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Elites Políticas Limoeirenses: Ações e Discursos rumo a ... - anpuh

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“Rastros Impressos”: Conhecendo os Personagens<br />

Um irmão de Sindulfo e do Pe. Climério, Leonel Chaves, que morreu em<br />

1919, tornou-se deputado, dando cobertura estadual, em Fortaleza, ao<br />

domínio dos Chaves, em Limoeiro. [...] Além da dominação cartorial, os<br />

Chaves controlavam, muitas vezes, através dos vigários da paróquia, o<br />

poder eclesiástico. [...] (LIMA, 1997: 322- 323)<br />

Judite Chaves, José Gondim Chaves e Franklin Chaves são irmãos e filhos de<br />

Sindulfo Freire Chaves e de Dulcinéia Gondim Chaves. O pai destes foi agropecuarista,<br />

gerente dos bondes de burros, em Fortaleza e prefeito de Limoeiro nos anos de<br />

1933/1934. A mãe foi professora. Judite Gondim Chaves casou-se em 1924 com<br />

Custódio Saraiva Menezes, que de 1935 a 1936 exerceu o seu primeiro mandato como<br />

prefeito eleito de Limoeiro, e o seu segundo mandato durante oito anos de governo,<br />

1937 a 1945, como interventor. Assim, Judite passaria a se chamar Judite Chaves<br />

Saraiva. Esta foi indicada pelo padre Manoel Caminha Freire de Andrade, conseguindo<br />

a liderança da Liga Eleitoral Católica: “Durante várias décadas, dona Judite comandou<br />

com sabedoria e equilíbrio, o seu grupo político, elegendo vários prefeitos e dezenas de<br />

vereadores”. (NUNES, 2006: 32 - 40).<br />

Ao observarmos o jogo político, nota-se que a prefeitura de Limoeiro, durante a<br />

maior parte do período varguista, esteve sob o mando da família Chaves, do sogro para<br />

o genro, e com outros membros da família e aliados muito próximos compondo a<br />

bancada de vereadores. Destarte, percebemos uma elite atuando na arena política de<br />

Limoeiro. Mas será que se tratava de um grupo qualquer? Qual o lugar social que a<br />

família Chaves já ocupava? Quais estratégias esse grupo traçou? Conforme Lauro de<br />

Oliveira Lima:<br />

[...] Com a instalação da vila (1873), intensifica-se a liderança dos Chaves,<br />

(São João), com a nomeação de Serafim Tolentino Freire Chaves, tabelião e,<br />

posteriormente, comandante da Guarda Nacional. [...] Permaneceu como<br />

líder até 1914, quando faleceu. [...] O controle do poder, na comunidade,<br />

oscilava sempre entre os detentores da burocracia (sobretudo os cartórios) e<br />

os mercadores enriquecidos. [...] (LIMA, 1997: 318.)<br />

Para Oliveira Lima, Serafim Tolentino Chaves foi o patriarca dos Chaves, referindo-se<br />

ao fato deste ter sido o primeiro tabelião de Limoeiro. O tabelionato se constituiu<br />

relevante para que sua família se estabelecesse politicamente, por ser um importante<br />

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