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biografias de aprendizagens de mulheres encarceradas - Centro de ...

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2.1 OS PARADIGMAS DA SOCIALIZAÇÃO, INDIVIDUALIZAÇÃO E<br />

BIOGRAFICIDAD: REFLEXOS NOS PROCESSOS EDUCACIONAIS / FORMATIVOS<br />

E/OU DE APRENDIZAGEM E NA VIDA DOS SUJEITOS<br />

A história da educação brasileira revela uma série <strong>de</strong> paradigmas que surgiram com a<br />

intenção <strong>de</strong> disseminar princípios teóricos (conceitos) e metodologias educativas e <strong>de</strong><br />

<strong>aprendizagens</strong> em conformida<strong>de</strong> com a realida<strong>de</strong> social <strong>de</strong> cada época. Tanto as suas<br />

aplicações como as suas crises, ao logo do tempo, resultaram das transformações ocorridas no<br />

campo social, político e econômico, o que implica dizer que esses paradigmas não surgiram<br />

aleatoriamente.<br />

Na contemporaneida<strong>de</strong> - ou nesta segunda fase da mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong>, como enten<strong>de</strong>m<br />

alguns autores - boa parte dos processos educativos e <strong>de</strong> <strong>aprendizagens</strong> da socieda<strong>de</strong> brasileira<br />

constituiu-se reflexo <strong>de</strong>ssas transformações, embora também tenha contribuído para a<br />

promoção das mesmas. Os paradigmas educacionais em vigor no Século XX, por exemplo,<br />

entendiam a educação e as <strong>aprendizagens</strong> advindas das experiências <strong>de</strong> vida como alternativas<br />

<strong>de</strong> emancipação dos sujeitos e como vias para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um projeto social<br />

específico.<br />

Em consonância com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste trabalho, discutimos sobre três <strong>de</strong>sses<br />

paradigmas, na tentativa <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r o papel que <strong>de</strong>senvolveram na formação dos sujeitos<br />

da socieda<strong>de</strong> contemporânea.<br />

Do final dos anos 1960 até os primeiros anos da década <strong>de</strong> 1990, no Brasil e na<br />

América Latina, ganhou <strong>de</strong>staque um projeto emancipatório, i<strong>de</strong>alizado através do paradigma<br />

da socialização, mais conhecido Paradigma da Educação Popular , baseado nas<br />

<strong>aprendizagens</strong> e experiências dos sujeitos.<br />

A concepção <strong>de</strong> educação libertadora sugerida por esse projeto educativo teve como<br />

principal i<strong>de</strong>ólogo o educador Paulo Freire, que acreditava na Educação como um instrumento<br />

<strong>de</strong> conscientização social dos setores populares, num processo <strong>de</strong> aprendizado <strong>de</strong> leitura e<br />

escrita do mundo. Suas i<strong>de</strong>ias e as <strong>de</strong> sua equipe propunham a concretização <strong>de</strong> um novo agir<br />

pedagógico, que visava, entre outras coisas, superar a exclusão/opressão dos sujeitos e a<br />

transformação da socieda<strong>de</strong>.<br />

As primeiras experiências <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>sse paradigma surgiram no campo da educação<br />

não-formal, em processos <strong>de</strong> alfabetização <strong>de</strong> jovens e adultos, vinculados, principalmente, a<br />

organizações não-governamentais, partidos políticos, igrejas, entre outros, organizados em<br />

alguns casos, com apoio do Estado brasileiro. Fundamentando-se política e cientificamente

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