biografias de aprendizagens de mulheres encarceradas - Centro de ...
biografias de aprendizagens de mulheres encarceradas - Centro de ...
biografias de aprendizagens de mulheres encarceradas - Centro de ...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Cabe esclarecer que a conclusão <strong>de</strong> Alheit e <strong>de</strong> Dausien (2007) sobre a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
uma teoria biográfica da formação na contemporaneida<strong>de</strong>, por eles <strong>de</strong>nominada <strong>de</strong><br />
biograficidad, <strong>de</strong>rivou da compreensão <strong>de</strong> que<br />
Las teorías <strong>de</strong> la socialización no parecen haber avanzado mucho <strong>de</strong>s<strong>de</strong> los<br />
años 80, y cun<strong>de</strong> la sospecha <strong>de</strong> que estén centradas en las trayectorias<br />
educativas masculinas. A<strong>de</strong>más, [ ], «la variación interindividual <strong>de</strong> los<br />
<strong>de</strong>sarrollos biográficos concretos es consi<strong>de</strong>rable». Pero, por otra parte, las<br />
teorías <strong>de</strong> la individualización no dan cuenta <strong>de</strong>l mantenimiento<br />
generalizado <strong>de</strong> las regularida<strong>de</strong>s estadísticas, que los informes<br />
internacionales como PISA vuelven a ratificar. (HERNÀNDES, 2006)<br />
O que esses autores também apresentaram como justificativa para elaborar uma teoria<br />
biográfica da formação foi o fato <strong>de</strong> enten<strong>de</strong>rem que as mutações ocorridas nas diversas<br />
esferas da vida pessoal e social, impulsionadas pelas <strong>de</strong>mandas da segunda mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong>,<br />
provocaram a construção <strong>de</strong> <strong>biografias</strong> <strong>de</strong> vida muito diferentes daquelas produzidas na<br />
primeira fase da mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong>, quando o capitalismo e a industrialização, principais formas <strong>de</strong><br />
produção, configuravam a vida dos sujeitos (majoritariamente masculinos) para os seus<br />
interesses.<br />
De acordo com Alheit e Dausien (2007), as <strong>biografias</strong> <strong>de</strong> vida, na segunda fase da<br />
mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong>, já não são apenas resultantes <strong>de</strong> uma realida<strong>de</strong> social, econômica e política, mas<br />
também construtoras <strong>de</strong>ssa realida<strong>de</strong>. É a essa característica <strong>de</strong> construtivida<strong>de</strong> das <strong>biografias</strong><br />
que esses autores se referem quando falam em biograficidad. Percebe-se, aí, que a<br />
justificativa <strong>de</strong>ssa teoria está ancorada nos aspectos ligados a essa segunda fase da<br />
mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong>, ou seja, a contemporaneida<strong>de</strong>. Isso nos levou, então, a pensar: O que diferencia<br />
a segunda mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong> da mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong> tradicional?<br />
O referencial teórico-metodológico utilizado por Alheit e Dausien (2007) para<br />
justificar seus argumentos propiciou uma compreensão, ainda que parcial e incompleta, sobre<br />
as transformações em processo na atual conjuntura internacional e sobre seus reflexos e<br />
consequências nas realida<strong>de</strong>s locais e na formação das <strong>biografias</strong> dos sujeitos.<br />
Diversos são os cientistas sociais que discutem a mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong>, tanto a respeito do que<br />
ela foi e em que resultou, no passado (quando surgiu na Europa, a partir do Século XVII),<br />
quanto do que ela é atualmente e tem implicado no tempo presente, especialmente, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o<br />
final da Segunda Guerra Mundial até os dias <strong>de</strong> hoje.