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18 JO eollegios e da Casa pia: fmta e dada á luz ^ ^ f ^ J ^ T t k X ^ Lisboa, na Offic. da Viuva de Lino da Silva Godinho l f L *'° A °3e%£Q m Occorre mencionar aqui, nela estreita relação que tem com o reieriao, outro opusculo de auctor ignorado, cujo titulo é: „WiW&i dnx cnUenim 4059) Manifesto aos pães de famílias sobre afutü mstrucçaados imUegm. Offerecido á nação portugueza por um anonymo. Lisboa, na nova imp. ua viuw Neves & Filhos 1821. 4.° de 35 pag. JOSÉ MARIA DE ANDRADE, Formado em Medicina pela Universidade de Coimbra; n. em Celas, comarca da mesma cidade. Cursava o terceiro anno medico, quando publicou: , . 4060) Reqimento da proscripta Inquisição de Portugal, ordenado peU) Inquisidor geral o Cardeal da Cunha, e publicado por José Maria de Andrat- Coimbra, Imp. da Univ. 1821. 8.° de xxxvi-155 pag.—Na introducção do f tor entre outras noticias e curiosidades a propósito do assumpto, se trama uma sentença dada na Inquisição de Coimbra contra Mana Antonia, aeca de haver feito pacto com o diabo t m Veja-se no tomo m o n.° H, 116; e no mesmo vol. o artigo D. João Lom da Cunha. JOSÉ MARIA DE ANDRADE FERREIRA, natural de Lisboa, e nascido a 18 de Novembro de 1823. Foram seus páes Joaquim Cândido Ferreira dos Sanctos, empregado publico do antigo regimen, e D. Maria Angelina de Andrade. Começara o curso de humanidades no antigo Estabelecimento »gio do bairro do Rocio, locaüsado então no convento dos Carmelitas descalços (vulgo Torneiros), quando a suppressão do mesmo convento em 1834, e os transtornos de fortuna, que as instituições liberaes acarretaram sobre a sua família, composta na maior parte de legitimistas, o impossibilitaram da continuação de estudos regulares. Pôde apenas, passados alguns annos, e na qualidade de alnmno voluntário, ouvir as lições das cadeiras de physica e economia política da Eschola Polytechnica. Entrou no serviço publico como Amanuense da Repartição de Fazenda do districto de Lisboa. A sua primeira tentativa litteraria foi a imitação ou paraphrase de uma antiga xacara O Cego, publicada em um numero do Panorama de 1846.—&cetou depois a traducção (que ficou incompleta) do romance Sathaniel de F. Soulié, a qual fez preceder de um prólogo de lavor próprio, que é na verdade uma dissertação bem deduzida acerca do romance, considerado desde os primeiros séculos da litteratura grega e latina até á epocha actual. Outros trabalhos emprehendeu por este tempo, dos quaes alguns serão mencionados adiante. Incitado pelas mudanças políticas de 1851, que de algum modo transformaram a face do paiz, começou a provar o seu talento como jornalista político, escrevendo vários artigos de polemica no periódico A Regeneração, além de outros litterarios que para elle dava todas as semanas. Entrou depois successiwmente na redacção da Reforma, coadjuvando o sr. dr. Alves Martins; na da Esperança, reunido ao sr. dr. Moraes Soares, e ao finado D. João de Azevedo; e finalmente em 1856 como principal redactor na do Século, folha de curta duração, mas que se fez notar pela sisudez» e independência com que n'ella se discutiram varias questões econômicas e administrativas. Durante este período, e depois do acabamento do Século, foi também collaborador de vários jornaes litterarios, e publicou em separado alguma cousa, de que abaixo se dá conte. Voltou ainda em 1857 á arena política, como redactor principal da Opinião, juntamente com os srs. Antônio de Serpa, depois ministro das Obras Publicas, e dr. Thomás de Carvalho: porém ao fim de alguns mezes sahiu d'esta redacção por motivos que ignoro, e determinado, segundo parece, a abandonar de todo aquelle campo, dedicando-se desde então exclusivamente aos assumptos litterarios, como os que mais se identificam como seu gosto e estudo.
