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Baixar - Brasiliana USP

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LO 193<br />

plar impresso, de uma cópia que existe na livraria de Jesus, de letra de Fr .Vicente<br />

Salgado, em cuja fidelidade mal se pôde confiar. É de sentir que este infeliz<br />

pensamento se leve á execução, repetindo-se o mesmo inconveniente que<br />

já se deu com a obra de Pedro de Magalhães Gandavo, reimpressa também<br />

(creio) por uma cópia incorreria, ao tempo em que ella se estampava no Rio<br />

de Janeiro mais fielmente, á vista de um exemplar da edição original!<br />

Não levantarei mão da penna no que diz respeito a este livro, sem deixar<br />

mencionada uma circumstancia notável. É, que não apresenta elle indicio algum<br />

de ter sido impresso com as precisas licenças, senão aliás certo que o processo<br />

para estas se achava determinado, e em pleno vigor desde 1539. (Vej.<br />

n'este Diccionario o artigo Insino Christão.)<br />

Passemos agora a outro ponto, em que não falta também que rectificar,<br />

acclarando as trevas em que por mal informados ou negligentes nos deixaram os<br />

nossos bibliographos.<br />

tfQ} ($ Livro da perdição de Manuel de Sousa de Sepulveda, sua mulher,<br />

e filhos.iÁsboa, por Simão Lopes 1594. 4.°<br />

Tenho para mim que tal livro nunca existiu, e muito menos impresso.<br />

Examinemos a origem do engano.<br />

Na Bibl. Lus., artigo Lopo de Sousa Coutinho, lê-se que este compuzera<br />

também: «Livro da perdição de Manuel de Sousa de Sepulveda, sua mulher e<br />

«filhos. 4.°» Composto em verso solto (continua Barbosa) « com alguns tercetos<br />

« e oitavas, diflerente d'aquelle que compoz n'este assumpto Jeronymo Corte-<br />

«real. Lisboa, 1594. 4.°» A quem está corrente e habituado á lição de Barbosa,<br />

nenhuma duvida lhe resta de que a indicação final, como elle"a dá, se refere-<br />

á impressão da obra de Corte-real, a que aílude, e não á do livro de Lopo<br />

de Sousa Coutinho, que (admittindo com Barbosa a sua existência) se dava<br />

por manuscripto. O mesmo se vê no Summario da Bibl. por B. J. de S. Farinha.<br />

Porém o sempre e em tudo descuidado collector do pseudo-Caíaiooo da Academia,<br />

sem hesitar transtornou a cousa, passando a indicação dita para a pretendida<br />

obra de Lopo de Sousa, attribuindo a esta a edição do Naufrágio de Sepulveda<br />

de Corte-real, e dando assim por existente uma edição que nunca<br />

bouvel<br />

Não ignoro que alguém poderia propor-me, como objecção à minha afirmativa<br />

de que o tal livro, concedida de barato a sua existência, não chegara a<br />

ser impresso,, o dicto do P. Antônio dos Reis, que no seu Enlhusiasmo Poético<br />

(tomo i das Imagens Conceituosas, etc, nota 220) faz menção de uma obra impressa<br />

de Lopo de Sousa Coutinho, que deveria ser em verso, embhora elle o<br />

não declare, visto que alli só se tracta de poetas, sendo o titulo: Perdição de<br />

Manuel de Sousa de Sepulveda, sua mulher e filhos. Lisboa, por German Galharde<br />

1563. Porém aos que julgassem prevalecer com tal argumento, responderia:<br />

que a indicação é notoriamente falsa, pois que o impressor Galharde era<br />

falecido desde 1561, como já tenho dito a outros propósitos, e haverá ainda occasião<br />

para o repetir mais de espaço no artigo especial, que destino para. a correcção<br />

das Memórias Typographicas de Antônio Ribeiro dos Sanctos, em que<br />

este sábio acadêmico padeceu notáveis descuidos, incorrendo em multiplicados<br />

erros e inexactidões de toda a espécie, como lá se mostrará a quem por acaso<br />

o duvidar.<br />

LOPO VAZ, Desembargador da Casa da Supplicação, e Procurador da<br />

cidade de Lisboa ás Cortes reunidas em Almeirim no anno de 1544; ignoro a<br />

sua naturalidade, bem como as datas do seu nascimento e óbito.—E.<br />

131) (C) Resposta pelo povo de Lisboa nas cortes celebradas em Almeirim<br />

no anno de 1544 por el-rei D. João III, quando chamou os três estados do reino<br />

para o juramento do príncipe D. João, seu filho. Lisboa, por João Alvares 1563.4.°<br />

Estas são as indicações da Bibl. de Rarbosa, e do pseudo-Caíafooo da Academia;<br />

á vista das quaes erradamente julgariam os que entendessem que tal<br />

TOMO v 13

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