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Maçonaria e Catolicismo - Fraternidade Rosacruz no Rio de Janeiro

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homem que estivesse capacitado em problemas do mundo para<br />

exercer com eficiência o cargo <strong>de</strong> Rei, era bastante santo para<br />

também exercer a li<strong>de</strong>rança espiritual <strong>de</strong> seus irmãos e vice-versa.<br />

Um verda<strong>de</strong>iro sacerdote, capaz <strong>de</strong> guiar espiritualmente seu<br />

rebanho, não po<strong>de</strong> controlar, ao mesmo tempo e bem, riquezas<br />

materiais como governantes <strong>de</strong> um domínio temporal. Assim como<br />

a Política, <strong>no</strong> seu aspecto mais elevado, visa dirigir as massas<br />

focalizando somente seu bem estar físico, o Sacerdócio, exercido<br />

benevolentemente, procura guiá-las unicamente para o progresso<br />

da alma. Portanto, é natural que o conflito aconteça após essa<br />

separação, mesmo que ambos, governantes espirituais e<br />

temporais, sejam movidos pelos motivos mais elevados e altruístas.<br />

Melquise<strong>de</strong>que era o <strong>no</strong>me simbólico das Hierarquias divinas que<br />

<strong>de</strong>sempenharam o duplo cargo <strong>de</strong> sacerdote e rei na orientação dos<br />

seus tutelados bissexuais, e enquanto eles reinaram houve paz<br />

sobre a Terra. Mas logo que os cargos <strong>de</strong> rei e sacerdote foram<br />

separados e os sexos divididos, é fácil compreen<strong>de</strong>r pela razão<br />

acima apresentada, que o rei<strong>no</strong> cheio <strong>de</strong> paz <strong>de</strong> Melquise<strong>de</strong>que foi<br />

seguido por uma era <strong>de</strong> guerras e conflitos, tal como acontece na<br />

atual dispensação. Antigamente, os fatores unificantes <strong>de</strong> um<br />

cargo duplo <strong>no</strong> gover<strong>no</strong> e o sexo duplo do seu povo, impediam o<br />

conflito <strong>de</strong> interesses que agora existe, e que continuará até que<br />

outro regente divi<strong>no</strong> se apresente para incorporar as qualida<strong>de</strong>s do<br />

duplo cargo <strong>de</strong> Rei e Sacerdote, segundo a or<strong>de</strong>m <strong>de</strong><br />

Melquise<strong>de</strong>que e até que a geração pelo sexo seja abolida. É<br />

significativo observar-se que a narrativa bíblica começa <strong>no</strong> Jardim<br />

do É<strong>de</strong>n, on<strong>de</strong> a humanida<strong>de</strong> era macho-fêmea e i<strong>no</strong>cente. No<br />

capítulo seguinte, falam-<strong>no</strong>s da divisão dos sexos, da transgressão<br />

à or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> não comerem da Árvore do conhecimento e dos castigos<br />

impostos - parto doloroso e morte. Daí por diante, o Antigo<br />

Testamento fala <strong>de</strong> guerras, lutas e contendas, e, <strong>no</strong> último<br />

capítulo, faz a profecia <strong>de</strong> que um Sol <strong>de</strong> justiça surgirá trazendo a<br />

cura em suas asas. O Novo Testamento começa com um relato<br />

sobre o nascimento do Cristo, que proclamou um Rei<strong>no</strong> do céu que<br />

está para ser estabelecido. Posteriormente, Ele é chamado <strong>de</strong> Rei e<br />

Sacerdote, segundo a or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Melquise<strong>de</strong>que, unindo em si o<br />

cargo duplo. Também é dito que <strong>no</strong> céu não haverá matrimônio,<br />

ninguém será dado em casamento, pois a soma psuchicon, ou<br />

corpo alma, que Paulo disse ser o veículo que usaremos <strong>no</strong> rei<strong>no</strong><br />

do céu, (Coríntios 1, capítulo XV), não está sujeito à morte nem à<br />

<strong>de</strong>sintegração. Assim, não haverá morte, e o nascimento dos<br />

corpos gerados pelo casamento será dispensável, pois Paulo <strong>no</strong>s<br />

diz que a carne e o sangue não po<strong>de</strong>m herdar o Rei<strong>no</strong> <strong>de</strong> Deus.<br />

Portanto, o casamento será <strong>de</strong>snecessário e o choque <strong>de</strong><br />

interesses, <strong>de</strong>vido à luxúria do sexo e do amor ao po<strong>de</strong>r,<br />

<strong>de</strong>saparecerá e o amor das almas será santificado pelo espírito da<br />

paz.<br />

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