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Anais - Fundação Araucária - Estado do Paraná

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ANAIS DO I CONGRESSO NACIONAL DE FILOSOFIA DA UNICENTRO<br />

I CONAFIL – 22 A 26/06/2009 – ISSN: 2175-3059<br />

(matemática, física, astronomia, etc.) para diferenciá-las e expor a sua unidade na<br />

ontologia, para assim, e elevar a ontologia ao mais alto posto dentre as ciências.<br />

Segun<strong>do</strong> Aristóteles, a filosofia primeira (ontologia) trata de no que algo é. A<br />

distinção é a de que as ciências particulares tratam <strong>do</strong> que é, mas nos vários<br />

senti<strong>do</strong>s particulares <strong>do</strong> ser, isto é, nas suas diversas determinações. Por exemplo,<br />

a matemática trata <strong>do</strong> que é o número, a física <strong>do</strong> que é o fogo. Assim a ontologia<br />

deve ser considerada como a mais importante dentre as ciências.<br />

Aristóteles diz que a ontologia tem de ocupar-se fundamentalmente da entidade<br />

(ousía). Em primeiro lugar, o discurso real refere-se às coisas reais, as quais, por<br />

sua vez, são fundadas nas entidades <strong>do</strong> um mun<strong>do</strong> sensível. Aristóteles denomina a<br />

entidade como sujeito primeiro, ao qual atribuímos os predica<strong>do</strong>s. A entidade é<br />

fundada na matéria, contu<strong>do</strong> a determinação de cada entidade não se perde no<br />

sensível, pois a entidade particular sensível é formada por matéria e forma. Desta<br />

maneira a entidade cavalo, não é confundida com a entidade homem. No fim<br />

Aristóteles remete a definição de entidade à definição de forma, pois, a matéria não<br />

é entidade particular, mas indeterminada, sem forma. A efetividade entre matéria e<br />

forma também não configura a entidade, já que é só pela forma que temos a<br />

entidade. No fim, Aristóteles reduz a definição entidade a um caráter estritamente<br />

formal.<br />

O discurso ontológico só é garanti<strong>do</strong> porque os diversos senti<strong>do</strong>s de ser referem-se<br />

à entidade como forma que, portanto, existe no entendimento. A referência é feita a<br />

algo que existe dentro, mas que por ser formal não existe como uma entidade real,<br />

isto é, objetiva e independente <strong>do</strong> entendimento. A referência não é feita a algo de<br />

exterior (transcendente), mas sim à própria forma como entidade na qual existem as<br />

diversas formas de ser. Por este motivo, apesar <strong>do</strong> ser e o que é ter vários senti<strong>do</strong>s,<br />

eles referem-se sempre à forma, que é por si, mas na qual se dão as demais<br />

categorias. Esta posição vincula a unidade ao ser, pois a referência é sempre feita a<br />

algo que existe como ato, ou seja, a algo que existe efetivamente, manten<strong>do</strong><br />

concluí<strong>do</strong> seu caráter formal.<br />

I Congresso Nacional de Filosofia da UNICENTRO/PR – Guarapuava/PR<br />

II Colóquio Kant da Sociedade Kant Brasileira – Seção <strong>Paraná</strong> – SKB/PR<br />

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