19.04.2013 Views

Anais - Fundação Araucária - Estado do Paraná

Anais - Fundação Araucária - Estado do Paraná

Anais - Fundação Araucária - Estado do Paraná

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

ANAIS DO I CONGRESSO NACIONAL DE FILOSOFIA DA UNICENTRO<br />

I CONAFIL – 22 A 26/06/2009 – ISSN: 2175-3059<br />

Schiller não elege a beleza como categoria, mas sim reconhece-a como sen<strong>do</strong> um<br />

impulso inevitável na ordem cósmica, através da qual o mun<strong>do</strong> físico toma senti<strong>do</strong> e<br />

se arranja nas suas disparidades. Logo, independe <strong>do</strong>s homens assumirem-na<br />

enquanto coroamento da existência; ela já se encontra encerrada na natureza,<br />

bastan<strong>do</strong> um exercício apura<strong>do</strong> da intuição que consegue, poética e não<br />

psicologicamente alcançar a verdade por dentro <strong>do</strong> fenômeno e não acima dele.<br />

Esta comunicação tem por objetivo apresentar um Schiller ousa<strong>do</strong> e criativo,<br />

autônomo em relação ao criticismo kantiano. Para não cair no erro de fundamentar<br />

uma filosofia onde a dureza da lei natural propele o homem ao determinismo físico<br />

ou a abertura da possibilidade lança-o numa zona abismal, Schiller notou que as<br />

relações sócio-políticas carecem de embelezamento, de ações regidas pela<br />

equipolência e pelo jogo <strong>do</strong>s contrários onde atividade livre e passividade necessária<br />

tentam encontrar um termo correlato. Entenden<strong>do</strong> beleza não só como produção<br />

artística, Schiller, tal como Nietzsche, rejeita o esteticismo excessivo <strong>do</strong>s artistas<br />

românticos, extrain<strong>do</strong> da vida aquilo que se oculta de nossa percepção contaminada<br />

pelo entendimento, isto é, as forças plasma<strong>do</strong>ras da realidade. O que faz é desvelar<br />

a secreta arte da natureza, exprimin<strong>do</strong> na forma <strong>do</strong>s jogos propostos pela<br />

imaginação cria<strong>do</strong>ra, dessa singular atividade humana, o contato contínuo e<br />

amistoso entre a legislação <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> vivi<strong>do</strong> e <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> pensa<strong>do</strong> que somente este<br />

animal de virtudes extraordinárias pode executar.<br />

BIBLIOGRAFIA:<br />

ABRÃO, Bernardete. História da Filosofia. São Paulo: Nova Cultural, 2004, Os<br />

pensa<strong>do</strong>res.<br />

BAYER, Raymond. História da estética. Trad. José Saramago. 4ª edição. Lisboa:<br />

Estampa, 1995.<br />

I Congresso Nacional de Filosofia da UNICENTRO/PR – Guarapuava/PR<br />

II Colóquio Kant da Sociedade Kant Brasileira – Seção <strong>Paraná</strong> – SKB/PR<br />

Página4

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!