JO 49 lassaremos a descrever o que n'esta repartiçãp tem publicado de mais notável, e de que ha por agora noticia: ficando para o Supplemento a do que por ventura escapar, e do que no intervalo deve esperar-se da sua productiya intelligencia. 4061) Historia da revolução franceza de 1848, por A. de Lamart/ine, traduzida em portuguez. Lisboa, na Typ. de Luis Corrêa da Cunha 1849-1850,8.° gr. 4 tomos, ornada com dezeseis retratos lithographados. É edição exhausta desde alguns annos. 4062), Narrativas, contos e lendas da minha terra. —D'esta çojlecçâío, apenas principiada, espera-se ainda a continuação. . 4063) O Baile-nacional e seus mysterios. Lisboa, Typ. Univ. 1855. 8.° gr. —Só se publicaram 80 pag., e uma estampa- Sahiu sem o nome do auctor.— Escripta no gênero das physiologiàs $e Balzaç., esta obra foi bem acolhida do publicp, e mereceu os encomios do sr. Rebello da Silva, que no. jornal a Imprensa e Lei, de que era redactor, em 22 de Fevereiro de 1855 a recomm.pp.- **dou como «livro digno de achar logar em todas as livrarias, divertido e instructivo, áccpmmodado a toda' a espécie de leitores, e que (casq raro!) dava o dobro do promettido!» Ficando suspensa não sei porque, consta-me agora que o sr. Antônio Maria Pereira, livreiro-editor, proprietário da edição, acaba de fazer dar-lhe a esperada conclusão. 4064) Uma viagem ao sul do Tejo.—Contenda em uma serie de folhetins, no estylo humorístico, publicados no jornal a Esperança, e que podiam formar um arrazoado opusculo, tirados separadamente. 4065) Revistas criticas e litterarios.—Traçadas no gosto das que M*"- Jules-Janin costuma publicar annualmente no Almanach, de Ia litterature, du theatre et des beaux-arts, e foram as primeiras que em Portugal appareeeraip, dando conta do movimento intellectual do paiz-, e acompanhando a exposição das competentes apreciações criticas. A do anno de 185o sahiu na Mustraçãç Lusobrasúeira, e d ahi foi reproduzida em hespanhol na Revista Peninsular, ípmP, i, de pag. 290 a 299.—A- do anno de 1858 acha-se na Revista Contemporânea, tomo i, pag. 12, e continuada a pag._59. 4066) Artigos de critica dramática, publicados n,a Pátria, jornal d^ curta duração, no qual se exercitaram as pennas de muitos ingenhos contempp/anéòs de maior nome. 4067) Poetas e romancistas portuenses.—Sob este titulo começaram a sahir no Panorama os perfis críticos, ou retratos litterarios dos homens de letras do Porto, precedidos de uma introducção chistosa e epigrammatica. O poeta Eaustino Xavier de Novaes foi o primeiro apreciado. Quasi todos os jornaes commemoraram então mui honrosamente este trabalho, e alguns, acclamaram para logo o seu auctor como « o verdadeiro fundador da critica analytica entre nós!» Ha ainda na Rlustração Luso-brasileira e no Panorama, durante os últimos annos d'existencia d'estes semanários, vários outros artigos de sua collaboração, bem como na Revista dos Espectaculos/e em outros jornaes de Lisboa. 4068) 0 Jornalismo litterario em Portugal.—Artigo notável inserto no Archivo Pittoresco, tomo i, onde também se encontram mais alguns da sua penna. 4069) Artigos de apreciação musical.—Sahiram em folhetins, no jornal o Futuro, sob o pseudonymo «Atticus» no primeiro trimestre da duração do mesmo jornal. 4070) Biographia da actriz Delphina. É o n.° 1.° da Galeria artística, collecção de biographias dos actores contemporâneos de Portugal e Brasil, ülustradas com retratos e fac-similes. Lisboa, Typ. de Joaquim Germano de Sousa •Neves 1859. 8." gr. de 24 pag. 4071) Biographia do actor Rosa.-^-É o n.° 3.° da mesma Galeria. Doi, na mesma Typ. 1859. 8.° gr. de 39 pag. 2*
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Lisboa, na Offic. da Viuva de Lino da Silva Godinho l f L *'° A °3e%£Q m<br />
Occorre mencionar aqui, nela estreita relação que tem com o reieriao, outro<br />
