19.04.2013 Views

Arquivo - Portcom - Intercom

Arquivo - Portcom - Intercom

Arquivo - Portcom - Intercom

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Luís Fernando Veríssimo: um diálogo entre crônica e jornalismo<br />

Texto a ser apresentado no XIX Congresso da <strong>Intercom</strong>-Londrina (Pr), entre 02 e 08 de<br />

setembro de 1996.<br />

Autora: Antoniella Devanier<br />

Orientação: Profo Monclar Valverde/ Profo Elias Machado/Mestranda Marinyse Prates<br />

Resumo:<br />

Este texto revela o diálogo entre as crônicas e contos de Luís Fernando<br />

Veríssimo e a linguagem jornalística e demonstra como esse diálogo enrriquece o estilo<br />

marcante desse autor. A ressonância do jornalismo impresso, nos textos de Luís<br />

Fernando Veríssimo, revela-se através da ironia explícita em relação ao que aparece<br />

nos jornais e através da apropriação de algumas características da linguagem<br />

jornalística.<br />

Introdução<br />

Este texto revela o diálogo frequente entre as crônicas e os contos de Luís<br />

Fernando Veríssimo publicados em livro e o jornalismo impresso. A escolha deste<br />

assunto deve-se ao fato de que a relevância desses textos ultrapassa o campo<br />

estritamente literário, pois trata-se da obra de um autor contemporâneo que consegue,<br />

através de um estilo próprio, ou seja, através de “um modo de formar “ (Pareyson,<br />

1989)1 bem característico, com alta dose de humor, trabalhar temas importantes como<br />

marxismo, feminismo, convenções sociais, etc.<br />

Por ser filho do escritor Érico Veríssimo, Luís Fernando Veríssimo tinha sempre<br />

por perto uma considerável biblioteca e cresceu num ambiente propício à leitura e ao<br />

desenvolvimento da arte de escrever. O primeiro livro importante que leu, segundo a<br />

matéria intitulada “Sou um jornalista” da revista de Comunicação de setembro de 1995,<br />

foi Totem e Tabu, de Freud, que estava na biblioteca de seu pai. Torna-se interessante<br />

conhecer o universo do autor para penetrarmos nos seus textos e não ficarmos surpresos


com a pluralidade de apropriações detectada. O próprio gênero crônica apresenta uma<br />

ambiguidade que deve ser ressaltada para se percorrer a obra desse autor..<br />

Luís Fernando Veríssimo afirma ser um jornalista e não se considera um escritor,<br />

mas percebe-se em sua obra uma forte preocupação com a elaboração estética. A<br />

influência do jornalismo impresso é certamente nítida nas suas crônicas e contos<br />

inicialmente escritas para jornal. Mas a perenidade assumida por essas crônicas<br />

reunidas em livro revela a tentativa de escapar à fugacidade jornalística e facilita a<br />

análise de sua obra numa outra dimensão.<br />

O autor de Comédias da Vida Privada, seu livro mais famoso, publicou o primeiro<br />

livro de crônicas, O Popular, em 1973, pela editora José Olympio, e os críticos<br />

identificaram o traço humorístico de seus textos. Ruy Castro, por exemplo, em 1984,<br />

chegou a comentar que o humor de Luís Fernando Veríssimo era bastante peculiar e “<br />

ao invés de fazer o leitor rolar de rir, provoca aquilo que os americanos chamam de<br />

belly laugh, pega o leitor pela inteligência, provoca-lhe uma leve contração estomacal e<br />

só depois se abre num sorriso”2. O autor, por outro lado, nunca se considerou um<br />

humorista, mas acredita que com o tempo foi desenvolvendo uma maneira de interpretar<br />

qualquer coisa pelo seu lado insólito.<br />

Ao observar a sua vasta obra, nota-se claramente a utilização de várias formas de<br />

expressão . O autor apropria-se da linguagem jornalística, da dramaturgia (“Peças<br />

