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260 LU ridica informação do sr. F. X. Bertrand me consta, que ainda não ha muitos annos fora aquelle o preço por que em sua casa se venderam os exemplares de qualquer das edições de 1572, que lhe vieram ter á mão por mais de uma vez. D'esta edição de 1759, que não é rara, existe um exemplar na collecção. Norton: o da livraria Adamson foi vendido por 15 sh; os que em lisboa téem apparecido no mercado creio que nunca excederam de 1:100 até 1:440 reis. Antes de proseguir, devo, para prevenir erros futuros, e por necessidade do assumpto, rectificar aqui algumas das muitas asserções notavelmente- inexactas, que escaparam ao sr. Lopes de Mendonça em um seu artigo, qrie sob o titulo de Critica^ luteranas foi ha pouco inserto na Revista Contemporânea, vol. II, pag. 185 (Julho de 1860). Diz elle, a propósito dos Lusiadas: «. São três apenas as edições, feitas no « reinado de D. João V, a de Ignacio Garcez Ferreira em 1731 e 1732; uma edi-, « cão 'em Paris no anno de 1754; e uma reimpressão da segunda edição em «1720.»—Confesso ingenuamente que não percebo o que significam as palavras reimpressão da segunda edição: qual seria n'este caso a tomada por primeira? Porém não é isso o peior: O caso é, que mostrou não haver noticia das edições de 1721 e .1749, que vão superiormente descriptas; e imaginou em vez d'ellas uma pretendida de Paris em 1754, que jamais existiu; e que, ainda admittida por verdadeira, mal podia ser collocada no reinado de D., João V, falecendo este monarcha, como todo o mundo sabe, a 31 de Julho de 1750, pelas septe horas e cinco minutos da tarde! 46. Obras de Luis de Camões, príncipe dos poetas portuguezes, novamente rdmpressas e dedicadas ao ill.""' e ex. mo sr. Marquez de Pombal, etc. Lisboa, na Offic. de Miguel Rodrigues 1772. 12.° 3 tomos. Com estampas no principio dos cantos, retrato de Camões, e mappa da derrota de Vasco da Gama; o que tudo falta em alguns exemplares. O primeiro volume contém os Lusiadas, o segundo e terceiro as Rimas e Comédias. É edição pouco estimada; porém isso não obstou a que o exemplar da collecção Adamson se vendesse por 1 £, ao passo que só obtiveram quantias incomparavelmente inferiores outras, que em Lisboa quadruplicariam de valor! Existe também na collecção Norton, e é ainda das mais vulgares entre as do século passado.* 47. Obras de Luis de Camões, príncipe dos poetas de Hespanha: nova edição, a mais completa e emendada de quantas se tem feito até o presente. Tudo por diligencia e industria de Luis Francisco Xavier Coelho. Lisboa, na Offic. Luisiana 1779-1780. 8.° 4 tomos. Com o retrato de Camões. Foi esta edição a preparada e dirigida pelo mui npmeado P. Thomás José de Aquino, de quem é o Discurso preliminar [apologetica e critico sobre a edição, e vários outros, bem como as observações e notas espalhadas pelos diversos volumes. Seguiu elle no texto dos Lusiadas o de Manuel de Faria e Sousa, guiando-se pelos Commentarios da edição de 1639: d'ahi resulta que o poema nas edições do P. Thomás, e nas que depois tomaram estas por modelo, apresenta copiosas variantes, confrontado com a edição original de 1572, e com as outras que por esta se têem feito modernamente: cujos editores não adoptaram as emendas e correcções mais ou menos arbitrarias,'propostas por Faria, e acceitas cegamente pelo P. Thomás, que o julgava o nec plus ultra de todos os commentadores! O sr. Visconde dando esta pela edição mais completa das obras do poeta, parece não attendeu a que de egual justiça cabia a mesma qualificação á reimpressão que em seguida descrevemos, a qual é ainda preferivel pelos novos addicionamentos que contém sobre a de 1779, e pelas correcções e emendas feitas em alguns logares do texto. E o mesmo pôde dizer-se da de Paris em 1815, que é copia integral da de 1782. O preço regular d'esta edição ha sido modernamente de 1:200 a 1:600 réis. O exemplar da collecção Adamson foi vendido por 15 sh. 6 d.
