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mulheres veio de outros Municípios e Estados, ainda que as de João Pessoa estejam sobre- representadas, como mostram os gráficos abaixo. Gráfico 5 O contexto natural das encarceradas nº de Encarceradas 16 15 14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 Guarabira - PB Alexandria - RN Cabedelo - PB Cruz do Espírito Santo - PB João Pessoa - PB Naturalidade Lagoa Nova - PB Natal - RN Municípios Recife - PE Santa Rita - PB São Miguel de Taipú - PB Serra de São Bento - RN Sousa - PB Com relação ao Estado de origem dessas mulheres, a maior representação esteve para o Estado da Paraíba, um percentual de 72,92%. Entre os demais, o Estado de Pernambuco, que se localiza vizinho à Paraíba, foi o mais representado, com 12,50%. PE 6 Número de Encarceradas por UF RJ 1 RN 3 SP 2 MG 1 PB 35
Esses dados nos apontam que a migração e todas as suas consequências excludentes (condições precárias de moradia e de serviços urbanos quando chegaram à cidade de destino, desemprego ou precariedade no trabalho, poucas condições de subsistência, etc.) podem ter sido um dos motivos impulsionadores das práticas delituosas das mulheres não naturais de João Pessoa, ou da Paraíba. Haveria, portanto, que se analisar melhor essa proposição visto que, pelo que percebemos em nossas visitas, algumas delas (as não pessoenses e as não paraibanas) não residiam nesta cidade quando foram presas, e, portanto, não eram mulheres migradas de outras regiões ou cidades. O que ocorreu foi que o/s ato/s delituoso/s que levaram aos seus encarceramentos foram cometidos e/ou descobertos nesta cidade e, em cumprimento às determinações da lei de execuções penais, tiveram de ser presas no mesmo local. Por outro lado, os dados também apontam a hipótese de que foram os problemas da vida urbana, compreendidos como a falta de uma ampla política urbana capaz de garantir aos cidadãos possibilidades de acesso à moradia e bens e serviços de uso coletivo, como transporte, lazer, água, esgoto e coleta de lixo [...] motivaram as práticas delituosas da maioria das encarceradas da amostra. (PELEGRINO, 2006, p. 176) que Isso porque, como afirmou Pelegrino (2006), tais problemas, além de aprofundarem a exclusão, afetam, de forma ainda mais cruel, a vida das mulheres, especialmente as dos setores mais pobres, como a maioria das encarceradas. Nesse sentido, [...] as desigualdades de gênero, já cristalizadas no tecido social do país, são intensificadas num contexto de falta de uma política urbana eficaz (PELEGRINO, 2006, p.177). O reconhecimento de tais problemas exige que, para que sejam analisadas as práticas delituosas dessas mulheres, sejam consideradas todas essas circunstâncias estruturais, sem descartar, evidentemente, as ligações com os seus mundos subjetivos. O gráfico 6 e a tabela abaixo apresentam, em números e percentuais, os tipos de delitos praticados pelas mulheres pesquisadas.
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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CE
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HELEN HALINNE RODRIGUES DE LUCENA B
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