Íntimas”)3, das estórias infantis (“Era uma vez”)4, da composição musical<br />

(“Influência”)5, da poesia (“Poesia”)6, do rádio (“A voz da felicidade”)7, do cinema e<br />

da TV (“Sensitiva”)8, para compor as suas crônicas. No desenvolvimento deste tema,<br />

o caminho percorrido foi o da análise de discurso. Entretanto, a análise de conteúdo<br />

aparece frequentemente, afinal sua obra é uma fonte de estudo relevante, por conseguir<br />

reunir harmonicamente o “como” escrever com “o que” escrever.<br />

O nível de qualidade do seu trabalho é variável, talvez por ter escrito muito ou pela<br />

própria periodicidade exigida nos jornais diários. Mas a maioria de suas crônicas passa<br />

por um processo de elaboração que ultrapassa as possibilidades do jornalismo opinativo,<br />

por conterem uma forte dose de conotação e materem fortes laços com o processo<br />

ficcional.<br />

Nos labirintos das crônicas e dos contos de Luís Fernando Veríssimo.


A crônica é classificada por alguns autores, Afrânio Coutinho, por exemplo,<br />

como um gênero literário, por outros, como gênero jornalístico e outros a consideram<br />

um gênero à parte9. Neste trabalho, a crônica é vista como um gênero com<br />

características específicas não sendo estritamente jornalístico nem ficcional e, ao<br />

mesmo tempo, apropriando-se dos dois gêneros. É lógico que esta classificação é<br />

apenas um recurso metodológico. O percurso desses textos é semelhante ao de um<br />

labirinto, pois quando se percebe uma saída, no caso uma classificação mais definida,<br />

imediatamente visualiza-se uma outra abertura, o que revela a riqueza discursiva desse<br />

autor.<br />

A maior parte dos escritores que analisam a crônica como gênero jornalístico a<br />

incluem na categoria de Jornalismo Opinativo. Isso seria uma amputação às crônicas de<br />

Luís Fernando Veríssimo, apesar de muitas terem uma forte influência do Jornalismo<br />

Opinativo, como as crônicas “Fellini (I)” e “Fellini(II)”, reunidas no livro O Popular,<br />

1984, onde o autor faz um comentário sobre o cinema italiano destacando alguns filmes<br />

de Frederico Fellini, como A Doce Vida, Oito e Meio e Satyricon. Essa característica de<br />

opinião é endossada nas próprias expressões utilizadas. Em Fellini(II), por exemplo, o<br />

autor termina com a frase “Acho eu”, colocando em evidência o caráter opinativo de<br />

seu texto.<br />

Várias crônicas fogem do caráter denotativo e revelam uma tendência fortemente<br />

conotativa. Esse processo leva à criação de personagens, uma característica da literatura.<br />

Através da ficção, o autor trata de vários temas atuais. Dessa forma, surgiram muitos<br />

personagens que se tornaram bastante conhecidos, como A Velhinha de Taubaté, O<br />

Analista de Bagé, Ed Mort (detetive particular). Essa aproximação com a literatura<br />

ainda traz como problemática a distinção entre crônica e conto. Observando vários<br />

textos de Luís Fernando Veríssimo, nota-se a dificuldade em distinguir um gênero do<br />

outro. A elaboração ficcional apurada de alguns textos do autor torna essa divisão um<br />

tanto nebulosa.<br />

No texto “Temporal na Duque”, por exemplo, já encontramos uma narrativa<br />

mais elaborada, com vários personagens, e mais extensa do que se costuma classificar<br />

como crônica. Esse caráter opinativo, que generalizam como sendo uma característica<br />

da crônica, é ironizado neste texto:<br />

O Autor, quarenta e poucos anos, cético apenas em auto-defesa, sabe que existe<br />

uma lógica obscura que rege nossos destinos mas prefere não se envolver.


