Anais - Fundação Araucária - Estado do Paraná
Anais - Fundação Araucária - Estado do Paraná Anais - Fundação Araucária - Estado do Paraná
ANAIS DO I CONGRESSO NACIONAL DE FILOSOFIA DA UNICENTRO I CONAFIL – 22 A 26/06/2009 – ISSN: 2175-3059 básico para a manutenção da vida. Com isso, precisa ensinar o homem sabe usar corretamente o que herdou naturalmente, e consequentemente educá-lo em virtude da corrupção humana manchar a pureza natural, do desenvolvimento causar um cidadão descomprometido com os outros membros e assim viverem praticando o mal, prejudicando-se mutuamente. Por isso, o filósofo propõe um modelo educacional baseado no estado natural é o famoso ―bom selvagem‖, pois para ele o homem nasce livre, é livre e o meio no qual vive é que o corrompe, o deixa corrupto, ignorante e arrogante. Seu projeto pedagógico educacional propõe que a natureza é a melhor estratégia para educá-lo, daí a pergunta do próprio autor, para formar esse homem ideal, raro, que deve ser feito? Com certeza muita coisa, é a sua resposta, porém a principal é impedir que a ação humana nada faça, essa somente faria um cidadão corrupto com sua moral voltada para satisfazer as necessidades supérfluas do homem, sendo essas motivadas pelas artes e pelas letras. Para que isso aconteça não precisa fazer muita coisa, basta deixar que a natureza siga seu curso normal, isto é, a formação do homem político deve impedir que a vida em sociedade contamine o homem puro, bom, livre e feliz. Tal educação é política em Rousseau porque está conectada com a vida, e a política por analisar o comportamento e as relações do modo de vida dos homens, a convivência, a plena liberdade humana para fazer aquilo que bem quiser deve ser instruída para que esse homem atue sem prejudicar os demais. Isso justifica a educação pedagógica política no pensamento de Rousseau. Porém, o homem carrega um paradoxo em suas ações, o da mudança do estado natural para o estado social, por isso há que haver um equilíbrio ou deve haver, entre o estado natural e o social e essa acontece com a política, com a pedagogia educacional em que o homem ético se preocupa em não agredir, a violar as leis naturais e as artificiais que deve favorecer a comunidade como um todo. As pesquisas realizadas por diversos estudiosos que vê na obra de Rousseau um vasto e âmbito material de cunho político, porem é possível entendê-lo por um víeis I Congresso Nacional de Filosofia da UNICENTRO/PR – Guarapuava/PR II Colóquio Kant da Sociedade Kant Brasileira – Seção Paraná – SKB/PR Página2
ANAIS DO I CONGRESSO NACIONAL DE FILOSOFIA DA UNICENTRO I CONAFIL – 22 A 26/06/2009 – ISSN: 2175-3059 educacional cuja preocupação é melhor formar o cidadão, tentando superar os paradoxos e as contradições existentes no pensamento nas interpretações que se tem atualmente acerca desse intelectual iluminista. Seu raciocínio é importante por que o modelo educacional rousseauniano oferecido sem grande pretensão a uma mãe para educar seu filho, cuja proposta é clara acerca da formação do homem: impedir que o meio na qual ele vive seja afetado por más inclinações. Com a falta de uma educação adequada o homem fica desorientado e aceita que qualquer um o domine e impõe suas, leis, normas, assim subjuga-o. Por isso a necessidade de educá-lo para exercer sua liberdade e cidadania, sendo essas perdidas pelo homem quando aceitou a superioridade do outro, quando se convenceu de que o outro era