LU 261 Quanto á polemica a que deu logar esta edição, vej. no Diccionario o artigo P. Thomás José de Aquino. 48. Obras de Luis de Camões, príncipe dos poetas de Hespanha. Segunda edição, da que na Officina Luisiana se fez em Lisboa, nos annos de 1779 e 1780. Lisboa, na Offic. de Simão Thaddêo Ferreira 1782-1783. 8.» 4 tomos: com o retrato do poeta. O tomo i é dividido em duas partes, ou volumes. t Tem demais que a precedente um novo prólogo, ou advertência do P. Tho más ao leitor, que occupa as primeiras 66 pag. do tomo i. Uma e outra comprehendem além das obras que são universalmente reconhecidas do poeta, as que em diversos tempos, e por diversos editores se lhe attribuiram, das quaes passam algumas por apocryphas: as lições variantes dos Lusiadas; as estâncias que foram desprezadas, ou omittidas pelo poeta ao dar á luz a sua obra: os argumentos e index dos nomes próprios de João Franco Barreto; as oitavas a sancta Ursula, que Bernandes publicara como suas, e são de Camões no conceifafcdos commentadores; as eclogas ix a xm, que andam (com variantes) no Lima de Bernardes, e se dizem por este usurpadas; as eclogas xiv e xv, nunca impressas até 1779; e finalmente uma ecloga intitulada Cintra, também ainda não impressa; na qual Manuel de Faria descreve a vida de Camões, em 1414 versos, tirados todos com incrível e paciente diügencia de diversos logares das composições do poeta. O exemplar da collecção Adamson foi vendido por 10 sh. Existe, bem como a antecedente, na collecção Norton. O seu preço regular em Lisboa tem sido de 1:600 a 2:400 réis. Aqui findam as edições mencionadas (no catalogo que faz parte da Memo- ; ria de Trigoso, como já tive occasião de riotar. 49. Lusiadas de Luis de' Camões. Coimbra, na Imp. da Unfversidade 1800. 24.» ou 16.°? 2 tomos. Esta edição foi dirigida pelo professor Joaquim Ignacio de Freitas. Contem um compêndio da vida do poeta, e o argumento histórico dos Lusiadas, tudo extrahido da edição de Ignacio Ga-rcez Ferreira: o poema com os argumentos e index dos nomes próprios de João Franco Barreto, e no fim as estâncias omittidas e lições varias, achadas por Faria e Sousa. i Os exemplares são já raros de encontrar á venda. Havia-os nas collecções Norton e Adamson, sendo vendido o d'esta por 1 sh. 6 d. Em Lisboa têem valido até 1:200 réis. 50. Lusiadas de Luis de Camões. Lisboa, na Typ. LaCerdina 1805. 12.° 2 tomos, com xxxxirr-228 pag., e 290 pag. É quasi fiel reproducção de todo o conteúdo na de Coimbra 1800, com o augmento das estampas, que precedem cada um dos cantos, e do retrato de Camões. Parece que fora editor o typographo Manuel Pedro de Lacerda. Algum tanto mais vulgar que a precedente. Collecções Norton e Adamson. •Vendido o exemplar d'esta por 1 sh! Ha exemplares d'esta edição, aos quaes por uma fraude industrial, das que não poucas vezes se commettem, foram arrancados os rostos parciaes dos dous tomos, e substituídos por um único frontispicio, que diz: Lusíadas de Luis de Camões. Nova edição. Lisboa, na Imp. de Eugênio Augusto 1836. Os que não tivessem.conhecimento ocular da edição de 1805, podiam ser facilmente illudidos á vista de tal contrafação, julgando acharem n'elia mais uma edição realmente diversa das obras do poeta! Creio que ao sr. Visconde faltaria esta noticia, pois de contrario é de presumir que não deixasse de advertir os leitores, premunindo-os contra enganos futuros. 51. Lusiadas de Luis de Camoens. Accrescentam-se as estâncias despresadas pelo poeta; as licenças (?) varias, e breves notas para illustração do poema: Edição de J. E. Hetzig... 16.° 'Descrevo esta edição, que não vi, cingindo-me ao que d'ella nos diz o sr.