Fará intervenções a intervalos para comentar a ação, o que é seu direito, mas<br />

promete não forçar qualquer interpretação do texto à luz de dogma ou ironia. O<br />

que segue é pura invenção ( Outras do Analista de Bagé ,p.100 ).<br />

No decorrer dessa narrativa o autor vai se distanciando daquele conceito de<br />

crônica que é oriundo da própria etimologia da palavra grega Cronikós, relativa a<br />

tempo(chronós) e da latina chronica, que designava uma relação de acontecimentos<br />

ordenados segundo uma sequência cronológica. O autor não faz um mero relato de<br />

fatos, nem dá apenas sua opinião sobre eles, mas cria várias situações e personagens.<br />

O diálogo entre as crônicas e os contos de Luís Fernando Veríssimo publicados<br />

em livro e a linguagem do jornalismo.<br />

A ressonância do jornalismo impresso revela-se basicamente de duas maneiras<br />

nas crônicas e nos contos de Luís Fernando Veríssimo: através da ironia explícita em<br />

relação ao que aparece nos jornais e através da apropriação de algumas características<br />

próprias da linguagem jornalística.<br />

Na primeira forma têm-se como exemplos “Foto-Legendas”, uma crítica às<br />

legendas das fotos jornalísticas que muitas vezes aparecem como identificadoras da<br />

fotografia perdendo o seu poder de apelo verbal e recurso estilístico; “Um Baixo<br />

Astral”, que utiliza o humor para criticar aquele espaço dos jornais destinado ao<br />

horóscopo; “Classificados através da História”, uma ironia ao espaço reservado à<br />

publicidade; “Auto-Entrevista”, onde o autor cria uma entrevista com ele próprio, com<br />

a estrutura dos jornais impressos, e responde às perguntas elaboradas de maneira<br />

absurda e incoerente.<br />

Ele se utiliza do humor para fazer um questionamento: Será que tudo que se<br />

publica nos jornais é jornalismo? Critica assim desde as legendas das fotos até o papel<br />

do revisor no seu próprio texto. Na crônica “Gramática”, o autor observa que se existe<br />

algum erro de português no seu texto, a culpa é do revisor. A crítica de Luís Fernando<br />

Veríssimo à revisão dos jornais é ainda mais mordaz na crônica “Desmascaramento” ,<br />

que revela o poder destrutivo dos revisores que não fazem a devida correção dos textos.<br />

Na segunda, tem-se a apropriação da linguagem jornalística para a construção do<br />

texto, apesar de não se fazer nenhuma referência direta à estrutura do jornalismo


impresso. A crônica “Falácias” inicia-se como um lead identificando aquelas perguntas<br />

básicas do jornalismo: O que, quando, onde, como, quem e por que. No decorrer do<br />

texto, o autor vai revelando fatos, mas, através do humor que lhe é característico, foge<br />

da “objetividade jornalística”. Evidencia-se uma mescla de ficção e realidade<br />

representados, respectivamente, pelo alto grau de humor e pela referência a dados<br />

históricos.<br />

A apropriação da linguagem coloquial comum no jornalismo impresso<br />

ocorre constantemente nas crônicas de Luís Fernando Veríssimo.<br />

Isso não significa que suas crônicas sejam jornalismo. A literatura<br />

contemporânea também vem utilizando o universo referencial das falas da maioria da<br />

população. Trata-se de um recurso habitual da representação do cotidiano de massa da<br />

indústria cultural. Os estrangeirismos fazem parte do universo vocabular da imprensa<br />

brasileira e aparecem com frequência nos textos desse autor, principalmente nas<br />

crônicas sobre outros países. Em “ A coisa no corredor” por exemplo, tem-se:<br />

O sindicato provavelmente o proibia de limpar cocô de passageiro. O<br />

máximo que fez foi espalhar um purificador de ar, com “spray”, pelo vagão.<br />

Aí teve gente que reclamou do “spray”. Quando perguntavam sobre o que<br />

tinha acontecido o preto explicava apenas que alguém tivera um “accident”. (<br />

