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583) Compêndio dos rudimentos necessários para aprender o francex,
com boa pronuncia, e sem dependência de mestre. Um folheto.
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584) Novo systema de Grammatica portugueza.-—Esta obra conservava-se
ainda inédita em 1815, e não sei se o auctor chegou a imprimil-a depois. '
- P. LUIS GONÇALVES DOS SANCTOS, Presbytero secular, Cavâ$leiro
da Ordem de Christo, Professor jubilado de lingua latina, philosophia*^
rhetorica na cidade do Rio de Janeiro, sua pátria. Foi nomeado Conego da Capella
Imperial em 1833: Sócio do Instituto Histórico e Geographico doBrasiJ^
etc.—N. a 25 de Abril de 1767, filho legitimo de José Gonçalves dos Sanctos
e Rosa Theresa de Jesus. M. no 1.° de Dezembro de 1844.—Vej. a Oração.tiè 1
crologica recitada no acto funeral pelo seu amigo e consocio, o conego Januário
da Cunha Barbosa, no tomo vi da Revista trimensal do Instituto, a pag.
506. Consta-me que o sr. conego dr. Joaquim Caetano Fernandes Pinheiro preparava
ultimamente uma extensa Memória acerca da vida e escriptos d'este distincto
fluminense, a qual devia ser lida no Instituto, ao correr do anno findo;
não sabendo por agora se tal se realisou.
Eis-aqui a resenha das numerosas publicações do referido conego, vindas
ao meu conhecimento:
585) Memórias para a historia do reino do Brasil, divididas em três epochas
de felicidade, honra e gloria; escriptas na corte do Rio de Janeiro no anno
de 1821. Tomos r e rr. Lisboa, na Imp. Regia Í825. 4.° O tomo r com Lxxr-376
ag. e duas estampas, sendo uma a planta da barra, outra a da cidade do Rio
i
e Janeiro. O tomo rr de 448 pag., com outras duas estampas.
Esta obra, de que possuo um exemplar, é algum tanto rara, ao menos em
Portugal. Cuidou da edição em Lisboa o P. Joaquim Damaso, congregado do
Oratório, e amigo do auctor, com quem convivera durante a sua estada no Brasil.
O numero de exemplares extranidos de cada tomo foi de 600, como consta
do assento lançado no respectivo livro.
A propósito d'estas Memórias diz o sr. F. A. de Varnhagen na sua Historia
geral do Brasil, tomo ri, pag. 348: « Parece incrível como em dous tão grossos
volumes, com tantas phrases, aliás correctas, se contenha tão pouca substancia
de idéas e de verdadeira historia. A obra se reduz quasi á transcripção da serie
dos artigos que appareciam nas gazetas, e n'este sentido é fiel, e poupa o ter
de recorrer a ellas. Extensa e enfadonha nas descripções das festas e luminárias,
nos títulos e condecorações conferidas, é pobre e deficiente de considerações,
justamente quando os factos são mais importantes.» Alguém taxará por ventura
este juizo de severo em demasia. O que não padece duvida é que a obra
acha promptamente compradores, quando, se encontra de venda algum exemplar,
e paga-se por preços não mesquinhos.
586) Justa retribuição dada ao compadre de Lisboa, pelo filho do compadre
do Rio de Jandro. Rio de Janeiro, 1821. 4.°
587) Impostura desmascarada, ou resposta que o filho do compadre do Rio
de Janeiro da ao compadre do Rio de S. Francisco do Norte. Ibi, 1821. 4.°
588) O império, do Brasil considerado nas suas relações políticas e commerciaes,
por La Beaumelle.... Novamente correcto e addicionado pelo seu auctor,
e traduzido por um brasileiro. Rio de Janeiro, Typ. de Plancher 1824.8.°
de rrr-278 pag.
589) O celibato clerical e religioso defendido dos golpes da impiedade e da
libertinagem dos correspondentes da « Astréa». Com um appendice sobre o voto
separado do sr. deputado Feijó. Rio de Janeiro, Typ. de Torres 1827. 8.° gr. de
57 pag.
Deu origem a esta polemica o facto da apresentação de uma proposta do
então deputado Ferreira França, para a abolirão do' celibato clerical (vej. o
Diário Fluminense n.° 61) em Septembro de 1827. A proposta foi apoiada pelo
P. Diogo Antônio Feijó, também deputado, e depois regente do império (Vej. no