19.04.2013 Views

Anais - Fundação Araucária - Estado do Paraná

Anais - Fundação Araucária - Estado do Paraná

Anais - Fundação Araucária - Estado do Paraná

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

ANAIS DO I CONGRESSO NACIONAL DE FILOSOFIA DA UNICENTRO<br />

I CONAFIL – 22 A 26/06/2009 – ISSN: 2175-3059<br />

Como entender esse inatismo <strong>do</strong> Gênio? Segun<strong>do</strong> Kant o Gênio é um privilegia<strong>do</strong><br />

pela natureza, um escolhi<strong>do</strong> por ela para dar regra a arte. Sen<strong>do</strong> assim, como<br />

conciliar um filósofo iluminista como Kant, o qual nitidamente nas duas primeiras<br />

críticas valoriza a sistematização da razão, mostran<strong>do</strong> num importante texto<br />

chama<strong>do</strong>: Resposta a pergunta: O que é Esclarecimento? que basta um indivíduo<br />

querer sair de sua menoridade, ou seja, tomar uma atitude de deixar de ser guia<strong>do</strong><br />

por outros, e fazer uso de sua própria razão que após um longo percurso, difícil e<br />

penoso, seria capaz de atingir o Esclarecimento, o qual então permitiria ao indivíduo<br />

agir moralmente. Sen<strong>do</strong> a moralidade o fim último não só de um homem individual<br />

mas também de um sujeito cosmopolita.<br />

Tal questão nos leva a questionar o motivo que leva Kant permitir que através da<br />

razão um homem atinja seu fim supremo e não permita que um homem através de<br />

sua razão torne-se um gênio, pois como podemos observar nos escritos de Kant o<br />

Gênio é um escolhi<strong>do</strong> pela natureza , recebe, é <strong>do</strong>ta<strong>do</strong> de um espírito genial. Fato<br />

que nos leva a uma possível interpretação de que um homem por mais que estude,<br />

pesquise, treine, sinta, contemple etc., nunca se tornará um Gênio se a natureza<br />

assim não o queira. ―(...) O gênio consiste na feliz disposição, que nenhuma ciência<br />

pode ensinar e nenhum estu<strong>do</strong> pode exercitar, (....) (KU 199).<br />

Neste contexto pretendemos analisar ponto a ponto essa figura tão invejada e<br />

curiosa que é o gênio artístico, tentar buscar qual a diferença entre ele e o público<br />

pois de algum mo<strong>do</strong> ele é diferente <strong>do</strong>s outros homens, tentaremos então buscar<br />

qual seria essa diferença, e neste panorama o problema da liberdade retorna com<br />

toda força, pois arriscamos dizer que o tal ―uso livre de suas faculdades de<br />

conhecimento‖é o que faz com que o gênio produza sua arte, mesmo este não<br />

sen<strong>do</strong> realmente livre, ou seja, o Gênio pensa-se livre mas empiricamente não o é.<br />

Para entender melhor essa questão podemos colocá-las em outras palavras, se<br />

pensarmos na distinção entre coisa-em-si e fenômeno no sistema de Kant a qual<br />

norteia boa parte de sua filosofia, o Gênio como coisa-em-si pensa-se livre mas<br />

como fenômeno está preso ao mun<strong>do</strong>. (...)o gênio se compraz em seu arrebata<strong>do</strong><br />

I Congresso Nacional de Filosofia da UNICENTRO/PR – Guarapuava/PR<br />

II Colóquio Kant da Sociedade Kant Brasileira – Seção <strong>Paraná</strong> – SKB/PR<br />

Página2

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!