro, natural da provincia das Alagoas.—Faltamme
a seu respeito melhores esclarecimentos.—E.
19) Proposições sobre queimaduras. These apresentada á Faculdade de Medicina,
e sustentada a 11 de Dezembro de 1841. Rio de Janeiro, Typ. de J. E. S.
Cabral 1841. 4.° gr. de 12 pag.
D. MANUEL AFFONSO DA GUERRA, Doutor em Cânones pela Universidade
de Salamanca, Parocho em Villa-flor, e depois Rispo de Cabo-verde,
eleito em 1622.—Foi natural de Guimarães, e m. na ilha de S. Tiago a 8 de
Março de 1624.—E.
20) Sermão de S. Tiago (pregado na presença de Filippe III, na occasião
em que este vriu a Lisboa.) Lisboa, por Pedro Craesbeeck 1619* 4.°-^- Ainda não
tive occasião de o ver.
MANUEL AFFONSO DA SILVA LIMA, natural do Rio de Janeiro.
Nada sei de suas circumstancias pessoaés, conhecendo apenas a existência da
seguinte producção, por achal-a mencionada em alguns catálogos:
21) Poesias, que por diversas occasiões compoz, etc. Rio de Janeiro, 1849.8."
MANUEL AGOSTINHO MADEIRA TORRES, Presbytero secular,
Doutor em Cânones pela Universidade de Coimbra, graduado em 14 de Junho
de 1795; e Oppositor ás cadeiras da mesma faculdade. Deixou depois a carreira
universitária, sendo nomeado Prior da egreja matriz de Sancta Maria do Castello
de Torres-vedras. Foi eleito deputado ás Cortes constituintes de 1821; nas
quaes funccionou somente até 31 de Março, dia em que lhe foi concedidai a escusa
que pedira, allegando moléstia chronica. Sócio livre da Academia Real das
Sciencias de Lisboa, á qual por morte legou uma parte da sua livraria.—N. na
freguezia de S. Pedro dê Torres-vedras a 21 de Novembro de 1771, e teve por
pães Luis Antônio Macieira e sua mulher Escholastica Feliciana Guilhermma
de Azevedo. M. no seu priorado, depois de prolongada enfermidade, a 28 de
Janeiro de 1836.—E. "i
22) Sermão de acção de graças pelos últimos gloriosos triumphos da campanha
de 1813; pregado na tarde do dia 8 de Dezembro na egreja de Sancta
Maria do Castello de Torres-vedras. Lisboa, 1815. 8.° gr. de 34 pag.
23) Descripção histórica e econômica da Villa de Torres-vedras.—Sahiu no
tomo xi, parte 2. a das Memórias da Acad. R. das Sc. Foi.
O sr. dr. F. da Fonseca Corrêa Torres me communicou ha pouco tempo
ter em seu poder esta Descripção notavelmente melhorada e augmentada por
um amigo do auctor; a qual determina dar á luz com brevidade, e n'isso prestará
sem duvida mais um bom serviço ás letras nacionaes.