19.04.2013 Views

Anais - Fundação Araucária - Estado do Paraná

Anais - Fundação Araucária - Estado do Paraná

Anais - Fundação Araucária - Estado do Paraná

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

ANAIS DO I CONGRESSO NACIONAL DE FILOSOFIA DA UNICENTRO<br />

I CONAFIL – 22 A 26/06/2009 – ISSN: 2175-3059<br />

A REFUTAÇÃO KANTIANA DO IDEALISMO<br />

Palavras-chave: Kant, Descartes, eu, consciência, idealismo.<br />

Adriel José Macha<strong>do</strong><br />

3º Filosofia, UNICENTRO/PR,<br />

Pesquisa<strong>do</strong>r: ICV/UNICENTRO<br />

Orienta<strong>do</strong>r: Manuel Moreira da Silva<br />

adriel@unicentro.br<br />

Trata-se de um estu<strong>do</strong> em torno da Refutação kantiana <strong>do</strong> Idealismo ―material‖ ou<br />

empírico de René Descartes, o qual, na Crítica da Razão Pura de 1787, é defini<strong>do</strong><br />

como ―a teoria que considera a existência <strong>do</strong>s objetos fora de nós‖ enquanto<br />

―simplesmente duvi<strong>do</strong>sa e indemonstrável‖ (KrV, B 274). Segun<strong>do</strong> tal idealismo,<br />

tenho de considerar como falso tu<strong>do</strong> que é incerto, o que é justamente o caso da<br />

existência <strong>do</strong>s objetos no espaço fora de mim; contu<strong>do</strong>, mesmo que eu considere<br />

que não há mun<strong>do</strong> algum e nada corpóreo, não posso duvidar de minha própria<br />

existência – pois, ao duvidar, é necessário que eu seja alguma coisa (Meditações, I,<br />

§§3-12). Assim, o enuncia<strong>do</strong> ―eu penso, logo sou‖ (ego cogito, ergo sum) aparece<br />

como prova da minha própria existência e definição da substância <strong>do</strong> eu como coisa<br />

pensante (res cogitans); pois, toda vez que eu penso, tenho consciência da minha<br />

existência, e, se o ato <strong>do</strong> pensamento é a única condição para a existência, então<br />

ele é a substância deste ser que pensa. To<strong>do</strong>s os pensamentos envolvem ideias,<br />

que são manifestações, atos <strong>do</strong> pensamento e representações de objetos externos;<br />

tais representações pressupõem a existência <strong>do</strong>s objetos externos, mas não provam<br />

por si sós a necessidade da existência desses objetos fora <strong>do</strong> pensamento, pois as<br />

causas das representações podem ser outras representações ou o próprio sujeito.<br />

Logo, a existência das coisas externas é duvi<strong>do</strong>sa e indemonstrável ao nível das<br />

I Congresso Nacional de Filosofia da UNICENTRO/PR – Guarapuava/PR<br />

II Colóquio Kant da Sociedade Kant Brasileira – Seção <strong>Paraná</strong> – SKB/PR<br />

Página1

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!