mais forte, portanto um tinha o poder de mandar, de dominar estabelecendo uma relação desigual e o outro por aceitar que seu adversário era mais forte deixou-se ser dominado e manipulado ao ponto da corrupção instruir um ser cujas desgraças estão lhe afetando e a infelicidade é grande. Portanto, quando o homem perde a liberdade a desigualdade passa do estado natural em que visa somente à sobrevivência e passa para o estado social cujo mais importante agora e se destacar em relação aos demais. E os homens vivendo nesse estado livremente, se expondo, querendo ser uns melhores que os outros geram conflitos e uma desordem, daí eles precisam abdicar alguns de seus direitos para não atingir à vontade, a vontade geral que é reguladora, tal conceito é elaboração da proposta educacional em Rousseau, cuja vontade geral garantiria o bem social, a ordem social sem que haja prejuízo ou perca para nenhuma parte da sociedade. Então a saída é aderir a um contrato ideado pelo próprio homem de respeito a todas as coisas em comum, isso seria um acordo de respeito mutuo, é o que se dá com o pacto social, abdicar de sua vontade individual para que uma vontade geral garanta a liberdade humana bem como o bom relacionamento entre os envolvidos, alias essa é uma condição primordial no pensamento do autor, pois um homem que não seja livre não pode ser denominado de homem, quando se diz que um ser é homem I Congresso Nacional de Filosofia da UNICENTRO/PR – Guarapuava/PR II Colóquio Kant da Sociedade Kant Brasileira – Seção Paraná – SKB/PR Página3
- Page 261 and 262: ANAIS DO I CONGRESSO NACIONAL DE FI
- Page 263 and 264: ANAIS DO I CONGRESSO NACIONAL DE FI
- Page 265 and 266: ANAIS DO I CONGRESSO NACIONAL DE FI
- Page 267 and 268: ANAIS DO I CONGRESSO NACIONAL DE FI
- Page 269 and 270: ANAIS DO I CONGRESSO NACIONAL DE FI
- Page 271 and 272: ANAIS DO I CONGRESSO NACIONAL DE FI
- Page 273 and 274: ANAIS DO I CONGRESSO NACIONAL DE FI
- Page 275 and 276: ANAIS DO I CONGRESSO NACIONAL DE FI
- Page 277 and 278: ANAIS DO I CONGRESSO NACIONAL DE FI
- Page 279 and 280: ANAIS DO I CONGRESSO NACIONAL DE FI
- Page 281 and 282: ANAIS DO I CONGRESSO NACIONAL DE FI
- Page 283 and 284: ANAIS DO I CONGRESSO NACIONAL DE FI
- Page 285 and 286: ANAIS DO I CONGRESSO NACIONAL DE FI
- Page 287 and 288: ANAIS DO I CONGRESSO NACIONAL DE FI
- Page 289 and 290: ANAIS DO I CONGRESSO NACIONAL DE FI
- Page 291 and 292: ANAIS DO I CONGRESSO NACIONAL DE FI
- Page 293 and 294: ANAIS DO I CONGRESSO NACIONAL DE FI
- Page 295 and 296: ANAIS DO I CONGRESSO NACIONAL DE FI
- Page 297 and 298: ANAIS DO I CONGRESSO NACIONAL DE FI
- Page 299 and 300: ANAIS DO I CONGRESSO NACIONAL DE FI
- Page 301 and 302: ANAIS DO I CONGRESSO NACIONAL DE FI
- Page 303 and 304: ANAIS DO I CONGRESSO NACIONAL DE FI
- Page 305 and 306: ANAIS DO I CONGRESSO NACIONAL DE FI
- Page 307 and 308: ANAIS DO I CONGRESSO NACIONAL DE FI
- Page 309 and 310: ANAIS DO I CONGRESSO NACIONAL DE FI
- Page 311: ANAIS DO I CONGRESSO NACIONAL DE FI
- Page 315 and 316: ANAIS DO I CONGRESSO NACIONAL DE FI
- Page 317 and 318: ANAIS DO I CONGRESSO NACIONAL DE FI
- Page 319 and 320: ANAIS DO I CONGRESSO NACIONAL DE FI
- Page 321 and 322: ANAIS DO I CONGRESSO NACIONAL DE FI
- Page 323 and 324: ANAIS DO I CONGRESSO NACIONAL DE FI
- Page 325 and 326: ANAIS DO I CONGRESSO NACIONAL DE FI
- Page 327 and 328: ANAIS DO I CONGRESSO NACIONAL DE FI
- Page 329 and 330: ANAIS DO I CONGRESSO NACIONAL DE FI