Traçando New York, 1991).<br />

O predomínio é das expressões norte-americanas que aparecem, também, nas<br />

crônicas que não estão reunidas nos livros que representam impressões de viagens<br />

(Traçando New York, por exemplo). Na crônica “Falácias”, o estrangeirismo é,<br />

também, utilizado: “ O prestígio que Stálin dava às teses de Lisenko- depois<br />

desacreditadas pelo “estabilishment” científico russo foi explicado como mais um<br />

capricho do velho”.<br />

Nas duas maneiras que se revelam os laços desses textos com o jornalismo<br />

encontram-se várias referências a temas, fatos e nomes de personalidades que<br />

frequentam os jornais impressos do país. Entretanto, sua obra não representa apenas<br />

uma reelaboração das notícias que permita, assim, enquadrar as suas crônicas no gênero<br />

jornalístico. O autor cria bastante em cima dos fatos da atualidade. Em uma das famosas<br />

histórias do Analista de Bagé denominada “Outra do analista de Bagé”, temos o


diálogo do analista com o General João Baptista Figueiredo.. Nessa estória, que mistura<br />

um personagem totalmente fictício com o general Figueiredo, então presidente da<br />

república temos uma criação que se apropria inclusive da linguagem psicanalítica.<br />

Luís Fernando Verissimo utiliza o humor e a criatividade para brincar com<br />

os mitos do jornalismo. A questão da verdade tão sustentada pela busca da<br />

“objetividade” e a busca de informações que interessa à massa são ironizadas. A ironia<br />

vem acompanhada pela utilização de recursos próprios das matérias jornalísticas como a<br />

apropriação da chamada “pirâmide invertida”, que, no jornalismo, economiza espaço e<br />

esforço de leitura, pois a base da informação encontra-se já nas primeiras linhas. Um<br />

exemplo disso é a crônica “Alves Cruz”:<br />

A Folha da Manhã deu alguma coisa, mas os outros jornais calaram, certamente<br />

temendo a reação oficial. Mas a história ensina que a verdade não se cala: um<br />

dos candidatos mais votados nas recentes eleições para os diretórios estudantis<br />

das faculdades de Porto Alegre foi Alves Cruz, O Que Não Sabe de Nada. Está<br />

bem, não foi dos mais votados, mas teve votos. Pode ser o começo de uma<br />

legenda política, por que não? Abraham Lincoln começou como lenhador, e o<br />

primeiro golpe que deu foi no dedão ( A Grande Mulher Nua, p.129).<br />

O repórter trabalha com as chamadas soft news, fatos de interesse particular de<br />

determinados grupos, que aparece também nas crônicas desse autor através de uma<br />

criação pessoal. Recorre-se à busca de informações às fontes, que em “Alves Cruz” são<br />

fictícias, através de expressões próprias da técnica de interação indireta 10, sendo que a<br />

estrutura pergunta-resposta das entrevistas também aparece.<br />

A construção das frases, nos textos desse cronista, tende no entanto a se<br />

afastar dos padrões da frase jornalística, que possui uma estrutura sintática direta,<br />

através de uma seqüência que promove a descrição dos fatos. As frases expressivas são,<br />

então, mais freqüentes: “... Pedimos a opinião do insigne animal sobre a sua<br />

surpreendente atuação nas eleições estudantis...”, “... Ponderado como sempre, fechou<br />

os olhos para pensar, e em poucos minutos estava dormindo. Repetimos a pergunta com<br />

mais volume...”(A Grande Mulher Nua, p130).<br />

Percebe-se, mais uma vez, que viajar através das crônicas de Luís Fernando<br />

Veríssimo como sendo um gênero literário ou um gênero jornalístico é não observar a<br />

constante apropriação desses dois gêneros na constituição de um produto híbrido de<br />

forte relevância na indústria cultural.


