Anais - Fundação Araucária - Estado do Paraná
Anais - Fundação Araucária - Estado do Paraná
Anais - Fundação Araucária - Estado do Paraná
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
ANAIS DO I CONGRESSO NACIONAL DE FILOSOFIA DA UNICENTRO<br />
I CONAFIL – 22 A 26/06/2009 – ISSN: 2175-3059<br />
educação defeituosa, em más companhias, em parte também na<br />
malignidade de uma ín<strong>do</strong>le insensível à vergonha; (KANT, I, 1983, pg.<br />
281). 1 (Grifo nosso)<br />
Verifica-se com clareza que o autor não poupa reprovação ao ato mentiroso<br />
causa<strong>do</strong>r de danos a sociedade. Ainda deixa claro que as fontes empíricas da<br />
atitude reprovável remetem à uma educação defeituosa, uma má formação<br />
educativa. É visível que o autor remete a um caráter moral mal forma<strong>do</strong>. Ele repudia<br />
o ato como imoral, evidencian<strong>do</strong> no ato um caráter mal forma<strong>do</strong> e atribui um nexo de<br />
causalidade entre este e uma educação defeituosa. Contrário senso, é possível<br />
afirmar que o autor deixa antever que uma boa educação agregada a alguns outros<br />
elementos, pode produzir um caráter moraliza<strong>do</strong>, móbil de ações morais. Ele<br />
confirma a possibilidade de formação <strong>do</strong> caráter moral a partir de mecanismos<br />
externos, exógenos.<br />
Na segunda Crítica, mais uma vez ele aborda o assunto da formação <strong>do</strong> caráter<br />
moral ao levantar as orientações preparatórias fundamentais para que o homem<br />
ainda não forma<strong>do</strong> possa tornar-se receptivo à moral pura. Tratan<strong>do</strong> da<br />
“meto<strong>do</strong>logia da razão prática” (Methodenlehre), exemplificamos, ele salienta que a<br />
mesma é “o mo<strong>do</strong> como se pode proporcionar às leis da razão prática pura acesso<br />
ao ânimo humano, de mo<strong>do</strong> a provocar uma influência sobre as máximas <strong>do</strong><br />
mesmo, isto é, como se pode fazer a razão objetivamente prática também<br />
subjetivamente prática”. (Kant, 2002, p.239). 2<br />
1 [...] so nehme nam eine willkürliche Handlung, z. E. Eine boshafte Lüge, durch die ein Mensch eine<br />
gewise Verwirrung in die Gesellschaft gebracht hat, un die man zuerst ihren Bewegurschen nach,<br />
woraus sie entstanden, untersucht, und darauf beurteilt, wie sie samt ihrem Folgen ihm zugerechnet<br />
weden könne. In der ersten Absicht geht man seine empirischen Charakter bis zu dem Quellen<br />
desselben durch, die man ir der shlechten Erziehung, über Gesellschaft, zum Teil auch in der<br />
Bösartigkeit eines für Beschämung unempfindlichen Naturells, aussuchtz, zum Teil auf den<br />
Leichtasinn und Unbesonnenheit scheit; wobei man denn die veranlassenden Gelegenheitsursachen<br />
nicht aus der Acht läβt. In allen diesem verfährt man, wie überhaupt in Untersuchung der Reihe<br />
bestimmender Ursachen zu einer gegedadurch Narturwirkung. (Werke. Band IV. p. 503).<br />
2 Viekmehr wird unter dieser Methodenlehre die Art verstanden, wie man den Gesetzen der reinen<br />
praktischen Vernunft Eingangang in das menschliche Gemüt, Einflub auf die Maximem desselbem<br />
I Congresso Nacional de Filosofia da UNICENTRO/PR – Guarapuava/PR<br />
II Colóquio Kant da Sociedade Kant Brasileira – Seção <strong>Paraná</strong> – SKB/PR<br />
Página2