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Maçonaria e Catolicismo - Fraternidade Rosacruz no Rio de Janeiro

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Vemos, portanto, que po<strong>de</strong> coexistir com o <strong>no</strong>sso mundo um<br />

milhão <strong>de</strong> mundos diferentes, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que exista um milhão <strong>de</strong> seres <strong>de</strong><br />

constituições diferentes uma das outras. Por outras palavras, a<br />

natureza é uma só e po<strong>de</strong> manifestar-se sob infinito número <strong>de</strong><br />

aspectos. A cada uma das mudanças <strong>de</strong> <strong>no</strong>ssa organização,<br />

observamos o mundo através <strong>de</strong> um prisma distinto. Ao morrer,<br />

entramos num mundo <strong>no</strong>vo, <strong>no</strong>tando que não é o mundo que muda,<br />

mas as <strong>no</strong>ssas relações com ele.<br />

Que sabe o mundo sobre a verda<strong>de</strong> absoluta? E nós, que<br />

realmente sabemos? Sol, lua, terra, fogo, ar, água, só os<br />

consi<strong>de</strong>ramos existentes em consequência <strong>de</strong> certo estado <strong>de</strong> <strong>no</strong>ssa<br />

consciência que <strong>no</strong>s leva a crer que existem. A verda<strong>de</strong> absoluta não<br />

existe <strong>no</strong> rei<strong>no</strong> dos fenôme<strong>no</strong>s. Nem sequer nas matemáticas a<br />

encontramos, porque todas as suas regras e princípios estão<br />

fundados em certas hipóteses respeitantes à gran<strong>de</strong>za e à extensão,<br />

já, por si, <strong>de</strong> caráter fe<strong>no</strong>mênico. Mu<strong>de</strong>m-se os conceitos<br />

fundamentais das matemáticas e o sistema inteiro será modificado.<br />

Do mesmo modo po<strong>de</strong>-se conceituar quanto à matéria, ao<br />

movimento e ao espaço. Tais palavras somente exprimem conceitos,<br />

formados sobre cousas inconcebíveis, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes do <strong>no</strong>sso estado <strong>de</strong><br />

consciência.<br />

Se olharmos a uma árvore, forma-se uma imagem em <strong>no</strong>ssa<br />

mente, o que equivale a dizer que entramos em certo estado <strong>de</strong><br />

consciência que <strong>no</strong>s relaciona com um fenôme<strong>no</strong> <strong>de</strong> cuja inteira<br />

natureza nada sabemos, ao qual damos o <strong>no</strong>me <strong>de</strong> árvore. Para um<br />

ser organizado <strong>de</strong> modo distinto, talvez a <strong>no</strong>ssa árvore seja<br />

inteiramente diferente, quiçá transparente e sem soli<strong>de</strong>z material. E,<br />

assim, para milhares <strong>de</strong> seres diferentes, isto é, <strong>de</strong> constituições<br />

diversas umas das outras, parecerá ter outros tantos aspectos<br />

distintos. O sol, outro exemplo, po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rado simplesmente<br />

como uma bola <strong>de</strong> fogo. Mas um ser <strong>de</strong> compreensão superior po<strong>de</strong>rá<br />

ver nele alguma coisa para nós in<strong>de</strong>scritível, por carecermos das<br />

faculda<strong>de</strong>s precisas para tal concepção e <strong>de</strong>scrição. O homem exter<strong>no</strong><br />

guarda certa relação com o mundo exter<strong>no</strong> e, como tal, nada mais<br />

po<strong>de</strong> conhecer do mundo do que esta relação externa.<br />

Algumas pessoas po<strong>de</strong>m objetar que o homem <strong>de</strong>ve contentarse<br />

com aqueles conhecimentos e não tentar aprofundá-los. Isso<br />

equivaleria a privá-lo <strong>de</strong> todo o progresso ulterior e con<strong>de</strong>ná-lo a<br />

permanecer preso da ig<strong>no</strong>rância e do erro.<br />

A ciência que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> ilusões externas é uma ciência<br />

ilusória. O aspecto exter<strong>no</strong> das coisas é produto da ativida<strong>de</strong> interior.<br />

Se esta ativida<strong>de</strong> não for conhecida, o fenôme<strong>no</strong> exter<strong>no</strong> não po<strong>de</strong>rá<br />

ser compreendido. O homem real, inter<strong>no</strong>, resi<strong>de</strong>nte na forma<br />

externa, mantém certas relações com a ativida<strong>de</strong> interna do Cosmos<br />

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