O teórico Massaud Moisés revela as especificidades do gênero crônica, mas faz<br />

algumas divisões muito rígidas quando discorre sobre ele propondo uma<br />

classificação11. Ele descarta dessa classificação o debate de idéias e revela a existência<br />

da Crônica-Conto e da Crônica-Poesia. As crônicas que se aproximam da Reportagem e<br />

do Comentário são consideradas pseudocrônicas. Elas são interpretadas como sendo de<br />

uma linguagem mais pobre em relação às outras, pois tendem a constituírem-se numa<br />

literalização de acontecimentos verídicos ou num artigo de fundo ideológico.<br />

As crônicas do livro América, de Luís Fernando Veríssimo, estariam nessa<br />

classificação. A maior parte do livro é formada por textos sobre a Copa do Mundo de<br />

1994, que teve o Brasil como vitorioso, e publicados no Zero Hora, Estadão e Jornal do<br />

Brasil , entre maio e julho daquele ano.<br />

Essas crônicas possuem de peculiar justamente o encontro da reportagem<br />

jornalística com o estilo humorístico do autor e seria muito impróprio considerá-las<br />

mais pobres do que as outras. Elas possuem, na verdade, algumas peculiaridades. Na<br />

cobertura diária normal, a chamada informação de consumo, nas palavras de Cremilda<br />

Medina, é o fato imediato de significação emocional e as mensagens são anguladas no<br />

nível massa com formas atraentes e apelos lingüísticos como títulos12. Ao fazer a<br />

cobertura da copa do mundo, Luís Fernando Veríssimo afasta-se dessa forma mais<br />

corriqueira de reportagem ao refletir um nível pessoal de angulação.<br />

Essas crônicas são uma contribuição à mensagem jornalística e a reportagem<br />

ganha um novo sabor, pois o autor penetra no modo de vida dos Estados Unidos com<br />

um estilo próprio. Ele parte de pontos aparentemente sem importância, numa<br />

reportagem sobre a Copa do Mundo, como o que pedir no café da manhã nos Estados<br />

Unidos, mas também narra os fatos da atualidade. A digressão é mais permitida, e o<br />

autor fala do assassinato de Kennedy, do julgamento de O.J. Simpson e dos<br />

pensamentos de Parreira em relação ao time, na mesma proporção. O repórter narra o<br />

que aconteceu, mas o cronista mistura a essa realidade o humor do que poderia ter<br />

acontecido:<br />

Parreira pensou no que podia fazer. Tirar Taffarel e botar Cafu no gol. Instruir<br />

Romário a beliscar a bunda do juíz, forçando uma expulsão. Qualquer coisa para<br />

evitar que a seleção ganhasse com folga e deixasse o Brasil despreocupado.<br />

Porque é necessário que o Brasil fique preocupado até o fim.(p 115).<br />

Esse tipo de crônica, onde há predominancia da função referencial, constantemente<br />

burlada pelo estilo do autor, teve seu primórdio com João do Rio em 1900, trazendo à


Reportagem características do gênero literário, servindo, simultaneamente, à literatura e<br />

ao jornalismo. Desse período em diante muitos autores seguiram essa trajetória e as<br />

crônicas ganharam destaque nos jornais brasileiros. Luís Fernando Veríssimo tornou-se<br />

um dos representantes desse gênero, na atualidade.<br />

Como pudemos perceber os textos de Luís Fernando Veríssimo promovem um<br />

intenso diálogo com a linguagem do jornalismo impresso. Esse diálogo enrriquece o<br />

estilo marcante desse autor e funciona como uma luz para penetrarmos nesse labirinto<br />

cheio de aventuras que representa a sua vasta obra. Entretanto, vale ressaltar que os<br />

caminhos são vários e a influência das outras linguagens são também bastante<br />

relevantes .<br />

Notas:<br />

1. Luigi Pareyson fala do estilo que ele chama de aspecto sensível da obra no livro Os<br />

problemas da estética(p151-180) e afirma que a plenitude da obra “é querida pelo<br />

dinamismo interno da obra, da própria obra enquanto é, ao mesmo tempo, lei e<br />

resultado do processo de sua formação”<br />

2. Essa afirmação encontra-se na orelha do livro O Popular, 3a edição. Ver Bibliografia<br />

no final<br />

3.VERÍSSIMO , Luís Fernando. Peças Íntimas. Porto Alegre: L&PM editores,<br />

1990.p43.<br />

4.VERÍSSIMO, Luís Fernando. O Popular. Porto Alegre: L&PM, 1984, 4a ed.<br />

5.__________, Luís Fernando. O Marido do Doutor Pompeu. Porto Alegre: L&PM,<br />