opusculo de auctor ignorado, cujo titulo é: „WiW&i dnx cnUenim<br />
4059) Manifesto aos pães de famílias sobre afutü mstrucçaados imUegm.<br />
Offerecido á nação portugueza por um anonymo. Lisboa, na nova imp. ua viuw<br />
Neves & Filhos 1821. 4.° de 35 pag.<br />
JOSÉ MARIA DE ANDRADE, Formado em Medicina pela Universidade<br />
de Coimbra; n. em Celas, comarca da mesma cidade. Cursava o terceiro<br />
anno medico, quando publicou: , .<br />
4060) Reqimento da proscripta Inquisição de Portugal, ordenado peU) Inquisidor<br />
geral o Cardeal da Cunha, e publicado por José Maria de Andrat-<br />
Coimbra, Imp. da Univ. 1821. 8.° de xxxvi-155 pag.—Na introducção do f<br />
tor entre outras noticias e curiosidades a propósito do assumpto, se trama<br />
uma sentença dada na Inquisição de Coimbra contra Mana Antonia, aeca<br />
de haver feito pacto com o diabo t m<br />
Veja-se no tomo m o n.° H, 116; e no mesmo vol. o artigo D. João Lom<br />
da Cunha.<br />
JOSÉ MARIA DE ANDRADE FERREIRA, natural de Lisboa, e<br />
nascido a 18 de Novembro de 1823. Foram seus páes Joaquim Cândido Ferreira<br />
dos Sanctos, empregado publico do antigo regimen, e D. Maria Angelina<br />
de Andrade. Começara o curso de humanidades no antigo Estabelecimento »gio<br />
do bairro do Rocio, locaüsado então no convento dos Carmelitas descalços<br />
(vulgo Torneiros), quando a suppressão do mesmo convento em 1834, e os transtornos<br />
de fortuna, que as instituições liberaes acarretaram sobre a sua família,<br />
composta na maior parte de legitimistas, o impossibilitaram da continuação de<br />
estudos regulares. Pôde apenas, passados alguns annos, e na qualidade de alnmno<br />
voluntário, ouvir as lições das cadeiras de physica e economia política da<br />
Eschola Polytechnica. Entrou no serviço publico como Amanuense da Repartição<br />
de Fazenda do districto de Lisboa.<br />
A sua primeira tentativa litteraria foi a imitação ou paraphrase de uma<br />
antiga xacara O Cego, publicada em um numero do Panorama de 1846.—&cetou<br />
depois a traducção (que ficou incompleta) do romance Sathaniel de F. Soulié,<br />
a qual fez preceder de um prólogo de lavor próprio, que é na verdade<br />
uma dissertação bem deduzida acerca do romance, considerado desde os primeiros<br />
séculos da litteratura grega e latina até á epocha actual. Outros trabalhos<br />
emprehendeu por este tempo, dos quaes alguns serão mencionados adiante.<br />
Incitado pelas mudanças políticas de 1851, que de algum modo transformaram<br />
a face do paiz, começou a provar o seu talento como jornalista político,<br />
escrevendo vários artigos de polemica no periódico A Regeneração, além de outros<br />
litterarios que para elle dava todas as semanas. Entrou depois successiwmente<br />
na redacção da Reforma, coadjuvando o sr. dr. Alves Martins; na da<br />
Esperança, reunido ao sr. dr. Moraes Soares, e ao finado D. João de Azevedo;<br />
e finalmente em 1856 como principal redactor na do Século, folha de curta duração,<br />
mas que se fez notar pela sisudez» e independência com que n'ella se<br />
discutiram varias questões econômicas e administrativas. Durante este período,<br />
e depois do acabamento do Século, foi também collaborador de vários jornaes<br />
litterarios, e publicou em separado alguma cousa, de que abaixo se dá conte.<br />
Voltou ainda em 1857 á arena política, como redactor principal da Opinião,<br />
juntamente com os srs. Antônio de Serpa, depois ministro das Obras Publicas,<br />
e dr. Thomás de Carvalho: porém ao fim de alguns mezes sahiu d'esta redacção<br />
por motivos que ignoro, e determinado, segundo parece, a abandonar de<br />
todo aquelle campo, dedicando-se desde então exclusivamente aos assumptos<br />
litterarios, como os que mais se identificam como seu gosto e estudo.