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Anais - Fundação Araucária - Estado do Paraná

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ANAIS DO I CONGRESSO NACIONAL DE FILOSOFIA DA UNICENTRO<br />

I CONAFIL – 22 A 26/06/2009 – ISSN: 2175-3059<br />

merca<strong>do</strong> de consumo. Para tanto, foi necessária uma reestruturação das políticas<br />

econômicas mundiais e <strong>do</strong>s <strong>Esta<strong>do</strong></strong>s que possibilitasse a consolidação desse ideal.<br />

As principais medidas a<strong>do</strong>tadas pelos <strong>Esta<strong>do</strong></strong>s para a adequação ao modelo que se<br />

consolidava foram entre outras, a abertura ao merca<strong>do</strong> internacional, a redução <strong>do</strong><br />

<strong>Esta<strong>do</strong></strong>, o incentivo à competitividade e as privatizações.<br />

Os atores mais aparentes da globalização são os grandes grupos econômicos<br />

transnacionais que com a liberalização crescente <strong>do</strong>s merca<strong>do</strong>s de bens, serviços e<br />

capitais utilizam-se de tecnologias de ponta, em modelos informatiza<strong>do</strong>s de gestão,<br />

no acesso fácil aos merca<strong>do</strong>s financeiros e de capitais, no apelo de marcas e nomes<br />

de prestígio, sustentadas por mídias igualmente globalizadas.<br />

Porém, o agente mais audaz da globalização é o capital financeiro, que anônimo se<br />

desloca pelo mun<strong>do</strong>, movi<strong>do</strong> em busca incessante de maiores lucros. A instantânea<br />

fluidez e o desimpedi<strong>do</strong> movimento são vitais a sua existência e multiplicação. Por<br />

isso, em seu anseio especulativo, rejeita regras, ignora fronteiras, defende com<br />

unhas e dentes a liberdade de circulação, volatiliza-se quan<strong>do</strong> pressente riscos<br />

maiores e desloca-se rapidamente para onde vislumbra melhores oportunidades de<br />

lucro.<br />

Assim, a redução e o enfraquecimento <strong>do</strong> <strong>Esta<strong>do</strong></strong> fortalecem e promovem o ideário<br />

liberal, converten<strong>do</strong> o liberalismo em poderosa ideologia, ainda difusa, mas de<br />

grande força impositiva (ECO, 1997).<br />

A ideologia globalizante manipula as decisões a<strong>do</strong>tadas pelos <strong>Esta<strong>do</strong></strong>s<br />

subordinan<strong>do</strong>-os a um merca<strong>do</strong> invisível, ilegítimo, sem controle judicial ou político<br />

(Sader, 1999) e em detrimento da representatividade democrática e das<br />

necessidades sociais.<br />

To<strong>do</strong> esse quadro caracteriza-se, na expressão de Plauto Faraco de Azeve<strong>do</strong>, o<br />

caráter ideológico <strong>do</strong> neoliberalismo, responsável pela ―desconformidade entre sua<br />

imagem mental e sua realidade efetiva, induzin<strong>do</strong> ao erro de avaliação e tratamento<br />

I Congresso Nacional de Filosofia da UNICENTRO/PR – Guarapuava/PR<br />

II Colóquio Kant da Sociedade Kant Brasileira – Seção <strong>Paraná</strong> – SKB/PR<br />

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