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ANAIS DO I CONGRESSO NACIONAL DE FILOSOFIA DA UNICENTRO I CONAFIL – 22 A 26/06/2009 – ISSN: 2175-3059 precisa ser mantido. Mesmo pelo uso da força. Foi assim com o primeiro surto imperialista que motivou genocídios e saques na África e Ásia no século XIX. Neste ciclo as estruturas de poder já não podem mais se sustentar. Se o poder é agir em comum acordo, as mudanças descritas comprometem esta possibilidade, afinal, o homem moderno, além da sua incapacidade de agir por estar completamente ocupado com o ciclo vitalista, é compelido a se manter neste ciclo, caso contrário torna-se um excluído, podendo ser transformado em homo sacer e sugado para fora do ciclo de consumo violentamente. Com o poder comprometido, compromete-se também a possibilidade da democracia sustentada no poder emanado do povo. Referências bibliográficas AGAMBEN, G. Homo Sacer: O poder Soberano e a vida nua. Belo Horizonte. UFMG. 2002 ARENDT, H. A condição humana. Rio de Janeiro, Forense Universitária. 2002 ___________.Da violência. UnB. Brasília.1985. ___________.Origens do totalitarismo. Cia das Letras. São Paulo. 2000. DUARTE, A. Hannah Arendt e a biopolítica: a fixação do homem como animal laborans e o problema da violência. In CORREIA, A.(org.) Hannah Arendt e a condição humana. Salvador. Quarteto, 2006. FOUCAULT, M. Em defesa da sociedade. São Paulo . Martins fontes. 2000 MAQUIAVEL, N. O Príncipe. São Paulo. Nova cultural. 2004. I Congresso Nacional de Filosofia da UNICENTRO/PR – Guarapuava/PR II Colóquio Kant da Sociedade Kant Brasileira – Seção Paraná – SKB/PR Página4

ANAIS DO I CONGRESSO NACIONAL DE FILOSOFIA DA UNICENTRO I CONAFIL – 22 A 26/06/2009 – ISSN: 2175-3059 SOBRE O CONCEITO DE VIRTUDE E REMINISCÊNCIA NA OBRA MÊNON DE PLATÃO Felipe Cardoso Martins Lima Mestrando PUC/PR Orientador: Jair Barboza felipecariocafl@hotmail.com Palavras-chave: virtude, reminiscência, alma, imortalidade, conhecimento. Trata-se de uma investigação em torno do diálogo ―Mênon‖ de Platão. Pretende-se investigar em que medida a tese da reminiscência (anámnesis) tal como estabelecida por Platão se apresenta como um dos pontos centrais da teoria do conhecimento no horizonte da filosofia platônica. Para isso, pretendo analisar os pontos principais da obra em questão, tendo em vista, a estrutura interna da argumentação aí em jogo, sobretudo, os conceitos de reminiscência e virtude. Os dois pontos fundamentais do diálogo Mênon, consistem primeiramente na abordagem a respeito da possibilidade da virtude ser ensinada, bem como adquirida mediante exercício e ainda mais precisamente se essa virtude advém aos homens por natureza, tais questões, entretanto, que se apresentam no início do diálogo formuladas por Mênon, são direcionadas para Sócrates. Há deste modo, uma tentativa de definição por parte de Sócrates do conceito de virtude, culminando, por sua vez, na aporia. Mas por outro lado, o presente diálogo se lança em outra aporia, essa, porém, mais problemática, ou seja, sobre a própria possibilidade do conhecimento, entrando em cena, por sua vez, o conceito de reminiscência, na medida em que pressupõe a imortalidade da alma. Por isso, uma vez que se trata do conceito de reminiscência, revela-se já de antemão a possibilidade de aquisição do conhecimento. Desde já se vê que o método do conhecimento tal como apresentado I Congresso Nacional de Filosofia da UNICENTRO/PR – Guarapuava/PR II Colóquio Kant da Sociedade Kant Brasileira – Seção Paraná – SKB/PR Página1

ANAIS DO I CONGRESSO NACIONAL DE FILOSOFIA DA UNICENTRO<br />

I CONAFIL – 22 A 26/06/2009 – ISSN: 2175-3059<br />

precisa ser manti<strong>do</strong>. Mesmo pelo uso da força. Foi assim com o primeiro surto<br />

imperialista que motivou genocídios e saques na África e Ásia no século XIX. Neste<br />

ciclo as estruturas de poder já não podem mais se sustentar. Se o poder é agir em<br />

comum acor<strong>do</strong>, as mudanças descritas comprometem esta possibilidade, afinal, o<br />

homem moderno, além da sua incapacidade de agir por estar completamente<br />

ocupa<strong>do</strong> com o ciclo vitalista, é compeli<strong>do</strong> a se manter neste ciclo, caso contrário<br />

torna-se um excluí<strong>do</strong>, poden<strong>do</strong> ser transforma<strong>do</strong> em homo sacer e suga<strong>do</strong> para fora<br />

<strong>do</strong> ciclo de consumo violentamente. Com o poder comprometi<strong>do</strong>, compromete-se<br />

também a possibilidade da democracia sustentada no poder emana<strong>do</strong> <strong>do</strong> povo.<br />

Referências bibliográficas<br />

AGAMBEN, G. Homo Sacer: O poder Soberano e a vida nua. Belo Horizonte.<br />

UFMG. 2002<br />

ARENDT, H. A condição humana. Rio de Janeiro, Forense Universitária. 2002<br />

___________.Da violência. UnB. Brasília.1985.<br />

___________.Origens <strong>do</strong> totalitarismo. Cia das Letras. São Paulo. 2000.<br />

DUARTE, A. Hannah Arendt e a biopolítica: a fixação <strong>do</strong> homem como animal<br />

laborans e o problema da violência. In CORREIA, A.(org.) Hannah Arendt e a<br />

condição humana. Salva<strong>do</strong>r. Quarteto, 2006.<br />

FOUCAULT, M. Em defesa da sociedade. São Paulo . Martins fontes. 2000<br />

MAQUIAVEL, N. O Príncipe. São Paulo. Nova cultural. 2004.<br />

I Congresso Nacional de Filosofia da UNICENTRO/PR – Guarapuava/PR<br />

II Colóquio Kant da Sociedade Kant Brasileira – Seção <strong>Paraná</strong> – SKB/PR<br />

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