Anais - Fundação Araucária - Estado do Paraná

Anais - Fundação Araucária - Estado do Paraná Anais - Fundação Araucária - Estado do Paraná

fappr.pr.gov.br
from fappr.pr.gov.br More from this publisher
19.04.2013 Views

ANAIS DO I CONGRESSO NACIONAL DE FILOSOFIA DA UNICENTRO I CONAFIL – 22 A 26/06/2009 – ISSN: 2175-3059 ROUSSEAU, Jean-Jacques. Emílio. 2 vol, Portugal: Europa-América, 1990. ______. Discurso sobre a economia política e do contrato Social. [tradução de Maria Constança Peres Pissarra] 3.ed. Petrópolis: Vozes, 1995. ______. Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens. 2.ed. São Paulo: Martins Fontes, 2005. ______. O contrato social. [tradução de Antônio de Pádua Danesi] 3.ed. São Paulo: Martins Fontes, 1996. I Congresso Nacional de Filosofia da UNICENTRO/PR – Guarapuava/PR II Colóquio Kant da Sociedade Kant Brasileira – Seção Paraná – SKB/PR Página6

ANAIS DO I CONGRESSO NACIONAL DE FILOSOFIA DA UNICENTRO I CONAFIL – 22 A 26/06/2009 – ISSN: 2175-3059 UMA DEONTOLOGIA HOBBESIANA? A TESE TAYLOR E A TEORIA DA OBRIGAÇAO EM HOBBES Clóvis Brondani Universidade Federal de Santa Cataria Programa de Pós Graduação em Filosofia – Doutorado Orientador: Dr. Marco Antônio Franciotti (UFSC) Co-orientadora: Dra. Maria Isabel Limongi (UFPR) Email: clovisbrondani@hotmail.com Palavras-Chave: Hobbes, deontologia, obediência, ética, lei natural. Este artigo tem como objetivo apresentar a interpretação de Taylor e Warrender sobre a ética e a teoria da obrigação de Thomas Hobbes, especialmente no que diz respeito à tese que propõe uma ética deontológica em Hobbes e mais especialmente no caso de Taylor, de uma vinculação da ética hobbesiana com a ética kantiana. Os trabalhos destes autores originaram uma interpretação da filosofia hobbesiana radicalmente oposta às leituras mais tradicionais, as quais compreendem a sua ética como fundada no egoísmo, e sua teoria da obrigação fundada apenas no auto- interesse. A inovação proposta por Taylor e Warrender é a tese de que a ética hobbesiana não é fundada no egoísmo psicológico e, consequentemente, a sua teoria da obrigação não está embasada no auto-interesse, mas na obrigatoriedade incondicional da lei natural, fato este que aproxima Hobbes tanto das tradições cristãs medievais da lei natural como da ética kantiana. O ponto de partida de Taylor e Warrender é a negação de que a teoria do egoísmo psicológico de Hobbes seja o fundamento de sua ética e consequentemente da sua teoria da obrigação. Segundo Taylor, o egoísmo psicológico em Hobbes é apenas I Congresso Nacional de Filosofia da UNICENTRO/PR – Guarapuava/PR II Colóquio Kant da Sociedade Kant Brasileira – Seção Paraná – SKB/PR Página1

ANAIS DO I CONGRESSO NACIONAL DE FILOSOFIA DA UNICENTRO<br />

I CONAFIL – 22 A 26/06/2009 – ISSN: 2175-3059<br />

UMA DEONTOLOGIA HOBBESIANA?<br />

A TESE TAYLOR E A TEORIA DA OBRIGAÇAO EM HOBBES<br />

Clóvis Brondani<br />

Universidade Federal de Santa Cataria<br />

Programa de Pós Graduação em Filosofia – Doutora<strong>do</strong><br />

Orienta<strong>do</strong>r: Dr. Marco Antônio Franciotti (UFSC)<br />

Co-orienta<strong>do</strong>ra: Dra. Maria Isabel Limongi (UFPR)<br />

Email: clovisbrondani@hotmail.com<br />

Palavras-Chave: Hobbes, deontologia, obediência, ética, lei natural.<br />

Este artigo tem como objetivo apresentar a interpretação de Taylor e Warrender<br />

sobre a ética e a teoria da obrigação de Thomas Hobbes, especialmente no que diz<br />

respeito à tese que propõe uma ética deontológica em Hobbes e mais<br />

especialmente no caso de Taylor, de uma vinculação da ética hobbesiana com a<br />

ética kantiana.<br />

Os trabalhos destes autores originaram uma interpretação da filosofia hobbesiana<br />

radicalmente oposta às leituras mais tradicionais, as quais compreendem a sua ética<br />

como fundada no egoísmo, e sua teoria da obrigação fundada apenas no auto-<br />

interesse. A inovação proposta por Taylor e Warrender é a tese de que a ética<br />

hobbesiana não é fundada no egoísmo psicológico e, consequentemente, a sua<br />

teoria da obrigação não está embasada no auto-interesse, mas na obrigatoriedade<br />

incondicional da lei natural, fato este que aproxima Hobbes tanto das tradições<br />

cristãs medievais da lei natural como da ética kantiana.<br />

O ponto de partida de Taylor e Warrender é a negação de que a teoria <strong>do</strong> egoísmo<br />

psicológico de Hobbes seja o fundamento de sua ética e consequentemente da sua<br />

teoria da obrigação. Segun<strong>do</strong> Taylor, o egoísmo psicológico em Hobbes é apenas<br />

I Congresso Nacional de Filosofia da UNICENTRO/PR – Guarapuava/PR<br />

II Colóquio Kant da Sociedade Kant Brasileira – Seção <strong>Paraná</strong> – SKB/PR<br />

Página1

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!