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qualquer das edições de 1572, que lhe vieram ter á mão por mais de uma vez.<br />
D'esta edição de 1759, que não é rara, existe um exemplar na collecção.<br />
Norton: o da livraria Adamson foi vendido por 15 sh; os que em lisboa téem<br />
apparecido no mercado creio que nunca excederam de 1:100 até 1:440 reis.<br />
Antes de proseguir, devo, para prevenir erros futuros, e por necessidade<br />
do assumpto, rectificar aqui algumas das muitas asserções notavelmente- inexactas,<br />
que escaparam ao sr. Lopes de Mendonça em um seu artigo, qrie sob o<br />
titulo de Critica^ luteranas foi ha pouco inserto na Revista Contemporânea,<br />
vol. II, pag. 185 (Julho de 1860).<br />
Diz elle, a propósito dos Lusiadas: «. São três apenas as edições, feitas no<br />
« reinado de D. João V, a de Ignacio Garcez Ferreira em 1731 e 1732; uma edi-,<br />
« cão 'em Paris no anno de 1754; e uma reimpressão da segunda edição em<br />
«1720.»—Confesso ingenuamente que não percebo o que significam as palavras<br />
reimpressão da segunda edição: qual seria n'este caso a tomada por primeira?<br />
Porém não é isso o peior: O caso é, que mostrou não haver noticia das<br />
edições de 1721 e .1749, que vão superiormente descriptas; e imaginou em vez<br />
d'ellas uma pretendida de Paris em 1754, que jamais existiu; e que, ainda admittida<br />
por verdadeira, mal podia ser collocada no reinado de D., João V, falecendo<br />
este monarcha, como todo o mundo sabe, a 31 de Julho de 1750, pelas<br />
septe horas e cinco minutos da tarde!<br />
46. Obras de Luis de Camões, príncipe dos poetas portuguezes, novamente<br />
rdmpressas e dedicadas ao ill.""' e ex. mo sr. Marquez de Pombal, etc. Lisboa, na<br />
Offic. de Miguel Rodrigues 1772. 12.° 3 tomos. Com estampas no principio dos<br />
cantos, retrato de Camões, e mappa da derrota de Vasco da Gama; o que tudo<br />
falta em alguns exemplares. O primeiro volume contém os Lusiadas, o segundo<br />
e terceiro as Rimas e Comédias.<br />
É edição pouco estimada; porém isso não obstou a que o exemplar da<br />
collecção Adamson se vendesse por 1 £, ao passo que só obtiveram quantias<br />
incomparavelmente inferiores outras, que em Lisboa quadruplicariam de valor!<br />
Existe também na collecção Norton, e é ainda das mais vulgares entre as do século<br />
passado.*<br />
47. Obras de Luis de Camões, príncipe dos poetas de Hespanha: nova edição,<br />
a mais completa e emendada de quantas se tem feito até o presente. Tudo<br />
por diligencia e industria de Luis Francisco Xavier Coelho. Lisboa, na Offic.<br />
Luisiana 1779-1780. 8.° 4 tomos. Com o retrato de Camões.<br />
Foi esta edição a preparada e dirigida pelo mui npmeado P. Thomás José<br />
de Aquino, de quem é o Discurso preliminar [apologetica e critico sobre a edição,<br />
e vários outros, bem como as observações e notas espalhadas pelos diversos<br />
volumes. Seguiu elle no texto dos Lusiadas o de Manuel de Faria e Sousa,<br />
guiando-se pelos Commentarios da edição de 1639: d'ahi resulta que o poema<br />
nas edições do P. Thomás, e nas que depois tomaram estas por modelo, apresenta<br />
copiosas variantes, confrontado com a edição original de 1572, e com as<br />
outras que por esta se têem feito modernamente: cujos editores não adoptaram<br />
as emendas e correcções mais ou menos arbitrarias,'propostas por Faria, e acceitas<br />
cegamente pelo P. Thomás, que o julgava o nec plus ultra de todos os commentadores!<br />
O sr. Visconde dando esta pela edição mais completa das obras do poeta,<br />
parece não attendeu a que de egual justiça cabia a mesma qualificação á reimpressão<br />
que em seguida descrevemos, a qual é ainda preferivel pelos novos addicionamentos<br />
que contém sobre a de 1779, e pelas correcções e emendas feitas<br />
em alguns logares do texto. E o mesmo pôde dizer-se da de Paris em 1815, que<br />
é copia integral da de 1782.<br />
O preço regular d'esta edição ha sido modernamente de 1:200 a 1:600 réis.<br />
O exemplar da collecção Adamson foi vendido por 15 sh. 6 d.