- Page 331 and 332: ANAIS DO I CONGRESSO NACIONAL DE FI
- Page 333 and 334: ANAIS DO I CONGRESSO NACIONAL DE FI
- Page 335 and 336: ANAIS DO I CONGRESSO NACIONAL DE FI
- Page 337 and 338: ANAIS DO I CONGRESSO NACIONAL DE FI
ANAIS DO I CONGRESSO NACIONAL DE FILOSOFIA DA UNICENTRO<br />
I CONAFIL – 22 A 26/06/2009 – ISSN: 2175-3059<br />
educacional cuja preocupação é melhor formar o cidadão, tentan<strong>do</strong> superar os<br />
para<strong>do</strong>xos e as contradições existentes no pensamento nas interpretações que se<br />
tem atualmente acerca desse intelectual iluminista. Seu raciocínio é importante por<br />
que o modelo educacional rousseauniano ofereci<strong>do</strong> sem grande pretensão a uma<br />
mãe para educar seu filho, cuja proposta é clara acerca da formação <strong>do</strong> homem:<br />
impedir que o meio na qual ele vive seja afeta<strong>do</strong> por más inclinações.<br />
Com a falta de uma educação adequada o homem fica desorienta<strong>do</strong> e aceita que<br />
qualquer um o <strong>do</strong>mine e impõe suas, leis, normas, assim subjuga-o. Por isso a<br />
necessidade de educá-lo para exercer sua liberdade e cidadania, sen<strong>do</strong> essas<br />
perdidas pelo homem quan<strong>do</strong> aceitou a superioridade <strong>do</strong> outro, quan<strong>do</strong> se<br />
convenceu de que o outro era mais forte, portanto um tinha o poder de mandar, de<br />
<strong>do</strong>minar estabelecen<strong>do</strong> uma relação desigual e o outro por aceitar que seu<br />
adversário era mais forte deixou-se ser <strong>do</strong>mina<strong>do</strong> e manipula<strong>do</strong> ao ponto da<br />
corrupção instruir um ser cujas desgraças estão lhe afetan<strong>do</strong> e a infelicidade é<br />
grande.<br />
Portanto, quan<strong>do</strong> o homem perde a liberdade a desigualdade passa <strong>do</strong> esta<strong>do</strong><br />
natural em que visa somente à sobrevivência e passa para o esta<strong>do</strong> social cujo mais<br />
importante agora e se destacar em relação aos demais. E os homens viven<strong>do</strong> nesse<br />
esta<strong>do</strong> livremente, se expon<strong>do</strong>, queren<strong>do</strong> ser uns melhores que os outros geram<br />
conflitos e uma desordem, daí eles precisam abdicar alguns de seus direitos para<br />
não atingir à vontade, a vontade geral que é regula<strong>do</strong>ra, tal conceito é elaboração da<br />
proposta educacional em Rousseau, cuja vontade geral garantiria o bem social, a<br />
ordem social sem que haja prejuízo ou perca para nenhuma parte da sociedade.<br />
Então a saída é aderir a um contrato idea<strong>do</strong> pelo próprio homem de respeito a todas<br />
as coisas em comum, isso seria um acor<strong>do</strong> de respeito mutuo, é o que se dá com o<br />
pacto social, abdicar de sua vontade individual para que uma vontade geral garanta<br />
a liberdade humana bem como o bom relacionamento entre os envolvi<strong>do</strong>s, alias<br />
essa é uma condição primordial no pensamento <strong>do</strong> autor, pois um homem que não<br />
seja livre não pode ser denomina<strong>do</strong> de homem, quan<strong>do</strong> se diz que um ser é homem<br />
I Congresso Nacional de Filosofia da UNICENTRO/PR – Guarapuava/PR<br />
II Colóquio Kant da Sociedade Kant Brasileira – Seção <strong>Paraná</strong> – SKB/PR<br />
Página3