Anais - Fundação Araucária - Estado do Paraná

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ANAIS DO I CONGRESSO NACIONAL DE FILOSOFIA DA UNICENTRO I CONAFIL – 22 A 26/06/2009 – ISSN: 2175-3059 alto. Isto é, as desigualdades continuaram a se instalar entre os povos, o processo de globalização interferiu nas diferentes culturas trazendo à tona reações das mais diversas, como diferentes tipos de violência. Por conseguinte, no que diz respeito à leitura e interpretação filosófica desse cenário, os pensadores da contemporaneidade avançaram ao compreender que a razão tende a deslocar-se do sujeito para a relação entre sujeitos capazes de entendimento sobre a realidade. Ou seja, sujeitos se entendendo sobre algo no mundo exterior, interior ou social, sendo que aqui, a personagem central é a linguagem. É através dela que a racionalidade se expressa e se torna capaz de enfrentar questões que estão afetando a vida dos homens, tais como o aquecimento global e muitos avanços da genética, as quais precisam ser discutidas sobre seu aspecto ético diante da diversidade cultural, social, religiosa, política e econômica das nações. Enfim, esta guinada paradigmática na filosofia traz um prenúncio de maior possibilidade de diálogo entre os sujeitos, a fim de permitir a eles enfrentar um mundo que sofre transformações aceleradas tanto pelo viés da ciência quanto da ligeira velocidade da informação. Bibliografia HABERMAS, Jurgen. O futuro da natureza humana. São Paulo: Martins Fontes, 2004. _____. Pensamento pós- metafísico. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1990. SEVERINO, Antonio Joaquim. Filosofia. São Paulo: Cortez, 1994. I Congresso Nacional de Filosofia da UNICENTRO/PR – Guarapuava/PR II Colóquio Kant da Sociedade Kant Brasileira – Seção Paraná – SKB/PR Página4

ANAIS DO I CONGRESSO NACIONAL DE FILOSOFIA DA UNICENTRO I CONAFIL – 22 A 26/06/2009 – ISSN: 2175-3059 O POSITIVISMO COMTIANO E O DISCURSO PROGRESSISTA DE GETÚLIO VARGAS NO ESTADO NOVO (1937-1945) João Henrique dos Santos UNICENTRO/PR. joneshsantos@gmail.com Palavras-chave: Positivismo, Augusto Comte, Discurso, Progresso, Estado Novo. O positivismo comtiano tem apresentado grande influência na história política brasileira, não apenas no momento da formação da República (1889), mas especialmente em suas releituras, como forma de justificação de poder em regimes de cunho totálitário, como no caso do Varguismo (1930-1945), e Ditadura Militar (1964-1985). Segundo o historiador José Murilo de Carvalho, no período republicano o positivismo fundamenta-se como conceito político e ideológico do governo, tal fato teria ocorrido, especialmente, pelo forte aparato simbólico e progressita de seu discurso (CARVALHO, 1990). Desta forma, o positivismo torna-se o principal conceito ideológico dos primeiros governantes da república recém formada. Portanto, compreender a atuação do pensamento positivista comtiano, em relação a construção dos discursos e atos políticos no Brasil, durante o século XX, torna-se um ponto de partida para estudos sobre a construção dos conceitos de cidadania e civilidade nacional. Seguindo este pressuposto, pretendo analisar o discurso comtiano, em especial, a abordagem sobre a "marcha progressiva do espírito humano" exposto em sua obra Cours de Philosophie Positive (COMTE, 1978). Darei destaque ao estado metafísico e positivo, refletindo posteriorme sobre a reinterpretação destes conceitos realizado por Getúlio Vargas, que os transmite em seus discursos para os jovens duranto o Estado Novo (1937-1945). I Congresso Nacional de Filosofia da UNICENTRO/PR – Guarapuava/PR II Colóquio Kant da Sociedade Kant Brasileira – Seção Paraná – SKB/PR Página1

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I CONAFIL – 22 A 26/06/2009 – ISSN: 2175-3059<br />

alto. Isto é, as desigualdades continuaram a se instalar entre os povos, o processo<br />

de globalização interferiu nas diferentes culturas trazen<strong>do</strong> à tona reações das mais<br />

diversas, como diferentes tipos de violência.<br />

Por conseguinte, no que diz respeito à leitura e interpretação filosófica desse<br />

cenário, os pensa<strong>do</strong>res da contemporaneidade avançaram ao compreender que a<br />

razão tende a deslocar-se <strong>do</strong> sujeito para a relação entre sujeitos capazes de<br />

entendimento sobre a realidade. Ou seja, sujeitos se entenden<strong>do</strong> sobre algo no<br />

mun<strong>do</strong> exterior, interior ou social, sen<strong>do</strong> que aqui, a personagem central é a<br />

linguagem. É através dela que a racionalidade se expressa e se torna capaz de<br />

enfrentar questões que estão afetan<strong>do</strong> a vida <strong>do</strong>s homens, tais como o aquecimento<br />

global e muitos avanços da genética, as quais precisam ser discutidas sobre seu<br />

aspecto ético diante da diversidade cultural, social, religiosa, política e econômica<br />

das nações.<br />

Enfim, esta guinada paradigmática na filosofia traz um prenúncio de maior<br />

possibilidade de diálogo entre os sujeitos, a fim de permitir a eles enfrentar um<br />

mun<strong>do</strong> que sofre transformações aceleradas tanto pelo viés da ciência quanto da<br />

ligeira velocidade da informação.<br />

Bibliografia<br />

HABERMAS, Jurgen. O futuro da natureza humana. São Paulo: Martins Fontes,<br />

2004.<br />

_____. Pensamento pós- metafísico. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1990.<br />

SEVERINO, Antonio Joaquim. Filosofia. São Paulo: Cortez, 1994.<br />

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II Colóquio Kant da Sociedade Kant Brasileira – Seção <strong>Paraná</strong> – SKB/PR<br />

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