19.04.2013 Views

Anais - Fundação Araucária - Estado do Paraná

Anais - Fundação Araucária - Estado do Paraná

Anais - Fundação Araucária - Estado do Paraná

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

ANAIS DO I CONGRESSO NACIONAL DE FILOSOFIA DA UNICENTRO<br />

I CONAFIL – 22 A 26/06/2009 – ISSN: 2175-3059<br />

ou nas formas de saber e poder que este sujeito é capaz de estabelecer nas suas<br />

relações com o outro e consigo mesmo. Essa atitude crítica faz uma escavação<br />

contínua das relações nas quais o sujeito é assujeita<strong>do</strong> e de certa forma como<br />

também este mesmo sujeito produz os processos de assujeitamento por meio da<br />

relação com o saber e de poder e consigo mesmo. Portanto, Foucault além de<br />

radicalizar o pensamento kantiano e o conceito de razão pública e privada propõe<br />

que essa atitude crítica permita ao sujeito realize um diagnóstico <strong>do</strong> presente sobre<br />

os saberes ou sobre os poderes que o envolvem e o constituem e que ele como<br />

sujeito também constitui, é necessário que o sujeito raciocine também sobre si<br />

próprio, que investigue as relações e as ações consigo mesmo. Para Foucault a<br />

modernidade é muito mais que um perío<strong>do</strong> histórico, a modernidade é o momento<br />

oportuno para uma atitude crítica, como uma atitude de escolha voluntária que é<br />

feita pelo sujeito na sua maneira de pensar, de agir com outro, de agir com o saber,<br />

com o poder e consigo mesmo. Foucault aponta que apesar de haver em Kant uma<br />

tentativa de heroificação <strong>do</strong> presente, que faz necessário, neste contexto de<br />

modernidade um diagnóstico <strong>do</strong> presente, enquanto uma atitude crítica continua,<br />

que pode possibilitar uma nova atitude ética.<br />

Referências<br />

FOUCAULT. Michel. A Arqueologia <strong>do</strong> Saber. Trad. Luiz Felipe Baeta Neves. 7ª ed.<br />

Rio de Janeiro. Forense Universitária, 2005.<br />

____________. As Palavras e as Coisas. Trad. Salma Tannus Muchail. São Paulo.<br />

Martins Fontes, 1981.<br />

____________. História da Sexualidade, a vontade de saber I. Trad. Maria Thereza<br />

da Costa Albuquerque e J. A Guilhon Albuquerque. 17ª ed. São Paulo. Graal, 1988.<br />

____________. Vigiar e Punir, nascimento das prisões. Trad. Ligia M. Pondé<br />

Vassalo. 3ª ed. Petrópolis, Vozes,1984.<br />

____________. ―O que são as Luzes?” In: Arqueologia das ciências e da história <strong>do</strong>s<br />

I Congresso Nacional de Filosofia da UNICENTRO/PR – Guarapuava/PR<br />

II Colóquio Kant da Sociedade Kant Brasileira – Seção <strong>Paraná</strong> – SKB/PR<br />

Página3

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!