1987,p89<br />

6.__________, Luís Fernando. Peças Íntimas. Porto Alegre: L&PM, 1990.p51.<br />

7.__________, Luís Fernando. A Mulher do Silva. Porto Alegre: L&PM, 1984.p95.<br />

8.idem nota 7. pg 90.<br />

9. Para saber mais sobre como alguns autores classificaram a crônica é suficiente a<br />

leitura de Crônica: arte do útil ou do fútil ? de Wellington Pereira. Ver a Bibliografia no<br />

final.<br />

10. Esses conceitos encontram-se no livro Notícia: um produto à venda- jornalismo na<br />

sociedade urbana e industrial de Cremilda Medina.<br />

11.MOISÉS, Massaud. A Criação Literária. Prosa II. São Paulo: Cultrix, 15a ed, 1967.<br />

12.idem nota 10<br />

Bibliografia:<br />

ANDRADE, Carlos Drummond de. Moça deitada na grama. Rio de Janeiro: Record,<br />

1987


MEDINA, Cremilda de Araújo. Notícia: um produto à venda- jornalismo na sociedade<br />

urbana e industrial. São Paulo, Alfa-ômega, 1978.<br />

MOISÉS, Massaud. A Criação Literária. Prosa II. São Paulo: Cultrix, 15º ed, 1967.<br />

PAREYSON, Luigi. Os problemas da estética. Tradução Maria Helena Nery Garcês.<br />

São Paulo: Martins Fontes, 1989.p151-180. 2a edição.<br />

PEREIRA, Welington. Crônica: arte do útil ou do fútil?. João Pessoa: Idéia, 1994, 159p.<br />

REVISTA DE COMUNICAÇÃO. Sou um jornalista. São Paulo: Agora Comunicação<br />

Integrada Ltda, ano 11, n. 41, setembro 1995.<br />

VERÍSSIMO, Luís Fernando. O Gigôlo das Palavras. Crônicas selecionadas e<br />

comentadas por Maria da Glória Bordini. Porto Alegre: L&PM, 1982. 108p(<br />

Coleção Novaleitura, 8).<br />

_________, Luís Fernando. América. Porto Alegre : Artes e Ofícios, 1994.<br />

_________, Luís Fernando.O analista de Bagé. Porto Alegre: L&PM, 1981. 19a ed.<br />

_________, Luís Fernando.A Velhinha de Taubaté. Porto Alegre: L&PM, 1984. 4a ed.<br />

_________, Luís Fernando.O Popular. Porto Alegre: L&PM, 1984.4a ed.<br />

_________, Luís Fernando.Peças Intimas. Porto Alegre: L&PM, 1990.<br />

_________, Luís Fernando.Outras do Analista de Bagé.Porto Alegre: L&PM, 1982.<br />

_________, Luís Fernando.ED Mort e outras histórias. São Paulo: Círculo do livro<br />

_________, Luís Fernando. A Mesa Voadora: crônicas de viagem e comida. Rio de<br />

Janeiro: Globo, 1988.<br />

____________, Luís Fernando.Aventuras da Família Brasil. Porto Alegre: L&PM,<br />

1985.<br />

___________, Luís Fernando.O Marido do Doutor Pompeu. Porto Alegre:L&PM, 1987.<br />

___________, Luís Fernando. A Grande Mulher Nua. São Paulo: Cïrculo do livro.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!